sábado, 31 de janeiro de 2009

TORNANDO O CORAÇÃO DOS FILHOS

"E irá adiante dele com o espírito e o poder de Elias, para fazer tornar os corações dos pais aos filhos" (Lucas 1:17).
Quando o anjo Gabriel anuncia a Zacarias o ministério de João, prediz-lhe que fará tornar os corações dos pais aos filhos. E para fazê-lo toma a profecia de Malaquias. No entanto, esta profecia dizia: "Fará tornar o coração dos pais aos filhos, e dos filhos aos pais" (4:6). Por que o anjo cita a primeira parte da profecia, e não a segunda? A razão parece ser simples. Quando o coração dos pais se volta seriamente para os filhos, então necessariamente o coração dos filhos se voltará para os pais. Sem dúvida, a maior responsabilidade é dos pais. A primeira geração determina a reação da segunda. A maior perda nos filhos se ocasiona quando os pais não sabem semear neles a semente da verdade. Durante pelo menos quinze anos os filhos estão à inteira disposição dos seus pais, com uma mente dócil, receptiva, com um coração sensível, e os pais podem semear neles virtualmente tudo o que queiram. Os filhos são uma espécie de "tabula rasa", que recebem todas as influências dos adultos, sem restrições. Se os pais não sabem semear neles a boa semente, é preciso arrepender-se disso e dar o primeiro passo para uma restauração. Ao fracassarem neste trabalho, e a começarem a colher o fruto amargo da apostasia e da rebeldia dos filhos, eles devem ser os primeiros a começar a recuperar as coisas. Alguém poderá talvez dizer: "Eu me voltei para o meu filho, mas o meu filho não se volta para mim". É que a semente que foi semeada por longos anos ainda tem que dar fruto. "Aquele que semeia para a sua carne, da carne segará corrupção" (Gal. 6:8). Você tem que segar ainda tudo o que semeou, enquanto espera na misericórdia do Senhor. Só lhe cabe inclinar a cabeça diante Dele e pedir que a má colheita termine logo. Mas, sem dúvida, vai vir o dia em que você ganhará o coração do seu filho. Os pais devem arrepender-se diante de Deus das suas más obras, e em seguida fazer o mesmo diante dos seus filhos. Eles têm que procurar diante de Deus a forma como recuperar o lugar que eles abandonaram do seu coração, para em seguida semear, dentro do possível –e se isso é ainda possível– a semente da verdade. Nos tempos de João o coração dos pais estava afastado dos filhos, e a primeira coisa que se devia fazer era produzir uma virada a favor deles. Tal panorama não difere muito da situação atual. A indiferença e rebeldia dos filhos hoje, bem pode ser a conseqüência de um desinteresse e de uma displicência anterior dos pais para com eles. Que o Senhor conceda graça aos pais para recuperar, no temor do Senhor, o coração de seus filhos antes que seja muito tarde.

Fonte: www.aguasvivas.ws

Expressando a Cristo

"...ninguém há na terra semelhante a ele..." (Jó 1.8).

Tudo o que foi escrito nas Escrituras é para o nosso ensino (Rom. 15.4), e nunca podemos nos esquecer que elas testificam de Jesus Cristo, para que indo a Ele tenhamos vida (Jo. 5.39-40). É interessante como a princípio sempre vemos o homem, depois o Espírito nos leva a ver a Cristo. O livro de Jó foi escolhido por Deus para estar nas Escrituras para algo muito importante para a vida cristã. Jó era um homem intrigante. Um filho de Deus, como nos ensina a Palavra no verso 6; íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal (v. 8). Um homem protegido por Deus de todos os lados; abençoado em tudo o que punha as mãos e seus bens se multiplicavam sobre a terra (v. 10). Um crente com um testemunho intocável. Amado por seus amigos. Um homem que se punha na entrada da cidade, onde os idosos se colocavam em pé, e os príncipes continham as suas palavras. Um crente que livrava o miserável que clamava, e o órfão que não tinha quem o socorresse. Um crente que era um canal das bênçãos de Deus para outros e que fazia rejubilar o coração da viúva (Jó 29). Por que um homem com um testemunho como este foi entregue a Satanás? Lembremos que foi Deus quem chamou a atenção de Satanás e que o entregou. Que lhe permitiu tocar em tudo, menos na vida de Jó! (Jó 2.6). No capítulo 42 Jó reconheceu que Deus teve um propósito bendito em tudo o que permitiu que lhe acontecesse. Que ele falava do que não conhecia, e que com isso encobria o conselho de Deus aos outros. Que o propósito de Deus não poderia ser impedido e proclamou um arrependimento genuíno. Mas onde está a chave de tudo? Qual é o propósito de Deus que não pode ser impedido? Deus entregou a Jó para Satanás para destruir o seu testemunho. Todos admiravam Jó, olhavam para Jó e se espelhavam em Jó. Jó era o referencial e não Cristo. Jó não poderia tornar vão todo o propósito de Deus para o homem: refletir a Cristo. O Senhor não quer de nós o testemunho de um super cristão, ou de um super crente, mas do próprio Cristo. Não quer que nós sejamos vistos e reconhecidos como um cristão que não há na terra semelhante, mas a Cristo. Se estivermos expressando a nós mesmos como um excelente cristão estamos prestes a sermos entregues a Satanás. O apóstolo Paulo reconheceu isto quando lhe foi enviado um espinho na carne. A partir do seu arrependimento Jó começou a expressar a Cristo se tornando intercessor dos seus amigos. Depois pode expressar o Reino de Cristo, quando Deus lhe deu em dobro o que antes possuía, como Jesus ensina na parábola dos talentos. Tudo depois do arrependimento de Jó expressa Cristo, tudo testemunha de Cristo e não mais de Jó. O testemunho daquele grande homem terminou no pó e na cinza, e o nosso também tem que terminar. Qualquer coisa para o testemunho e para a edificação da vida cristã tem de vir do próprio Cristo, pelo próprio Cristo e para o próprio Cristo. Porque dEle, e por Ele e para Ele são todas as coisas, glória pois a Ele eternamente.

Fonte: www.aguasvivas.ws

domingo, 25 de janeiro de 2009

VOLTANDO PARA A PALAVRA

Voltando para a Palavra
Rubén Chacón

Para voltar para a Palavra terá que voltar para as Escrituras
A primeira coisa que é necessário estabelecer na hora de falar de voltar para a Palavra, é que para voltar para a Palavra terá que voltar para as Escrituras. Efetivamente, a Palavra está contida nas Escrituras. Elas são o registro inspirado da Palavra. As Escrituras são, pois, o objetivo e absoluto referente, divinamente garantidas, da bendita e viva Palavra de Deus.
Hoje em dia, quando a igreja se move em meio a tantas e variadas ênfases, e todos eles apresentados como "a Palavra", necessitamos mais do que nunca, revisar, refletir e nos assegurar até que ponto esta ênfase se conformam ao estabelecido nas Escrituras. Por quê? Porque simplesmente, o que não é bíblico, não pode ser "a Palavra".
Já na época do Novo Testamento, o apóstolo Paulo reprovava os corintios: "Porque, se alguém vos pregar a outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis" (2ª Cor. 11:4).
Aqui, Paulo não fala de ênfases, mas sim de outro Jesus, outro espírito e outro evangelho. Como podemos ver, o assunto pode ser mais grave que falar simplesmente de ênfases. Mas, qual era o Jesus verdadeiro, o espírito correto e o legítimo evangelho? Nesse tempo, não se podia ainda falar de Jesus, o espírito e o evangelho bíblicos, pela simples razão de que as Escrituras estavam recém em formação. Nessa época, o Jesus verdadeiro era o que pregavam os apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, o apóstolo João, falando em nome dos Doze, diz: "O que vimos e ouvimos (referindo-se a Cristo) isso vos anunciamos, para que tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão verdadeiramente é com o Pai, e com o seu Filho Jesus Cristo" (1ª Jo. 1:3).
E mais adiante, no 4:6, adiciona: "Nós somos de Deus; quem conhece a Deus, nos ouve; quem não é de Deus, não nos ouve. Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito de engano". No que consistia o espírito de engano? Em não ouvir os apóstolos que tinham visto e ouvido a Jesus Cristo.
Irmãos, a igreja crê no Senhor Jesus Cristo revelado pelos apóstolos do Cordeiro. Cremos no Cristo de Mateus, de Marcos, de Lucas, de João, de Paulo. É nesse evangelho que cremos. Pois bem, esse mesmo Cristo, esse espírito e esse evangelho, estão hoje para nós registrado nas santas Escrituras. O Cristo dos apóstolos é o Cristo da Bíblia. Portanto, precisamos voltar para as Escrituras; precisamos estudá-la com seriedade e conhecê-la profundamente. Não é suficiente conhecer e pregar versículos por aqui e por ali. Pelo menos devemos olhar para o princípio hermenêutico que diz: "Um texto fora de contexto é um pretexto".
Voltar para a Palavra é voltar para Cristo
Em segundo lugar, cabe-nos perguntar: O que é voltar para a Palavra? Voltar para a Palavra é voltar para Cristo. A Palavra de Deus não é uma idéia ou um conceito como é a palavra humana; não, a Palavra de Deus é uma pessoa, nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é a Palavra viva e eterna de Deus. "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam referente ao Verbo da vida (porque a vida foi manifestada, e a vimos, e testificamos, e vos anunciamos a vida eterna, a qual estava com o Pai, e nos foi manifestada)" (1ª Jo. 1:1-2). Para voltar para a Palavra então, devemos voltar para as Escrituras; mas essa Palavra é o próprio Cristo. Nas Escrituras encontraremos a Cristo, ao Cristo dos apóstolos; definitivamente, o Cristo de Deus (Luc. 9:20).
O próprio Jesus advertiu os judeus: "Vocês estudam com diligência as Escrituras porque pensam que por elas têm a vida eterna" (NVI). Mas "elas são as que dão testemunho de mim" (Jo. 5:39). Jesus declara que as Escrituras dão testemunho dele. A vida eterna não está, pois, nas próprias Escrituras, mas naquele de quem elas dão testemunho. Por isso, continuando, acrescenta: "…e não quereis vir a mim para que tenhais vida" (Jo. 5:40).
Se por acaso ainda não está claro o ponto do que estamos dizendo, observe o versículo 46: "Porque se crêsseis em Moisés, creríeis em mim , porque de mim ele escreveu". O que Jesus está afirmando? Que no Pentateuco, na Torá, Moisés escreveu dele. Você já pensou que o livro de Gênesis falava de Cristo?
Possivelmente você diz: "Eu tenho lido Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, e nunca vi Cristo nas páginas do Pentateuco. Ali, li sobre a criação, sobre Adão, Abraão, José, mas nunca de Cristo". Mas aqui está o ponto. Alguma vez você se deu conta que a "palavra" pela qual foram criados os céus e a terra, era o próprio Cristo? (Jo.1:3). Alguma vez pensou que a semente de Abraão, a qual foram feitas as promessas, era Cristo? (Gálatas 3:16). Alguma vez viu que a cena tão dilaceradora de Abraão oferecendo em sacrifício o seu filho Isaque, era uma parábola do que, milhares de anos depois, o nosso próprio Deus faria, quando entregou o seu unigênito Filho por nós? (Heb. 11:17-19). Alguma vez percebeu que o que foi escrito sobre José, foi dito como tipo de Cristo? Alguma vez você notou que Cristo é a nossa Páscoa de Êxodo 12? E o que dizer do livro de Levítico? Que não há nenhum outro livro em toda a Bíblia que revele tão perfeita, completa e profundamente o sacrifício de Cristo na cruz, como o livro de Levítico.
Claro que o Pentateuco é história. Mas esse é só o seu sentido primário. O seu sentido pleno é o seu significado espiritual. E esse significado é Cristo Jesus. O sentido gramático-histórico das Escrituras não esgota, em nenhum caso, o significado delas. Como dissera o próprio Senhor Jesus Cristo: "Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João" (Mat. 11:13).
Com a expressão "os profetas e a lei", o Senhor Jesus Cristo está designando todo o AT. E o que é que diz? Que todo o Antigo Testamento foi profecia. Não só algumas partes, não só os profetas, mas também toda a lei. Portanto, o Antigo Testamento não foi somente história, mas principalmente profecia.
Profecia do que? Não do que? Mas sim de quem? Do nosso bendito Senhor Jesus Cristo. Por isso, com a mesma força que afirmamos que Jesus Cristo, a sua pessoa, a sua obra e os seus ensinos, é o tema das Escrituras, afirmamos também que, em definitivo, o único intérprete das Escrituras é o Espírito Santo. Só ele pode tirar o véu na hora de lermos as Escrituras, a fim de nos encontrarmos pessoalmente com o Autor delas. Que distinto é e será considerar assim as Escrituras! A partir desta perspectiva, o Antigo Testamento é um livro atual e vigente da mesma forma que o resto das Escrituras. Amém.
Fonte: www.aguasvivas.ws

