sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

BRASIL TERÁ PRIMEIRA EMBAIXA DA "PALESTINA"


Atento aos movimentos de DEUS quanto a vinda do Senhor Jesus Cristo e os próximos acontecimentos no mundo, quase que diariamente acompanho o Blog http://shalom-israel-shalom.blogspot.com/ que traz notícias atuais sobre Israel. Ao entrar hoje, vi com perplexidade a notícia que segue abaixo e no mesmo momento, com temor no coração, pedi misericórdia ao SENHOR por nossa terra. Nossos governantes estão mostrando claramente o total desconhecimento das profecias bíblicas e também a sua arrogância em se meter de forma irresponsável em problemas de milhares de anos, que não nos pertence e que não temos poder nem capacidade para resolver.
O Senhor cumprirá os seus propósitos e sabemos que Israel sofrerá muita pressão nos últimos dias, mas é o próprio SENHOR que pelejará por eles e no fim Israel viverá em PAZ na sua própria terra que segundo as escrituras foi dada por DEUS a eles e pertece a eles.

Oh Senhor!, abre os olhos do teu povo terreno, para que eles se voltem para ti e reconhecam o Seu Filho Jesus Cristo como o seu Messias e o seu verdadeiro Rei

A seguir o texto extraído do BLOG SHALOM ISRAEL


"Num acto verdadeiramente ignóbil, num mundo mais parecido com o virtual do que com a realidade, o Brasil prepara-se para participar num dos mais polémicos momentos da sua história recente, ao cometer um verdadeiro acto de ilegitimidade, não só no reconhecimento de um inexistente "estado palestiniano", mas no lançamento da primeira pedra de uma futura embaixada da "Palestina", esta sexta-feira, pelas mãos do próprio presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas. Esta inexplicável medida prossecutória de uma tendência cada vez mais acentuada dos governos do PT (Lula + Dilma) de apoiarem cada vez mais os palestinianos, não tendo em conta os acordos e muito menos as regras internacionais, põe certamente em causa a credibilidade do governo brasileiro em questões internacionais, o que sinceramente muito deploramos...
Na foto acima pode ve-se o "entendimento" que Abbas tem da "Palestina": nada mais nada menos que toda a Terra de Israel. Ele não deixa por menos...

Na sexta-feira o presidente da AP lançará então a primeira pedra da futura embaixada em Brasília, e no sábado este "digníssimo chefe de terroristas" participará na tomada de posse da nova presidente do Brasil Dilma Rousseff. Tudo bons amigos...
Israel já fez saber ao Brasil que o reconhecimento de um estado palestiniano é uma clara violação do Acordo Interino assinado entre Israel e a Autoridade Palestiniana em 1995, numa referência aos Acordos de Oslo feitos entre as duas partes.
Claramente o Brasil quer tornar-se numa voz ouvida e respeitada no mundo, só que está tomando posições erradas, violando os princípios de ética nas relações internacionais. Com governos assim, é caso para perguntar: para onde vai o Brasil?
Mas o Brasil não está só nesta amálgama de disparates: logo a Argentina, o Uruguai e a Bolívia se apressaram a repetir a façanha: reconhecer um estado pirata dentro de um outro estado reconhecido pelas Nações Unidas...! E como isto já "virou moda" na América Latina, eis que o Paraguai se apressa também a reconhecer unilateralmente a "Palestina"...
Lamentamos o futuro destes países, pois os seus líderes estão provocando a ira de Deus, lembrando-nos as palavras do salmista: "Por que se amotinam os gentios, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam e os governos consultam juntamente contra o Senhor...Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes falará na Sua ira, e no Seu furor os turbará." - Salmos 2:1-5.
"Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do Meu povo, e da Minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a Minha Terra." - Joel 3:2.
Shalom, Israel!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ESTUDO DA EPÍSTOLA DE PAULO AOS EFÉSIOS


Resumo do Capítulo 2 de Efésios

A PROFUNDIDADE DA VIDA EM PECADO

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”.

Se desejarmos conhecer a grandeza do poder de DEUS, e imprescindível que conheçamos a profundidade do nosso pecado.
Precisamos compreender a gravidade do nosso pecado, e como DEUS teve que defrontar com ele na cruz. Aqui nesses versículos, Paulo está nos conduzindo para o abismo do nosso velho estado caído em Adão, para logo em seguida elevar-nos aos lugares celestiais da nossa redenção.
Quando Estudamos a epístola aos Romanos, vemos que o livro de Romanos trata da questão do pecado e dos pecados.
Nesses versículos 1 a 3 de Efésios 2, podemos medir o poder de DEUS na nossa salvação. O argumento de Paulo aqui é que tenhamos a verdadeira concepção do abismo de pecado onde nós nos encontrávamos sem DEUS.
Aqui estamos diante da doutrina do pecado. Nessas palavras de Paulo podemos ter uma descrição da profundidade do nosso pecado.
Jamais vamos compreender a doutrina da encarnação se não entendemos a doutrina do pecado. Como poderemos entender a morte do nosso SENHOR JESUS em nosso lugar, o que Ele fez lá na cruz, se claramente não entendermos a doutrina do pecado.


“O AMOR A GRAÇA E A MISERICÓRDIA DE DEUS”

“Mas DEUS, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com CRISTO, — pela graça sois salvos”.

Vamos estudar sobre os três grandes temas da Bíblia nesses textos: a misericórdia o amor, e a graça de DEUS.
A misericórdia está relacionada à nossa condição presente, isto é, o estado de decadência em que o homem se encontra sem DEUS. É justamente isso que encontramos nesses versículos supracitados.
Quando chegamos ao estudo do amor de DEUS, somos conduzidos pelo Seu ESPÍRITO a mergulhar naquilo que é mais profundo em DEUS, naquilo que nós jamais poderemos compreender por nós mesmos.
O amor de DEUS é infinito, incalculável e o homem jamais chegará à compreensão total desse amor. Ter sido escolhidos eternamente, diz Paulo, foi uma obra de amor.

“Mas DEUS” – (Ef 2.3)

A palavra “mas” é uma conjunção e, contudo sugere contraste, e aqui temos a conexão e o contraste. Com estas duas palavras chegamos à introdução da mensagem cristã, a mensagem peculiar e específica que a fé cristã tem para oferecer-nos. Num sentido, estas duas palavras contêm, em si e por si, a totalidade do Evangelho.
A palavra “mas” introduz um ponto de transição do estado decaído e desesperado em que o homem vivia no pecado para a esperança e consolação do Evangelho. Essa expressão “mas DEUS”, revela-nos a totalidade da vida cristã.

Primeiro a misericórdia se manifesta por causa da pobreza da nossa condição; a graça fala da glória radiante da posição que temos em CRISTO. Segundo o sentimento que DEUS tem para conosco quando somos pecadores é misericórdia; a obra que DEUS realiza para nos tornar Seus filhos é graça. Por últimos, a misericórdia vem do amor e resulta em graça

A ira de DEUS – (Ef 2.3)

Para entendermos a doutrina do amor de DEUS, precisamos estudar primeiro a doutrina da ira de DEUS. Sem a compreensão da ira de DEUS nós não vamos entender o amor de DEUS por nós. A primeira visão que devemos ter do pecado, é que o pecado acarretou uma desordem tão profunda que é necessário uma reparação ou restituição, isto é, a expiação.
A expiação é uma necessidade porque emerge de dentro do próprio DEUS. O pecado afetou a posição do homem diante de DEUS. Paulo diz em Efésios capítulo 2 que “todos nós éramos por natureza filhos da ira”. Isto indica que todos nós estamos sob a ira de DEUS por natureza.


A ESSÊNCIA DO CRISTIANISMO

“e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em CRISTO JESUS; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da Sua graça, pela Sua benignidade para conosco em CRISTO JESUS”.

Quando lemos esses versículos podemos dizer explicitamente que aqui temos declarações profundas com respeito à condição e a situação do cristão que se pode achar nas Escrituras. Temos aqui diante de nós as expressões que nos revelam o verdadeiro cristianismo; a essência do cristianismo. Ao lermos esses textos chegamos à totalidade da vida cristã na sua experiência prática. Quando Paulo diz: “Ele vos deu vida... nos ressuscitou... e nos fez assentar...”, ele usa os tempos verbais no passado. É algo que se completou, uma vez por todas. Este é o mistério e a maravilha mais esplêndida em relação a nossa salvação, é a realidade mais gloriosa que jamais poderemos tocar, por ser tão profunda. Mas, graças a DEUS podemos desfrutá-la em nosso espírito


A SUBLIMIDADE DA RIQUEZA
DA GRAÇA DE DEUS

Efésios 2.7

“Para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em CRISTO JESUS”.

Depois de estudar sobre a posição a qual fomos elevados em CRISTO no nosso estudo anterior, agora o apóstolo Paulo nos leva a ultima declaração que ele começou no versículo 4. Ele diz qual foi o propósito de DEUS em tudo que Ele realizou por meio de CRISTO. É importante lembrar que Paulo inicia essa seção da epístola aos Efésios mostrando da onde foi que DEUS nos salvou. Primeiro ele revela a profundidade do nosso pecado, e então, ele prossegue e nos diz que Ele nos deu vida quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados, quando éramos filhos da ira, e andávamos segundo o princípio operante no mundo, como escravos dos nossos pensamentos e da nossa carne, e então, Ele diz que DEUS em Seu amor, misericórdia e graça, juntamente com CRISTO, nos ressuscitou e nos fez assentar nos mais altos céus.
Então agora, o apóstolo Paulo vai nos mostrar a Sublimidade da Riqueza da Graça de DEUS para conosco. Para então, enfim, vislumbrarmos com um mínimo de entendimento a tão Grande Salvação em CRISTO JESUS. Nesse estudo poderemos contemplar o ponto mais elevado desse ensino.
Veja que Paulo inicia esse versículo 7 dizendo: “para mostrar...”. Aqui ele dá-nos a razão daquilo que DEUS fez quanto a nossa salvação no conselho de Sua vontade.

O POEMA DE CRISTO

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de DEUS; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em CRISTO JESUS para boas obras, as quais DEUS de antemão preparou para que andássemos nelas”.
Efésios 2.8-10


Nesses textos encontramos as declarações que definem o caráter da obra da evangelização como também, o sentido prático da vida cristã.
Aqui nesses textos estamos diante das verdades mais contundentes do ponto de vista relacional da vida cristã. Aqui está o significado da realidade cristã no contexto doutrinário, daquilo que podemos chamar a doutrina que nos revela o caráter de DEUS, em Seu supremo propósito.
Em vistas a tudo que temos considerado até aqui, o que é que precisamos compreender em relação a nós mesmos como cristãos?
Quando estudamos esse assunto, somos confrontados pela Palavra de DEUS, a nos examinarmos à luz de tudo isso.
Estudando a salvação do ponto de vista da obra do Pai e do Filho, temos diante de nós as incomensuráveis, sublimes e insondáveis riquezas da graça de DEUS. Será que essas verdades geram em nós um senso de alegria e privilégio? Será que nos damos conta de tudo isso em nossa experiência cristã?
Paulo diz no versículo 10 de Efésios 2, que “somos feitura Dele”. A palavra grega para “feitura” é poema – é dessa palavra poema em grego que vem a nossa palavra “poema” em português. Isso significa que somos algo feito por DEUS.

