quinta-feira, 30 de maio de 2013

A SÓS COM DEUS





"Orarás o teu Pai, que está em secreto."



“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”. - Mateus 6.6

Após chamar Seus primeiros discípulos, Jesus lhes transmitiu Seu primeiro ensino público no Sermão da Montanha. Explicou-lhes sobre o reino de Deus, suas leis e sua vida. Nesse reino, Deus não é apenas Rei, mas Pai; Ele não apenas dá tudo, mas Ele mesmo é tudo. Somente no conhecimento d'Ele e no relacionamento com Ele temos essa bem-aventurança. Por esta razão, era natural que a revelação da oração e a vida de oração fossem parte de seu ensino a respeito do Novo Reino que Ele veio estabelecer. Moisés não deu mandamento nem regras sobre oração, e mesmo os profetas fazem pouca menção sobre o dever de orar; é Cristo quem ensina a orar.

E a primeira coisa que o Senhor ensina aos Seus discí­pulos é que eles devem ter um lugar secreto para oração; cada um deve ter algum lugar de refúgio onde possa estar sozinho com seu Deus. Todo professor deve ter uma sala de aula. Aprendemos a conhecer e aceitar Jesus como nosso único professor na escola de oração. Ele já nos ensinou em Samaria que a adoração não está mais limitada a tempo e lugar; que a adoração, a verdadeira adoração espiritual, é algo de espírito e vida; o homem deve, com todo o seu ser e por toda sua vida, adorar em espírito e em verdade. E mais: Ele quer que cada um escolha para si um lugar específico onde Ele possa diaria­mente encontrá-lo. Este quarto secreto ou lugar solitário é a sala de aula de Jesus. Esse espaço pode ser em qualquer lugar; pode mudar de um dia para outro se tivermos de mudar nossa residência; mas esse lugar secreto tem de ser um tempo tranqüilo em que o aluno se coloca na presença do Mestre para ser preparado por Ele para adorar o Pai. Somente lá, esteja certo, Jesus vem para nos ensinar a orar.

Um professor sempre anseia que sua sala de aula seja alegre e atraente, cheia de luz e ar celestial, um lugar onde os alunos desejam vir e amam estar. Em Suas primeiras pa­lavras sobre oração no Sermão da Montanha Jesus procura apresentar-nos um quadro do quarto secreto o mais atraente possível. Se ouvirmos cuidadosamente, logo notaremos que o assunto principal que Ele tem a nos dizer é sobre nossa permanência lá. Três vezes Ele usa o nome do Pai:

·         "Orarás a teu Pai";
·         "Teu Pai te recompensará";
·         "Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade".

A primeira coisa no quarto de oração é: eu preciso encontrar meu Pai. A luz que brilha no quarto deve ser: a luz do semblante do Pai. O ar fresco do céu com o qual Jesus o encherá e a atmosfera pela qual vou respirar e orar são: o amor de Deus Pai e sua infinita Paternalidade. Assim cada pensamento ou petição que emitirmos serão simples, sinceros, de uma confiança infantil no Pai. É assim que o Mestre nos ensina a orar: Ele nos introduz na presença viva do Pai. Nossa oração deve ser eficaz. Ouçamos atenciosamente o que o Pai tem a nos dizer.

Primeiro, "orarás a teu Pai, que está em secreto". Deus é um Deus que Se oculta do olho carnal. Em nossa adoração a Deus, enquanto nos ocuparmos principalmente com nossos próprios pensamentos e exercícios não encontraremos Aquele que é Espírito, o Invisível. Mas àquele que se afasta de tudo que é do mundo e do homem e se prepara para esperar somente em Deus, o Pai Se revelará. À medida que renuncia, desiste e exclui o mundo, e a vida do mundo, e se entrega para ser guiado por Cristo na presença secreta de Deus, a luz de amor do Pai virá sobre ele. A intimidade do quarto secreto e da porta fechada, a total separação de tudo que nos cerca, é uma imagem, e também uma ajuda, daquele santuário es­piritual interior, o segredo do tabernáculo de Deus, dentro do véu, onde nosso espírito verdadeiramente entra em contato com o Deus invisível.

E assim somos ensinados, bem no início de nossa busca do segredo da oração eficaz, a lembrar que ele está no quarto secreto; onde ficamos a sós com o Pai, que nos ensi­nará a orar corretamente. O Pai está em secreto: com essas palavras Jesus nos ensina onde Ele está nos esperando, onde Ele pode ser sempre achado.

Os cristãos muitas vezes reclamam que a oração indi­vidual não é o que deveria ser. Sentem-se fracos e pecadores, com o coração frio e pesado; como se tivessem tão pouco para orar, e naquele pouco nenhuma fé ou alegria. Eles estão desencorajados e impedidos de orar porque pensam que não podem ir ao Pai como deveriam ou como desejariam.

Filho de Deus, ouça seu Professor! Ele lhe diz que quando você vai orar sozinho seu primeiro pensamento deve ser: o Pai está em secreto, o Pai me espera lá. Mesmo que seu coração esteja frio e sem vontade de orar, entre na presença do Pai amoroso. Como um pai se compadece de seu filho, assim o Senhor Se compadece de você.