BETÂNIA

A aldeia de Betânia, perto de Jerusalém, tem no Novo Testamento uma conotação muito particular. Ali viviam três irmãos, Marta Maria e Lázaro, que eram amigos do Senhor. O Senhor encontrava nessa casa o afeto e a devoção que não achava em outros lugares, em Jerusalém, por exemplo. A Escritura registra várias cenas ocorridas em Betânia, breves, mas muito significativas. Na primeira delas, Maria está sentada aos pés do Senhor, ouvindo-lhe, enquanto Marta sua irmã serve atarefada. Quando Marta recrimina a Maria diante do Senhor, o Senhor a defende, pois ela escolhera a boa parte (Lc. 10:38-42). Em seguida, há outra cena em que as duas irmãs choram a morte do seu irmão. Fazem-no de duas maneiras diferentes, mas quando o Senhor ressuscita a Lázaro, ambas são consoladas (João 11). Uma terceira cena mostra Marta servindo (sem reprovação) e a Maria prostrando-se aos pés do Senhor para ungir-lhe com o seu perfume de nardo puro. Lázaro, entretanto, está sentado à mesa com Jesus (João 12:1-8). Até há uma quarta cena em Betânia: "E os tirou fora até Betânia, e elevando as suas mãos, os abençoou. E aconteceu que abençoando-os, separou-se deles, e foi elevado acima ao céu" (Lc. 24:50-51). Em Betânia ocorreu a cena final no ministério terrestre do Senhor. Os últimos que viram os Seus olhos, ao subir para os céus, foram os seus amigos Marta, Maria e Lázaro, e seus discípulos. Que bem-aventurança para aqueles! Betânia representa o remanescente de Deus nos dias do Novo Testamento. Ali, nessa intimidade carente de toda pretensão, separada do centro religioso imperante, o Senhor Jesus é valorizado, amado e servido como é digno. Ali não está o cerimonial que tipifica a sua figura; ali está ele próprio. Ali não estão as frias maneiras que a hipocrisia desvirtuou; está ele próprio. Ali não há uma devoção de lábios, carente de verdadeiros afetos, mas sim há lágrimas de gratidão e de gozo. Um lar singelo e comum, e não um templo estofado de ouro; o amor flui de corações sinceros, e não a fria indiferença. É Betânia, o lar verdadeiro, onde as aflições são aliviadas; é a Casa de Deus feita de corações de carne. Nela Cristo é o centro. Todos os olhares se dirigem para ele; o Seu olhar se coloca sobre cada um dos que ele chamou, e os consola de todas as suas angústias. A sua voz aprazível dá repouso ao coração. Ali não há outro nome, nem outra doutrina, porque Ele é suficiente. Os que habitam em Betânia estavam em outro tempo, longe e destituídos; por isso, eles não têm nada próprio que exibir. São absolutamente indignos e desconhecidos. No entanto, ali foram consolados. E quando sobrevêm à provação e o dia mau, eles encontram em Cristo a ressurreição e a vida. Em seguida, em gratidão, eles oferecem o seu nardo puro, que perfuma toda a Casa. Betânia ontem, e Betânia hoje. Paz, consolo, amor derramado, serviço contente, testemunho irrefutável de que Cristo ressuscitou e subiu para, em qualquer momento, retornar. Tal como os cristãos são chamados a ser sal no meio da terra, o remanescente é chamado a sê-lo não só na terra, mas também no meio da cristandade que se apartou de Deus. Eles têm que tomar sobre o seu coração a carga de todo o Corpo, e embargados do amor generoso de Deus, tem que procurar o bem de todos. Os seus chamados amorosos têm que tocar os corações insensíveis, e a sua intercessão a favor deles tocará também o coração de Deus. Como os antigos profetas, incendiará o seu coração de toda a compaixão de Deus, e procurará que outros gozem também as delícias que há na mão direita do Pai.

Fonte: www.aguasvivas.ws

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CAIM E ABEL

Qualquer que seja a religião que o homem professe, seja nova ou antiga, caracteriza-se fundamentalmente pela forma em que ensina a seus seguidores a aproximar-se de Deus. Ou lhes ensina a aproximar-se por suas obras, ou lhes ensina a aproximar-se pela fé; por seus próprios méritos, ou por meio de uma justiça externa.---Há na Bíblia dois homens, irmãos entre si, que representam essas duas posturas, essas duas formas de apresentar-se perante Deus. Um é Caim e o outro é Abel. Ambos, filhos de Adão e Eva. Tanto Caim como Abel nasceram fora do jardim, depois da queda de seus pais. Ambos tinham herdado a mesma natureza pecaminosa daqueles. No entanto, à hora de apresentar-se perante Deus eles assumiram atitudes em sentidos opostos. A Palavra de Deus diz claramente que a diferença não fundamentou na diferente natureza desses homens, nem em nenhuma outra circunstância humana, somente nas oferendas que apresentaram. A oferenda falava claramente a respeito do que tinha no coração deles.---Em Hebreus 11:4 diz: "Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala". Caim ofereceu a Deus o fruto da terra. Isto, o que pode parecer louvável, não o era, porquanto a terra estava amaldiçoada. Por causa da queda de Adão, Deus tinha declarado seu juízo sobre a terra e sobretudo que tinha sido contaminado pelo pecado. De maneira que, ao oferecer uma oferenda da terra, ele desconhecia maliciosamente essa maldição. Deus tinha sacrificado um animal para cobrir a Adão e Eva, declarando a insuficiência das vestimentas confeccionadas por eles.---Agora, Caim menosprezava a forma como Deus atribuía justiça ao homem, apresentando uma oferenda incruenta, como se o homem nunca tivesse pecado, e como se Deus nunca tivesse declarado seu juízo para eles. A Bíblia diz em Hebreus que "sem derramamento de sangue não há remissão". Caim era pecador, e entre ele e Deus se interpunha a morte. No entanto ele ignorou tudo isto. Ele tratou Deus como se fosse seu igual, quem poderia aceitar a oferenda do campo maldito e passar por cima do seu pecado não confessado. Abel, ao contrário, compreendeu que se tinha aberto um caminho até Deus por meio do sacrifício de Outro, e que as demandas da justiça e santidade de Deus foram satisfeitas mediante a substituição de uma Vítima sem defeito.---Esta é a doutrina da cruz, a única que Deus aprovou, e por meio da qual o pecador acha perdão e paz. Esta é também a única maneira em que Deus é glorificado. Abel entendeu que nenhuma de suas boas obras podia permitir-lhe o acesso a Deus. Assim também é como crê todo homem que foi tocado por Deus para ver sua extrema insolvência e para ver, ao mesmo tempo, a satisfação com que Deus olha o sacrifício de seu Filho. Cristo satisfez por completo todas as demandas divinas, e tirou do nosso meio o pecado.---Você pode ver a diferença entre Caim e Abel? Por que um foi recusado e o outro aceito? Se você segue o caminho de Caim será igualmente recusado; se segue o caminho de Abel, será igualmente aceito.

O RELÓGIO DE DEUS

"Então o Senhor disse a Abraão: Tenha por certo que a sua descendência morará em terra alheia, e será escrava ali, e será oprimida quatrocentos anos. Mas também à nação a qual serviram, eu a julgarei; e depois disto sairão com grande riqueza … E na quarta geração voltarão para cá; porque ainda não chegou ao seu cúmulo a maldade dos amorreus até aqui" (Gn. 15:13-14, 16).
---Quando Deus faz o pacto que favorecerá a Abraão, seu amigo, e a sua descendência, fala-lhe do futuro dela. Anuncia-lhe que ela será escrava, e que em seguida sairá do lugar de escravidão com grande riqueza, e que em seguida lhe dará a terra de Canaã em possessão.---A partir dessas palavras se deduz claramente que a história futura de Israel estaria associada a duas nações, e mais especificamente, aos juízos de Deus para aquelas nações. No Egito teriam que ser escravos, mas Deus julgaria ao Egito. Mais tarde, teriam que possuir Canaã, mas Deus julgaria a Canaã.---Sendo Deus justo, Ele não envia seus juízos sem que não haja uma causa suficientemente poderosa. Deus não poderia julgar ao Egito e aos amorreus se a maldade deles não tivesse chegado ao seu cúmulo. Deus abençoaria a Israel no Egito e em Canaã, mas sua bênção estaria associada aos juízos de Deus para aqueles povos.---Isto nos ilustra um princípio muito importante no agir de Deus. Os movimentos de Deus com o seu povo não sucedem independentemente dos seus movimentos com o resto dos homens e as nações. Deus vai encaixando tudo perfeitamente, ordena o cenário do mundo sabiamente, de modo que Deus possa dar a cada um conforme corresponda. Uns receberão bênções e outros, juízos, segundo o determinado conselho de Deus. ---Deus não podia tirar Israel do Egito a menos que a maldade do Egito tivesse chegado ao ponto máximo da paciência de Deus, e os juízos se fizessem necessários. Da mesma maneira, Deus não podia fazer cair os cananeus sob o castigo justiceiro dos israelitas, a menos que a maldade deles tivesse chegado ao seu cúmulo.---Quando Deus ordena os grandes marcos da história do seu povo, tem em conta a outros homens - e a simultânea ocorrência de feitos de justiça e de graça que tem prescrito para eles. ---Isto tem uma aplicação em nossa própria história presente. Dois exemplos. Às vezes oramos pedindo algo específico, mas sentimos que Deus demora muito para nos responder. Às vezes parece-nos que a vinda do Senhor Jesus Cristo também demora muito, face às insistentes orações do seu povo. Quando e como Deus responde as orações do seu povo?---Quando Deus decide intervir na vida dos seus filhos, ele ordena primeiro o cenário em que eles se desenvolvem, liga os fatos específicos com outros mais amplos, faz coincidir feitos de graça com outros de justiça, tudo em uma ordem tão perfeita que nada sucede por acaso, mas sim da maneira que Deus determina, e no tempo preciso. Seus são o que, o como e o quando fará. ---Nosso olhar está acostumado a ser muito estreito, e com ele às vezes julgamos equivocadamente o agir de Deus. Mas o relógio de Deus não se move tão simplesmente como o nosso.

CIDADES DE REFÚGIO

Quando Deus entregou a terra de Canaã a Israel, dispôs que tivessem seis cidades, localizadas estrategicamente ao longo e largo do território, destinadas para refúgio do homicida involuntário (Núm. 35).
Tinha três ao oriente do Jordão, e três ao ocidente. Elas deviam estar localizadas em lugares visíveis, para que ninguém tivesse dificuldades em vê-las, e acessíveis, para que ninguém tivesse dificuldades em chegar até elas. Para isto, os caminhos de acesso deviam estar sempre desimpedidos; suas portas sempre abertas. Essas cidades eram todas cidades outorgadas aos levitas, encarregados do serviço no templo, homens que conheciam a Deus, seus prodígios e misericórdias.
Quando o homicida involuntário caía na desgraça de um ato fatal não premeditado, fugia de imediato para a cidade de refúgio mais próxima para escapar assim da fúria do parente vingador. O pobre fugitivo escapava para salvar sua vida. Se a mão vingadora caía sobre ele no caminho, sua sorte era escura como a noite. Somente quando transpunha as portas da cidade de salvação, sua vida estava a salvo.
Quão preciosa era a provisão de Deus para o homem atribulado, convertido de repente num ser socialmente indesejado! Ali, a fúria era detida inesperadamente, o perdão era atingido, a graça era derramada como água em boca do sedento, no momento em que mais a precisava.
Em Josué capítulo 20 se reforça esta instrução -Israel já chegou a Canaã- e se mencionam, além disso, as cidades em questão. Três delas estão localizadas nos morros; três nos vales. Os morros e vales representam na Escritura os homens altos e os homens baixos respectivamente; aos proeminentes e aos simples. Todos eles encontram refúgio; para todos eles há uma cidade que lhes acolhe. Porque, qualquer que seja sua condição, o sofrimento é o mesmo quando a desgraça golpeia a porta.
De que essas cidades nos falam a nós, que estamos a milhares de anos mais longe? Quedes nos fala de refúgio para os pecadores; Siquém, que significa "ombro", fala-nos do alívio ao fatigado; um ombro forte como o daquele pastor da parábola que carregou a ovelha perdida; Bezer, que significa "castelo, fortaleza" nos oferece segurança; Ramote, que significa "altura", é socorro quando andamos em vales de sombra de morte. Golã, é o refúgio para os afligidos; e finalmente Hebrom (Quiriate-Arba), que significa "comunhão, aliança", é o refúgio para os desamparados, como o foi para um desamparado exemplar, Davi, quando depois de incontáveis padecimentos, foi ungido rei por Samuel.
Tudo aqui nos fala de Cristo; a terra de Canaã com sua abundância de leite e mel, são as riquezas insondáveis de nossa herança em Cristo. E cada cidade de refúgio, em todas, é Cristo recebendo-nos em graça para perdoar-nos, sustentar-nos, refugiar-nos, levantar-nos, consolar-nos e ungir-nos. Maravilhoso é Cristo, inefável em sua pessoa e em seu amor, qualificado de muitas maneiras para nossa segurança e consolo!

