quinta-feira, 26 de setembro de 2013

As 42 Jornadas no Deserto - Parte 02




Introdução - Parte 02
Texto: Nm 33: 1-49

Vamos prosseguir. E que Deus nos conceda graça na Sua Palavra para que nós venhamos extrair algumas verdades profundas para a nossa vida hoje.
Quando lemos o livro de Números, no capítulo 33, versículos 1-49, vemos todas as estações por onde o povo de Israel peregrinou durante 40 anos. Essa leitura à primeira vista parece estranha para algumas pessoas; algumas podem achar que estes versículos não têm muita importância. Mas temos em conta meus irmãos e irmãs, que foram inspirados pelo Espírito Santo e que estão escritos para nos admoestar; foram escritos para que nós percebamos que as coisas não são tão rápidas e não tão fáceis. Alguém disse que: “Deus trabalha devagar porque tem pressa”; eu concordo com isso.
Nestas estações, nestas jornadas de 40 anos, podemos ver este trabalho meticuloso, cuidadoso do nosso Pai Celeste. Quando atentamos para a vida da Igreja, tanto quanto especificamente para a vida de cada membro do Corpo de Cristo, vemos que existe um desenvolver, uma progressão gradual semelhante à revelação de Deus através da história. É necessário que esta progressão espiritual, coletiva e profética venha acontecer por etapas, como vemos nestas estações, nesta jornada de 40 anos. Nessa Jornada encontramos o significado do tempo. A definição de tempo é o período continuo e indefinido no qual os eventos se sucedem. É isso que eu e você precisamos entender. A maneira como Deus se revela, a maneira como ele trabalha como nos conquista.
1 Coríntios, capítulo 10, versículos 6 e 11, diz: “Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.” Aqui percebermos que a vida cristã é vivida em estágios. É de estágio em estágio.
Quando estudamos 2 Coríntios, capítulo 3, versículo 18, que diz: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”; vemos nitidamente que a nossa Salvação é um assunto da glória de Deus, a nossa Salvação exalta a glória de Deus.