A GLÓRIA DA CRUZ DE CRISTO NA EDIFICAÇÃO DA IGREJA

Efésios 2:11-17

“Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas, naquele tempo, estáveis sem CRISTO, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem DEUS no mundo. Mas, agora, em CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de CRISTO. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com DEUS, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto”

Nesses textos podemos notar uma significativa mudança temática de Paulo. Desde o versículo 1 desse capítulo 2, até o versículo 10, Paulo falara da questão da nossa salvação de um modo estupendo. Creio que não podemos deparar com algo que se compare com aquilo que ele escreve nesses versículos 1 a 10 de Efésios 2. Agora, portanto, podemos notar uma clara divisão nesse capítulo 2. Paulo vai nos mostrar a doutrina da obra da cruz de CRISTO.
Como a cruz nos tirou de um estado de desolação e nos levou para dentro de CRISTO. E nessa experiência, fomos unidos num corpo, com todos aqueles que pela cruz foram alcançados pelo Evangelho.
Nesses versículos 11 a 17 de Efésios 2, Paulo retoma o assunto sombrio da nossa velha vida. E precisamos entender o por quê ele procede assim.
Paulo nos mostra primeiramente que antes da cruz operar em nós, estávamos: “sem CRISTO, separados da comunidade de Israel, e estranhos a aliança da promessa, não tendo esperança e sem DEUS no mundo” - (v.12).
Um novo homem – Uma definição da Igreja

O apostolo Paulo diz no versículo 15 de Efésios 2: “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz”. Segundo Paulo a Igreja é “um novo homem”. Porque o “velho homem”, isto é o judaísmo com todas as suas tradições não agrada a DEUS. A Igreja do SENHOR JESUS é uma questão de pessoalidade e não de instituição ou organização.
Tudo que DEUS perdeu em Adão, agora Ele alcança nesse “novo homem”. Que verdade impressionante está diante de nós aqui nesses textos que Paulo escreveu aos Efésios. Que o ESPÍRITO SANTO nos ajude a reter essa palavra dentro de nós.

“Acesso ao Pai em um ESPÍRITO” – Ef 2.18

Quando a Bíblia diz que temos “acesso”, ela está dizendo que temos acesso à “comunhão do ESPÍRITO SANTO em nós, ao testemunho da vontade de DEUS em nós; ao amor infinito de DEUS. A um lugar de liberdade e comunhão que não podemos imaginar”.
Quero fazer uma simples análise da palavra “acesso”. No grego é prosagoge, que descreve o “relacionamento com DEUS pelo qual nos tornamos aceitável a Ele e recebemos a certeza de que ele nos olha com favor”. Essa palavra ocorre somente três vezes em todo Novo Testamento, e descreve algo impressionante. Vamos ler Romanos 5.2: “por intermédio de quem (CRISTO) obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça (Justificação – Rm 5.1) na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de DEUS”.

Nossa identidade celeste – Ef 2.19

Há algo que temos que entender sobre o estilo de Paulo nesse capitulo 2 da epístola aos Efésios. Veja que ele sempre começa lá de baixo, lá das profundezas da nossa incapacidade; lá das profundezas da nossa velha vida adâmica, onde um dia vivíamos como escravos do pecado. E então, ele vai subindo como em degraus, nos ascendendo a glória da graça de DEUS. Isso é lindo! Paulo diz: “Assim [conjunção conclusiva], já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de DEUS”. Por causa desse “acesso”, não somos “estrangeiros”.

A PEDRA FUNDAMENTAL DA EDIFICAÇÃO DA IGREJA

Efésios 2:20-22

“edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, CRISTO JESUS, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao SENHOR, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de DEUS no ESPÍRITO”.

Nesta seção do estudo da epístola aos Efésios, iremos estudar sobre a “Pedra fundamental” da edificação da Igreja. Paulo havia dito que nós a Igreja, fomos unidos em um só Corpo pela Cruz de CRISTO, que agora, ele vai nos dizer como estamos sendo edificados. Creio que entender isso é fundamental para compreendermos a natureza e a identidade da Igreja.
Creio que o único modo pelo qual podermos compreender o verdadeiro significado da Igreja, sua natureza, sua identidade e o propósito pelo qual ela está aqui na terra é estudar esses versículos finais (20-22) de Efésios capitulo 2. Paulo diz: “edificados” – aqui a palavra grega é epoikodomeo, que provém de dois vocábulos: epi, que é uma preposição, que significa: “em cima de”, “sobre”; e oikodomos, que traduzindo para o português são os verbos transitivos direto “construir”, e “edificar”; então, epoikodomeo, significa “edificar sobre”, “construir sobre”. Então veja, que Paulo diz que fomos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas”.
Em 1 Coríntios 3.11, Paulo diz: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é JESUS CRISTO”. É interessante notar que Paul diz “JESUS CRISTO”; ora o que isso quer dizer? “JESUS” refere-se à pessoa de CRISTO, e “CRISTO” refere-se a Sua obra. Então esse fundamento está baseado na pessoa e na obra de “JESUS CRISTO”. Naquilo que Ele fez, e naquilo que Ele é.

“a pedra angular”

A “pedra de esquina” é a pedra que dá inicio ao alicerce no ângulo da estrutura, pela qual o arquiteto fixa um padrão para o suporte das paredes laterais e das paredes transversais de todo o conjunto. Essa “pedra de esquina” não somente mantém juntas todas as outras pedras subsidiárias do alicerce, mas também as entrelaça e entrelaça todas as paredes. Ela está na esquina e tudo é sustentado por ela, e tudo é entrelaçado por ela.
Em Mateus no capítulo 16 e o versículo 18, o SENHOR JESUS disse: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e os portais do Hades não prevalecerão sobre ela”. Nenhum outro texto bíblico, tem dado motivo a tantas e tão variadas interpretações. Creio que só o SENHOR pelo Seu ESPIRITO poderá nos ajudar a compreender essa grandiosa revelação da Sua santa e poderosa Palavra.
Quando Ele diz: “Edificarei” - (oikodoméso, composto de oîkos — casa, e doméo, cognato de démo — construir), futuro do indicativo, metafórico, comparando a Igreja a um edifício, ainda por ser erguido. O SENHOR elaborou um projeto organizacional da Igreja, que só viria a assumir feição objetiva ou concreta na ação do ESPÍRITO SANTO no Pentecoste, o divino Paracleto a dirigir os apóstolos em sua consolidação. Quem edifica a igreja é CRISTO. A palavra que tem que ser pregada na igreja é CRISTO, crucificado. A igreja não é edificada por nada que não seja CRISTO. Nada que não revele CRISTO, nada que não traga visão maior da pessoa e obra de CRISTO. O ministério existe na igreja para mostrar CRISTO. Que sejamos guardados nessa verdade!
Graças a DEUS que o fundamento da Igreja é CRISTO. A Igreja está sendo edificada em CRISTO. Ele é o elemento vivo no qual ela está sendo edificada. Agora, veja bem, Nós só podemos tocar no assunto Igreja na medida da nossa compreensão do assunto CRISTO. Nossa mensagem não é a Igreja. Nós pregamos a CRISTO. Quando pregamos a CRISTO, temos a igreja.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

AS 42 JORNADAS NO DESERTO

Continuação do estudo das Jornadas no Deserto.

Por. Ir. Luiz Fontes

CAPÍTULO 88

18ª estação – Rissa (parte 4)

TEXTO: Nm 32:15

Estivemos compartilhando na última palavra acerca do grande perigo da vida que nós temos vivido hoje, caso não tenhamos um coração focado em Cristo. Como satanás de uma maneira sutil tem procurado nos enganar, nos envolver, nos distrair, nos seduzir. A vida tem que ser vivida com muita responsabilidade e a vida cristã muito mais ainda! Nós não temos o direito de permanecer na ignorância. Porque Deus tem nos dado o Seu Espírito, tem nos dado a Sua Palavra. Por isso nós precisamos ser ajudados pelo Espírito Santo a compreender o verdadeiro sentido, o verdadeiro significado da vida espiritual. Existe muita mistura, muito ensino de homens que não tocam verdadeiramente o caráter da essência da verdade cristã. E satanás tem se utilizado da nossa ignorância, e de uma maneira disfarçada, tem aprisionado as pessoas psicologicamente, espiritualmente, em vários aspectos. As pessoas não percebem o quanto elas estão sendo envolvidas, emaranhadas, enlaçadas pelas artimanhas de satanás.
Estivemos compartilhando baseado aqui em Tessalonicenses, acerca desta apostasia que nós precisamos estar atentos por causa de tantas mentiras, fraudes, enganos, erros. Como satanás tem se disfarçado, como ele tem procurado seduzir e enganar o povo de Deus. E nós vemos hoje a fé cristã ser diluída, tantas obras malignas, perversas, espetaculares, no meio do povo de Deus com um propósito de produzir uma distração espiritual. Não percebemos o quanto estamos mais e mais pobres espiritualmente. Essa piedade exterior sem vida interior, sem realidade interior, porque a nossa vida tem que ser vivida oculta em Cristo Jesus. Porque Cristo é a nossa Vida! Isso é piedade. E nós vemos que o espírito do anticristo, como nos disse o apóstolo João, no capítulo 2, da sua epístola, versículo 18, tem se manifestado, procurando roubar a centralidade de Cristo. Eu quero compartilhar algo ainda sobre esse assunto que nós estamos estudando aqui em Rissa, em Números capítulo 15, a partir do versículo 32, “quando vemos um homem apanhando lenha no dia de sábado”. Será que nos damos conta da seriedade, da gravidade disso? Deus havia instituído o sábado para que no sábado o homem repousasse, descansasse. E o propósito de Deus em trazer o sábado como descanso para o homem, não era para que o homem vivesse para si, mas que vivesse para Deus. Porque seis dias o homem poderia trabalhar, seis dias o homem poderia viver para si, mas não que nesse viver para si ele pudesse estar desassociado de Deus, mas, que no sábado, o homem pudesse concentrar todas as suas forças, toda a sua vida em Deus. Não era simplesmente descansar fisicamente, mas repousar em Deus.
Em êxodo capítulo 31, versículo 16, diz que:

“Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações”.

Porque Deus tinha dado o sábado como “aliança”, isto é, que o homem desfrutasse da fidelidade, dos cuidados, das provisões de Deus. Como nós carecemos ser ajudados no que diz respeito a este assunto.
Em Eclesiastes, no capítulo 4, versículo 6 até o versículo 8, diz assim:

6 – Melhor é um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e correr atrás do vento. 7 – Então, considerei outra vaidade debaixo do sol, 8 - isto é, um homem sem ninguém, não tem filho nem irmã; contudo, não cessa de trabalhar, e seus olhos não se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, se nego à minha alma os bens da vida? Também isto é vaidade e enfadonho trabalho.


Nós sabemos que os dias atuais em que vivemos são dias perigosos, dias profetizados na Palavra de Deus, dias que antecedem a volta do nosso Senhor Jesus Cristo. Nós estamos vivendo a última fase da Obra de Deus antes da manifestação da vinda do Senhor Jesus.
Em Apocalipse, no capítulo 18, nós encontramos a Babilônia comercial. Conforme a Bíblia, há três aspectos sobre a Babilônia: primeiro: a cidade; segundo: a religiosa; e terceiro: a material. Nós sabemos que Babilônia ou Babel, como antigamente era conhecida, foi fundada por Cuxe, pai de Ninrode. Temos que entender algumas lições neste estudo. Quando lemos o capítulo 18 de Apocalipse, versículo 3, temos uma referência a Babilônia material e religiosa. Diz assim este texto:

“pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria”.

