sexta-feira, 29 de outubro de 2010

VIDA EM UM PLANO MAIS BAIXO


Se estudarmos a Palavra de Deus, vamos descobrir que o plano de Deus é que o homem viva no plano espiritual. No primeiro homem de Deus (Adão), o Espírito divino tinha relacionamento direto com o espírito humano, e através dele, como uma ponte, podia então controlar todo o ser para torná-lo e mantê-lo espiritual, vivendo em uma vida num plano mais alto. Essa era a intenção de Deus para Seu primeiro homem bem como para toda a humanidade.
Mas não é difícil perceber que hoje as grandes maiorias das pessoas, vivem no plano mais baixo, que é a do homem natural. Nos quatro cantos do mundo vemos homens desajustados com Deus, com seus semelhantes e consigo mesmo.
A guerra, o ódio, o descontentamento, a arrogância, o crime, a ilegalidade, a anarquia predominam, e agora quando é chegado o fim dos tempos estamos vendo esses comportamentos a cada dia aumentarem terrivelmente.
Por que isso aconteceu com o homem? Por que razão ocorreu essa terrível e trágica queda?

A condição do Homem Natural

“...estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo”. (Ef 2:12)

O apóstolo Paulo está falando para a igreja em Éfeso, que viviam no plano espiritual mas no passado também viveu no plano natural e por isso ele falou “naquele tempo” quando vocês viveram no plano mais baixo, “todos vocês estavam sem Deus, sem Cristo e sem esperança.”

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.
Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”. (I João 5: 11,12)

A vida eterna está em Jesus Cristo, o Filho de Deus, mas como já vimos Efésios 2:12 diz que o homem natural está sem Cristo, portanto ele não deve ter vida eterna. Deus oferece a todos a vida eterna, mas o homem pode receber ou recusar. Recebê-la é abrir caminho para viver no plano mais alto, o do homem espiritual; recusá-la é viver no plano mais baixo da vida, o do homem natural.

“Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef 2:1)

O homem natural recusa o dom da vida, por isto para Deus, toda pessoa que não recebeu do Pai o dom da vida eterna por meio de Cristo Jesus, é descrito por Deus como morto. É possível que o leitor pense, tenho muitos parentes que não professam ser cristãos mas tem vida abundante e por isso não aceito esse pensamento.
A pessoa sem Cristo pode ser um gigante, um intelectual, alguém importante e famoso, abundante em sabedoria do mundo, pode ser um modelo em moralidade, honestidade, vivendo sua vida familiar e cívica de forma muito louvável, pode até mesmo ser um religioso, freqüentar cultos, fazer obras e dar ofertas para templos, então você pensa, certamente a descrição de Deus do homem natural não cabe para esta pessoa, pois ele é abundante em vida! Como pode ser tal pessoa descrita como “morto”?
Mas deixe fazer um teste em relação ao seu espírito. Vimos que o espírito humano é o assento da consciência de Deus e que em Adão (primeiro homem) havia um direito e vital relacionamento entre o Espírito divino de Deus e o Espírito humano de Adão. O primeiro homem de Deus foi totalmente suscetível a Deus em comunhão, seu amigo é suscetível a Deus?
Converse com ele sobre Deus e as coisas espirituais e sua linguagem simples será estranha para ele. Convide-o a ir à reunião da Igreja, para adorar com os filhos de Deus, ele certamente preferirá ir ao clube ou cinema. Dei-lhe uma Bíblia para ler e você ver á a indisposição para isto, ele preferirá o jornal ou romance da moda. Convide-o para gastar uma tarde na companhia de outros crentes estudando a Bíblia, ele estará deslocado e ansioso para a reunião acabar logo. Fale com ele das suas necessidades espirituais, explique a ele a sua condição de perigo, inste-o a receber Cristo como seu Salvador pessoal e aliar-se publicamente ao povo de Deus e ele zombará dessa idéia.
Então agora percebemos que algo está errado com seu espírito, pois não vemos resposta a tudo o que é de Deus, não há senso de necessidade de Deus. Algo está morto dentro dele, reina a morte no seu espírito.
Deus é o autor da vida, mas hoje reina a morte em todo lugar. Nenhum ser vivo está isento do seu toque, há ruínas em todos os lugares, certamente Deus não é o autor da morte, então de onde ela veio? Deus não nos deixou sem resposta esta questão, Ele disse como a morte entrou no mundo das coisas vivas.

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”. (Rom 5:12)

Isso nos esclarece que a morte é o resultado e o pecado é a causa. A morte veio pro causa do pecado. Mas como o pecado entrou no mundo? Entrou por um homem. Então não podemos colocar a culpa em Deus pela entrada do pecado e da morte no mundo.
Em Romanos 5:12 Deus diz que toda a humanidade estava envolvida no desastre causado pelo pecado de um homem, assim ele deve ter sido um homem representativo, alguém em que a raça humana estava latente. O contexto de Romanos 5: 13 – 21 põe em acentuado contraste pecado e morte, salvação e vida, e analisa cada um na sua fonte em somente dois homens representativos de toda história : Adão e Cristo. Por meio de Adão entrou o pecado e a morte, e por meio de Cristo, o segundo homem (representativo) de Deus, veio à salvação e a vida.

“Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados”. (I Co 15:22)

Adão é o homem por meio do qual o pecado entrou no mundo e por conseqüência a morte. Mas vimos anteriormente que Adão foi criado sem pecado e que foi colocado em um ambiente perfeito, onde desfrutou de plena comunhão com Deus. Então podemos perguntar: como a tragédia da morte entrou naquele jardim? (Éden). A história é contada no segundo e no terceiro capítulo de Gênesis. Esta porção da Palavra de Deus espiritualmente aprendida e humildemente aceita dá uma resposta que satisfaz todo crente verdadeiro e sincero.
Para responder a pergunta precisamos definir o que é pecado. A resposta é simples. O único pecado que Adão poderia cometer era o de desobedecer à vontade de Deus claramente revelada. Adão poderia desejar comer daquele furto proibido, mas ele só poderia se manter sem pecado se ele obedecesse a orientação do Senhor, ...”da árvore do conhecimento do bem e do mal não comereis”. Pecado então é desobediência consciente à vontade de Deus claramente revelada.
Vamos ver dos próprios registros de Deus como o pecado entrou em Adão com sua maldição e morte.

“Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;
mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Gen 2: 16,17)

“Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu”. (Gen 3:6)

Deus deu a Adão liberdade quase ilimitada, mas um mandamento foi imposto, ele não poderia comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Somente de uma árvore ele não poderia comer e mesmo assim tinha uma razão benéfica, era para ele não morrer.
Adão estava em tentação, ele comeu do fruto proibido, ele desejou ter algo que Deus, por amor e razão benéfica, tinha desejado que ele não tivesse. Por aquele único ato ele pecou, porque pecado é a transgressão da lei. Pela sua própria vontade ele transgrediu um limite divinamente marcado, ele desobedeceu a voz do SENHOR.

Na próxima edição continuaremos falando mais sobre este assunto. (Estudo feito com o auxílio do livro: VIDA EM UM PALANO MAIS ALTO I – (RUTH PAXSON)

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