Vamos adentrar para este assunto de acordo com a epístola aos Efésios. Vejamos dois textos:
               Em Efésios, capítulo 1, versículo 6, Paulo diz: “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado”, e depois no versículo 12, diz: “a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo”. Precisamos ver duas coisas impressionantes e estupendas. Paulo fala sobre a Graça de Deus e sobre a Glória de Deus. E se você estuda a Salvação no Novo Testamento, vai ver que a Salvação é um assunto da Glória e da Graça de Deus.
Em 2 Coríntios, capítulo 3, versículo 18, Paulo diz assim: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Neste texto eu quero que você apenas note a frase “de glória em glória”.
Temos que estudar estas duas preposições: “de” e “em”. Quando Paulo diz “de glória”, na língua grega é a preposição “apo”, que significa “para fora”. Por conseguinte, meus irmãos e irmãs, há diferentes nuances no significado desta preposição, e o principal deles é “desde”. A preposição “apo” é somente usada nos casos ablativos, nas inclinações dos verbos gregos. Se você estuda uma gramática grega, vai ver que são oito, os casos no grego: “nominativo, genitivo, ablativo, locativo, instrumental, dativo, acusativo e vocativo”. O caso ablativo tem a idéia fundamental de origem ou o ponto de partida de onde uma coisa procede. Quando Paulo está dizendo “de glória”, no grego está assim: “apo doxis”, que significa “de glória”. Então esta frase é assim: “apo doxa eis doxa”, que significa de “de glória em glória”. Isto indica que algo foi realizado na eternidade passada, em seguida ele aponta para algo que está sendo realizado no presente, tendo em vista a eternidade futura.
Vamos atentar para alguns exemplos da ocorrência da preposição “apo” para compreendermos melhor.
 Paulo diz assim em Romanos, capítulo 8, versículo 29: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho”. Aqui, temos a preposição “apo”.
Depois em Efésios, capítulo 1, versículo 4, Paulo diz: “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo”.
Ainda em Filipensses, capítulo 2, versículo 13, Paulo diz: “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar”.
Veja que nestes três exemplos podemos perceber que a nossa Salvação é de acordo com a presciência de Deus. Foi algo que Ele decidiu na eternidade em Cristo Jesus - nos escolher para o louvor da glória da Sua graça. Deus nos escolheu de acordo com a Sua presciência - foi algo que Ele viu e escolheu em Cristo. É isto que significa esta primeira preposição “apo”.
Ainda podemos ver este texto de Filipensses capitulo 2, versículo 13, “que é Deus que efetua em nós o querer”.
Vamos atentar para este princípio, em Efésios capitulo 1, versículo 5, quando Paulo diz assim: “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”.
Note esta palavra na sua Bíblia “beneplácito”. Esta palavra no grego é “eudokia”, que significa deleite, prazer, satisfação. Esta palavra foi usada no Evangelho de Lucas no capítulo 2, versículo 14, que diz assim: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”.
Ainda em Efésios, capítulo 1, versículo 9, olhe o que Paulo diz: “desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo”.
Esta palavra “propusera” - mais um termo rico na língua grega - ocorre apenas três vezes em todo o Novo testamento: Rm 1.3; Rm 3.25 e Ef 1.19. Esse vocábulo no grego é “protithemai”; é um composto de dois vocábulos.
O primeiro é “pró”, que significa “antes”. E “tithemes”, significa estabelecer, determinar. Então aqui nós temos a palavra “protithemai”, que significa estabelecer ou determinar antes.
Romanos, capítulo 3, versículo 25, diz assim: “a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”. Veja isto!  Deus propôs, determinou antes no seu sangue.