UM CORAÇÃO QUEBRANTADO

A primeira experiência que viveu Esdras, o escriba, logo que havia chegado a Jerusalém, provou o seu coração. Ele estava totalmente preparado para fazer a obra de Deus? Era um mero enviado de Artaxerxes, o rei da Pérsia, ou era Deus que o enviara? Ele usaria os recursos da carne ou os do Espírito?
Quando Esdras subiu para Jerusalém tinham passado mais de 20 anos desde que os primeiros restauradores tinham chegado. Nesse tempo, o templo já tinha sido reedificado. O governante –Zorobabel–, e os profetas –Ageu e Zacarias– já tinham feito o seu trabalho. Agora o turno estava a cargo de um escriba douto na Palavra de Deus. Sua missão era embelezar o templo, e trazer o conselho da Palavra de Deus à vida da renascida nação.
No entanto, logo que chegou, encontrou-se com um grave problema para resolver: o povo tinha se misturado com os povos pagãos (Esdras 9). Tinham tirado deles esposas para os seus filhos, e o que é pior, tomava parte nos seus cultos idolátras. Inclusive os governantes estavam envolvidos. O que fazer?
Esdras, o delegado que tinha plenos poderes do rei, poderia ter reagido com ira e ter resolvido o problema por decreto, ordenando o castigo dos culpados e a dissolução dos vínculos. No entanto, Esdras não atuou como um governante - poderia apoiar-se na carne, na força do braço. Atuou, ao contrário, como homem de Deus, quebrantado e humilde.
O relato diz que Esdras fez-se em dor, afligiu a sua alma diante de Deus e dos homens. Começou a orar com contrição, confessando os pecados do povo, utilizando em sua oração o "nós", quer dizer, tomando sobre si a culpa e apresentando-se como sacerdote diante de Deus a favor do povo.
Nisto, Esdras mostra um atributo maravilhoso, o mesmo que o Senhor Jesus Cristo desenvolve hoje diante do Pai como sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, intercedendo sempre pelos crentes. Quando Esdras resolveu tomar este caminho, assegurou uma solução espiritual para o problema, pois assegurou a intervenção de Deus. O problema das misturas matrimoniais ficou resolvido a seu tempo.
Quando o povo viu a reação de Esdras, e escutou a sua dramática oração, foi tocado profundamente. Então eles se juntaram à súplica do piedoso escriba, e Deus usou a Secanias para que sugerisse a Esdras o caminho a seguir. Assim resolveu o grave mal. Mas o ponto crucial em tudo isto foi a reação de Esdras. Isso teria que determinar a forma e os recursos com que o problema se solucionaria. Esdras não se elevou como juiz dos seus irmãos, mas sim como intercessor a favor deles. Tratado pela mão de Deus, mostrou a beleza de um coração transformado à semelhança de Cristo. E isso não pôde deixar indiferentes nem sequer aos mais endurecidos.
Eis aqui um exemplo a seguir pelos que têm a responsabilidade de ensinar a Palavra de Deus. A primeira mensagem que eles dão é o de um coração quebrantado.

NINRODE e BABILÔNIA

No capítulo 10 de Gênesis aparece um personagem de importância histórica e simbólica, o primeiro 'grande' da terra: Ninrode. O significado da palavra 'Ninrode' tem a ver com 'marad', 'rebelar'. Ninrode chegou a ser o primeiro grande rebelde, "o primeiro poderoso na terra". A palavra poderoso ('gibbor' em hebreu) indica violência, poder tirânico, o qual sugere que Ninrode se converteu em um déspota.
O poder político de Ninrode se estendeu por várias cidades de grande importância, mas a mais significativa é Babel. Ninrode foi o ideólogo e fundador de Babel. 'Babel' significa, em idioma babilônico, 'a porta de deus', e em hebreu, 'confusão´. Isto sugere que Ninrode queria apresentar-se diante das pessoas como se fora um deus. De fato, na sua morte, foi levado aos altares pagãos como Marduque (ou Merodaque), junto a sua esposa, Semiramis, e seu filho, Tamuz. Este trio de deuses (o pai, a mulher e o menino) passou posteriormente a todas as culturas, onde adquiriu características e nomes distintos.
Babel foi edificada em uma planície, na extensa planície que existe ao sul da Mesopotâmia. Como na Mesopotâmia a pedra é escassa, construíram com tijolos (feito de argila cozida, endurecida). Com este material levantaram Babel.
Os homens queriam alcançar dois objetivos: Fazer um nome, e chegar ao céu. Encheram-se de ambição de poder, de orgulho e rebeldia. Mas Deus desceu para ver o que estavam fazendo, e confundiu as suas línguas. Isto foi o juízo de Deus, que indica que Deus não estava naquilo, nem podia estar de acordo.
Babel é o começo da Babilônia, e como tal, representa o verdadeiro caráter, objeto e resultado de todas as associações e religiões humanas. É o protótipo de todas elas. E Ninrode está em sua origem e depois em seus altares. Babilônia é um nome muito conhecido, e de uma influência muito notória nas Escrituras. Do capítulo 10 de Gênesis e até o capítulo 18 de Apocalipse, Babilônia sempre é identificada com as forças que se opõem a Deus, à obra de Deus, e ao testemunho dos servos de Deus. Todas as religiões humanas tiveram a sua origem ali.
Cada vez que Deus levanta um testemunho sobre a terra, Satanás tem uma Babilônia para danificar esse testemunho. No Antigo Testamento, Babilônia se opõe a Israel; no Novo, Babilônia se opõe à Igreja. Ninrode segue existindo, não só na história de Babel e nos altares religiosos. Também segue existindo solapadamente no coração dos homens que desejam fazer um nome e que desejam alcançar o céu por sua própria criatividade.
No entanto, Deus não pode ser alcançado pelas obras humanas, somente pela fé no Filho de Deus. Tal como ocorreu com a aventura de Ninrode e Babel, todas as demais aventuras deste tipo fracassarão igualmente.
Deus, que recebe os humildes, sempre resiste aos soberbos e prepotentes. Os Ninrodes não têm nenhuma possibilidade de ser recebidos por Deus. Tampouco Babilônia.

Fonte:www.aguasvivas.ws

SELADOS POR DEUS

De tempo em tempo Deus faz descer os seus juízos sobre a terra, e então a terra se comove e treme. Os homens olham para o céu com temor, e toda luz se converte em trevas e toda alegria em tristeza.
Os juízos de Deus vêm sobre o homem por causa do seu pecado, por causa da multidão dos seus pecados, e porque os limites de tolerância de Deus foram ultrapassados. Os juízos de Deus são sempre justos. Se porventura o homem ímpio duvidasse de que é assim, e se houvesse (hipoteticamente) que dar razões, Deus teria os argumentos mais sólidos para demonstrá-lo. É somente por causa da ignorância que se tem de Deus e dos limites que pode chegar a maldade da humanidade, que o homem desculpa ao homem e acusa a Deus.
Deus no envia os seus juízos indiscriminadamente. Em sua soberania, ele reserva aos seus, aos justos da terra, para que os seus juízos não lhes alcancem. Nos dias de Ezequias, quando Deus decide enviar o seu castigo exemplificador sobre Jerusalém, Deus envia um varão vestido de linho para marcar a todos "os homens que gemem e que clamam por causa de todas as abominações que se fazem no meio dela" ( Ez. 9:4). Em seguida, quando dá a ordem de extermínio aos verdugos, adverte-lhes que "a todo aquele sobre o qual houver sinal, não se aproximarão" (v. 6).
Da mesma maneira, em Apocalipse capítulo 7 encontramos os 144.000 selados, que são protegidos dos juízos que caem sobre a terra. A ordem de Deus é: "Não façam mal a terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos selado em suas frontes os servos do nosso Deus" ( Ap. 7:3). O propósito evidente é defendê-los dos juízos.
Diante disso, se Deus procedeu assim nos dias de Ezequiel, e procederá assim nos dias assinalados em Apocalipse, não significa por acaso que essa é a sua maneira de proceder nesses casos? Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente. A sua maneira de atuar obedecem sempre os mesmos princípios, porque ele é imutável.
A Bíblia diz que Deus pôs em todos os seus filhos o selo do Espírito Santo, que é o sinal e garantia de que eles pertencem a Deus, que é "o penhor da nossa herança até a redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória" (Ef. 1:14).
Outros exemplos: Nos dias de Abraão, Deus enviou os seus juízos sobre Sodoma e Gomorra; no entanto, Ló, que vivia em uma dessas cidades, escapou da triste sorte deles por causa da sua justiça (2ª Pedro 2:7-9). Em Apocalipse 3:10, o Senhor diz à igreja em Filadélfia: "Porquanto guardaste a palavra da minha paciência, eu também te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para provar os que habitam sobre a terra".
Muito se tem falado a respeito de se os cristãos vão experimentar alguma espécie de tribulação nos dias finais, ou se serão arrebatados antes que esta se manifeste. Qualquer seja a postura que se tenha a respeito, há uma verdade que deve reluzir sobre qualquer posição doutrinária: Deus não destrói o justo com o ímpio. Nós, os que temos a bendita fé do filho de Deus, podemos então esperar com paz os tempos que virão, pois quaisquer que sejam os juízos que Deus envie sobre a terra, Deus amparará os seus e os esconderá no oculto da sua morada no dia do mal (Is. 26:20).

Fonte: www.aguasvivas.ws

O MANÁ

"Cristo, o pão vivo que desceu do céu." Contudo, como Israel estava debaixo da graça, as suas necessi­dades são supridas de uma maneira maravilhosa, como lemos no versículo 4, deste capítulo: "Então, disse o Senhor, a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus". Quando se achavam envolvidos pela nuvem fria da incredulidade, eles haviam dito: "Quem dera que nós morrêssemos por mão do Senhor, na terra do Egito, quando estáva­mos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar!" Porém, agora DEUS diz que lhes dará "pão dos céus". Abençoado contraste! Que diferença espantosa entre as panelas de carne, os alhos porros e as cebolas do Egito e este maná celestial - "o pão dos poderosos"! (Sl 78:25). Aquelas coisas pertenciam a terra, este pão era do céu.Mas este alimento celestial era necessariamente, uma experi­ência da condição de Israel, como está escrito, "...para que eu seja se anda em minha lei ou não". Era preciso ter-se um coração separado das influências do Egito para se dar por satisfeito, ou apreciar "o pão dos céus". Com efeito, sabemos que o povo não se contentou com este pão, antes o desprezou, declarou-o "pão vil" e desejou carne.Desta forma os israelitas mostraram quão pouco separados esta­vam os seus corações do Egito e como não estavam dispostos a andar na lei de DEUS: "..em Seu coração se tornaram ao Egito" (At 7:39).Porém, longe de serem reconduzidos para ali, foram transpor­tados, por fim, para além de Babilónia (At 7:43). Eis uma lição solene e salutar para os cristãos. Se aqueles que foram libertados deste presente século mau, não andam com DEUS com corações agradecidos, satisfeitos com a provisão que Ele fez para os remidos no deserto, estão em perigo de cair nos laços da influência de Babilónia. É uma reflexão muito séria, que requer gosto celestial para se poder alimentar do Pão do céu. A natureza não pode saborear um tal alimento; suspira sempre pelo Egito, e, portanto, deve ser sempre dominada. É nosso privilégio, como aqueles que foram batizados na morte de CRISTO e ressuscitados "pela fé no poder de DEUS" (Cl 2:12), alimentarmo-nos de CRISTO como "o pão da vida que desceu do céu" (Jo 6:51).CRISTO: O Pão Vivo que Desceu do CéuEste é o nosso alimento nesta peregrinação—CRISTO apresenta­do pelo ministério do Espírito Santo através das Escrituras; enquan­to que, para nosso refrigério espiritual, o Espírito Santo veio, como o fruto precioso da Rocha ferida — CRISTO, que foi ferido por nós. Tal é a nossa parte neste mundo.Ora, é evidente que, a fim de podermos desfrutar uma parte como esta, os nossos corações devem estar separados de tudo neste presente século mau, de tudo aquilo que poderia despertar a nossa cobiça como aqueles que vivem na carne. Um coração mundano e carnal não encontra CRISTO nas Escrituras nem poderá apreciá-Lo, se o encontrar. O maná era tão puro e mimoso que não podia suportar contato com a terra. Por isso, descia sobre o orvalho (veja-se Nm 11:9) e tinha de ser recolhido antes de o sol se elevar. Cada um, portanto, devia levantar-se cedo e recolher a sua parte. O mesmo acontece com o povo de DEUS agora: o maná celestial tem de ser colhido todas as manhãs. O maná de ontem não serve para hoje nem o de hoje para amanhã. Devemo-nos alimentar de CRISTO cada dia que passa, com novas energias do Espírito, de contrário deixaremos de crescer. Ademais, devemos fazer de CRISTO o nosso primeiro objetivo. Devemos buscá-lo "cedo", antes de "outras coisas" terem tempo de se poderar dos nossos pobres corações. E nisto que muitos de nós, enfim, falhamos! Damos um segundo lugar a CRISTO, e como consequência ficamos fracos e estéreis. O inimigo, sempre vigilan­te, aproveita-se da nossa indolência espiritual para nos roubar a bem-aventurança e as forças que recebemos nutrindo-nos de CRISTO. A nova vida no crente só pode ser alimentada e mantida por CRISTO. "Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta também viverá por mim" (Jo 6:57).A graça do SENHOR JESUS CRISTO, como Aquele que desceu do céu, para ser o alimento do Seu povo, é inefavelmente preciosa para a alma renovada; porém, a fim de poder apreciá-Lo desta forma, devemos compreender que estamos no deserto, separados para DEUS, no poder de uma redenção efetuada. Se ando com DEUS através do deserto, estarei satisfeito com o alimento que Ele me dá, e este é CRISTO, como Aquele que desceu do céu. "O trigo da terra" de Canaã, "do ano antecedente" (Js 5:11) tem o seu antítipo em CRISTO elevado às alturas e assentado na glória. Como tal, Ele é o próprio alimento daqueles que, pela fé, sabem que estão ressuscita­dos e assentados juntamente com Ele nos lugares celestiais. Porém, o maná, isto é, CRISTO como Aquele que desce do céu, é o sustento para o povo de DEUS, na sua vida e experiências do deserto. Como um povo estrangeiro no mundo, necessitamos de um CRISTO que tam­bém aqui viveu como estrangeiro; como povo assentado nos luga­res celestiais, temos um CRISTO que também ali está assentado. Isto poderá explicar a diferença que existe entre o maná e o trigo da terra do ano antecedente. Não se trata da redenção, pois que esta já a temos no sangue da cruz, e ali somente; mas simplesmente da provisão que DEUS fez para o Seu povo em face das variadas condições em que este se encontra, quer seja lutando no deserto ou tomando posse em espírito da herança celestial.Fonte: Comentário do livro de Êxodo – C. H. Mackintosh