Não pense no pouco que tem para oferecer a Deus, mas no quanto Ele lhe quer dar. Apenas se coloque diante d'Ele e contemple Sua face; medite no Seu amor, nas Suas maravilhas, na Sua ternura e amor compassivo. Apenas diga a Ele como tudo é pecaminoso, frio e pesado: é o coração amoroso do Pai que iluminará e aquecerá o seu.

Faça o que Jesus disse: feche a porta do quarto e ore a seu Pai que está em secreto. Não é maravilhoso, ser capaz de ficar sozinho com Deus, o Deus infinito, e depois erguer os olhos e dizer: meu Pai?

"... e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." Aqui Jesus nos assegura que a oração secreta não pode ser infrutífe­ra: sua bênção se manifestará em nossa vida. Se tão somente em secreto, sozinhos com Deus, confiarmos a Ele nossa vida diante dos homens, Ele nos recompensará abertamente. Ele cuidará para que a resposta à oração se manifeste por meio de Sua bênção sobre nós. Desta forma, nosso Senhor nos ensina que é por Sua infinita Paternalidade e Fidelidade que Deus nos encontra em secreto, de forma que cabe a nós ter a fé simples de uma criança, a confiança de que nossa oração traz a bênção até nós. Aquele que se aproxima de Deus deve crer que Ele é o galardoador daqueles que O buscam. Não que a bênção do quarto secreto dependa do sentimento forte ou fervoroso com que eu oro, mas do amor e do poder do Pai a quem eu confio minhas necessidades. E assim o Mestre tem apenas um desejo: lembrar que seu Pai está, vê e ouve em secreto; vá e permaneça lá, e saia de lá com esta confiança: Ele o recompensará. Confie n'Ele para isso; dependa d'Ele: a oração para o Pai nunca é vã; Ele o recompensará abertamente.

Para confirmar ainda mais essa fé no amor paterno de Deus, Cristo faz uma terceira declaração: "Porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais". À primeira vista pode parecer que esse pensamento torna a oração menos necessária: Deus sabe melhor do que nós o que precisamos. Mas à medida que adquirirmos um discernimento mais profundo do que realmente é a oração, essa verdade ajudará, e muito, a fortalecer nossa fé. Ela nos ensinará que não necessitamos, como os gentios, com a multidão e urgência de nossas palavras, convencer um Deus indisposto a nos ouvir. Ela conduzirá a uma santa meditação e silêncio na oração como sugere a pergunta: meu Pai real­mente sabe que eu necessito disso? Ela nos dará - uma vez que já fomos conduzidos pelo Espírito à certeza de que nossa petição é de fato, de acordo com a Palavra, uma necessidade para a glória de Deus - uma maravilhosa confiança para dizer: meu Pai sabe que eu preciso disso e devo ter isso. E se houver qualquer demora na resposta, essa verdade nos ensinará a afirmar em tranqüila perseverança: Pai, tu bem sabes que eu preciso disso. Ó, a bendita liberdade e simplicidade de um filho que Cristo, nosso Professor, quer cultivar de bom gra­do em nós à medida que nos achegamos a Deus. Ergamos os olhos para o Pai até que Seu Espírito opere isso em nós. Algumas vezes em nossas orações, quando corremos o risco de estar tão ocupados com nossas fervorosas e insistentes petições, a ponto de esquecermos que o Pai sabe e ouve, va­mos permanecer quietos e apenas mansamente dizer: meu Pai vê, meu Pai ouve, meu Pai sabe. Isso ajudará nossa fé a receber a resposta e a dizer: sabemos que temos recebido o que Lhe pedimos.

E agora, você que entrou na escola de Cristo para aprender a orar, pegue essas lições, pratique-as e confie n'Ele para seu aperfeiçoamento nelas. Gaste tempo no quarto secreto, com a porta fechada - fechada para os homens e fe­chada com Deus; é lá que o Pai espera por você, é lá que Jesus o ensinará a orar. Estar a sós em secreto com o Pai: isso deve ser sua maior alegria. Estar certo de que o Pai recompensará abertamente a oração secreta, de modo que ela não pode ficar sem ser abençoada: essa será sua força dia após dia. E saber que o Pai sabe que você necessita daquilo que pede: essa será sua liberdade para apresentar cada necessidade, na certeza de que nosso Deus a suprirá de acordo com Suas riquezas em glória em Cristo Jesus.


"SENHOR, ensina-nos a orar."

Extraído do livo: Com Cristo na escola da oração.

domingo, 19 de maio de 2013

OS IDOLOS MAIS PERIGOSOS!