Para ilustrar melhor isso vamos ler 1 Pedro capítulo 1, versículos 18 ao 20: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós.
Que concordância perfeita nós encontramos na Palavra de Deus! É interessante vermos outra palavra: “conhecido”, esta é a palavra grega “proginosko”, que significa “conhecia antes”. Deus propôs antes porque conheceu antes. Ele não conheceu os atos das pessoas, mas as pessoas em si. É nisto que está ligada a presciência de Deus: as pessoas e não aos seus atos. Portanto, na preposição “apo”, vemos a salvação na esfera da eternidade.
Agora temos outra preposição: “eis doxa”, que é a preposição “eis”, “de glória em”; a preposição “em”. Nesta segunda preposição, Paulo, como se descesse na esfera do tempo, começa a ter uma visão da Salvação. É justamente isso que esta preposição indica - “até que”. A nossa salvação começa na eternidade em Deus e Ele executa no tempo. Então, nesta outra preposição, vamos ver que isto está ligado às 42 estações, na jornada de 40 anos do povo de Israel no deserto. Aqui compreendemos a nossa salvação. Nossa Salvação é – toda - um ato soberano da parte de Deus!
Paulo diz assim em Efésios, capitulo 4, versículo 30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”. Veja a preposição “para” que é “eis” que na língua grega significa “até que”. Neste texto a Redenção aponta para a glória vindoura.
Em 2 Coríntios, capitulo 1, versículo 22, Paulo diz assim: “que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração”. No capítulo 5, versículo 5, diz “Ora, foi o próprio Deus quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito”.
Também, Efésios, capitulo 1, versículos 13 e 14, diz assim: “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
Nestes versos, ele fala de penhor e não de selo. Essa palavra “penhor” no grego é “arrhabon”, significa “garantia, calção”. Significava o sinal que o comprador tinha que depositar e pagar adiantado, ao ser fechado o negócio, e que o restante do pagamento viria depois. Somente Paulo usou esta palavra. E o seu objetivo era nos revelar que o Dom do Espírito que Deus nos deu e nos dá, agora é um sinal, uma garantia, um antegozo da vida que nós, como cristãos em Cristo Jesus, um dia viveremos, quando entrarmos na era vindoura. Paulo está dizendo o que nós estamos experimentando no Espírito Santo é uma pequena parte de tudo aquilo que um dia, na era vindoura, iremos experimentar. Mas não somente isso! Porque hoje estamos olhando obscuramente, um dia veremos face a face.
Mas também, Paulo diz que Ele nos selou com o Seu Espírito. A palavra “selado” no grego é a palavra “sphragizo” que significa “marcar com um selo, selar com segurança, marcar pela impressão de um sinal, a fim de provar, confirmar a propriedade, autenticidade, autoridade”. Essa palavra ocorre 15 vezes em todo o Novo Testamento.
Em 2 Coríntios, capítulo 11, versículo 10, vemos uma ilustração gloriosa do significado desta palavra. Neste texto Paulo diz: “A verdade de Cristo está em mim; por isso, não me será tirada esta glória nas regiões da Acaia”. Veja o que ele diz: “não me será tirada”. Este é o mesmo vocábulo da língua grega - “sphragizo” - que Paulo usou em Efésios 1.13. Em Efésios capitulo 4, versículo 30, Paulo diz “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção”.
Então, irmãos e irmãs, o selo é a estampilha que nosso Pai Celeste coloca em nós para mostrar que pertencemos a Ele, que somos Seus filhos e que somos herdeiros da grande herança vindoura. Creio que esta expressão “o dia” refere-se àquele Majestoso e grande Dia em que nós iremos nos encontrar com o nosso Bendito e Eterno Salvador.