COMPANHEIROS

Theodore Austin-Sparks : www.aguasvivas.ws
Publicação: 05/01/2009
"...na vocação celestial, uma Família Santa!"
Transcrito de uma mensagem de 1958
Hebreus 3:1: “Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus”
Eu desejo enfatizar aquela expressão: "que participais" – da vocação celestial. Este é, para o momento, o propósito desta breve meditação, seu ponto focal. Mas, como se vê, decorre de uma continuação sugerida pelas primeiras palavras da sentença: "Por isso". É matéria de comum conhecimento que esta carta aos hebreus é cheia de comparações e contrastes. Há vários deles. Neste ponto, enfoca-se duas casas e duas pessoas responsáveis por e pertencentes a estas duas casas. Duas casas, como se percebe nas palavras imediatamente seguintes: de um lado, em primeiro lugar, a de Moisés em que ele era fiel como um servo; de outro lado, a casa de Jesus na qual Ele é Filho e sobre a qual Ele é cabeça.
A palavra "casa", é claro, é mais literalmente uma “economia" ou “ordem” de Deus nesta dispensação. Assim, de um lado há a casa terrena; do outro, a celestial em contraste. De um lado a temporal, do outro a espiritual. De um lado, como diz: "a que veio por meio de anjos"; do outro, a que veio pelo Filho de Deus. A carta inteira tem este objetivo: a superioridade, a grandeza da última sobre a primeira.
Estas palavras com as quais o capítulo inicia nos dizem ou indicam algo quanto à constituição desta casa celestial, espiritual e tão mais superior. Faz isto usando as palavras: "Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial". Santos irmãos: são eles que constituem esta casa. A casa santa, portanto, é composta daqueles que foram separados de um sistema, domínio e natureza para Deus; para uma outra ordem. Separados do mundo, do pecado, da morte; este é o sentido da palavra "santos" - separados.
Irmãos - santos irmãos. Bonito título para a casa de Deus! A família dos santos, dos separados. Esta é a natureza superior DESTA casa. Gostaria de permanecer nisto pois há muito dito sobre isto antes, sobre Cristo cantando no meio de Seus irmãos e não se envergonhando em chamá-los de irmãos, dizendo: "Eu e os filhos que Deus me deu" e assim por diante, tudo conduzindo a isto: "santos irmãos". A casa celestial, espiritual, é uma casa de irmãos e irmãs santificados. É uma FAMÍLIA SANTA.Mas então chegamos ao ponto especial para este momento, a designação particular daqueles que são desta casa. "Por isso, santos irmãos, que participais..." - uma tradução infeliz. No original a expressão “que participais” é "companheiros" (NT: ou “parceiros”). Companheiros - a mesma palavra ocorre em Lucas 5:7 sobre os discípulos e os peixes: "fizeram sinais aos companheiros". Esta é exatamente a mesma palavra aqui. Por que a mudaram para "que participais" em vez de dizer "Por isso, santos irmãos, companheiros na vocação celestial"? Há muitas designações na Palavra de Deus a respeito dos servos do Senhor. Estamos familiarizados com escravos de Jesus Cristo, ministros de Cristo, mordomos do mistério, cooperadores; e assim podemos ir adiante - um grande número de títulos e concepções dos servos do Senhor na casa do Senhor. Mas aqui está uma outra designação. E se pudermos capturar seu peculiar e particular sentido, veremos que ela vai um pouco além que muitas das outras... Praticamente todos estes outros títulos trazem a idéia de responsabilidade delegada. Um servo, por exemplo, é encarregado em seu serviço com responsabilidade. A um mordomo lhe são confiados recursos, é algo delegado a ele. E assim todos os outros títulos têm esta idéia embutida neles. Mas aqui está algo que vai além - COMPANHEIROS! Companheiros na vocação celestial... trazidos ao companheirismo com Cristo e uns com os outros a respeito desta casa. Esta casa é um companheirismo, uma parceria.
Estou bem certo, caros amigos, que vocês percebem quase todo dia a diferença entre um empregado e um parceiro. Todos percebemos isto, pois salta aos olhos em todo lugar. Estive numa casa durante esta semana, enquanto este evento transcorria. Os empregados estavam trabalhando. Eles não relacionam o ir embora após o trabalho e o deixar TODAS as luzes acesas. Eu vi um jovem pondo seu casaco para sair, deixando uma grande lâmpada acesa. Eu lhe disse: "Aonde você vai?" "Pra casa jantar". "Por que deixa a luz acesa?" "Oh, eu nunca pensei sobre isto!". Veja, ser "empregado" é uma coisa – eu é que senti a ofensa, pois partilharei as contas a pagar e tudo o mais. Se tivesse sido um companheiro - um parceiro, um co-proprietário - ele teria sido muito, muito cuidadoso sobre a casa, sobre toda sorte de detalhes, porque como um companheiro ele está envolvido em todas as contas a pagar. Há toda esta diferença. Parece simples, mas há TODA esta diferença na casa de Deus entre empregados (servos, num sentido) e companheiros. E percebendo que o companheirismo de que se fala aqui é de um tipo familiar, a família está em companheirismo sobre a casa, a economia, a ordem; uma responsabilidade familiar de parceria - é isto que temos aqui. Uma responsabilidade FAMILIAR de parceria por esta casa.
Isto traz a casa para bem perto do coração, não? Para uma preocupação legítima, um cuidado real, um ciúme verdadeiro. Estamos envolvidos como companheiros! Veja, as perdas serão as nossas perdas, não são as perdas do patrão, do proprietário, de alguém para quem trabalhamos e que tem que arcar com isso; são NOSSAS perdas. Os ganhos são NOSSOS ganhos! Estamos tão envolvidos nos assuntos desta casa que o que a toca, nos toca. As perdas e os ganhos, tudo que tem a ver com ela é um assunto da nossa própria vida.
Uma responsabilidade conjunta porque, e é tremendo ouvir isto dito aqui, a casa de DEUS é a nossa casa - sim, é a casa de Deus e também é a nossa casa. De que casa somos? É dito que somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Jesus Cristo. Esta é a nossa casa, somos co-proprietários. Pertence a nós em um sentido espiritual, é parte de nós e somos co-participantes em todos os interesses desta casa.
Enfatizo esta palavra "companheiros". Isto é tudo que desejo dizer, pense nisto. Isto convém muito. Penso que vai até o coração de tudo, vai mesmo. É uma idéia linda. Não somos mais apenas empregados do Senhor - servos no sentido oficial ou profissional - nós somos companheiros.
Pense sobre os discípulos em parceria no lago. Tenho certeza de que o que afetava um bote, afetava todos os parceiros. O que afetava um parceiro afetava os outros. Era uma parceria e a perda de qualquer parte era uma perda para todos; o ganho de qualquer parte era o ganho de todos. E quando o bote estava quase afundando pela abundância da pesca, eles não guardaram para si, como sua bênção; eles sinalizaram aos parceiros e repartiram a bênção. Esta é a casa de Deus.
Possa Ele justamente aplicar a nós Seu próprio entendimento nisto: "santos irmãos, companheiros na vocação celestial".
(Traduzido por Jonathan L Hack)

Fonte: www.celebrandodeus.com.br

DO PÓ DA TERRA A PEDRA PRECIOSÍSSIMA

"... e o seu brilho era semelhante a pedra preciosíssima..." (Apocalipse 21.11).
Quando Deus propôs criar o homem, o material que tomou para formá-lo foi o pó da terra. Pó, algo vil, mas a mulher já foi tomada do homem. Não do pó, mas dos seus ossos e da sua carne (Gên. 2.22-23). Isto nos mostra algo do coração de Deus. Jesus foi feito semelhante aos homens em sua humilhação. Feito pecado por nós, mas a Igreja recebeu algo glorioso na Sua ressurreição. A Igreja foi feita membros do seu Corpo, da sua carne e dos seus ossos: "Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos" (Ef. 5.30). Jesus desceu às partes mais baixas da terra, mas a Igreja na sua ressurreição foi assentada nos lugares celestiais (Ef. 2.5-6). Agora não somos mais pó, barro feito tijolos, mas cantarias, isto é, pedras que estão sendo aperfeiçoadas com o uso de ferramentas, lavradas para serem usadas em uma edificação: "Os tijolos caíram, mas com cantaria tornaremos a edificar; cortaram-se os sicômoros, mas em cedros as mudaremos" (Is. 9.10). Não tijolos, figura do homem, mas pedra viva figura de Cristo, para edificação da Sua casa espiritual: "E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Pd. 2.4-5). Um dia como nos ensina o apóstolo Pedro, o dia do Senhor virá como ladrão, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há serão queimadas (2 Pd. 3.10). O fogo provará a obra de cada um (1 Cor. 3.13), mas ao mesmo tempo, como aconteceu anteriormente às pedras preciosas, dissolverá e fundirá as pedras vivas, transformando-as em pedras preciosíssima: "Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?" (2 Pd. 3.11-12). Que coisa bendita! Primeiro a água, depois o fogo. Primeiro a água formando, lavando, regenerando e santificando, depois o fogo purificando e fundindo. Aleluia! Do pó, do barro, à pedra preciosíssima. Do mais vil elemento a algo que resplandeça a Glória de Deus. Quem é capaz de fazer algo semelhante? Não há outro, senão o nosso grandioso Deus, o nosso Pai bendito, o Todo-Poderoso. Não há palavras em nós que possa expressar tal Glória. Que o Espírito cumpra em nós o seu ministério e glorifique a Pessoa de Jesus Cristo, e que na face de Cristo vejamos tão imensa Glória do Pai.
Fonte: Site Águas Vivas

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O PLANO DE DEUS COM ISRAEL


"Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel" (Is 41.14).
Uma promessa maravilhosa! Mas onde, como e quando esta ajuda para Israel pode ser encontrada hoje? Talvez, com os EUA? Não! Ou talvez com Deus, que permitiu o Holocausto e deixou ocorrer a "intifada" (rebelião dos palestinos)? Os inimigos, cegos de ódio, não poupam nenhum sacrifício, nem a própria vida para espezinhar o "vermezinho de Jacó" e provocar uma "solução final" para poder estabelecer o chamado Estado Palestino. E isso em Eretz Israel (a terra de Israel)! O mundo sem Deus prefere crer numa mentira histórica, ao invés de crer na Palavra de Deus eternamente válida.
Lembremo-nos mais uma vez do que Deus diz do "vermezinho de Jacó": "Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7.6-8).