Aqui nós vemos duas coisas bem explicitas: a política e o comércio. Note que no versículo 3 diz: “pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição” – os grandes estudiosos concordam que todas as religiões pagãs tiveram seu inicio na Babilônia. Foi lá que a religião e a ciência tiveram um acordo, e isto originou a astrologia. Aqui vemos claramente como a Babilônia nega sua identificação com o SENHOR JESUS, pois muitos estudiosos têm associado a Babilônia ao Catolicismo Romano. Nós temos que entender que desde a Reforma, o Catolicismo Romano em essência, no que concerne à revelação da Palavra de Deus e à Profecia, ficou para trás. Esse tipo de interpretação não é aceita pelos grandes eruditos. Entretanto, quando estudamos claramente os capítulos 17 e 18 de Apocalipse, concordaremos que o Senhor está falando aqui por meio do Seu Espírito na profecia contra este evangelicalismo decaído, degradado, que não está comprometido com o caráter da Palavra de Deus. Há muito que se pensava que essa Babilônia representava profeticamente o Catolicismo. Lamentabilismo engano! Precisamos estudar a Palavra de Deus com mais seriedade. Porque essa Babilônia aqui é uma clara referência ao cristianismo degradado. É isso que temos que olhar, atentar, ser cuidadoso, porque Deus tem um povo, o qual Ele tirou da Babilônia.
Em Esdras e Neemias, temos que estudar a sequência. Temos que estudar Esdras, Neemias, Ester, Ageu e Zacarias. Encontraremos aqui a história do povo que Deus tirou da Babilônia para reedificar Sua casa. A Babilônia é o lugar onde o povo de Deus esteve enclausurado por setenta anos. Mas chegou o tempo de eles voltarem para Jerusalém para reedificar primeiro o templo, que representa a casa de Deus, depois a cidade. Naquele tempo, segundo alguns estudiosos, havia cerca de 800 mil judeus na Babilônia. Mas somente 50 mil judeus voltaram, haja vista que a grande maioria não quisera sair, preferindo permanecer na Babilônia, viver em um mundo cheio de luxúria, segurança, prazer. Tudo isso estava lá! Tudo isso representava Babilônia para eles. Eles não quiseram vir. Somente 50 mil acompanharam Zorobabel e Josué. Nós precisamos olhar para isso com muita seriedade, porque isto é a Palavra de Deus. E aqui nos capítulos 17 e 18 de Apocalipse, nós vamos ver isso. Nós precisamos ler a Bíblia interpretando-a pela Bíblia e não pelas nossas concepções. Nós precisamos ser sérios ao estudarmos a Palavra de Deus. Que Deus nos livre de todo tipo de leviandade. Que o Senhor nos ajude, pelo Espírito Santo a considerar isso com maior seriedade. Por que senão nós vamos perder a essência daquilo que é revelação da Palavra de Deus.
Voltando a Apocalipse 18, nos versículos 7 e 8, nós vemos que essa Babilônia nega a sua identificação com o Senhor Jesus. Ela diz assim:

“7 - O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver! 8 - Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou”.

Isso é arrogância e orgulho espiritual. Ela não tem um coração de viúva. Precisamos de uma palavra adicional aqui, precisamos saber que diante de DEUS, a Igreja apresenta três condições: de viúva, de esposa e de uma virgem. O motivo pelo qual não amamos o mundo, não é porque ele não seja agradável, ou mesmo porque a Bíblia diz para não o amarmos. Há algo que precisamos saber sobre o mundo. Nós, os filhos de Deus, não amamos o mundo, porque ele crucificou o nosso SENHOR. Veja o que o apóstolo João nos diz em sua primeira epístola no capítulo 2, versículo 15:

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”

Onde está o nosso amado SENHOR, esse lugar é amado por nós. Onde está o nosso Senhor Jesus é o lugar no qual nós devemos repousar o nosso coração. Como sabemos que Ele não está mais aqui, então o nosso coração é de viúva. Portanto o nosso coração é um coração de viúva. Porque o mundo crucificou o nosso Senhor, matou o nosso Senhor. E essa é a nossa identificação de coração com Ele, um coração de viúva. Não há nada neste mundo que possa nos atrair a não ser a pessoa do Senhor Jesus. É assim que nós temos que viver.
Outro texto que nós temos que ler, o qual está em Apocalipse capítulo 7, versículos de 1 a 4, diz assim:

“1 - Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. 2 - Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, 3 - dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. 4 - Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel”

Aqui nós vemos algo muito especial. Primeiro que este número 144 mil está relacionado com a completação da Obra de Deus. Não podemos ver aqui como sendo 144 mil pessoas, (pessoalmente não vejo assim). Esse número á a multiplicação de “12 x 1000 x 12”. Que chegaremos à soma de 144 mil. Doze na Bíblia fala de quê? Fala de completação. Então 12 x 1000 x 12, fala da completação das completações. Então, o único modo de não termos a marca da besta é sermos selados com o selo de Deus. Podemos olhar para isso com muita clareza. No capítulo 13, de Apocalipse, o que é que nós temos? A marca da Besta, o selo da Besta! Mas no capítulo 14, nós temos o quê? Mais uma vez a marca de Deus nos 144 mil. É isso que nós vamos ver no capítulo 14 de Apocalipse.
Quando retornamos ao livro de Êxodo, nós podemos ver o significado do termo “servo”. Porque, veja isto, aqui podemos ver com muita clareza esse texto de Apocalipse 7:1-4. Aqui nós temos o termo “servo”. Observe: “até selarmos na fronte os servos do nosso Deus”. Esse termo aqui é muito interessante, muito especial estudarmos ele. Em Êxodo capítulo 21, versículos 5 e 6, diz assim:

“5 - Porém, se o escravo (servo) expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro (ser posto em liberdade). 6 - Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.”

Segundo a lei, o escravo, depois de trabalhar seis anos, deveria ser colocado em liberdade, isto é, no sétimo ano. Mas se esse escravo amasse o seu senhor e preferisse permanecer escravo pelo resto da sua vida, ele recebia uma marca permanente. Os servos de Deus são aqueles que possuem a marca de Deus. Será que somos verdadeiramente servos de Deus? Precisamos fazer uma abordagem sincera sobre este assunto para vermos se temos o caráter do verdadeiro servo. Ser servo de Deus nesse contexto significa um compromisso de assumir com toda obediência um estilo radical de vida que agrade a Deus. Ser servo significa não viver para si e sim viver para o Seu Senhor. Uma das grandes características do mundanismo dos nossos dias é a compulsão exacerbada pelo consumo. Por isso muitos cristãos hoje estão sendo escravos por esse tipo de compulsão. São escravos do trabalho, do dinheiro. E com isso perderam a conotação espiritual do sábado, de viver uma vida centrada em Deus, uma vida que agrade a Deus, uma vida no descanso de Deus, para a satisfação de Deus. Nós temos que viver uma vida para a satisfação de Deus. Não é viver uma vida buscando somente nossa satisfação.
Todos estes textos, tanto do capítulo 18, como do capítulo 7 de Apocalipse, vão nos mostrar isso. Como esse tipo de comércio, de compulsão por gastar, por ter, carrega em si as artimanhas, os disfarces de satanás para roubar o nosso coração de Deus, para distrair nossa vida, para nos colocar num contexto de inquietação, de angústia por tantas dívidas, por uma situação financeira de desespero. Por isso, somos exortados a descobrir, através da Palavra de Deus e pelo Espírito Santo, nos ajudando a ter uma vida em Cristo, uma vida que se vive para o prazer e glória de Cristo, uma vida vivida na dependência de Cristo, conhecendo a vontade de Deus. Para que não venhamos viver uma vida para nós mesmos e sim para Aquele que nos salvou. Este é o grande ensino que nós aprendemos aqui em Rissa. Esta é a verdade espiritual de Rissa. E é isso que o Espírito Santo deseja falar a nós.
Que Ele nos ajude, que Ele venha ganhar o nosso coração. Que Deus tenha em nós todo o louvor, toda a honra, toda glória pela Sua Palavra.

domingo, 26 de dezembro de 2010

O CRESCIMENTO DA IGREJA

"Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito. " - Efésios 2:2O-22

Por: D.M. Lloyd Jones

CAPÍTULO 33


Ainda estamos estudando esta terceira figura que o apóstolo usa, do povo cristão e da Igreja Cristã, segundo a qual ele diz que a Igreja é uma espécie de edifício, um grande templo, no qual Deus habita, e ainda vai habitar de maneira mais ampla e mais completa. Temos examinado esta figura de modo geral. Mas o apóstolo não nos oferece meramente uma descrição geral deste edifício, ele nos fala em detalhe sobre a planta e as especificações que foram obedecidas, e que sempre deverão ser obedecidas, na construção deste edifício.
Portanto, começamos necessariamente com o alicerce, com o fundamento. Somos "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina". Em seguida a isso, passamos mais diretamente a uma consideração de nós mesmos e daquilo que nos caracteriza que, como pedras neste edifício, estamos relacionados com o fundamento, estamos relacionados com o Senhor Jesus Cristo, estamos relacionados com a verdade; porém, e este é o aspecto que o apóstolo parece salientar mais que tudo aqui, também estamos relacionados uns com os outros. Noutras palavras, a frase importante aqui é esta palavra que foi traduzida por estas três, "adequada e conjuntamente ajustado" (a palavra e só entrando como elemento de ligação). Essa é a palavra a que devemos dar atenção outra vez. Aí estão todas estas pedras individuais nesta parede, nestas paredes que estão sendo levantadas, e elas todas são "adequadas e conjuntamente ajustadas".
Todas estas coisas são figuras e, portanto, é óbvio que nenhuma delas pode transmitir a verdade completa. É por isso que o apóstolo usa aqui três figuras diferentes; nenhuma delas é suficiente só por si. Desta maneira, ao tratar anteriormente desta questão de preparo das pedras, eu mostrei que certa dose de preparação era necessária de antemão, e também que, em certo sentido, a preparação continua a vida inteira. Essa é a espécie de paradoxo que se vê no Novo Testamento concernente à Igreja. De um lado nos é dada a impressão de que Deus já habita na Igreja - e é um fato. E, contudo, há esta outra idéia de que a Igreja ainda está sendo construída "para morada" na qual Ele virá habitar quando ela estiver completa. Da mesma maneira nós, num sentido, já estamos preparados, mas também ainda necessitamos deste processo. Todavia outras ilustrações são utilizadas para aclarar isso.

Agora voltemos a esta grande questão sobre como exatamente estas pedras são colocadas no edifício. "No qual também vós juntamente sois edificados", diz Paulo,"para morada de Deus". Vocês efésios, diz ele, foram colocados neste edifício, são partes agora desta construção, são partes deste grande templo que está sendo erigido no Senhor para morada de Deus em Espírito (ou "mediante o Espírito", VA).
Uma questão muito importante para nossa consideração é a seguinte: quando ocorre a preparação? Primordial e essencialmente, esta preparação acontece antes de estarmos na Igreja. Jamais poderemos fazer parte deste edifício, jamais seremos pedras nessas paredes, sem já estarmos preparados para isso. Portanto, vamos lá para trás, a um versículo do Velho Testamento - 1 Reis 6:7: "E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava; de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam". Isso é uma parte da narrativa da construção do templo de Salomão. É uma parte muito importante da história. De fato, visto que estamos estudando esta passagem, é de grande importância que voltemos ao Velho Testamento para lermos acerca da construção do templo de Salomão em Jerusalém. Não há nenhuma dúvida de que o apóstolo Paulo tinha essas figuras em sua mente, e é igualmente claro que o que nos é ensinado quanto à construção do tabernáculo e do templo tem relevância para aquilo que estamos estudando neste momento.
Quando Deus instruiu Moisés sobre a construção do tabernáculo, Ele o levou a um monte e lhe deu instruções minuciosas. Deus não disse simplesmente a Moisés: agora Eu quero que você construa um tabernáculo para Mim, no qual a Minha presença possa habitar, no qual a glória da Minha Shekinah possa manifestar-se. Ele lhe deu instruções pormenorizadas, entrando nas questões de medidas, cores etc. Tudo foi dado em detalhe. E tendo lhe dado a planta e as especificações, Deus disse à Moisés: "Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte" (Êxodo 25:4O). Parece que foram dadas instruções de maneira semelhante a Salomão (2 Crônicas 13). É importante, pois, que tenhamos isso em mente; é de profunda significação. Ouçam-no de novo: "E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava; de maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam". Essa declaração contém importante doutrina que lança luz sobre a exposição feita pelo apóstolo na passagem que estamos estudando, com relação à natureza da Igreja Cristã.