Esse termo “selado” tem três significados principais:

Primeiro – fala de autenticidade, autoridade.
Segundo – fala de propriedade.
Terceiro – fala de segurança.

O selo tem uma imagem especial que pertence unicamente a uma pessoa e, portanto quando você vê aquele selo ou aquela imagem em alguma coisa, você sabe que é propriedade ou posse de uma determinada pessoa. É isso que nós temos que entender! É isso que o Senhor está nos falando agora, sobre o “Selo do Espírito”. Portanto, eu e você precisamos saber que Deus colocou em nós a Sua marca, o Seu Selo, como garantia de que nesta jornada espiritual, Ele não apenas nos escolheu na eternidade, mas está trabalhando em nós por meio da Palavra, do Espírito, da Cruz, para que nós sejamos, cada dia, alcançados por Ele nesta magnífica Obra, nesta poderosa Obra. Essa Obra que vai completar-se até o Dia da Redenção, até o Dia da entrada na Era Vindoura. Essa é a garantia, essa é a certeza. Ele quer que você viva a vida cristã tendo esta garantia, esta certeza do trabalhar Dele na sua vida.
Que Ele nos abençoe por meio da sua Gloriosa Palavra.

As 42 Jornadas no Deserto




Introdução - Parte 01
Texto: Nm 33: 1-49

Meus irmãos e irmãs! Nós vamos estudar sobre as jornadas no deserto. No capítulo 33 do livro de Números, encontram-se todas estas 42 estações, onde o povo de Israel esteve no deserto durante toda a sua peregrinação registrada no Pentateuco, especialmente nos livros de Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio. Este capítulo (Nm 33) trata da peregrinação do povo de Israel pelo deserto no período de 40 anos.
No aspecto espiritual pomos ver aqui, numa visão neotestamentaria, a nossa peregrinação espiritual até a terra prometida. Nossa viagem espiritual do Calvário até a Nova Jerusalém.
Em Provérbios capítulo 4, versículo 18, Salomão disse: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.  É interessante notar que a palavra “perfeito”, na Bíblia, dá a idéia de algo maduro, algo completo, de plenitude espiritual, de amadurecimento espiritual.
A vida cristã é uma carreira que temos que percorrer. Por um lado, Deus em Cristo nos salvou; este é um fato! Mas por outro lado, temos que viver a vida cristã de acordo com esta “tão grande salvação” que Deus nos deu em Cristo. Precisamos considerar algo importante aqui. Por um lado temos a soberania de Deus em nos escolher na eternidade passada e manifestar em nós as “riquezas da sua graça” por meio desta salvação, por meio da Redenção em Cristo. Por outro lado nós temos a responsabilidade em relação à escolha de Deus. Isto é, precisamos viver um Evangelho a altura da graça de Deus. Precisamos corresponder a esta graça operando em nós. Precisamos compreender que temos uma vida responsável para viver. Temos uma vida para percorrer. Não podemos viver acomodados em relação à eleição. Nós temos uma carreira cristã a percorrer! Temos que compreender que tudo o que Deus fez e faz, e tudo o que ele está fazendo, tem em vista o Reino. Por isso estudar estas 42 jornadas é algo muito importante para compreendermos até mesmo nossa vida aqui, porque em cada uma destas estações nós vamos extrair grandiosas lições para a nossa vida cristã.
No livro de Apocalipse, capítulo 1, versículo 6, João nos revela que “Deus nos redimiu em Cristo Jesus, para nos constituir reino de sacerdotes”. Nós não podemos pensar na Redenção como algo que Deus fez para nos livrar do inferno e para tratar com os nossos pecados. Nós temos feito da Redenção algo muito pobre na nossa experiência cristã. Quando lemos este texto, vemos que Ele nos salvou e nos redimiu para fazer de nós reino. Reino é para administração, para o governo de Deus em Cristo e com Cristo. O Sacerdócio é para ministrar a Deus. Isto mostra o quanto a nossa vida cristã é rica em todos os aspectos
Em Efésios capítulo 4, versículos 12 e 13, vemos que a vida cristã é vivida em estágios. Paulo diz assim: “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo. Percebemos aqui quatro estágios em nossa vida cristã:

Primeiro – Unidade da fé.
Segundo – O pleno conhecimento do filho de Deus.
Terceiro – À perfeita varonilidade.
Quarto – À medida da estatura da plenitude de Cristo.