Existem ídolos mais perigosos do que outros? Vamos examinar.
Primeiro - O que é que a Bíblia diz sobre ídolos em geral?
Ex 20:3-4; Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que ha em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Deut 16:22;  Nem levantes imagem para ti, coisas que o Senhor teu Deus odeia.
Deut 27:15;  Maldito seja o homem que fizer imagem esculpida, ou fundida, coisa abominável ao Senhor, obra da mão do artífice, e a puser em oculto. E todo o provo dirá amém.
Salmo 115:4-8 Seus ídolos são prata e ouro, obra das mãos do homem. Tem boca, mas não falam; tem olhos, mas não vêem, Tem ouvidos mas não ouvem; tem nariz, mas não cheiram; Tem mãos mas não apalpam; tem pés mas não andam; Não podem emitir som de sua garganta.  Aqueles que os fazem sejam semelhantes a eles, e todos os que neles confiam.
Ídolos são uma abominação ao criador, que deseja ter todo nosso coração, toda nossa adoração, sem dividir com ninguém... Isto é claro. MAS, esses ídolos, tão comum quanto são, não são os perigosos! Tem outros ídolos que Deus diz que são muito, muito mais perigosos.
Ezequiel 14 fala deles:
Vs 5 b- eles afastam a gente de Deus.
Vs. 3, 4 e 7  Eles fazem agente tropeçar.
Vs. 3,4, e 6  Eles são plural - ou seja cada pessoa tem MAIS de um.
Vs. 3,4, e 7  Eles são poderosos!
Vs. 1  até os lideres religiosos (incluindo nós pastores) não são sem estes ídolos...
Eles chamam de (vs. 3) Ídolos nos nossos corações. Este artigo é para falar de ídolos do coração.
Deveríamos levar isso muito sério pois Deus leva a sério. Veja vs. 8 nos diz que se não tirarmos esses ídolos da nossa vida, “...Eu dirigirei meu rosto contra esse homem, e farei um sinal e um exemplo...”  Poderíamos imaginar como é viver a vida tendo Deus virado o rosto contra a gente?  Você poderia imaginar como seria viver esta vida com Deus trabalhando CONTRA tudo que você faz?  (pois Ele diz que “resiste ao orgulhoso”...)
Opa!  Se isso é tão mal, me explica, o que é este negócio de ídolos no coração?
Vamos dar uma definição bem simples, ok??

Primeiro o que não é. Esse tipo de ídolo não é em si um pecado - por exemplo, o pecado da ira, do ciúme, de xingar, de beber, do adultério, da murmuração, etc. Nenhum desses pecados é um “ídolo do coração”. São pecados sim, mais não é o que Ezequiel refere como Ídolos do coração.
O que é então?    UM IDOLO DO CORAÇAO: tem haver com que nós desejamos.
É uma coisa que eu desejo tanto que eu pecaria para obter.  (ou que eu pecaria se não obtiver)
Por favor, me deixar explicar de outra maneira e depois darei alguns exemplos:
Por que é que a gente peca? Não é culpa do diabo - a gente peca porque quer pecar. Tiago 4:1 deixa isto bem claro: “De onde vem as guerras e contendas que há entre vós? (crentes da igreja)  não surgem dos prazeres que lutam dentro de vós?”
Ou seja, nossas concupiscências (como diz muitas bíblias neste versículo), nossos desejos fortes são culpados. Nós queremos e por causa de querer, pecamos.
Exemplos:
Estou com fome (isto não é pecado). Quero desejo comer (isto também não é pecado), porém, eu tanto quero comer que eu vou à loja e roubo. Nosso desejo (que não era pecado em si) era tão forte que pequei para obter.
Eu quero paz em casa (isto com certeza não é pecado), mas chegando em casa, as crianças estão fazendo muito barulho, e eu grito “CALA BOCA!”  Bom, querer paz não é pecado, e eu consegui ter paz depois de gritar, mas o gritar foi pecado não e’?  Mesma coisa!.

Mais um exemplo - Quero sexo. Isto em si não é pecado, Deus nos criou com o desejo de fazer sexo. Deus criou o sexo, é coisa linda (dentro das normas de Deus ou seja o casamento) Querer fazer sexo não é pecado, mas se eu cometo a fornicação, o adultério, a masturbação para sentir o prazer de sexo, eu pequei...
Então, qualquer desejo que eu deseje tanto que pecaria para obter, é um ídolo do coração.
Agora volta pro inicio e veja tudo que Ezequiel diz sobre esses ídolos.
Somente tem UMA saída: Ezequiel 14: 6  Arrependimento! E não mais seguir esses ídolos (desejos), pois são abominações para Deus.
A próxima vez que você pecar, então faça isso.
1- Arrependa-se do pecado peça perdão a Deus e peça perdão a pessoa que você feriu.
Mas não para ai!
2- Procure ver se há um ídolo em seu coração que está lhe levando a pecar.
O que você está desejando tanto que até mesmo pecaria para obter?  Assim podemos identificar e mortificar esse ídolo e com isso poderemos nunca mais praticar esse pecado de novo - ISTO meu amado se chama de vitória. Isto se chama de livramento!
Que Deus ricamente te abençoe enquanto com amor tente obedecer tudo que se encontra na preciosa palavra de Deus!
Estamos orando por vocês - se tiver qualquer pergunta escreva pra mim.
Pastor Alan Caixa Postal 22,  São Paulo de Olivença, Amazonas,  CEP - 69600-000
Esse artigo foi escrito pelo missionário americano Allen Yoder que serve ao SENHOR no Amazonas.