Em meu parecer, o primeiro principio que se deve observar é o seguinte: a preparação é feita em segredo. Sem dúvida havia pessoas em Jerusalém que ficavam observando a construção do templo. Mas elas não viam a preparação das pedras. Este trabalho era feito antes de serem trazidas para o local do templo e de serem colocadas nos seus lugares nas paredes. Eis aí um grande princípio do Novo Testamento. Antes de sermos verdadeiros membros da Igreja Cristã, qualquer de nós - (vocês vêem como é importante distinguir entre simplesmente termos os nossos nomes nos róis de uma igreja e realmente sermos membros de Cristo e da Sua Igreja) - antes de podermos estar verdadeiramente na Igreja, uma enorme obra de preparação é indispensável. É uma obra realizada pelo Espírito Santo, e é realizada nas profundezas da alma. É uma obra misteriosa e secreta. O mundo a ignora. Assim como o povo de Jerusalém nada sabia da preparação daquelas pedras, o mundo também nada sabe a respeito. E possível estarmos trabalhando num escritório com outras pessoas, ou até vivendo na mesma casa com outros, certa poderosa obra de preparação estar sendo realizada em nós, sem que eles saibam. Não é uma obra realizada externamente, por fora, superficialmente; é realizada no âmago da alma.
Escrevendo aos coríntios, o apóstolo diz: "Vós sois a carta de Cristo... escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração" (2 Coríntios 13). É uma obra interna, uma obra misteriosa, que se realiza naquela parte do homem chamada alma. Certamente vocês se lembram de um famoso anatomista que zombou da alma há alguns anos. Disse ele que tinha dissecado muitos corpos na sala de anatomia, e nunca tinha encontrado um órgão chamado alma. Claro que não! Essa é uma das coisas secretas que um anatomista materialista não pode entender. Menos ainda tal homem poderia entender a obra realizada pelo Espírito na alma. A obra é tão secreta que, às vezes, a própria pessoa em quem ela está sendo realizada não sabe o que está acontecendo. Muitas vezes o Espírito age em nós durante algum tempo, antes de percebermos o que se passa. Tudo o que sabemos é que estamos sendo levados a fazer certas perguntas que nunca tínhamos feito antes. Tudo o que sabemos é que, de repente, ficamos insatisfeitos com nós mesmos e com as nossas vidas, e não sabemos por quê. Alguém talvez diga que não estamos bem e que deveríamos consultar um médico; e pode ser que concordemos. Talvez pensemos que estamos cansados, ou procuremos alguma outra explicação. É uma obra misteriosa. Novos interesses surgem, novos anseios, desejos e aspirações, e dizemos: "Que será isso? Não entendo o que se passa comigo. Parece que alguma coisa está acontecendo comigo. Não sou mais o mesmo. Que será isso?" E não entendemos. Ignoramos esta obra secreta que o Espírito está realizando. Mas aí está ela, e faz parte da preparação. Esse trabalho era feito antes de as pedras serem levadas para Jerusalém.
Não devo demorar-me neste particular, porém vocês se lembram da maneira como o nosso Senhor expressou esta verdade, dizendo a Nicodemos, que nesse ponto mostrou-se completamente incapaz de entender a Sua doutrina: "Como pode um homem nascer, sendo velho?", pergunta Nicodemos. "Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?" -Não entendo! Certo, disse efetivamente o nosso Senhor. "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." Você vê o resultado, você não vê o que acontece, não entende. "Não sabes de onde vem, nem para onde vai." Não se vê, é invisível, mas você vê os efeitos, o resultado, o produto acabado. "Assim é todo aquele que é nascido do Espírito."
Noutras palavras, estabeleço como proposição fundamental - e é sumamente importante dar ênfase a isso hoje, porque há uma grave incompreensão dessa questão - que, ser cristão é estar sujeito a uma energia e um poder que está acima do nosso entendimento. Não me entendam mal. Isso não significa que o cristianismo é irracional; o que significa é que o cristianismo é super-racional, supra-racional, poderíamos dizer. Não há - e isso me causa prazer, pelo que o repito muitas vezes - não há nada que, uma vez que você esteja dentro, seja tão racional, tão lógico como a fé cristã (como o revela a ilustração que temos nesta Epístola aos Efésios). Mas se você está fora, não a entende; parece haver algo de misterioso e estranho nela. Por quê? Porque é obra de Deus, porque é ação direta do Eterno. Já não é ação realizada por meio das leis da natureza; Ele está agindo diretamente, Ele está agindo imediatamente, isto é, sem utilizar-Se de meios. Deixem-me pedir ao grande apóstolo que exponha isso. Vejam como ele o faz na Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo dois. Diz ele que quando o Senhor Jesus Cristo estava neste mundo, os príncipes deste mundo não O reconheceram, pois, se O tivessem reconhecido, "nunca crucificariam o Senhor da glória". Eles viam simplesmente um homem, o carpinteiro de Nazaré. Indagavam: quem é este sujeito? Ficavam admirados com o Seu conhecimento e com a Sua cultura; todavia não entendiam, não sabiam que Ele era o Filho de Deus. Mas o apóstolo declara: "Deus no-las revelou pelo Seu Espírito"; sim, pelo Espírito que "penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus". Ele prossegue, dizendo: "Nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus". E ainda: "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente". E então ele acrescenta isto: "Aquele que é espiritual (isto é, o homem espiritual) discerne (ou, "julga" VA) bem tudo, e ele de ninguém é discernido (ou, "por ninguém é julgado"). Noutras palavras, o cristão, por definição, deveria ser um problema e um enigma para todos os não cristãos. Como isso é importante como uma prova para cada um de nós! Se um incrédulo pode entender você e tudo o que você lhe diz, então, pelo menos dentro deste contexto, você não está dando prova de que você é cristão.
Quando o Filho de Deus estava neste mundo, Ele era um grande problema para as pessoas. Elas perguntavam: quem é este? Ele é um homem comum, nunca foi instruído como fariseu, não é escriba, não é sacerdote, nunca teve erudição e cultura; no entanto, olhem para Ele, ouçam o que Ele está dizendo. Ele parece ter conhecimento; vejam os Seus milagres - quem é este? Ele era um problema e um quebra-cabeça para eles. Porventura vocês se lembram de que, nos capítulos iniciais do livro de Atos somos informados de que acontecia a mesma coisa com os Seus seguidores? Pedro e João curaram um homem na Porta Formosa do templo, e as autoridades não podiam entender o fato. Levaram-nos a julgamento, e tudo o que puderam dizer foi que "eles haviam estado com Jesus" (4:13). Isso era tudo o que eles sabiam. Homens ignorantes, indoutos, mas cheios de poder! Que será isso?
É esse o aspecto secreto desta obra, desta preparação. O cristão, por ter sido formado e modelado pelo Espírito Santo, é alguém que ninguém pode entender, exceto outro cristão. A obra realizada pelo Espírito não é irracional, mas transcende a razão, confirmando aquele famoso dito de Pascal: "A suprema realização da razão é levar-nos a ver que há um limite para a razão". Aqui nos encontramos numa esfera em que Deus age imediata e diretamente. Assim, o cristão não é meramente alguém que decide adotar certo número de proposições e um ponto de vista, ou esposar uma filosofia. O cristão é, por definição, alguém que foi formado, modelado, posto em forma, adaptado e ajustado para ser uma pedra nesta parede, neste edifício, que vai ser um "templo santo no Senhor, uma habitação de Deus. O cristão é alguém que nasceu de novo, foi transformado, renovado, regenerado. Estes são termos do Novo Testamento. Ele é uma "nova criatura", uma "nova criação".

No entanto, isso nos leva a um segundo princípio: tudo isso tem que acontecer conosco antes de podermos fazer parte da Igreja. Nosso texto fundamental, 1 Reis 6:7, põe isso acima de tudo o mais. "Edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava", (ou, " ... com pedras preparadas antes de serem trazidas...", VA). Não estamos numa igreja para nos tornarmos cristãos. Estamos numa igreja porque somos cristãos. A razão para ser membro dessa igreja não é que finalmente você venha a ser cristão; é porque você já o é. Nunca foi propósito da igreja ter em seus róis uma multidão mista - composta de cristãos, dos que acham que são cristãos, dos que esperam poder tomar-se cristãos e dos que, bem, estão ali porque nem sequer pensaram o suficiente em parar de freqüentá-la, e são meros tradicionalistas. Este também, lembro a vocês, é um ponto tremendamente importante, sobretudo na hora presente, quando a questão da natureza da Igreja é levantada agudamente por todos quantos falam em união, reunião e unidade.
É nosso dever familiarizar-nos com o que se ensinava no passado sobre essa matéria. Ora, no tempo da Reforma Protestante, essa era uma questão urgente e crucial. Martinho Lutero ensinava que a Igreja é a comunidade dos crentes. João Calvino acentuava que a Igreja consiste do número total dos eleitos. Vocês notam a ênfase? - comunidade dos crentes, número total dos eleitos, dos escolhidos, dos chamados. E vocês recordam que os puritanos, que em certo sentido foram os originadores e os fundadores daquilo que hoje toma o nome de "igrejas livres" (os primeiros "independentes", os primeiros batistas, e outros), colocavam sua ênfase no que eles chamavam, "a igreja reunida". Queriam dizer que a Igreja realmente consiste da reunião, ou do encontro dos santos, dos crentes. Eles foram ficando cada vez mais tristes com a idéia de uma "Igreja do Estado", porque, de acordo com a idéia de uma "Igreja do Estado", todos os que vivem numa paróquia são membros da Igreja e são cristãos. Pois bem, os não conformistas rejeitavam isso completamente. Eles diziam: porque sucede que um homem vive numa paróquia, não é necessariamente um cristão. Simplesmente porque certas pessoas vivem neste país, não significa que são cristãs. Eles asseveravam que a Igreja consiste unicamente dos que foram preparados, dos que nasceram de novo, dos regenerados, dos renovados, dos santos, dos crentes, do povo de Deus; e a Igreja é a reunião destes. Isso é a Igreja, os "santos reunidos".
Vocês vêem a importância e a relevância disso tudo nos dias atuais, quando há uma tendência das pessoas se tornarem cada vez mais soltas e cada vez mais vagas nas definições; a tendência de dizer que todos os que se dizem cristãos devem ser considerados cristãos, e que todos somos um, e assim por diante. De fato às vezes chegam a sugerir que não deveríamos dar demasiada ênfase até mesmo ao termo "cristão". Temos um "Congresso Mundial de Crenças" que incluem todos os que crêem em Deus, de uma forma ou de outra. Todos esses são um, dizem, contrariamente aos que não crêem em Deus.
É vital que consideremos isso tudo, não somente à luz da história, mas ainda mais à luz das Escrituras - esta Escritura de Efésios e aquela declaração registrada em 1 Reis 6:7. Noutras palavras, certamente o ensino das Escrituras é simples e claro. E é que a Igreja consiste somente daqueles que crêem na doutrina verdadeira e que vivem a vida cristã. "O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: o Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade" (2 Timóteo 2:19). Há alguns que negam a fé, diz Paulo a Timóteo: negam a ressurreição, dizem que é coisa do passado. Não se aflija; eles parecem cristãos, porém Deus sempre soube onde eles estão. Ele conhece todas as coisas, o Seu fundamento permanece seguro. Ele não pode negar a Si próprio, embora O neguemos. Ele sabe o que faz. Em última análise, o Arquiteto da Igreja é Ele.
Podemos ir adiante e dizer que certamente não há nada que seja completamente tolo e calamitoso, quando pensamos na Igreja, como pensar nela em termos de tamanho e de número. Mas esse é o pensamento determinante hoje. Igreja mundial! - dizem: o único modo de combater o comunismo e as outras coisas que se opõem ao cristianismo é tornar-nos um; devemos reunir os nossos grandes batalhões, e então resistir ao inimigo. Entretanto, como isso é anti-escriturístico! Nós cantamos em nossos hinos, "poucos fiéis", e a Bíblia está repleta de ensinamentos sobre a doutrina do remanescente. Deus não opera por meio de grandes batalhões, Ele não se interessa por números; Ele está interessado na pureza, na santidade, em vasos aptos e próprios para ouso do Senhor. Não devemos concentrar a nossa atenção em números, e sim na doutrina, na regeneração, na santidade, na compreensão de que este edifício é um templo santo no Senhor, uma habitação de Deus.
Isso é o que o próprio Senhor nosso ensina claramente. Às vezes, quando lemos os Evangelhos, temos a impressão de que o Senhor Jesus Cristo passava grande parte do Seu tempo recusando pessoas. Hoje forçamos as pessoas a tomarem decisão, fazemos tudo o que podemos para fazê-las vir, quer queiram quer não. Mas não era esse o método do nosso Senhor. Certo homem correu para Ele e disse: "Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores". Que maravilhoso acréscimo à Igreja! - dizemos. Todavia o nosso Senhor voltou-Se para aquele homem e disse: "As raposas têm covis, e as aves do céu ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça". Vá pensar no que você está fazendo, diz o nosso Senhor, não quero mera animação, quero que você compreenda o que isso lhe poderá custar. E, vocês se lembram, Ele prosseguiu, falando com um homem que lhe pediu permissão para primeiro ir para casa e sepultar o seu pai, e Ele diz: "Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos". Disse ainda: "Ninguém que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus" (Lucas 9:57-62). Ele põe à prova, parece estar rejeitando - Ele examina. Avalie o preço, diz Ele. Que tolo, diz Ele, é o homem que começa construir um castelo, porém não fez uma avaliação para saber quanto lhe custaria e se ele teria condições e recursos para dar prosseguimento à obra! Ele fala de maneira semelhante sobre o homem que se apresta para fazer guerra contra outro país, e não sabe qual é o número dos componentes das suas tropas e das suas reservas. Ah, que loucura é isso! Pare! Considere! Ele parece estar rejeitando os homens. A Sua preocupação era com a pureza da Igreja, não com o tamanho, nem com os números. E quando Ele partiu deste mundo, deixou apenas um pequeno grupo de homens comuns, indoutos, sem instrução, iletrados para continuarem a Sua obra. É esse o Seu método.
E tem sido sempre assim nos períodos de avivamento e despertamento. Era extremamente difícil alguém tornar-se membro de uma igreja dos puritanos. Leiam os relatos fidedignos dos feitos das primeiras igrejas independentes e batistas e verão que era excessivamente difícil obter admissão à sua comunhão. Vocês alguma vez leram as regras que João Wesley estabeleceu para a admissão às suas sociedades? Os homens e as mulheres eram submetidos a exame e prova na doutrina e na vida! É quando esse tipo de procedimento é adotado que se tem avivamento.
Deus só pode habitar numa Igreja pura - não necessariamente numa Igreja grande, mas numa Igreja pura, pura na doutrina e pura na vida. Pode parecer surpreendente, mas não hesito em asseverar, mesmo hoje, que o maior problema da Igreja atualmente é que ela é grande demais. É muito parecida com uma multidão mista. Somente quando os homens são aptos e próprios para o uso do Senhor é que Ele os utiliza. Somente num templo santo é que o Residente eterno entra. O ensino geral das Escrituras tem esse propósito. E é evidenciado, apoiado e comprovado pela subseqüente história da Igreja Cristã. Também é verdade que ninguém sabe, o mundo não sabe o que Deus pode fazer quando um homem se entrega completamente a Ele. Todos os grandes avivamentos e reformas vieram dos mais insignificantes começos. Um só homem -Martinho Lutero! Estranhos indivíduos do século dezessete! O pequeno Clube Santo de Oxford, no século dezoito! Sempre foi assim. Vamos parar de pensar em termos de grande atividade, quando estivermos falando da Igreja. Regressemos ao Novo Testamento. Um santo templo no Senhor. Quando Ele entra, com um só frágil homem Ele pode convencer milhares. Pela pregação do apóstolo Pedro no dia de Pentecoste, três mil foram acrescentados à Igreja.