Em Filipenses, capítulo 2, versículo 12, Paulo diz: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”.

Ainda podemos ler Hebreus, capítulo 12, versículo 1, quando o escritor desta maravilhosa Epístola diz: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”.
Veja que em Efésios capítulo 4, ele diz: Até que todos cheguemos”. Nós precisamos chegar, precisamos avançar, precisamos correr. Mas para isso temos alguns degraus, temos alguns estágios.

Depois, em Filipensses 2.12, Paulo diz: “desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”.

E o escritor aos Hebreus diz no capítulo 12.1: “corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”.

O melhor exemplo que temos para compreender isso, com toda esta verdade, é o próprio Apóstolo Paulo. Veja que ele começou a correr a carreira cristã em Damasco, em Atos, capítulo 9. Alguns eruditos dizem que Paulo se converteu provavelmente no ano 35 d.C. - ali ele começou correr a carreira cristã. Depois o vemos correr a carreira cristã aproximadamente entre os anos 55 a 57 d.C.. Então, ele escreve a primeira carta aos Corintios. E no capítulo 9, versículos 24 a 27, ele diz: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.”
Ele estava correndo, estava avançando com perseverança na carreira que o Senhor havia lhe proposto. Ele desejava chegar à unidade da fé, do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo; ele estava desenvolvendo a Salvação com temor e tremor.
Depois observamos que sete anos se passaram. Agora ele está preso em Roma. Aqui ele escreve aos irmãos em Filipensses capítulo 3, versículo 12, e diz assim: “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”.
Ele continua correndo! Ele tinha certeza que ainda não tinha chegado ao final, que ainda não tinha completado a carreira. Mas ele disse: “mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”. E nos versículos 13 e 14, ele continua: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”
Continuando a estudar a vida de Paulo, percebemos que mais dois anos se passaram, e ele está perto da sua morte. Agora ele escreve a sua segunda carta a Timóteo, e diz no capítulo 4, versículos 7 e 8: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”
Portanto, amados irmãos e irmãs, essas 42 estações revelam os estágios da vida cristã, os quais temos que percorrer. A nossa vida espiritual é assim, de estágio em estágio. A história da peregrinação no deserto, baseada em Números capítulo 33, trata da aplicação espiritual neotestamentaria à Igreja do Senhor Jesus Cristo, da história tipológica da peregrinação do povo de Israel no deserto, desde o Egito até a terra prometida, passando pela península do Sinai, por volta de Edom e Moabe. Segundo o ensino do Novo Testamento, tal peregrinação serve como exemplo à nossa peregrinação espiritual em Cristo. E é justamente isso que iremos estudar.
Na vida da Igreja, tanto quanto na vida de todos e na vida de cada membro do Corpo de Cristo, existe um desenvolver, uma progressão gradual semelhante à progressão da revelação de Deus através da história. É necessário que esta progressão espiritual, coletiva e profética aconteça por etapas, como jornadas, de acordo com a maturidade espiritual da Igreja em cada geração; como aconteceu com o povo de Israel quando peregrinavam pelo deserto.
Para Deus tudo tem o seu tempo. Veja que em 1 Coríntios, capítulo 10, versículos 6 e 11, Paulo diz: “ Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.
Veja que o Apóstolo Paulo declara algo muito importante referindo-se ao Antigo Testamento, quando o povo Hebreu peregrinava pelo deserto, em sua saída do Egito. Sabemos que eles cruzaram o Mar Vermelho e logo experimentaram uma série de provas. No contexto imediato da leitura bíblica, vemos nos versículos 6 e 11 a seguinte expressão: “estas coisas”. Isto se refere a tudo que o povo de Israel passou em sua peregrinação. Diz mais assim: “que sucederam como exemplo”. Não é somente como história que estamos lendo, mas é exemplo para nós, para que não cobicemos, nem pequenas coisas, como eles cobiçaram, e não venhamos a cair nos mesmos erros que eles caíram. Veja no versículo 11, diz: “foram escritas para advertência nossa”.
Irmãos e irmãs! O que aconteceu com Israel em suas jornadas no deserto não era só para que pudéssemos conhecer e dizer: “bom eles passaram pelo deserto, mas isso não tem nada a ver conosco”. Ao contrário, o Senhor, providencialmente, estava dizendo que aquelas jornadas se deram como exemplo para nós. Todas as jornadas do povo de Israel no deserto, quando tirados do Egito e passados pelo Mar Vermelho, eram exemplos não para eles, mas para nós.
Romanos, capítulo 15, versículo 4, diz assim: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”. Note algo maravilhoso a palavra “esperança”. No grego é “elpis”. Essa palavra fala de uma alegria antecipada.
Veja o que está escrito no versículo 13, do capítulo 15 de Romanos: “E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo”. Precisamos ver que enquanto percorremos nossa jornada cristã, o Espírito de Deus nos enche de gozo. Ele transmite a nós a realidade daquilo que está preparado para nós.
Veja o que diz o escritor da epístola aos Hebreus no capítulo 11, versículo 13: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”. Aqui temos duas coisas que precisamos considerar:

Primeiro – “vendo-as, porém, de longe”. Aqui temos o vocábulo grego “oida”, que significa ver, prestar atenção, colocar os olhos e não tirar mais; como foco. A expressão longe indica distância na língua grega.
Segundo – “saudando-as”. Essa palavra no grego é “aspazomai”, que significa aproximar-se. A idéia é que à medida que estamos andando em nossa peregrinação espiritual neste mundo, nesta jornada espiritual, tenhamos a Visão da nossa herança cristã entre os santos, tenhamos esta esperança, esta certeza, esta alegria; que tenhamos em nosso coração o testemunho do Espírito Santo de que estamos peregrinando para poder penetrar na terra prometida, naquilo que Deus em Cristo nos dará um dia.

Que Deus, por meio do Seu Espírito, através da Sua Palavra, venha falar ao nosso coração, e que em cada oportunidade essa palavra venha nos atrair mais e mais, nos abençoar mais e mais.

domingo, 15 de setembro de 2013

Ceia do SENHOR



Irmão Nildo ministando a ceia do Senhor durante a reunião hoje (14.09). Momentos de muito louvor e adoração ao Senhor pela sua vitória na cruz do calvário.

Maranta!!!


Momentos de Louvor


Momentos de louvor hoje (14/09/13) durante a reunião pela manhã. Foram dias onde o SENHOR liberou de forma poderosa a Sua Palavra, falando sobre a natureza, vida e serviço da Igreja.

O Senhor mesmo há de fazer prosperar a Sua Palavra e produzir os frutos que Ele deseja.

Louvado seja o nome dpo SENHOR.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A partir de 4ª feira, dia 11/09 estaremos em conferência. O irmão Romeu Bornelli estará conosco ministrando a Palavra de DEUS. Creio que o SENHOR tem muito a nos falar nesses dias, será de 4ª até domingo.

Local das reuniões: Escola Nova Dimensão (parte do fundo).
Horário: de quarta feira a sábado às 19:30, no domingo a reunião será às 09:00 h da manhã.

Que estejamos orando nesses dias pela conferência.

Ramessés - Parte 02



As 42 Jornadas no deserto
1ª Estação - Ramessés - Parte 02
TEXTO: Nm 33: 1-4 

Quando estudamos a última Palavra, sobre o poder do mundo, primeiro nós vimos como Israel passou a ser tratado lá no Egito. Nós sabemos que, na época de José, os Icsos é que estavam no trono. Mas, a partir de Tebas, um povo, uma nova dinastia egípcia se levantou. E eles expulsaram aquela velha dinastia dos Icsos. E esta nova dinastia, os Camitas, não foi favorável a Israel. Ao contrário, eles oprimiram a Israel. Se você ler os versículos 8 ao 12, de Números 33, poderá ver isto com maior clareza. Nós vemos que, o povo de Israel, lá no Egito, edificou as cidades de Piton e Ramessés. Piton significa serpente, é desta palavra que se deriva Pitonisa. Ramessés fala do Filho do Sol, nascido do sol. O trono de Faraó Ramessés II tinha umas tremendas serpentes no trono. Nós vemos que esta era uma nação identificada com a serpente. Aqui vemos o poder do Espírito do Anticristo, atuando na nossa geração.
Meus irmãos e irmãs, nós estamos vivendo uma Era, em que o Espírito do anticristo, tem se levantado, para poder imprimir nas vidas das pessoas, sua própria marca. Esta marca, agora é uma marca interior. Depois virá uma marca exterior. É isso que nos diz a Palavra de Deus em Apocalipse capítulo 13. Se você ler todo o capítulo 13 de Apocalipse, verá essa realidade, essa verdade. O versículo 16 e 17 de assim:  