Do "vermezinho de Jacó" brotou Davi, o "Meleque (= rei) de Israel", que escolheu ser pequeno e humilde diante de Deus. Pela graça de Deus ele pôde subir ao "trono de Davi" como rei terreno e precursor do eterno Rei da Paz, Jesus Cristo.
Deus não escolhe quem busca poder, status e fama. Pelo contrário: "Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1.27). Esse é um princípio divino, que se estende por todo o Plano de Salvação.
"Palestina", como Israel é chamado por muitos hoje, é uma designação falsa, pois essa palavra é uma derivação de "pelishtim" ou "Filístia". Na verdade Israel foi oprimido temporariamente pelo "povo do mar", os filisteus, mas os conhecedores da Bíblia sabem que Davi acertou as contas com Golias e os filisteus foram vencidos. Em tempo algum a terra de Israel pertenceu aos filisteus ou aos palestinos. Os moradores da terra, antes que Israel a ocupasse, foram as gerações dos cananeus: "Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus e aos hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. E o limite dos cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa" (Gn 10.15-19), e a terra se chamava Canaã. "Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma" (Gn 13.12). Depois que Ló havia se separado de Abraão, este recebeu novamente uma confirmação da parte de Deus: "Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra (Canaã) que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre" (Gn 13.14-15).
Quando Israel entrou em Canaã, Josué recebeu a ordem divina: "Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés" (Js 1.2-3). Depois de quarenta anos de peregrinação pelo deserto, a terra de Canaã foi a pátria de Israel durante 1.500 anos até a destruição do templo no ano 70 d.C. Então Israel foi espalhado entre os povos – até que no ano de 1948, foi-lhe novamente concedida uma pátria por decisão da ONU, mas com a imposição (infeliz) de dividi-la com os árabes.
Mas de onde vem, então, o nome Palestina? O imperador romano Adriano, que odiava os judeus e os cristãos, deu esse nome à terra no ano de 135 d.C., com a intenção de que não se fizesse mais referência "ao nome Judéia de Israel". Assim foi cunhado o falso nome "Palestina" e ele ficou sendo usado desde então. Infelizmente, até as sociedades bíblicas aceitaram essa falsa denominação e a usaram nos mapas em diversas Bíblias: Palestina, ao invés de Canaã.
Aqueles que atualmente se chamam de palestinos são árabes, sejam eles muçulmanos ou cristãos. No fundo a polêmica atual entre árabes e judeus (Israel) não é um problema étnico nem político, mas um problema religioso. E por isso, na verdade, somente a Bíblia pode mostrar o caminho certo para a solução do conflito.
Israel (= Jacó) é uma designação que se refere tanto ao povo como também à terra. Povo e terra formam uma unidade inseparável. Desta forma, a terra deve pertencer aos palestinos, ou seja, aos árabes? Jamais, pois o próprio Deus garante que ela pertence a Israel. As nações deveriam prestar atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" (Zc 2.8b).
A história trágica de Israel mostra que desde o início da sua existência foi oprimido continuamente por poderes inimigos e até ameaçado pelo holocausto. Holocausto significa extermínio em massa, extinção, solução final do problema judeu. Isso já começou antigamente no Egito com Faraó, que tentou dizimar os hebreus. Mas tão certo como Faraó e seus exércitos se afogaram no Mar Vermelho, também Deus acertará as contas com os atuais inimigos de Israel. Naquele tempo ainda era um único inimigo que ameaçava a Israel, hoje são as nações. Desde 1948 Israel foi envolvido em cinco guerras, às quais sobreviveu vitoriosamente. Hoje um dos seus principais inimigos, que usa pedras, punhais e bombas, está bem no meio do seu território. Contra isso é difícil usar tanques, ou aviões. Por meio de guerras e atos terroristas morreram milhares de israelenses desde a fundação do Estado, e a desejada paz desvanece cada vez mais para o "vermezinho de Jacó". Altos dignitários da política vêm a Israel e se atrevem a dar "bons" conselhos e exortações, dizendo que os judeus deveriam ceder territórios. Mas nada nem ninguém anula as promessas que Deus deu a Jacó: "Disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó. Já não te chamarás Jacó, porém Israel será o teu nome. E lhe chamou Israel. Disse-lhe mais: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; sê fecundo e multiplica-te; uma nação e multidão de nações sairão de ti, e reis procederão de ti. A terra que dei a Abraão e a Isaque dar-te-ei a ti e, depois de ti, à tua descendência" (Gn 35.10-12). Mas nem o povo como um todo nem o governo se firma nessa promessa, e infelizmente segue o caminho da "angústia de Jacó", conforme Jeremias 30.7-10: "Ah! Que grande é aquele dia, e não há outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será livre dela. Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, eu quebrarei o seu jugo de sobre o teu pescoço e quebrarei os teus canzis; e nunca mais estrangeiros farão escravo este povo, que servirá ao Senhor, seu Deus, como também a Davi, seu rei, que lhe levantarei. Não temas, pois, meu servo, Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize".
Nosso coração anseia por isso! A nossa oração sempre deve ser que, sem demora, Israel seja conduzido ao encontro do destino que Deus planejou para ele! Para isso é preciso ter fé baseada nas Escrituras e perseverança, não se deixando determinar pelo mal e pelo que é atualmente visível, mas sim, firmando-se nas imutáveis promessas de Deus!
Deus o chama de "vermezinho de Jacó". O Israel moderno – e "vermezinho de Jacó", será que isso combina? Ou Deus deveria fazer uma correção e mudar-lhe o nome? Com essa humilde terminologia divina ofenderíamos Israel diretamente. No máximo, esta expressão talvez possa ser engolida nas piadas judaicas ou no humor do escritor satírico israelense Ephraim Kishon. Israel se orgulha dos seus progressos tecnológicos. E não só por isso, pois em todas as áreas os judeus realizam coisas inovadoras. Por exemplo, em tempo recorde eles criaram um jardim florido e belas cidades nas areias do deserto. Não se consegue enumerar tudo o que eles estão conseguindo e realizando. E nós nos admiramos e nos alegramos com o seu sucesso, e naturalmente também porque foram vitoriosos nas cinco guerras, das quais se viram obrigados a participar. E se houver guerra novamente, Israel está preparado – e como!
Contudo, falta o essencial ao povo de Deus hoje: a confiança no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó. Israel quer ser como todos os outros povos e esquece o seu Deus. Por isso, hoje em dia, há medo e perplexidade por toda parte. Alastram-se a anarquia e a imoralidade em Israel como acontece nas outras nações. No Knesset (Parlamento) ninguém se levanta e chama ao retorno para o Deus dos pais. Para onde isso vai levar? Para a "angústia de Jacó", a Grande Tribulação. Só se pode implorar: "Senhor, tenha misericórdia deles e abrevie esse tempo!" O próprio Deus é fiador da salvação e do renascimento de Israel, que o Messias, Yeshua, Jesus Cristo, trará. Então se cumprirá o que está escrito: "Eu, o Senhor, te chamei em justiça; tomar-te-ei pela mão, e te guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios" (Is 42.6). Por isso: nós, que amamos o judeu Jesus, formemos uma muralha de orações ao redor do "vermezinho de Jacó"! Assim o problema com os vizinhos de Israel, hoje ainda inimigos, estará resolvido: "Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra das minhas mãos, e Israel, minha herança" (Is 19.25b).
Com absoluta certeza o "vermezinho de Jacó" pode contar com a ajuda do Senhor, pois seu Redentor, o próprio Santo de Israel, comprometeu-se com Sua promessa: "Desposar-te-ei comigo para sempre; desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei comigo em fidelidade, e conhecerás ao Senhor" (Os 2.19-20).
Naquele tempo, segundo o direito judaico, o noivado era bem mais significativo do que nos costumes do Ocidente. Um casal de noivos ficava comprometido um com o outro, pois o noivo pagava um dote por ocasião do noivado. Com isso o acordo estava selado. Em que consiste o dote em relação a Israel? "Em justiça, em juízo, e em benignidade e em misericórdias... e em fidelidade!" Qual é o fundamento de um noivado? Evidentemente é o amor! Além disso, o Senhor ainda lhes deu Seu Filho unigênito. Portanto, o que mais Israel pode esperar de Deus? Encontramos a resposta em Romanos 11.29: "Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis" e: "se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo" (2 Tm 2.13).
Deus cumpriu Seu juramento e continua cumprindo-o. – E Israel? "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (Jo 1.11). E: "Não queremos que este reine sobre nós" (Lc 19.14b). Que tragédia para a própria desgraça! Que grande ofensa a Deus e a Seu Filho! Como deve ter sido dolorosa para Eles a recusa desse amor! Ouvimos como um lamento: "Estendi as mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos" (Is 65.2). Por isso Israel ainda tem de passar pelo juízo redentor, pois Deus diz por meio de Samuel: "Se, porém, não derdes ouvidos à voz do Senhor, mas, antes, fordes rebeldes ao seu mandado, a mão do Senhor será contra vós outros, com foi contra vossos pais" (1 Sm 12.15). – "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59.1-2).
Poderíamos continuar jogando sobre Israel muitas outras passagens bíblicas que falam de condenação. Esta é a nossa tarefa? De maneira nenhuma! Isso não compete a nós! Nesse sentido nos chama a atenção a insistente exortação do apóstolo Paulo: "Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará" (Rm 11.20b-21). Por acaso será que nós temos sido continuamente fiéis ao Senhor? Infelizmente, não! Somos nós melhores do que o "vermezinho de Jacó?" De modo algum! É vergonhoso constatar que o anti-semitismo não se alastra apenas nos círculos políticos, mas até em igrejas isso tem acontecido – e contagiado membros de grupos cristãos.
Desde a escolha de Israel, como povo de propriedade de Deus, o inimigo tem sempre procurado destruí-lo. Ele costuma usar dirigentes políticos como Hitler, Nasser, Kaddafi, Yasser Arafat, mas também a imprensa de esquerda. O Holocausto começou com Faraó. Na peregrinação pelo deserto foi o rei Balaque que usou os serviços do renomado adivinho e "vidente" Balaão. Este era uma sumidade no terreno do ocultismo. Balaão deveria amaldiçoar Israel por meio de suas temidas maldições mágicas, o que falhou apesar de diversas tentativas. Contra a vontade de Balaque e Balaão, ao invés de maldição, esse falso profeta teve de pronunciar as mais gloriosas palavras de bênção: "Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem... uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro" (Nm 24.9b e 17a).
A história de Israel, em muitos trechos, é uma história de sofrimentos trágicos. Finalmente houve na Suíça e em alguns outros países uma disposição para rever a História e ressarcir danos materiais às vítimas do Holocausto e seus descendentes, e se fala de revisar o passado. Mas além disso também seria importante revisar a História de Israel, sua origem e suas promessas como são ensinadas em escolas e universidades. Para isso, porém, seria necessário estudar a Bíblia! Como, entretanto, as nações e seus dirigentes estão cegos e não têm mais compromisso com a Bíblia, continuam presos à velha e antiga culpa, que é impossível de ser reparada com quaisquer bens materiais. Ninguém pode resgatar sua culpa por meio de ouro ou dinheiro! Deus não aceita nenhuma negociação de indulgências. A Palavra de Deus diz que as nações se tornaram cegas: "obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração" (Ef 4.18).
Alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu:
"O que você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês"? O judeu respondeu: "Haverá um novo feriado para nós!" "O que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?" O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar – e nós recebemos um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus – e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antiôco, o rei da Síria, quis exterminar os judeus. Ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo – e Israel recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar – e nós recebemos mais um feriado: Yom Ha’atzmaut, o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém Oriental. Desde então festejamos anualmente o Yom Yerushalaym, o Dia de Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da parte de Deus!" E o velho judeu tem razão!
Esta história continua sendo escrita: Israel receberá outro feriado. O monumento já foi levantado. No mundo inteiro só existe um único monumento a uma guerra que ainda não aconteceu. Qualquer um tem a oportunidade de vê-lo em Megido, e a placa indicativa diz que, de acordo com Apocalipse 16.16, Deus reunirá as nações para a guerra em Armagedom. Mas não somente isso. Também se cumprirá Zacarias 14.12 assim que os inimigos de Israel atacarem Jerusalém, e a sentença está lavrada: "Esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca." Por causa das armas químicas, esse cenário apocalíptico se torna compreensível. Mas nós cremos na promessa divina: "Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso, darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida e de todo não te inocentarei" (Jr 30.11).
Da mesma maneira Deus procedeu com os israelitas na Pérsia. O livro de Ester relata uma história estranha, que soa como um conto de fadas das mil e uma noites. A vida majestosa e cheia de pompa do Oriente e as intrigas que faziam parte da corte real da Pérsia são descritas de maneira muito realista: uma grande parte de Israel não conseguia se decidir a obedecer aos profetas, Isaías e Jeremias, para deixar a Babilônia e voltar para a sua terra, embora a ordem do Senhor fosse clara: "Saí da Babilônia, fugi de entre os caldeus" (Is 48.20a), e "Saí do meio dela, ó povo meu, e salve cada um a sua vida do brasume da ira do Senhor" (Jr 51.45). O período de 70 anos de cativeiro no exílio, conforme os profetas haviam anunciado, estava no fim. O templo deveria ser novamente edificado em Jerusalém e os sacrifícios reinstituídos. Mas os judeus que haviam ficado não mostraram nenhuma vontade nesse sentido. Obviamente eles preferiram se assimilar e se acomodar na terra próspera onde se encontravam. Aí se manifestou novamente a desobediência obstinada: "Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu. Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos" (Sl 81.11-12). Isso teve por conseqüência inevitável: "Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a mão, e não houve quem atendesse; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão, também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei" (Pv 1.24-26).
Esta não é uma séria advertência para nós? Quem pensa que sabe tudo melhor e persiste na teimosia, traz sobre si infortúnio e infelicidade. Foi a grande misericórdia de Deus que fez com que Ele, assim mesmo, aceitasse Seu povo desesperado e o salvasse para a Sua honra. A Sua misericordiosa providencial protegeu o resto do povo do aniquilamento total, e Ele também o fará no futuro! A decisão de Hamã de exterminar os judeus e enforcar Mordecai foi frustrada pelo corajoso ato da Hadassa (= Ester). "Se morrer, morrerei"! Com essa decisão corajosa ela não apenas frustrou o plano de Hamã, mas também do rei, agindo em favor do seu povo. E Hamã experimentou o dito: aquele que prepara uma forca para Israel será pendurado nela!
Mas hoje, quem tem coragem de falar a favor de Israel? Aquele que abençoa Israel será abençoado! Em memória do maravilhoso livramento da mão de Hamã, Israel festeja a cada ano, no dia 14 de adar, a Festa de Purim. Todavia, o dia de grande alegria ainda está por vir, pois Isaías anuncia ao "vermezinho de Jacó": "Em lugar da vossa vergonha, tereis dupla honra; em lugar da afronta, exultareis na vossa herança; por isso, na vossa terra possuireis o dobro e tereis perpétua alegria" (Is 61.7). (Burkhard Vetsch - http://www.chamada.com.br/)