Antes de concluirmos, vejamos mais um princípio. Não deve haver nenhum ruído durante este processo de edificação. Voltemos a 1 Reis 6:7, e eis o que vocês verão escrito ali: "E edificava-se a casa com pedras preparadas, como as traziam se edificava". E então - "De maneira que nem martelo, nem machado, nem nenhum outro instrumento de ferro se ouviu na casa quando a edificavam". Que princípio vital é este! Interpretando-o e dando-lhe vestimenta moderna, é isto: não deve haver discussão nem debate nem desacordo na Igreja acerca das verdades vitais. Não se deve fazer ouvir nada desse ruído de cinzel, martelo, a moldagem e preparação na Igreja. Isso terá que acontecer antes de você entrar na Igreja. Não deve haver nenhuma discussão na Igreja Cristã sobre a Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Não deve haver nenhuma discussão na Igreja acerca da situação e das condições do homem em pecado. Não deve haver nenhuma discussão na Igreja acerca da expiação vicária, da regeneração, da Pessoa do Espírito e de todas as doutrinas da graça. Não deve haver ruído de discussão acerca destas coisas. Tudo isso deve acontecer antecipadamente.
Pois bem, falemos com clareza sobre este ponto, porque também pode ser entendido erroneamente. Quando digo que não deve haver discussão nem ruído de debate na Igreja, não estou querendo dizer que a Igreja não deve interessar-se por doutrina; o que estou querendo dizer é que deve haver acordo sobre a doutrina logo de início, de modo que não haja mais necessidade de discussão. Contudo, isso está sendo mal entendido hoje, e está sendo colocado desta forma: ah, dizem muitos, não devemos ter discussões sobre doutrinas porque elas sempre causam divisão; portanto, não as tenhamos, mas vamos todos concordar em chamar-nos cristãos uns aos outros, seja o que for que creiamos. Uns poderão dizer que Jesus de Nazaré era apenas homem, outros dirão que Ele é também o Filho de Deus. Que importa isso realmente? Afinal de contas, todos nós concordamos em Seu ensino, em que este é nobre e enaltecedor e em que, se tão-somente o praticássemos, não haveria todo este problema que o mundo enfrenta hoje. Assim eles dizem: vamos parar de discutir sobre a Sua Pessoa. E depois, que dizer da Sua morte na cruz? Uns dizem que foi o maior crime da história, e nada mais, a suprema tragédia de todos os tempos. Outros dizem: não, é mais que isso. Deus O enviou para que morresse; Ele morreu "pelo determinado conselho e presciência de Deus" (Atos 2:23); morreu para levar a culpa dos nossos pecados, e se Ele não tivesse morrido nós estaríamos ainda em nossos pecados. Mas a tendência hoje é dizer que não importa em que você crê. Muitos dizem: afinal, a morte de Cristo foi maravilhosa e comovente e, portanto, todos nós podemos vê-la, podemos interpretá-la de diferentes maneiras. Isso não tem importância, todos nós cremos nEle, e todos nós estamos procurando ser semelhantes a Ele e segui-1O. Somos todos cristãos; avante, pois!
No entanto isso é ausência de doutrina, e o que a passagem em foco ensina é exatamente o oposto. Não deve haver nenhum ruído desse debate e dessa discussão na Igreja - não por não haver doutrina, mas porque todos nós estamos de acordo quanto à doutrina, porque todos nós a subscrevemos. Foi assim que aconteceu na Igreja Primitiva. Quando foi que o Espírito desceu sobre aqueles cristãos? Foi quando estavam no cenáculo, unânimes. Unânimes! Outra vez lemos sobre a Sua vinda sobre eles, e que era um o coração e a alma deles. É-nos dito que a Igreja Primitiva perseverava na doutrina (no ensino), na comunhão, no partir do pão e nas orações. Não havia ruído de discussão e debate. Por quê? Porque aqueles cristãos estavam todos concordes! Sabiam que Cristo era o Filho de Deus; a ressurreição o provara para eles. Ele tinha exposto as Escrituras, tinha explicado a Sua morte, eles tinham sentado aos Seus pés e eles tinham crido na doutrina. Estavam todos unanimemente concordes. Nenhum ruído! Por quê? Porque estavam de acordo na doutrina, não porque não tinham doutrina.
Vocês não vêem por que a Igreja está como está hoje? Que é que foi acontecendo na Igreja Cristã durante os últimos cem anos? Já demos a resposta. A Igreja tem discutido doutrinas fundamentais. Porque será que um alarmante número de "igrejas" estão quase vazias atualmente? Por que os números vão baixando ano após ano? É a própria Igreja a responsável. Há cinqüenta anos, em Londres, a Igreja toda esteve debatendo o que chamavam "nova teologia". O debate era principalmente sobre a Pessoa de Cristo! - seria Ele realmente o Filho eterno de Deus? ' Ou seria apenas homem? Eram essas as questões. Discutiam sobre fundamentos, sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas! Muitos não criam nisso. Houve barulho na Igreja porque estavam discutindo sobre pontos fundamentais. Será surpreendente que a Igreja se tenha tornado ineficiente, que não lhe dêem valor, que os homens não estejam sendo salvos e que o Espírito não esteja operando?
É preciso que não haja nenhum ruído de martelo, de machado e de nenhum instrumento de ferro na Igreja. É preciso que os homens e as mulheres entendam claramente estas coisas, antes de pertencerem à Igreja. Na verdade, você não pode estar verdadeiramente na Igreja, a não ser que já esteja certo sobre estas questões. Jamais houve a intenção de que a Igreja seja um rinhadeiro no qual os homens argumentam, pelejam, debatem e brigam sobre questões vitais relacionadas com Cristo e Sua obra. A Igreja é a reunião daqueles para os quais estas questões foram resolvidas uma vez por todas, os quais sabem no que crêem, os quais estão firmados no fundamento de Deus, e os quais se juntam - não para argumentos e debates sobre estas questões, mas para esperar em Deus, adorá-lO, para que Ele venha a estar entre eles, para que Ele os encha da Sua presença e de gozo indescritível e cheio de glória, para que Ele os encha de poder para falar a outros e propagar as boas novas, e cativá-los, libertando-os dos grilhões e da escravidão do pecado.
Notem o que estou dizendo. Não estou dizendo que os cristãos têm que concordar em todos os pormenores. Estou ressaltando os pontos fundamentais. Há certas questões nas quais nem todos os cristãos concordam, certos detalhes acerca da profecia, certas questões como o modo do batismo, e muitas outras. Não são princípios fundamentais. O povo cristão jamais deve contender, brigar e pelejar sobre esses pontos. Devem discuti-los como irmãos. Mas não devem ocorrer discussões sobre pontos fundamentais, simplesmente porque são pontos fundamentais. A preparação deve ser feita antes de se trazerem as pedras para a Igreja. Aqui não há ruído, nós O conhecemos como o Filho de Deus e Salvador. A maior necessidade da Igreja nesta hora é entender estes princípios. Agora se realizam grandes conferências mundiais, uma após outra. Todavia, como usam o tempo? Não em oração a Deus, não esperando pelo Espírito, não se deixando encher do Espírito. Usam o tempo para tentar achar uma base de acordo. Tentam achar um mínimo irredutível acerca do qual não discordem.
Gastam seu tempo nisso e, enquanto isso, o mundo vai de mal a pior. Eles têm a fatal idéia de que doutrina é causa da divisão, quando a verdade é que não há nada que una, exceto a doutrina - pois a única unidade digna de menção é a unidade do Espírito, que produz a mesma crença no mesmo Senhor, na mesma fé e no mesmo batismo. É a unidade dos que têm a mesma mentalidade e estão em harmonia, que não põem a sua confiança em si mesmos, mas somente no Filho de Deus e na perfeita obra que Ele realizou a favor deles. Portanto, a palavra para a Igreja moderna, como a palavra que Deus dirigiu a Moisés na antigüidade, é simplesmente esta: "Atenta pois que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte". O monte do Sermão do Monte! O monte da transfiguração! O monte Calvário! O monte das Oliveiras, o monte da ascensão! Aí estão os grandes picos. Em nossos dias e em nossa geração, edifiquemos, aconteça conosco o que acontecer, diga de nós a Igreja, a Igreja visível, o que disser, seja o que for que o mundo fale de nós, edifiquemos conforme ao modelo que nos foi mostrado no monte. Que não haja incerteza nem hesitação nem discussão nem ruído nem debate acerca do conteúdo deste capítulo dois da Epístola de Paulo aos Efésios, pois o fundamento é - o homem morto em ofensas e pecados, desamparado e sem esperança; ressuscitado pela graça de Deus; salvo pelo sangue de Cristo; regenerado, renovado e ligado a Cristo pelo Espírito Santo e transformado numa pedra do templo santo no Senhor.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

UMA PALAVRA SOBRE O NATAL

Irmãos esse texto foi extraído do site www.celebrandodeus.com.br . Que possamos considerar a verdade sobre o natal e mudar aquilo que é preciso ser mudado.