16 - A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
17 - para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Veja o quanto é sério tudo isso.

Essa marca da Besta é algo que um dia vai acontecer. Isto se aplicará a todo o mundo, menos àqueles que amam o Senhor, menos àqueles que decidirem hoje, ter a marca de Deus.
No capítulo 7, versículos de 1 ao 4, aqui mesmo no livro de Apocalipse, nós vemos a marca do Povo de Deus, a marca dos Filhos de Deus. Se você ler, Apocalipse capítulo 7, versículos de 1 ao 4, João diz:

1 - Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma.
2 - Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, 3 - dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.
4 - Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel:”

Irmãos e irmãs, o único modo de não termos a marca da Besta, é sermos selados com o Selo de Deus.
Ramessés, fala do mundo, do seu poder, que tenta nos consumir, nos controlar. É isso que Satanás está fazendo hoje. Ele está usando o seu poder, o poder do mundo, contra o Povo de Deus, para poder imprimir em nós, interiormente, a sua marca. Paulo escrevendo aos Gálatas, diz que “tinha a marca de Deus”. Nós temos que ter a Mente de Cristo. Escrevendo, aos Efésios, no capítulo 1, nos versículos 13 e 14 ele fala, “sobre o Selo do Espírito”. Nós temos que ter a Mente de Cristo, a Marca de Deus, o Selo do Espírito.
Quando estudamos o Livro de Êxodo, podemos ver o significado desse termo “Cerne”, que é muito usado no Novo Testamento e muito mal compreendido nos nossos dias. Em Êxodo, capítulo 21, versículos 5 e 6 diz assim:

5 - Porém, se o escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro. Isto é, se ele não quiser ser posto em liberdade.
6 - Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.

Segundo a Lei de Moisés, o escravo, depois de trabalhar seis anos, deveria ser colocado em liberdade no sétimo ano. Mas, se esse escravo amasse o seu Senhor, e preferisse permanecer escravo pelo resto de sua vida, receberia uma marca permanente.  Os servos de Deus são aqueles que possuem a Marca de Deus.
Será que somos, verdadeiramente, servos de Deus? Precisamos fazer uma abordagem sincera sobre esse assunto, para compreendermos, verdadeiramente, se temos o caráter do servo de Deus. Ser servo de Deus, neste contexto, significa o compromisso de assumir, com toda a obediência, um estilo radical de vida em relação ao poder deste mundo, em relação ao sistema deste mundo. Ser servo não significa viver para si e sim para o seu Senhor.
Uma das grandes características do mundanismo dos nossos dias é a compulsão exarcebada pelo consumo. Muitos cristãos hoje, têm se tornado escravos do dinheiro. Por isso é que a palavra de Deus é tão clara sobre isso. Nós precisamos ser ajudados quanto a isso. Paulo escrevendo a Timóteo, na sua primeira epístola, no capítulo 6, versículo 10 ele diz: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”.
Vejamos o que o Senhor Jesus ensinou sobre isso, em Lucas 16, versículo 13, diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
É interessante, amados irmãos e irmãs, notar que a palavra “riquezas”, que o Senhor Jesus usou, é a palavra aramaica “Mamon”. Que fala de uma riqueza personificada indica algo que tem natureza pessoal e espiritual dentro de nós. Como um Deus que exige de nós devoção. Esse termo, no Novo Testamento, só foi usado pelo Senhor Jesus Cristo. Se nós olharmos hoje, veremos que o inimigo de nossa alma, está usando o poder do dinheiro para nos usar como instrumentos para preparar a vinda do Anticristo. Veja que o dinheiro possui muitas características de um deus. Primeiro ele dá segurança, segundo liberdade, terceiro poder, isto é, sensação de onipotência. E a Bíblia diz que o amor ao dinheiro, a confiança depositada no dinheiro libera um dos maiores males do coração humano. Por isso, precisamos permitir que o Senhor nos ganhe completamente, ganhe o nosso coração.
Veja em Lucas capítulo 19, versículo 8, o que aconteceu com Zaqueu. Quando o Senhor entrou no seu coração, logo, imediatamente, sentiu que era nessa área que ele era escravo. Era nessa área que ele tinha sido escravo, durante toda a sua vida. Veja hoje como muitos cristãos estão endividados. Muitos têm saído do seu próprio país, para poder ganhar dinheiro em outro país, para poder ter uma vida melhor. Para poder pagar às suas dívidas. Muitos cristãos, hoje, estão escravos de dívidas em cartão de crédito, cheque especial, em muitas áreas. A dívida é um julgo de escravidão, da qual a maioria das pessoas tem se tornado vítimas.  Provérbios 22, versículo 7, diz: “O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do que empresta”. O que está acontecendo no nosso tempo, nessa vida, tipificada, por aquela estação de Ramessés. Essa vida mundana, em que os cristãos não estão vendo, o quanto estão escravos de dívidas. A compulsão por ter mais e mais, tem dominado a vida de muitos irmãos. Ninguém se contenta com o que tem ninguém se contenta com o seu salário. A Bíblia não afirma que é errado ter dinheiro.
Paulo, escrevendo a Timóteo, no capítulo 6, versículo 17, diz: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” Deus pode nos dar riquezas e nela nos proporcionar o prazer. Mas para isso, é importante observarmos os princípios para se viver bem com o dinheiro. Veja os versículos 18 e 19, deste mesmo capítulo, aqui de 1 Timóteo 6, olha o que diz:

18 - que pratiquem o bem sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir;
19 - que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.

Irmãos e irmãs, o grande problema não é o quanto ganhamos e sim, como gastamos. Veja o que Ageu escreveu, lá no primeiro capítulo, versículos 6 e 7, que diz:

 6 - Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos;
“7 - vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado”.

Aqui nós podemos fazer as seguintes considerações: primeiro - como estamos empregando o dinheiro que temos ganhado? Segundo - será que temos necessidade de ter mais, ou somos excessivamente ambiciosos?  Terceiro - vivemos uma vida governada pelos princípios bíblicos de mordomia cristã, com respeito ao dinheiro que o Senhor nos confiou, ou vivemos uma vida conforme o sistema controlado pelo mundo? Quarto - será que estamos mais preocupados em construir nossa casa, nossa vida do que a Casa de Deus? Estamos mais preocupados em serem ferramentas para o Espírito Santo, para preparar o caminho para a volta de Cristo?  Irmãos e irmãs, a definição bíblica do que seja liberdade financeira, não é ser rico, nosso alvo deve ser o de nunca tomar uma decisão com base em considerações financeiras, e sim, com relação à vontade de Deus.
Não estou afirmando aqui, que o simples comércio está errado, não é isso. Que Deus nos guarde disso. Mas podemos declarar, com base na Palavra de Deus, que o princípio de comércio, como nós temos visto hoje, da forma como vemos hoje, de acordo com o sistema do mundo, está ligado a Satanás.
Ezequiel, capítulo 28, nos dá uma descrição de Lúcifer. Veja o que diz o versículo 5: “pela extensão da tua sabedoria no teu comércio, aumentaste as tuas riquezas; e, por causa delas, se eleva o teu coração” Imagine, olhe que texto. Aqui fala de Lúcifer. Nós vemos esta Profecia, e é justamente isso que podemos ver com relação a muitos cristãos hoje. Que estão consumidos por esta ambição de ter mais, de ser controlado pelo sistema do mundo, pelo sistema que tem controlado o mundo. E é desta forma que Satanás está usando todo este poder, todo este sistema para preparar a plataforma do Anticristo. Então, eu quero reiterar, não que o comércio está errado, mas o sistema que o controla. É isso que nós podemos ver aqui em Ezequiel 28.
Meus irmãos e irmãs, o comércio é o campo em que, mais do que qualquer outro, as corrupções das paixões se revelam no nosso ser. Como diz em 2 Pedro capítulo 1, versículo 4., esta paixão nos persegue incansavelmente. Até mesmo um cristão que procura viver uma vida em Cristo Jesus, ela pode facilmente ser surpreendido e arruinado. Somente a graça de Deus para nos ajudar, somente a graça de Deus poderá nos guardar disto, pois estamos em um campo perigoso quando entramos em contato com o comércio, com a compulsão pelo prazer dessa vida hedonista que vive o mundo.
Se devido a nossa profissão temos a obrigação de nos envolver com isto, e se o fizermos com temor e tremor poderemos com a ajuda de Deus escapar da cilada do Diabo. Porque sempre estaremos sendo alvos dos ataques do inimigo. Mas, se vivemos uma vida, demasiadamente, confiante em nós mesmos, então não há esperança de escaparmos dos inescrupulosos poderes egoístas que o comércio gera dentro de nós, para nos fazer escravos.
Portanto, não precisamos descobrir como deixar de comprar e vender, comer e beber, casar e dar em casamento, o problema é fugir do poder que está por detrás destas coisas. Pois não podemos permitir que este poder triunfe sobre nós. Qual é então o segredo de conservarmos nossos bens materiais dentro da vontade de Deus. Certamente é conservá-los para Deus. Isto é, sabermos que não estamos acumulando valores inúteis ou acumulando vastos depósitos bancários. Mas acumulando tesouro para a nossa conta celeste, investindo naquilo que agrada a Deus. Gastando de acordo com o propósito de Deus, não nos tornando escravos das nossas compulsões e nem mesmo daquilo que procura nos proporcionar prazer e nos roubando da vontade de Deus.
Devemos estar perfeitamente, dispostos a nos separar de qualquer coisa, a qualquer momento, não importa se vou deixar dois mil reais ou dois milhões de dólares. Não importa! O que importa é se posso deixar qualquer bem que possu-o, sem o mínimo pesar no meu coração. Não estou dizendo que é necessário dispor de tudo o que temos, não é este o ponto. O ponto é que enquanto filhos de Deus, não podemos ficar acumulando coisas, pensando somente em nós. Se guardo algo é porque Deus falou ao meu coração, se me separo dele é porque Deus falou ao meu coração. Se conservo a mim mesmo dentro da vontade de Deus e não tenho receio de dar, de abrir mão, de ofertar, de dizimar, se Deus assim o faz, não guardo nada porque amo e assim, também, posso deixá-lo, se Deus assim deixar, sem qualquer pesar em meu coração.
Que o Senhor fale ao seu coração. Que a Palavra do Senhor possa tocar profundamente em sua vida, neste momento. Eu tenho certeza que, de uma forma maravilhosa, o Senhor está falando a você. Nós temos que ver isso com muita clareza. Precisamos ser sinceros com relação à essas verdades. O Senhor Jesus foi tão claro concernente à vontade celeste do Pai. Segundo as palavras do Senhor Jesus e, também, as palavras dos Apóstolos,  podemos ver que Deus tem uma vontade perfeita no céu e que esta vontade celeste flui sem nenhuma oposição, sem nenhuma resistência. Mas quando olhamos aqui da terra, vemos que há o Príncipe deste Mundo. Lá no Evangelho de João, capítulo 16, versículo 31, o Senhor Jesus disse isso. Paulo diz em 2 corintios capítulo 4, versículo 4, que ele é o “Deus deste século”. Em Efésios capítulo 6, versículo 12, Paulo diz que ele é “Príncipe da potestade do ar”.
 Embora Deus tenha o seu trono nos céus, “o mundo jaz no Maligno”, conforme disse João, em sua primeira epístola, capítulo 5, versículo 21. Por isso, temos que ser claros quanto a isso. Compreender que nós não podemos estar aqui, cooperando, construindo a plataforma do governo do Anticristo. Nós precisamos ser cuidadosos, precisamos ter os nossos olhos abertos, precisamos ser guiados pelo Espírito Santo, por meio da Palavra de Deus. Meus irmãos e irmãs, que Deus lhe abençoe, que você possa entender, como Deus quer que você seja cuidadoso, cuidadosa com relação as suas finanças, com relação aos seus bens, com relação a sua própria vida e o Senhor, para que isso não seja uma ferramenta do Diabo, que venha gerar ilusões no seu coração, compulsões no seu coração, lhe roubando da presença de Deus, lhe roubando da Palavra de Deus.
Que Deus, mais uma vez, venha falar e lhe abençoar através desta palavra.