CONFLITO EM FAMÍLIA NO ORIENTE MÉDIO


Abraão é chamado de pai de todos os que crêem. Mas apenas através de Isaque, de Jacó e de seus descendentes é que Deus prometeu cumprir a Sua intenção de estabelecer o Reino de Deus na terra e oferecer salvação à humanidade. A seguir, veremos como os erros de Abraão geraram um grande conflito que chega até nossos dias no Oriente Médio. Abraão também é considerado o pai dos árabes.
O século XX será conhecido como o mais turbulento da história humana. Durante seus primeiros 45 anos, houve duas guerras mundiais que dizimaram milhões e milhões de pessoas. Esse foi o século em que o comunismo começou a florescer na Rússia e se espalhou pelo mundo. Contudo, vimos também o colapso interno do comunismo, vividamente demonstrado na queda do Muro de Berlim.
Foi no século XX que vimos também a ascensão de um espírito sinistro que enganou o povo através da tentativa de solucionar o chamado problema mundial judaico. O mesmo espírito foi responsável pelo surgimento da estrutura de poder anti-semita mais temida que o mundo já conheceu. Mais de 6 milhões de judeus pereceram nas mãos do assassino regime nazista alemão, sob a liderança de Adolf Hitler.
O Regresso dos Judeus
No século XX também experimentamos algo absolutamente singular: o retorno dos judeus à terra de seus pais. Ao final do século XIX, os primeiros colonizadores judeus começaram a chegar à terra de Israel. Eles se uniram com aqueles que já estavam ali e começaram a cultivar as partes do território chamado de Palestina. Seu objetivo era restaurar a terra, trazê-la de volta à vida e produzir comida para o povo que ainda haveria de chegar.
Naqueles primeiros dias, a terra parecia sem qualquer esperança. Mas os judeus persistiram, e o fruto do seu trabalho foi a fundação do Estado de Israel no dia 14 de maio de 1948. Desde aquela época, o foco das atenções transferiu-se dramaticamente do novo mundo, os Estados Unidos, para o velho mundo, o Oriente Médio, como sendo o centro do futuro.
Paralelamente ao desenvolvimento do moderno sionismo, com seu alvo de fazer os judeus voltarem à terra de Sião, surgiu também a fenomenal explosão da importância das nações árabes. De repente e sem que se pudesse esperar, o mundo industrializado viu-se à mercê do mundo árabe que controlava as vastas reservas de petróleo. Enquanto centenas de livros são escritos acerca do conflito do Oriente Médio e um volume de documentos quase inesgotável está à nossa disposição, queremos salientar que o conflito todo não é simplesmente algo político, religioso, militar ou econômico, mas, na realidade, é um conflito familiar. Assim como dois filhos de uma família brigam por um brinquedo, judeus e árabes continuam a brigar pela herança: a terra de Israel.
Abraão: o Início de Israel e dos Árabes
Abraão é o homem com quem esse conflito árabe/judeu começou. Ele foi uma pessoa singular porque recebeu uma promessa muito especial de Deus, o Criador.
No capítulo 11 de Gênesis lemos a respeito da tentativa malograda de conseguir uma unidade mundial através da Torre de Babel, que supostamente deveria atingir os céus. Em Gênesis 12 lemos, então: "Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (vv. 1-3).
Não se trata de uma bênção pronunciada por um sacerdote, um profeta ou algum grande dignitário. Esta bênção foi confirmada pela promessa quádrupla dada a Abraão por ninguém menos do que o próprio Criador do céu e da terra, o Deus eterno que sempre foi, que é e que sempre será!
Esse homem, Abraão, foi instruído por Deus a deixar tudo para trás e fazer uma jornada à Terra Santa. Ele teve de deixar seu país, sua parentela, até mesmo a casa de seu pai, e viajar para um lugar que lhe era desconhecido. E esse homem confiou no Deus vivo que lhe havia falado e partiu.
Uma das características singulares de Abraão foi que ele obedeceu naquilo que foi instruído a fazer. Ele creu em Deus e imediatamente agiu. Por esse motivo, lemos no Novo Testamento: "...para vir [Abraão] a ser o pai de todos os que crêem..." (Romanos 4.11).
Abraão era um admirável e fiel servo do Senhor. Ele creu em Deus mais do que em qualquer outra coisa. Todavia, em algumas ocasiões, Abraão permitiu que a sua carne corresse em paralelo à sua vida de fé.
Por isso o conflito que vemos hoje no Oriente Médio pode ser remontado às origens desse grande patriarca do povo de Israel e dos árabes.
Abraão e os Árabes
A paciência de Sarai, esposa de Abraão, esgotou-se primeiro: "Disse Sarai a Abrão: Eis que o SENHOR me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai" (Gênesis 16.2).
Abraão, que tinha 86 anos de idade, teve um momento de fraqueza. Ele se esqueceu de Deus e logicamente chegou ao ponto onde também deve ter pensado: "Nós temos de fazer alguma coisa!"
Pode bem ser que ele tenha concordado com Sarai, julgado ser essa a solução do Senhor, e deste modo seguido o conselho de sua esposa.
"Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada" (v. 4).
Obviamente, esse não era o caminho que Deus planejara para dar uma descendência numerosa a Abraão. Imediatamente começaram os problemas. Sarai, a legítima esposa, passou a ser desprezada aos olhos de sua serva Hagar, que deu a Abraão um filho, o seu primogênito, chamado Ismael.
Se Abraão e Sara reconheceram que aquilo que fizeram estava errado, não há evidência disso nas Escrituras.
Treze anos mais tarde, entretanto, Deus falou a Abrão, agora com 99 anos de idade, repetindo novamente a promessa que Ele lhe fizera anos atrás.
Mas então Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Abrão significa "pai das alturas" ou "pai exaltado", e Abraão significa "pai de multidão".
A Oração de Abraão pelos Árabes
Depois de receber outras instruções, Abraão aparentemente começou a pensar que Deus estava confirmando Ismael como Sua semente escolhida. Ele orou: "...Tomara que viva Ismael diante de ti!" (Gênesis 17.18).
Mas Deus rapidamente o corrigiu: "De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência" (v. 19).
Apesar disso, Deus afirmou muito especificamente que havia ouvido as orações de Abraão a favor de Ismael: "Quanto a Ismael, eu te ouvi: abençoá-lo-ei, fá-lo-ei fecundo e o multiplicarei extraordinariamente; gerará doze príncipes, e dele farei uma grande nação" (v. 20). Mas o Senhor enfatizou que Ismael não era o portador da aliança, mas sim Isaque: "A minha aliança, porém, estabelecê-la-ei com Isaque, o qual Sara te dará à luz, neste mesmo tempo, daqui a um ano" (v. 21).
Bênçãos para Ismael
A escolha de Isaque, entretanto, não diminuiu a tremenda bênção sobre Ismael. Ismael deveria ser abençoado, ser frutífero, multiplicar-se, não apenas de maneira normal, mas "extraordinariamente". Ele seria pai de 12 príncipes e não se tornaria apenas uma nação, mas "uma grande nação".
O cumprimento dessa profecia encontra-se em Gênesis 25. Lemos na genealogia de Ismael que dele realmente descenderam 12 príncipes.
Ismael, portanto, não deve ser menosprezado ou rejeitado, pois Deus deu a ele e a seus descendentes grandiosas bênçãos e as promessas que acabamos de citar.
Entretanto, os descendentes de Ismael tornaram-se inimigos ferrenhos de Israel, descendentes de Isaque (veja Salmo 83). E permanecem assim até o dia de hoje.
Outros Descendentes de Abraão
Sara, a amada esposa de Abraão, deu à luz ao filho da promessa com 90 anos de idade e acabou morrendo aos 127 anos. Após Abraão ter enviado o seu servo para procurar uma esposa para Isaque, o que, incidentalmente, fornece-nos um quadro profético da Noiva de Cristo, achou obviamente que o seu chamado estava completado, que o seu ministério estava concluído.
Depois que Isaque se casou com Rebeca, Gênesis 25 diz: "Desposou Abraão outra mulher; chamava-se Quetura. Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. Jocsã gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram: Assurim, Letusim e Leumim. Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. Abraão deu tudo o que possuía a Isaque. Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental" (vv. 1-6). Abraão, já em idade avançada, criou outra família!
Pesquisando sobre a genealogia dessa família, descobrimos que os filhos de Abraão com Quetura também se tornaram inimigos ferrenhos de Israel. Portanto, vemos claramente que os árabes em geral, que reivindicam ter Abraão como pai, certamente pertencem à mesma família e estão ligados a Israel.
Nesse contexto, é extremamente interessante observar o que mostrou uma pesquisa recente:
Estudo de DNA comprova que judeus e árabes são parentes próximos, como diz a Bíblia
(...) Com uma nova técnica baseada no estudo da descendência masculina, biólogos concluíram que as várias populações judaicas não apenas são parentes próximas umas das outras, mas também de palestinos, libaneses e sírios. A descoberta significa que todos são originários de uma mesma comunidade ancestral, que viveu no Oriente Médio há 4000 anos. Em termos genéticos significa parentesco bem próximo, maior que o existente entre os judeus e a maioria das outras populações. Quatro milênios representam apenas 200 gerações, tempo muito curto para mudanças genéticas significativas. Impressiona como o resultado da pesquisa é coerente com a versão expressa da Bíblia de que os árabes e judeus descendem de um ancestral comum, o patriarca Abraão.
(...) Os pesquisadores perceberam também que, apesar da longa diáspora, as populações judaicas mantiveram intacta a identidade biológica (...) O resultado não apenas está de acordo com a tradição bíblica como refuta as teses de que as comunidades judaicas atuais consistem principalmente de descendentes de convertidos de outras crenças... (Veja, 17/5/2000, p. 86, ênfase acrescentada)
Unidade Final
O conflito familiar no Oriente Médio não pode ser resolvido por diplomatas, nem pelos Estados Unidos, nem pela Europa e nem pelas Nações Unidas.
Apenas o próprio Senhor, o Príncipe da Paz, haverá de consegui-lo, pois Ele pagou o preço pela paz. Ele sozinho é capaz de promover a reconciliação; não a que é elaborada por hábeis políticos, num pedaço de papel, mas Ele ordenará a paz com base em Suas palavras: "...Está consumado!" Essas palavras estão seladas com Seu sangue eternamente eficaz. O verdadeiro preço pela paz já foi pago por completo!
Quando Israel finalmente O enxergar como Aquele a quem eles traspassaram e reconhecerem a Ele, o Salvador do mundo, o Messias de Israel, isto não mais ficará em segredo, mas também atingirá todas as nações ao redor de Israel. Deus, então, fará cumprir todas as promessas que deu a todos os filhos de Abraão.
O profeta Isaías previu o poder unificador do Senhor há mais de 2.700 anos: "Naquele dia, haverá estrada do Egito até à Assíria, os assírios irão ao Egito, e os egípcios, à Assíria; e os egípcios adorarão com os assírios. Naquele dia, Israel será o terceiro com os egípcios e os assírios, uma bênção no meio da terra; porque o SENHOR dos Exércitos os abençoará, dizendo: Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança" (Isaías 19.23-25). (Arno Froese - http://www.chamada.com.br/)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO

Fl. 2.12 A Salvação da Alma - Delcio Meireles Os Três Tempos da Salvação Passada: é a salvação do espírito, regeneração, justificação (Rm.5.1 - 2Tm.1.9 - Tito 3.5). Presente: é a salvação da alma, quebrantamento, santificação (Fl.2.12 - Hb.7.25 -Lc.21.9 - Tg.1.21 -Mc.8.35). Futura: é a salvação do corpo, ressurreição, redenção (Rm.13.11 - Hb.9.28 - Rm.8.23). O Homem É Uma Tricotomia Espírito: formado de intuição, consciência e comunhão Alma: formada de mente, emoção e vontade Corpo: carne, ossos e sangue A alma é o órgão de decisão, porque a vontade é parte dela. Se a alma não for quebrada e governada pelo espírito humano regenerado e pelo Espírito Santo, o crente não tem como ser espiritual. A alma continua se submetendo às exigências do corpo. O Novo Nascimento: é a vivicação do nosso espírito que estava morto em suas funções para Deus. Depois de vivificado, o Espírito Santo pode habitar nesse espírito regenerado (Rm.8.16). A Salvação da Alma 1. Qual é o Seu Significado? É a negação do Eu - o quebrantamento da alma 2. Como Essa Salvação é Realizada? Por meio da cruz que tomamos cada dia 3. Quando Será Manifestada Essa Salvação? Durante o período do Reino de Cristo nessa terra. As Três Categorias de Pessoas 1. O homem natural (psiquikos) - vive pela alma apenas. Morto em delitos e pecados (1Co.2.14) 2. O crente carnal (sarkikos) - tem o espírito regenerado mas vive sob a direção da alma (1Co.3.1a) 3. O crente espiritual - o Espírito Santo através do espírito regenerado governa a alma e o corpo (1Co.3.1b) PASSAGENS BÍBLICAS SOBRE A ALMA Santificação - 1 Tess.5.23 Salvar ou perder a alma - Mt. 16.24-28 A torre e a guerra - Lc. 14.25-35 Dias de Noé e a mulher de Ló - Lc.17.20-37 Perseverar para ganhar a alma - Lc.21.19 O perigo de retroceder - Hb.10.39 Os anciãos velam pelas almas - Hb.13.17 O fim da fé: salvação da alma - 1 Pd.1.9 A palavra enxertada salva a alma - Tg. 1.21 Descanso para a alma - Mt. 11.28-30 Maria, a alma e a espada - Lc.2.35 Adão foi feito alma vivente - 1Co.15.45 Divisão da alma e do espírito - Hb. 4.12 Purificação da alma - obediência - 1 Pd.1.22 Guerra conta a alma - paixões - 1 Pd.2.11 O Pastor e Bispo das almas - 1 Pd. 2.25 Entrega da alma ao Senhor - 1 Pd. 4.10 A alma justa e afligida de Ló - 2 Pd.2.8 A prosperidade da alma - 3 Jo. 2 Comércio de almas - Apoc.18.13 TIPOS DE PERDÃO NA BÍBLIA 1. Perdão Eterno de Deus - todos os pecados do passado, do presente e do futuro são perdoados pelo sangue de Cristo (Rm.4.7 - Ef. 4.32 - Col.2.13 - 3.13 - 1Jo.2.12 - At.10.43). 2. Perdão da Igreja - podemos chamar de perdão emprestado - Jesus disse que os apóstolos "perdoariam" pecados e sabemos que isso não é possivel (Jo.20.22,23 - At.9.26-28). Para batizar uma pessoa é preciso que os líderes creiam que Deus já a perdoou. É nesse sentido que "eles" perdoam. 3. Perdão Para Comunhão - a confissão e abandono do pecado traz a restauração da comunhão com Deus (1Jo.9 - 2.1,2). 4. Perdão Com Disciplina - O pecado praticado traz a disciplina (2Sm.cap. 11 - 12.26,27 - Gl.6.7,8 - Jz. 16.28 - Tg. 5.14,15 - 1Pd.5.6,7 - 1Co.11.30-32) 5. Perdão no Reino - um tipo de perdão será dado no reino durante o Milênio: se não perdoarmos um irmão aqui, Deus também não nos perdoará e poderemos ficar fora do reino (Mt.12.32 - 6.14,15 - 7.1,2 - 18.21-35 - Lc.6.38 - 1Co.6.1-8 - Tg. 2.13 - 1Pd.4.17). A ALMA NO PLANO DE DEUS 1. Sua santificação - 1 Tess. 5.23 2. Separação do espírito - Hb.4.12,13 3. Sua prosperidade - 3 Jo. 2 4. Seu descanso - Mt. 11.28-30 5. Sua salvação - 1 Pd.1.9 - Hb.10.38,39 COMO A ALMA É SALVA AQUI NESTE MUNDO? 1. Auto-compaixão - Mt. 16.22,23 2. Auto-satisfação - Lc.12.15-21 3. Cuidados dessa vida - Lc.17.26-30 - 8.14 - Mc.4.18,19 - Mt. 13.22 4. Prazeres do mundo - a mulher de Ló - Lc.17.32-36 5. A guerra das cobiças - 1 Pd. 2.11 COMO A ALMA É PERDIDA AQUI NESTE MUNDO? 1. Recebendo com mansidão a palavra implantada - Tg.1.21 2. Tomando o jugo do Senhor Jesus - Mt.11.28-30 3. Obedecendo a verdade - 1 Pd. 1.22 4. Submissão ao Pastor e Bispo das almas - 1Pd.2.25 5. Sofrendo sem merecer, praticando o bem - 1 Pd.4.19 6. Sofrendo tortura na alma diante da maldade do mundo - 2Pd.2.8 O PERIGO E POSSIBILIDADE DE RECUAR 1. Os sofrimentos podem nos fazer recuar - Hb. 10.32-39 2. O coração preso aos prazeres do mundo - Lc.17.32,33 O PREÇO DEVE SER PAGO 1. O discípulo precisa renunciar a tudo - Lc.14.26,27,33 2. Entramos no reino através de muitas tribulações - At.14.22 3. É preciso perseverança para ganhar a alma - Lc.21.19 DIFERENÇA ENTRE DÁDIVA E GALARDÃO 1. DÁDIVA - Is.55.1 - Jo. 4.1 - Rm.5.15 - 6.23 - Ef. 2.8 - Apoc.22.17 2. GALARDÃO a. Deus é Galardoador - Hb. 11.6 i. Ele tem recompensa para dar - Apoc.22.12 ii. Ele vê o que fazemos em secreto - Mt.6.6 iii. Ele julga sem acepção de pessoas - 1Pd.1.17 b. Obras São Consideradas Dívidas - Rm.2.12 i. Recompensa segundo as obras - Apoc.22.12 - 1Co.3.8 ii. Recompensa é para todos - Col. 3.22-24 c. Obras Incluem o Bem e o Mal Praticado - Rm.14.10-12 - 2Co.5.10 i. Orações feitas em secreto - Mt.6.6 ii. Copo de água a um profeta - Mt.10.41 iii. Não julgar os outros - misericórdia - Mt. 7.1 - Lc.6.37,38 iv. Sofrer pelo Senhor - Lc.6.23 v. Lei da semeadura - Gl.6.7 - Col. 3.23-25 d. Nossa Atitude em Relação ao Galardão i. Devemos contemplar o galardão - Hb.11.26 ii. Devemos ser dedicados e diligentes - 1Co.9.24-27 iii. Devemos buscar a plena recompensa - 2 Jo. 8 O GALARDÃO E O TRIBUNAL DE CRISTO Só comparecerão diante do Senhor aqueles que Lhe pertencem. É uma reunião da família (Mt.25.19). O Senhor Jesus descerá do Trono até os ares e ali acontecerá o julgamento da igreja, antes do Milênio. "Todos nós devemos comparecer perante o Tribunal de Cristo ... cada um de vós dará conta de si mesmo a Deus" (Rm.14.10,12). NÓS - todos os cristãos, inclusive Paulo TODOS - é universal - inclui todos os salvos em Cristo DEVEMOS - é algo inevitável - ninguém escapará COMPARECER - será algo público - todos presenciarão PERANTE - será algo pessoal - o crente e Cristo TRIBUNAL - o caráter será judicial - é julgamento CADA UM - será algo pessoal e individual DAR CONTA - teremos que dar conta da nossa vida - o que fizemos - caráter (conduta) + obras. A DEUS - será um assunto divino a ser resolvido com o próprio Deus. MAIS TEXTOS IMPORTANTES SOBRE O REINO 1. Ofensas entre irmãos - Mt.5.21-26 2. O perigo da falta de perdão - Mt. 18.15-35 3. Confiança nas riquezas - Mt.19.16,30 4. Levar irmãos ao tribunal - 1Co.6.1-11 5. A corrida da fé e o prêmio - 1Co.9.24-27 6. O Prêmio da soberana vocação - Fl.3.10-14 7. Os descansos do povo de Deus: a. O descanso de Deus - Gn.2.2 - Hb.4.4,5 b. O descanso em Canaã - Hb.3.17-19 c. O descanso do crente - Hb.4.3 d. O descanso da alma - Mt. 11.30 e. O descanso no Reino - Hb. 4.9, 11 8. A misericórdia e o juízo - Tg.2.13 9. Entrada ampla no reino - 2Pd.1.3-11 A CORRIDA E O PRÊMIO 1. Todos correm...um só leva o prêmio - 1Co.9.24 2. Correr com perseverança a carreira - Hb.12.1 3. Eu corro...não como indeciso - 1Co. 9.26 4. Correr em vão - Gl. 2.2 5. Corríeis bem, quem vos impediu? - Gl. 5.7 6. Não corri nem trabalhei em vão - Fl. 2.16 CONCLUSÃO: "Combati o bom combate, acabei a corrida e guardei a fé; desde agora a coroa da justiça me está reservada, a qual o Senhor, o Justo Juiz me dará nAquele Dia. E não somente a mim, mas a todos quantos amarem.

Fonte:www.delciomeireles.com

O QUE É A PRIMEIRA RESSURREIÇÃO?

Apoc.20.4-6 - G. H. Lang Quem Participará da Primeira Ressurreição? As Escrituras que convocam o crente para a Coroa de modo tão insistente como convoca o não crente para a cruz, apresenta novamente uma dupla verdade com clareza cristalina. Paulo abre uma pequena obra prima da revelação em Filipenses 3.3-15, demonstrando uma extrema desesperança. Qual é ela? O homem que chegou mais próximo no contato com Deus através da sua própria bondade, comprovou ser o principal dos pecadores. Pondere nas qualidades incomparáveis de Paulo: alma alguma antes ou depois jamais elevou à face de Deus u´a mão cheia com pérolas tão excelentes! Vejamos: Circuncidado - marcado como pertencendo a Deus desde a infância; Da linhagem de Israel - com direito de sangue à salvação; Da tribo de Benjamim - uma tribo que nunca se separou; Hebreu de Hebreus - judeu de sangue puro, remontando às gerações mais antigas; Fariseu - intensamente ortodoxo; Perseguidor da igreja - incendiado pelo zelo a Deus; Quanto à Lei irrrepreensível - obediente até ao iota ou til. Homem algum chegou tão próximo de alcançar a vida por meio daquilo que era e fez. "Se algum homem" - de qualquer era, raça ou religião - "julga poder confiar na carne, ainda mais eu" - Paulo se coloca acima de todos os legalistas para sempre. Mas uma descoberta repentina e terrível arrasou com suas esperanças. "E outrora eu vivia (aos meus próprios olhos) sem a lei; mas quando o mandamento (não cobiçarás) veio (à minha consciência), reviveu o pecado (voltou a viver) e eu morri (me vi como um homem morto). E o mandamento que era para vida (no propósito de Deus), esse achei que me era para morte (em realidade) - (Rm.7.9,10). "Se algum homem julga poder confiar na carne, ainda mais eu"; mas o que sua visão interior revelou? Um cadáver diante de Deus. Com a falha de Paulo o mundo inteiro se desfaz em irremediável desespero. Em seguida surge uma justiça superior.Qual? Não a de Paulo, pois ele havia descoberto, com Isaías, que "todos nós somos como o imundoe todas as nossas justiças como trapos de imundícia" (Is.64.6). Agora ele descobre que aquilo que ele não pôde fazer, Cristo fez; que aquilo que ele não pode ser, Cristo foi; e que Cristo o fez e tem feito a fim de tomar o seu lugar (2co.5.21). Instantaneamenteele larga sua própria justiça e agarra a de Cristo; ele troca as suas próprias pérolas por uma que não tem preço, uma gema perfeita. "E as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo e seja achado nEle, não tendo a minha justiça...mas a que é pela fé em Cristo". Paulo depois disso nunca duvida da sua salvação (Rm.8.39), pois Cristo guardou a Lei não com a cabeça, mãos e pés apenas, mas com o coração também (Sl.40.8), e esta justiça é de Paulo agora (Rm.5.19). A extrema desesperança é substituída por uma suprema salvação. Ainda restauma extrema incerteza. Aqui estão palavras supreendentes: "Irmãos, quanto a mim,não julgo que o haja alcançado ... mas vou prosseguindo" (Fl.3.13). Não alcançou o que? "Para ver se de algum modo posso alcançar a ressurreição dentre os mortos" (3.11)." Está claro que Paulo tinha alguma ressurreição especial em vista, a saber, a primeira; e para participar dela ele estava esforçando cada nervo" (J. MacNeill). Prosseguindo para o que? "Para o alvo, para o prêmio da soberana vocação" - "se" : condicional - "de algum modo" : é arriscado - "posso alcançar" : incerto - "a ressurreição para fora": seletiva (conforme o original grego-tradutor) - "que é dentre os mortos" : exclusiva. Seria dificil abarrotar um texto com mais incerteza do que Paulo faz aqui. Assim se expressou o Bispo Ellicott: "Como o contexto sugere, a primeira ressurreição. Qualquer referência aqui a uma simples ressurreição ética está totalmente fora de questão". O versículo que conclui este capítulo deixa claro que Paulo está falando de ressurreição física: "Aguardamos o Salvador que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme o Seu corpo de glória". Todas as passagens que se referem à ressurreição "de entre os mortos" (Mc.10.10; Lc.20.35; Rm.1.4; Apoc.20.4) indicam ressurreição física. Da ressurreição final quando todos sem exceção serão ressuscitados, Paulo não poderia ter dúvida. Que sentido então pode ter esta passagem, se ela o apresenta se esforçando e sofrendo simplesmente para alcançar uma ressurreição e sustentando isso para exame como sendo inatingível, a menos que alcançasse um elevado nível de perfeição cristã? Imaginemos por outro lado, uma primeira ressurreição a ser designada como recompensa especial de altos méritos na virtude cristã e tudo parece ser simples e fácil. Com respeito à Primeira Ressurreição, disse Dean Alford: "Aqueles que viveram próximos dos Apóstolos e a igreja toda durante os três primeiros séculos aceitavam a primeira ressurreição no evidente sentido literal. É uma visão estranha ver nestes dias expositores que estão entre os primeiros em respeito ao que é antigo, pondo de lado complacentemente o exemplo mais convincente que a antiguidade primitiva apresenta". De tais casos como o de Lázaro que morreu novamente, é certo que o ato da ressurreição é distinto do seu estado; por isso nosso Senhor associa a Primeira Ressurreição com a Era Vindoura: "Os que são julgados dignos de alcançar a Era Vindoura e a ressurreição dentre os mortos" (Lc.20.35). O ato da ressurreição para se comparecer diante do Tribunal de Cristo é desse modo distinto da participação da Primeira Ressurreição, ou, Era Milenar. Foi visando uma ressurreição não temporária, um estado, não um ato, que os antigos mártires recusaram a vida: "As mulheres receberam pela ressurreição seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição" (Hb.11.35; Mt.10.30.9). Não se trata de Paulo assumir sua própria morte, pois não foi até poucas horas antes da sua partida que Deus lhe revelou seu martírio (2Tm.4.6). Mas é a sua aspiração, seja vivou ou morto, alcançar o estado dos ressuscitados naquele Reino no qual só se entra pela incorrupção (1Co.15.50). Por isso, o batismo ordenado para o Reino (Jo.3.5) ilustra o canteiro do qual as plantas-companheiras de Cristo brotarão (Rm.6.5) em Sua ressurreição, a Primeira: ninguém não batizado em Moisés (1Co.10.1) jamais entrou em Canaã, embora a maior parte dos assim batizados falhou depois do batismo. Tertuliano (como nos lembra o Dr. Seiss - Last Times, pag.242) testifica que em seus dias, a era que seguiu imediatamente à dos apóstolos, era costume dos cristãos orar para que pudessem ter parte na Primeira Ressurreição.