Que DEUS abencoe a todos.

Por: Luiz Fontes

Publicação: 17/12/2010


"Santificaria o cristão uma mentira, uma farsa?"
Olá irmãos,
No ano passado enviei um e-mail falando sobre o natal, e muitos irmãos me responderam sobre o quanto consideraram sério esse assunto. Embora, seja uma data festiva, nós não temos percebido como o inimigo tem usado isso para nos seduzir num espírito consumista de dividas e gastos exorbitantes. Por isso, mais uma vez, estou lhes entregando esse material, pedindo que vocês o considerem com temor diante de DEUS.
Espero que vocês tenham compreendido esse assunto, pois tenho tido uma percepção espiritual de que estamos tão distraídos com relação às coisas desse mundo, que muitas vezes não percebemos o quanto o inimigo tem ganhado caminho entre nós.
Precisamos saber que o natal é uma blasfêmia à pessoa bendita de CRISTO JESUS nosso SENHOR. Nenhum cristão com consciência pura deveria ter qualquer relação com o natal.
O natal tem origem no paganismo europeu. Séculos antes da era cristã, no dia 25 de dezembro, os pagãos europeus celebravam o nascimento do sol.
Alguns irmãos usam como argumento o exemplo de Lutero em relação a essa festa. Dizem que ele associou os símbolos do natal a vida e morte do SENHOR JESUS. Ora, nem por isso devo me deixar envolver por essa festa pagã. Veja o que Paulo disse aos Gálatas: "Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema".
Vamos considerar alguns pontos que acredito ser de grande importância para nós nesses dias.
O Dr. Russel Sheed diz: "JESUS não podia ter nascido em dezembro, que é um mês de neve em Jerusalém, durante o qual nenhum rebanho estaria nos campos. Que provavelmente nasceu na época da Festa dos Tabernáculos, em outubro...".
Se o SENHOR JESUS não nasceu em 25 de dezembro, então, porque foi escolhida esta data? Quem foi que a escolheu e com que propósito? Vejamos:
Segundos os estudiosos em dezembro era celebrada a festa dos Saturnais, dedicada ao deus Saturno, que durava cerca de quatro dias ou mais. Segundo criam os pagãos romanos, este deus habitava no Lácio - nome proveniente de ter ele se escondido naquela região - Lateré - que significa esconder-se, ocultar-se. E tendo sido recebido pelos homens, lhes ensinou a agricultura, trazendo, segundo a lenda, a chamada "Idade do Ouro".
Os Saturnais procuravam repetir esse período, fazendo uma espécie de feriado, quando ninguém trabalhava, os tribunais e escolas eram fechados, havendo nessa festa um fato importante: "os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, e eram servidos pelos amos".
Anteriormente, era coroado um rei, que fazia o papel de Saturno, quando "usufruía todas as prerrogativas daquele deus durante um tempo e depois morria, por sua própria mão ou sacrificado". Esta festa era uma espécie de carnaval, e se dava na época do inverno.

A influência de Constantino na espiritualidade da Igreja

Quando Constantino (313-337 d.C.) - imperador de Roma, se rendeu dissimuladamente ao cristianismo, tendo em vista o grande avanço dos cristãos, houve uma mistura religiosa. Então, Satanás usou a tática de unir todas as forças na luta contra a Verdade - e uniu os pontos em comum das religiões pagãs, para manter os rituais e os segredos das iniciações - consideradas abominações diante de DEUS. E, ao invés de atacar frontalmente a Igreja do SENHOR JESUS, procurou aliciar, enganar e infiltrar as doutrinas de iniciação aos mistérios para dentro da comunhão na vida da Igreja. Um dos resultados disso foi o catolicismo romano.
Segundo uma lenda, antes da batalha de Mexêncio, Constantino teve uma visão da cruz contra o sol, e uma mensagem que dizia, "com este sinal vencerás". Constantino era adorador do deus Sol.
Após conquistar a vitória, Constantino, aparentemente, apoiou os cristãos e decretou o Édito de Milão em 313, dando liberdade de culto aos cristãos e trocando, dessa forma, a perseguição pela tolerância tão desejada.
"Constantino decidiu recompensar a religião de seu novo patrono de maneira digna de um Imperador Romano". Concedeu privilégios e doou grandes somas de dinheiro a Igreja cristã de todas as municipalidades.
Constantino "legalizou" o cristianismo perante o mundo pagão e "os sacerdotes cristãos tiveram direito à mesma isenção fiscal concedida aos de outras religiões". Na verdade, ele igualou o "cristianismo" com o paganismo. E realmente foi uma boa estratégia. Os cristãos, antes cruelmente perseguidos, agora, receberam do imperador a liberdade de culto, e passaram a enfrentar um novo problema: a interferência do Estado nos assuntos da Igreja. Constantino usou sua influência e seduziu os presbíteros da cidade de Roma; além de aliciar, e de fato, Constantino governou a Igreja de Roma como uma instituição, e introduziu na vida da Igreja os rituais pagãos.
Como adorador do Sol, não resta dúvida a sua influência: ele fez do dia 25 de dezembro uma festa cristã, para que se celebrasse o nascimento de CRISTO.
Símbolos do natal
1º - A árvore de natal
Como os cultos pagãos estão ligados às estações do ano, conseqüentemente deram origem ao culto solar. Porém, as estações do ano estão ligadas também ao ciclo do florescimento da vegetação. .
Surgiu, assim, a adoração a plantas, particularmente a árvores. E para dar sentido à esta adoração, os pagãos associaram os seus deuses às respectivas árvores.
No Egito, por exemplo, o deus Osíris "personificava o crescimento da vegetação e das forças criadoras do Nilo" sendo representado pelo cedro. Outros deuses de outros povos tinham suas representações vegetais: O pinheiro - Átis, a azinheira - Júpiter, o louro - Apolo, e mais uma infinidade de outros deuses e suas árvores, que não vale a pena mencionar aqui.
A árvore de Natal é um símbolo de consagração, é uma fábula de chamamento de adoração a deuses babilônicos. Os babilônicos consagravam uma árvore aos pés dos deuses e a levavam para casa como aprovação desses mesmos deuses; era o símbolo do deus dentro de casa, porque não se podia fazer a réplica da imagem. Esta árvore estava relacionada a um pinheiro. A música natalina diz: "Pinheirinhos que alegria, sinos tocam noite e dia, é natal que vem chegando, vamos pois cantarolando." Fizeram a música para o pinheiro e quantas vezes cantamos no púlpito! Sabemos que o fizemos por ignorância, mas agora recebemos esclarecimento. O pinheiro faz parte de um ritual de adoração a Ninrode e a Semírames.
Com a árvore de Natal dentro da nossa casa estamos ressuscitando um trono babilônico, dando legalidade para demônios agirem.
Leia com muita atenção o texto de Jeremias 10:1-4 "Povo de Israel, escute a mensagem do DEUS Eterno para vocês. Ele diz: "Não sigam os costumes de outras nações. Elas podem ficar espantadas quando aparecem coisas estranhas no céu, mas vocês não devem se assustar. A religião dessa gente não vale nada. Cortam uma árvore na floresta, e um artista, com as suas ferramentas, faz um ídolo. Então o enfeitam com prata e ouro e o firmam com pregos para que não caia aos pedaços." O restante do capítulo mostra a dura exortação que DEUS dá ao Seu povo. Por que? Porque trouxe para dentro de casa um costume de povo pagão. Você quer conservar um costume de povo pagão? Eu sei que não. Então esteja disposto a continuar em aliança com o SENHOR. Essa árvore, segundo o texto, vira um ídolo.

Os seguintes textos trazem mais luz sobre este assunto:

"O povo de Judá pecou contra o Eterno e deu mais motivos para ele ficar irado do que todos os seus antepassados haviam dado. Eles construíram altares nos morros para a adoração de falsos deuses e, no alto dos morros e debaixo de árvores que dão sombra, levantaram colunas de pedras e postes-ídolos para adorar". (1 Rs 14:22-23)

"Os israelitas fizeram coisas que o Eterno, o seu DEUS, não aprova. Eles construíram lugares pagãos de adoração em todas as suas cidades, desde o menor povoado até a maior cidade. Em todos os morros e debaixo de todas as árvores que dão sombra, eles levantaram colunas de pedras e postes-ídolos." (2 Rs 17:9-10)

"Não plantarás nenhum bosque de árvores junto ao altar do SENHOR, teu DEUS, que fizeres para ti. Nem levantarás estátua, a qual o SENHOR, teu DEUS, aborrece." (Dt 16:21-22)

O culto às árvores sempre sobreviveu, e em 1539 havia ornamentação com árvores nas casas e nas igrejas. Em 1671, havia comemorações na França, com árvores enfeitadas, provavelmente introduzidas por Charlotte Elizabette da Baviera, princesa do Palatinado; e assim chegou até aos nossos dias.
Quanto aos enfeites das árvores de Natal, segundo a Enciclopédia Delta Universal (vol. 10 pág. 5608, da edição de 1980), são diversas as suas procedências. Provavelmente começaram com os escandinavos que decoravam suas árvores com redes de pescas, assim como os poloneses que o faziam com velas e ornamentos de papel brilhante.
A Bíblia está nos colocando em degraus de revelação. Não podemos manter uma mentira dentro de nós. A história conta que Ninrode teve uma relação com Semírames que era sua mãe. Deste incesto nasceu Tamuz e a mãe Semírames continuou virgem. Vocês lembram de alguma história parecida com esta em que a criança nasce e a mãe continua virgem?
A árvore de Natal ressuscita esse deus pagão chamado Ninrode. No ocultismo ou nas religiões orientais, os espíritos dos antepassados são invocados por meio de uma árvore. A árvore de Natal é um ponto de contato que os deuses gostam. Todo feiticeiro sabe disso, menos a Igreja. Quem tem uma árvore de Natal está legalizando a entrada de guias, orixás e caboclos. Os ocultistas crêem que as pessoas são energizadas através das árvores. Nenhum cristão coloca em sua casa um trono a Baal, conscientemente. Mas como o diabo trabalha com ocultismo, muitas de suas insinuações são encobertas, ocultas com o fim de conseguir enganar. Quando tomamos conhecimento dessa estratégia maligna e temos consciência de que algo é errado, não devemos fazer mais.
A Enciclopédia Barsa, vol.11, pág.274 diz: "A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio. Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino."
O que um deus pagão pode oferecer a um cristão?

2º - velas
A vela faz parte de um ritual pagão dedicado aos deuses ancestrais: a vela acendida está fazendo renascer o ritual dos adoradores do deus sol. Dentro dos estudos sobre o paganismo as velas são chamadas de demônios; é a simbologia de manter os demônios vivos. As velas não têm relação alguma com as luzes do candelabro judaico - Menorah. As velas consagradas a demônios são de base perigosa. Estamos nos referindo às velas dos rituais profanos. Não devemos generalizar ou cair no fanatismo. Você não precisa deixar de usar velas, quando necessário, para alumiar ambientes, ou como decoração.

3º - Guirlandas
Parece estúpido dizer mas, guirlandas ou coroas, são memoriais de consagração. Podem ser entendidas como enfeites, oferendas, ofertas para funerais, celebração memorial aos deuses, à vitalidade do mundo vegetal, celebração nos esportes, celebração das vítimas que eram sacrificadas aos deuses pagãos. Para tudo isso serviam as guirlandas. Essas coroas verdes que colocávamos nas portas da nossa casa significam um adorno de chamamento e legalidade de entrada de deuses. Elas ficam nas portas porque são as boas vindas no lugar de entrada.
São símbolos relacionados ao deus Apolo, trazem honra a Zeus, homenageiam a Demeter que em latim é Ceres, ou seja, Semírames, a mãe de Tamuz, mãe e esposa de Ninrode. Era um cerimonial oferecido a Ninrode, Semírames e Tamuz. E onde elas estão? Na porta das casas, das lojas, dos consultórios.
Não há uma só conotação em relação ao nascimento do SENHOR JESUS. A Bíblia nunca anunciou que o SENHOR JESUS pede guirlandas, ou que tenha recebido guirlandas no seu nascimento, porque em Israel já era sabido que fazia parte de um ritual pagão. Só existe uma guirlanda na Bíblia, e esta foi feita por Roma, para colocar na cabeça do SENHOR JESUS no dia da sua morte. Não há outra guirlanda, a não ser esta feita de espinhos, que serviu como símbolo de escárnio.

4º - Papai Noel
Papai Noel não é um santo, é um ídolo. Você só tem um papai que é DEUS. Não podemos receber Noel no lugar de DEUS! Nós só temos um Pai espiritual. A Enciclopédia Britânica, 11a. edição, vol.19, pág. 649 diz: "São Nicolau, bispo católico do século V; Bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em dezembro. Conta-se à lenda segundo a qual presenteava ocultamente três filhas de um homem muito pobre; assim, deu-se a origem ao costume de dar presentes em secreto na véspera do dia de São Nicolau, (6 de dezembro), data que depois foi transferida para o Natal".
Daí a associação do Natal a São Nicolau. Esta figura foi canonizada para roubar a adoração. O objetivo principal das trevas é arrancar a nossa visão da centralidade de CRISTO e trazer figuras de substituição, fazer crescer no coração do povo uma visão errada do que é Reino de DEUS. Como alguém pode aceitar a estória de um velhinho que sai numa noite só por todo o mundo, de casa em casa, entregando presentes? E se você sabe que Papai Noel não existe que é só brincadeirinha, por que faz tudo o que exige o ritual do Natal? Por que ilude seus filhos com essa estória? Por que permite que uma mentira se torne realidade em sua casa? Observe o que nos diz o sábio em Provérbios 26:18-19: "Quem engana os outros e diz que é brincadeira é como um louco brincando com uma arma mortal."
Era necessário criar uma imagem que fosse bem aceita pelo público - uma imagem agradável - definitivamente associada à festa de Natal. E o Papai Noel foi criado especialmente para cativar as crianças - criando desse modo um laço de afetividade que dificilmente seria destruído, mesmo quando esta criança, se tornando adulta, soubesse que o Natal é uma grande mentira.
E quem hoje, entre os cristãos, aceitaria combater esta festa que, na verdade, é uma abominação? Existe uma grande pressão, que infelizmente influencia o próprio meio evangélico.
Se realmente o SENHOR JESUS tivesse nascido no dia 25 de dezembro, sem dúvida seria o representante ideal, e não precisaria de uma outra figura. Porém, é o Papai Noel quem está em destaque, e não o SENHOR; é o papai Noel quem move a festa, a quem se atribui a distribuição dos presentes - uma grande mentira - pois, até as crianças sabem de onde vem o dinheiro do presente. Mas, ele é tido como benfeitor e amigo de todos (como Mitra), simplesmente porque o papai Noel é a reencarnação de Baal, Apolo, Osíris e Mitra.
5º - Presépio
O presépio é um altar a Baal, consagrado desde a antiguidade babilônica. É um estímulo à idolatria. São Francisco, no séc. XVIII, enquanto um dos líderes do Catolicismo romano instituiu o presépio para lembrar as festividades natalinas, na verdade uma convocação que leva o povo a ficar com a fé limitada ao material, ao que é palpável. Está relacionado diretamente com os rituais de adoração ao deus sol. Como? Os adereços encontrados no chamado presépio são simbologias utilizadas na festa do deus sol.
Se você curiosamente ler a história cristã verá firmemente que a influência romana é presente em quase todo o comportamento cerimonial da igreja chamada evangélica.
Como membros da Igreja do SENHOR JESUS temos o dever de viver os princípios do Evangelho. Porém se em nosso meio houver mistura, ecumenismo e acordos com as trevas, jamais poderemos ser abençoados pelo nosso DEUS verdadeiro. Vejamos os riscos que estamos incorrendo, e com muita maturidade não permitamos que um trono levantado a Baal esteja dentro de casa. As figuras utilizadas são intencionais.
Por esses e outros motivos, temos que tomar posições. O presépio é um altar consagrado, é um incentivo à idolatria, é uma visão pagã. Seja livre!! Fuja da idolatria. Assim diz a Palavra em 2 Coríntios 10:14-15: "Por isso, meus queridos amigos, fujam da adoração de ídolos. Eu falo com vocês como com pessoas que têm capacidade para entender o que estou afirmando. Julguem vocês mesmos o que eu estou dizendo." E também em Gálatas 5:19-21: "As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: Os que fazem essas coisas não receberão o Reino de DEUS" .
Hoje no Brasil, a abertura do Natal é feita com uma famosa "Missa do Galo" que envolve nada mais que pessoas interessadas em manter o resgate da identidade pagã. Por que? Porque a missa é celebrada diante de um presépio, um altar consagrado, cujas figuras estão relacionadas com Babilônia e não com a realidade do Evangelho. Isto parece simples, mas é sério. É a sutileza do inimigo querendo prender, e tornar ineficaz o Evangelho vivo de CRISTO JESUS. Vamos resgatar as nossas origens cristãs!

Significado de Altares

Você, que é salvo por JESUS, filho de DEUS, templo do ESPÍRITO SANTO, teria coragem de celebrar dentro da sua casa uma festa pagã? Teria coragem de dar louvores a deuses estranhos? Você cristão, que tem o caráter de CRISTO JESUS, teria coragem de levantar um altar a deuses que você não conhece? Se você descobrisse hoje que está trabalhando na motivação errada e que ficou muito tempo debaixo de uma mentira, você ficaria satisfeito e continuaria agindo igual? Acredito que não.
Mas existem tronos legais tanto em casa como no trabalho, e DEUS está dizendo: destrua esses tronos. Se DEUS ordenar que você arranque um devido trono, você dirá sim ou não? DEUS nos fala de diversos modos e usa vários meios, mas sempre dentro de sua Palavra. E hoje, acredito que a Palavra de DEUS está falando ao seu coração através dos textos e linhas desta simples apostila.
Todo altar levantado possui legalidade espiritual. Podemos ver isto no Antigo Testamento: quando os reis levantavam altares a deuses pagãos, a Palavra revela que eles faziam o que era mau aos olhos do SENHOR. Ao levantar altares pagãos, os reis atraiam para a nação toda sorte de maldição (1 Cr 21:11-18). Nessa legalidade você afirma consciente ou inconscientemente, dentro de revelação ou ignorância, que concorda com aquele tipo de vida e liturgia; de uma forma esclarecida ou menos esclarecida, você está concordando.
Todo altar tem uma fonte e se não conhecemos a fonte, não devemos beber a água, porque poderemos estar correndo o risco de vida. Você é responsável em administrar este tipo de comportamento em sua vida. Para o bem ou para o mal, você escolhe o tipo de vida que deseja ter. Não podemos nos arriscar a colocar nossa vida espiritual num processo de decadência. A Bíblia diz que por trás dos altares levantados, existem demônios. (I Co 10:14-21). O ídolo ou o altar em si mesmos não vale nada, o problema é o que está por trás deles, que são os demônios. A Bíblia não traz outro sinônimo como deuses ou falsos deuses, ela chama claramente de demônios. Quem quer um demônio em sua casa? Ninguém quer, mas se tem um altar, tem um demônio, porque foi dada legalidade espiritual para que ele esteja lá, quer por conhecimento, quer por ignorância.
6º - O espírito do natal
Uma das grandes provas da ligação do Natal com rituais de magia, é o chamado "espírito do Natal", onde o ambiente é modificado pelos enfeites - símbolos de significados ocultos. Juntamente com as músicas, é criado um clima de mistério, e esta sensação atinge qualquer pessoa de qualquer crença, católicos, espíritas, possivelmente budistas, muçulmanos, e até os ateus, criando uma espécie de confraternização.
O estranho é que atinge incrédulos e crentes, o que evidencia que esta magia existe e tem grande poder de penetração no mundo.
Como o povo de DEUS poderia participar desta festa, sabendo de sua ligação com o ocultismo, magia, e feitiçaria? Está evidente a finalidade do Natal como portador de mensagens - não bíblicas - mas mensagens destinadas aos que perecem.
Nós é que procuramos cristianizar o Natal. Se o mundo age desta forma, não é de admirar, pois faz o que lhe é próprio. Mas os filhos de DEUS que têm a função e a responsabilidade de ser luz do mundo e sal da terra, quando comemoram o natal - sabendo o que ele significa - se fazem pior do que o mundo, pois desvirtuam totalmente a sua função. O SENHOR JESUS disse: "Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus". (Mateus 5:13-16).
Devemos nos distinguir deste século mau, pois para isto estamos aqui!
Não somos iguais ao mundo - apesar de estarmos sujeitos às mesmas paixões e pecados - depois de sermos atingidos pela graça de DEUS, na pessoa do SENHOR JESUS, temos armas espirituais para não andarmos mais como escravos do pecado, do mundo e do diabo. E estamos aguardando a redenção total, na Sua volta. Como servos de DEUS, é necessário que o nosso testemunho seja completo.
Quando procuramos fazer a vontade de DEUS, cumprindo o mandamento de sermos o sal da terra, a luz do mundo, é inevitável termos atitudes diferentes dos incrédulos.
Quando fazemos isto, muitos nos acusam de fanáticos, radicais, extremistas, ou de não amarmos os outros. Não sabendo eles que foi exatamente este o exemplo dado pelo próprio SENHOR e pelos Seus discípulos, como Estevão e Paulo (Mc 11:15-18; Jo 2:13-16; Ato 7:2-51; 17:32-33).
Seremos os juizes que julgarão o mundo e até os anjos (1 Co 6:2,3); não podemos, portanto, nos conformar com este mundo (Rm 12:2; 2 Co 7:1); Tiago disse; "visto que a amizade do mundo é inimizade contra DEUS" (Tg 4:4).
O SENHOR JESUS, antes de ser entregue para ser crucificado, orou: "Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno" (Jo 17:15).
Quando, para não sermos antipáticos, participamos e nos harmonizamos com o mundo, estamos sendo cúmplices do mal, sendo pedras de tropeço para a ação de DEUS a favor do próprio mundo!
O mundo precisa ver gente transformada ao caráter do SENHOR JESUS. Só DEUS - quando Lhe somos fiéis, tomando a posição de agradá-Lo - fará esta mistura : não sair do mundo, mas ser guardado do maligno.