CUMPRIMENTO DA PROFECIA DE DANIEL 11

G. H. PEMBER Daniel Capítulo 11 - De Cambises a Antíoco Epifânio - 530 a 164 a.C. O cumprimento dessa profecia de Daniel é algo estupendo e maravilhoso. Os críticos da Palavra de Deus não podiam ficar calados diante de tal sublimidade e perfeição e por isso se levantaram para desacreditar a veracidade da Escritura. Só mesmo Aquele que anuncia "o fim desde o princípio e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam" (Is.46.10) poderia descrever a história futura com detalhes tão minuciosos como estes encontrados na profecia do capítulo onze de Daniel. O escrito que se segue é do irmão G. H. Pember, fiel servo do Senhor. Profecia: Eis que ainda se levantarão três na Pérsia - v. 2a Cumprimento: 1) Cambises, Assuero - 529 - 522 a.C. - 2) Smerdis, Artaxerxes (não aquele mencionado em Neemias) - 522 - 521 - 3) Dario Histapes - 521 - 485 Profecia: E o quarto será muito mais rico do que todos eles; e tendo-se tornado forte por meio das suas riquezas, agitará todos contra o reino da Pérsia - v. 2b Cumprimento: 4) Xerxes - 485 - 465. Em 485 nas Termópilas ele derrotou um pequeno exército de gregos. Em 479 seu exército foi vencido pelos gregos. No mar, em 480, foi vencido na Batalha de Salamis e em 479 na Batalha de Micale. Profecia: Depois se levantará um poderoso rei que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprover - v.3 Cumprimento: Quase um século e meio depois se levantou Alexandre o Grande, em 335 a.C. Ele é o "chifre notável" no "Bode" mencionado em Daniel 8.5-7. Profecia: E estando ele em pé, seu reino será quebrado e repartido para os quatro ventos do céu; porém, não para os seus descendentes, nem tampouco segundo o poder com que reinou - v. 4a Cumprimento: Alexandre morreu em 323 a.C. Seu reino foi dividido com seus quatro generais. Cassandro ficou com a Grécia e países vizinhos; Lisímaco ficou com a Trácia, incluindo a Ásia Menor e os países no Helesponto e Bósfora; Seleuco ficou com a Síria e a Babilônia; Ptolomeu ficou com o Egito e países adjacentes. Profecia: O seu reino será arrancado e passará a outros que não eles - 4b Cumprimento: Isso se cumpriu nas agressões e conquistas dos Romanos. Profecia: E o rei do Sul será forte, como também um dos seus príncipes (de Alexandre) será mais forte do que ele e reinará; e grande será o seu domínio - v. 5 Cumprimento: Ptolomeu Lagi (Soter) do Egito (323-283), Seleuco Nicator (312-280). Ele anexou a Macedônia e Trácia à Síria. Profecia: Ao fim de alguns anos eles se aliarão; e a filha do rei do Sul virá ao rei do Norte para fazer um tratado. Ela porém, não conservará a força do braço, nem ele nem seu braço; mas ela será entregue e os que a tiverem trazido, e seu pai e aquele que a fortalecia naqueles tempos - v. 6 Cumprimento: Ptolomeu Filadelfo (250 a. C.) o segundo rei do Egito e Antíoco Theos, o terceiro rei da Síria, decidiram fazer um acordo de paz, com a seguinte condição: Antíoco teria que mandar embora sua esposa Laodicéia e seus dois filhos; deveria ainda casar com Berenice, a filha de Ptolomeu e nenhum dos filhos de Berenice deveriam ser herdeiros de Ptolomeu. O casamento foi realizado, mas quando Ptolomeu morreu, Antíoco chamou de volta sua esposa, no de 247. Berenice e seu filho mais novo foram envenenados e Calinícius, o filho de Laodicéia, foi colocado no trono com o nome de Seleuco II, Calinícius (246 - 226). Profecia: Mas de um renovo das raízes dela um se levantará en seu lugar e virá ao exército e entrará na fortaleza do rei do Norte e operará contra eles e vencerá - v. 7 Cumprimento: "Dela" refere-se a Berenice que foi assassinada e "um se levantará" foi seu irmão, Ptolomeu Energetes 247-222) que vingou sua morte. Ele invadiu o território de Seleuco Calinícius, matou Laodicéia, a mulher de Antíoco Theos e tomou o porto de Antioquia. Profecia: E também levará cativos para o Egito seus deuses, com suas imagens de fundição, com os seus vasos preciosos de prata e ouro. E por alguns anos deixará de atacar ao rei do Norte - v. 8 Cumprimento: Ptolomeu I I I levou para o Egito quatro mil talentos de ouro, quarenta mil talentos de prata, dois mil e quinhentos ídolos e vasos idólatras, incluindo aqueles que Cambises havia levado para a Pérsia a aproximadamente trezentos anos antes. Profecia: E então o rei do Sul entrará no seu reino e retornará para a sua terra - v. 9 Cumprimento: Isso pode significar que Ptolomeu Energetes voltou com sucesso ao Egito depois da sua invasão do norte, ou que Seleuco Calinícius de norte tendo invadido o Egito sem sucesso, retornou derrotado para a Síria. Profecia: Mas seus filhos se despertarão e reunirão uma multidão de grandes forças; e um certamente virá, inundará e passará adiante; depois voltará e levará a guerra até sua fortaleza - v. 10 Cumprimento: Esse é um versículo difícil. Alguns acham que se trata dos filhos ou do filho do rei do Egito, Ptolomeu Filopater (222-205); mas é mais aceito que se trata dos filhos de Seleuco I I : Ceranos, Seleuco I I I (222-205) e Antíoco o Grande (222-206) que teve sucesso num ataque sobre o Sul. Profecia: E o rei do Sul se exasperará e sairá e pelejará contra ele, contra o rei do Norte; este porá em campo grande multidão e a multidão será entregue em sua mão - v. 11 Cumprimento: Na Batalha de Ráfia em 217 a.C. Ptolomeu Filopater do Egito derrotou Antíoco o Grande da Síria. "Ele" refere-se a Antíoco o Grande e "sua" a Filopater. Profecia: E a multidão será levada e o coração dele se exaltará; mas mesmo derrubando miríades não prevalecerá - v. 12 Cumprimento: Se Filopater tivesse avançado com sua vitória, ele teria possuído o reino de Antíoco, mas seu orgulho e indulgência licenciosa impediram que ele fizesse isso e assim não se fortaleceu por sua vitória em Ráfia. Profecia: Porque o rei do Norte tornará e porá em campo uma multidão maior do que a primeira; e ao cabo de tempos, isto é, de anos, avançará com grande exército e abundantes provisões - v. 13 Cumprimento: Ptolomeu Filopater tendo morrido no ano 203 a.C. foi sucedido por seu filho Epifânio de quatro ou cinco anos. Antíoco entrou em aliança com Felipe I I I da Macedônia para repartir o Egito entre eles. Então o rei da Síria atacou o Egito com um exército maior do que o que ele tinha a quatorze anos atrás e o resultado foi que Antíoco ganhou a posse da Palestina toda. Profecia: E naqueles tempo muitos se levantarão contra o rei do Sul; e os violentos dentre o teu povo se levantarão para cumprir a visão, mas eles cairão - v. 14 Cumprimento: Isso nos fala da insatisfação e sedição no Egito que aconteceram após a morte de Filopater. Certamente estes são judeus rebeldes que apoiaram Antíoco esperando ganhar algo dele. Políbio diz que "Scopas", o general de Ptolomeu, "foi rapidamente para as partes mais altas do país e no inverno derrubou a nação dos judeus". A apostasia deles os levou a cair. Profecia: Assim virá o rei do Norte e levantará baluartes e tomará uma cidade bem fortificada; e as forças do Sul não poderão resistir, nem o seu povo escolhido, pois não haverá força para resistir - v. 15 Cumprimento: Em 198 a. C. Antíoco venceu os egípcios em Panea, e Scopas, o general egípcio, fugiu para Sidom, uma das cidades mais fortificadas do Egito. Antíoco sitiou a cidade e forçou os egípcios a se entregarem. Profecia: O que porém, há de vir contra ele fará o que lhe aprouver e ninguém poderá resistir diante dele; ele se fincará na terra gloriosa e por sua mão a consumirá - v. 16 Cumprimento: "Ele" refere-se a Ptolomeu e "seu" a Antíoco cuja vitória foi completa. A "terra gloriosa" é a Palestina. A última cláusula apresenta um problema, porque Antíoco o Grande não "consumiu" a terra; mas, se lermos "por sua mão virá a destruição" a referência é ao resultado final dessa invasão, à imposição de impostos e à crueldade de Antíoco Epifânio (175-164). Assim a dificuldade diminui bastante. Profecia: E firmará o propósito de vir com toda a força do seu reino e entrará em acordo com ele; - v. 17a Cumprimento: Antíoco ajuntou todas as suas forças na terra e no mar visando invadir e conquistar o Egito, mas os egípcios buscaram e conseguiram a interferência dos Romanos, o que levou Antíoco a mudar sua política. Profecia: E lhe dará a filha de mulheres para ele a corromper, ela porém, não subsistirá nem será para ele - v. 17b Cumprimento: Ele trocou força por astúcia e propôs que sua jovem filha Cleópatra casasse com Ptolomeu Epifânio (o que aconteceu em 198 a.C.). Seu plano era leva-la a trabalhar para seu pai, contra seu marido. Mas isso não aconteceu. Pelo contrário, quando Scípio derrotou Antíoco em Magnésia (190 a.C.), Cleópatra enviou saudações aos Romanos. Profecia: Depois disso virará o seu rosto para as ilhas e tomará muitas; mas um príncipe fará cessar o seu opróbrio contra ele; e ainda fará recair sobre ele o seu opróbrio - v. 18 Cumprimento: Antíoco virou suas conquistas contra as ilhas do Mar Mediterrâneo; assim tomou posse dos domínios de Filipe da Macedônia, atravessou por dentro da Europa e conquistou a Trácia. Os Romanos exigiram que ele saísse dos domínios antigos de Filipe. Ele recusou, mas "um príncipe" - Scípio de Roma - o resistiu e fez voltar o opróbrio sobre a cabeça da Síria. Profecia: Virará então o seu rosto para as fortalezas da sua própria terra, mas tropeçará e cairá e não será achado - v. 19 Cumprimento: Depois da sua derrota em Magnésia, Antíoco fugiu indo de forte a forte até Antioquia. Um pesado imposto foi colocado sobre ele pelos Romanos e para levantar o dinheiro ele assaltou com um exército armado o Templo deJove (Bel) em Elimas durante a noite; ele e todo o seu exército foram mortos pelos moradores. Profecia: Então no seu lugar se levantará quem fará passar um exator de tributo pela glória do reino - v. 20a Cumprimento: Antíoco foi sucedido por seu filho Seleuco IV, Filopater (187-176). Ele de alguma forma precisa levantar o imposto exigido do seu pai e conta-se que ele enviouseu tesoureiro Heliodoro para assaltar o Templo em Jerusalém, "a glória do reino". Profecia: Mas dentro de poucos dias será quebrantado e isso sem ira e sem batalha - v. 20b Cumprimento: Uma tradição diz que Heliodoro envenenou Seleuco que desapareceu repentinamente. Profecia: Depois se levantará em seu lugar um homem vil - v. 21a Cumprimento: Este é o segundo filho de Antíoco o Grande, o irmão de Seleuco Filopater: Antíoco Epifânio (176-164) Profecia: Ao qual não tinham dado a majestade real - v. 21b Cumprimento: Ele não era o herdeiro do trono como seu irmão o rei anterior, que tinha um filho, Demétrio, o qual era o verdadeiro herdeiro. Profecia: Mas ele virá caladamente e tomará o reino com lisonja - v. 21c Cumprimento: Ele tomou o trono numa ocasião quando o povo estava vivendo descuidadamente e por meio de intriga e favores políticos. Profecia: E com os exércitos de uma inundação eles serão varridos de diante dele e serão quebrados, como também o Príncipe do Pacto - v. 22 Cumprimento: Por meio de um exército inundante ele quebrou toda a oposição. Acredita-se que "o Príncipe do Pacto" seja o Sumo Sacerdote judeu (Onias I I I) a quem Antíoco depôs.
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