Conclusão
O misticismo quer roubar a figura central do SENHOR JESUS, colocando em dezembro, um Natal que é mentiroso, fraudulento, inventado por Roma e que institui um Noel que agora virou gnomo. Este mesmo principado sai do Natal e vira Momo no Carnaval (ou vale da carne), e depois aparece como deusa da fertilidade em forma de coelho, na Páscoa.
A ordem de DEUS é para que saiamos de todo paganismo. Não é fácil deixar uma tradição que já está impregnada na alma. Para romper com estas coisas é preciso crer na Palavra, porque aqueles que não crêem, não rompem, mas aqueles que crêem, não hesitam em deixar para trás o engano e são abençoados, porque resolvem sair da idolatria. Queremos ser servos vencedores, pois a Palavra nos fala em Apocalipse 22:12: "Escutem! - diz o SENHOR JESUS: "Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito"; e também em 2 Coríntios 5:10 "Porque todos nós temos de nos apresentar diante de CRISTO para sermos julgados por Ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com o que fez de bom ou de mau na sua vida aqui na terra". Para receber a recompensa é preciso ser um vencedor. Para ser vencedor é preciso ser obediente à ordem do SENHOR e fazer a Sua vontade
A Bíblia nos exorta em Efésios 5:8-11: "Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz, pois a luz produz uma grande colheita de todo tipo de bondade, honestidade e verdade. Procurem descobrir quais são as coisas que agradam o SENHOR. Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz."
A mensagem deste texto está bem clara: não devemos nos associar às obras infrutuosas das trevas, e sim condená-las. Não se esconda atrás de desculpas como estas:
"O nosso Natal é diferente"- Isto é mentira, pois, além de comemorarmos na mesma data, também adotamos os mesmos costumes dos incrédulos.
"Estamos comemorando o nascimento de JESUS"- Outra mentira, pois o SENHOR JESUS não nasceu nesse dia, e, o fato de não ser mencionado na Bíblia a data do Seu nascimento, é justamente para evitar a Sua comemoração. Na verdade, quando comemoramos o Natal, estamos comemorando a Mitra, Baal, e outros deuses, que se encarnaram no Papai Noel.
"Santificamos o Natal" - Santificaria o cristão uma mentira, uma farsa?
"O que vale é a intenção" - Com a intenção ninguém foi salvo. Com a intenção podemos cometer os mais abomináveis crimes.
A prática do natal pela Igreja hoje expressa o caráter de decadência e mediocridade em que vive a Igreja. Os cristãos comemoram o natal devido à falta de crescimento espiritual; por causa do velho homem que ainda não experimentou a vida de cruz; o homem adâmico que existe em nós, e que ainda predomina; por causa da tradição cega, a que ainda nos prendemos. Enfim, enquanto cada um de nós ainda persiste em continuar como crente carnal, prevalece o mundanismo que nos prende ao engano.

domingo, 19 de dezembro de 2010

ESTUDO DAS JORNADAS DO POVO DE ISRAEL PELO DESERTO


CAPÍTULO 87

Por: Luiz Fontes

Rissa – 18ª estação – Parte 3

TEXTO: Números 15:32-41; 2Ts 2:3-12


Temos considerado o princípio do sábado, sua importância na nossa vida espiritual. Sabemos que o pecado trouxe dano ao descanso de Deus e é interessante lembrar que, em Gênesis 2:2-3, quando Deus institui o sábado, Ele o institui para o seu prazer. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois a Bíblia diz que nesse dia Deus descansou, isto é, Ele teve satisfação. Aquilo que Ele propusera fazer, Ele fez conforme a Sua vontade. Nisso, Ele descansou. Mas em Gênesis 3 vemos que o pecado trouxe dano a esse descanso de Deus. Além disso, vimos que o Senhor Jesus, em João 5:17, disse que o Pai estava trabalhando e era sábado. O contexto desse versículo mostra para nós que era sábado, por isso Ele trabalhava também. O desejo de Deus é restaurar o significado do sábado no aspecto mais profundo da nossa espiritualidade para que venhamos encontrar em Deus o lugar do nosso repouso, encontrar em Cristo o lugar do nosso descanso. Podemos então perceber que Deus de forma solene está nos advertindo nessa jornada, em Rissa.
Há um texto em Êxodo 31:16 que diz assim:

“Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações”.

Esse texto nos fala que o sábado era o sinal da aliança entre Deus e o Seu povo. Espiritualmente, isso significa que eles poderiam confiar em Deus, porque Deus não fez o homem para o sábado, Ele fez o sábado para o homem. Vemos aqui o sinal da aliança. Guardar o sábado significa contemplar essa verdade, significa ter esta segurança quanto a nossa vida espiritual. Meus amados, nós precisamos ter uma clara visão de que nós somos o povo de Deus. Como o povo de Deus nós somos um povo espiritual. Como um povo espiritual, os assuntos nos quais nós estamos sendo edificados são assuntos espirituais. A maneira como Deus rege, governa, a nossa vida é de uma maneira espiritual. Então, se não formos cuidadosos, seremos engolfados pelas artimanhas de satanás. Nós precisamos ter consciência de que estamos vivendo um tempo muito perigoso, em todos os aspectos. Sabemos que estamos às portas da volta do nosso Senhor Jesus Cristo. Precisamos ser cuidadosos, precisamos ser diligentes, precisamos focar na Palavra de Deus quanto a este assunto, porque o inimigo tem nos distraído, o inimigo tem roubado o melhor de Cristo de nós. Nós não temos tido uma verdadeira comunhão com a Sua Palavra no que concerne à vontade suprema de Deus em relação a nós, em relação ao Seu propósito, em relação ao Seu plano, em relação àquilo que Deus tem determinado para vivermos como Igreja, como Seu povo.
Satanás tem nos distraído. De uma maneira tão terrível, ele tem nos distraído. A realidade espiritual do sábado tem sido perdida no meio do povo de Deus. O descanso de Deus em Cristo, aquilo que deveria ser o desfrute diário da Igreja, tem se perdido. Quantos ensinos errados, deturpados, concernentes a esse assunto têm sido aplicados, têm sido ensinados no meio do povo de Deus. Que o Senhor nos liberte pela sua Palavra, nos mostre o mais profundo significado do sábado no nosso viver cristão diário, porque o inimigo tem se aproveitado da nossa ignorância. O inimigo tem se aproveitado do fato de que nós não estamos atentos, voltados para assuntos que estão relacionados com a volta do nosso Senhor Jesus. Parece que a cada dia o nosso coração está mais afundado neste mundo, mais mergulhado nas coisas deste mundo. Como nós precisamos ser ajudados pela Palavra de Deus.
Em II Tessalonicenses 2:3 o apóstolo Paulo nos fala sobre a volta do Senhor Jesus. Mas ele diz que isso não vai acontecer sem que antes venha a apostasia. Sabemos que isso ocorrerá na Igreja do Senhor Jesus. Podemos ver, e falo isso com tristeza, que isso já está ocorrendo no meio do povo de Deus. A palavra “apostasia” fala de separação. A luta hoje parece se tornar mais pesada dia a dia, como se o único alvo dos ataques de satanás fôssemos nós, os cristãos. Parece que a única coisa com a qual ele se ocupa – e é o que podemos ver nitidamente – é em nos atacar, nos envolvendo o tempo todo com muitas coisas, às quais ele governa nessa terra, nesse mundo. Por isso, meus irmãos e irmãs, no momento em que estamos vivendo, o problema é se podemos perseverar até às últimas horas, até o último momento; a questão é se nós podemos perseverar até o fim. Vejam que em Daniel 7:25 diz que satanás vai magoar os santos do altíssimo. Essa palavra, “magoar”, tem o sentido de desgastar, consumir devagar. É mais difícil reconhecer satanás como aquele que desgasta o povo de Deus do que como o satanás que ruge como leão. A sua obra hoje é de consumir-nos lentamente. E isso já tem sido feito, é o que estamos vendo. O mundo tem sido uma poderosa ferramenta que ele tem usado para nos consumir lentamente.
Quando lemos II Tessalonicenses 2:3, e também II Timóteo 3:1-13, vemos que antes da volta do Senhor haverá uma apostasia terrível. Será um tempo perigoso, quando a maldade e a mentira irão aumentar grandemente. Nós precisamos atentar para isso, porque esses sinais evidenciam essa apostasia. Creio que quando consideramos a Palavra de Deus podemos ver essas coisas, porque primeiro notamos que haverá uma completa negação das coisas espirituais. Essa apostasia da qual estou falando não se refere à educação, às gigantescas reuniões, pastores capazes, catedrais maravilhosas, progresso mental e físico... Não, nada disso. Essa apostasia relaciona-se com a fé e o reconhecimento do poder de Deus. Será um tempo onde ocorrerá uma completa negação às obras sobrenaturais de Deus, tais como regeneração, santificação, oração, revelação do Espírito Santo. Será um tempo caracterizado pela fraude, por erros no meio do povo de Deus. Antes da vinda do Senhor haverá muita fraude, muito erro. Em Mateus 24:24 diz que, se fosse possível, até os escolhidos seriam enganados. A fé será diminuída por causa de tantos credos falsos que serão proclamados, engendrados por satanás, e também o amor pelo mundo e a negação da Palavra de Deus. A fé será profundamente distorcida em seu fundamento, em sua essência. O espírito de autoconfiança irá tomar o lugar da fé, como tem tomado o lugar da fé na vida de muitos cristãos que não procuram mais andar por fé, e sim por vista. Obras malignas, perversamente espetaculares, como nós temos visto. O que tem ocorrido é que satanás tem produzido um efeito intangível que tem envolvido muitos cristãos hoje. De forma sutil ele tem feito obras perversas e malignas usando, muitas vezes, o nome de Cristo, mas com o propósito de manter as pessoas escravizadas, enganadas, aprisionadas. O que nós vemos é o cristianismo caracterizado pela piedade exterior. A vida cristã nesse tempo tem tido a forma de piedade exterior, mas por dentro está cheia de maus espíritos e da melancolia do inferno. Esses espíritos malignos têm feito o máximo para desviar e oprimir os filhos de Deus, atacando nossa vida, diminuindo nossa vontade, embrutecendo a nossa mente. Oh, amados! Como nós precisamos ser cuidadosos! Imaginem quantas sensações e provações estranhas têm sobrevindo ao povo de Deus, fazendo-nos perder o desejo de buscar a Deus. Quantas vezes temos nos sentido cansados. Nossas mentes têm sido entorpecidas por tantas coisas que estão diante de nós. Quantas vezes sentimos um amor estranho conduzindo a nossa vida. Por outro lado, nos vemos escravos de prazeres e costumes do mundo. Quantas coisas proibidas por Deus têm se tornado alvo da nossa cobiça. Assim, vemos a falta de comunhão com a Palavra, a falta de comunhão na oração, a falta de comunhão na reunião da igreja. Temos perdido a liberdade e o poder de proclamar o Evangelho de Cristo. Não temos tido capacidade de nos concentrar para ouvir a voz de Deus por meio das mensagens. Quantas pessoas se sentem incapazes de ajoelhar para orar dedicadamente diante do Senhor. Essas trevas, esse tipo de atmosfera do inferno, têm envolvido muitos dos filhos de Deus. Sem dúvida satanás procura obscurecer a nossa mente e vontade com uma espécie de poder inconcebível para que se torne extremamente difícil a nossa vida cristã, nosso relacionamento cristão. Quantas pessoas se sentem em dificuldades para servir a Deus, para viver uma vida de relacionamento com Deus.
Esse é o espírito do anti Cristo que está agindo no mundo. Sabemos que ele age com o propósito de se levantar contra Cristo, contra a sua igreja, contra o Reino, contra a obra de Deus. Ele procura se colocar no lugar de Cristo e reivindicar a adoração que só é devida a Cristo. Em I João 2:18 o apóstolo já nos dizia:

“Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora”.

Esse espírito que tem procurado roubar o lugar de Cristo, tanto no mundo como na igreja, é o espírito do anti Cristo. E isso vai se intensificar a cada dia, mais e mais. Sua presença será caracterizada por mentiras, por pretensões, por falsos milagres, por tantas confusões que visam unicamente roubar a centralidade e a glória de Cristo Jesus. Se pudermos notar II Tessalonicenses 2:9-12, veremos isso com maior clareza. O apóstolo Paulo diz assim:

“9 Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de satanás (isso nos fala do poder de satanás), com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, 10 e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. 11 É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, 12 a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça.”

Podemos ver o quanto isso é sério, o quanto isso precisa tocar-nos profundamente, o quanto necessitamos ser ajudados por Deus. É aqui que entra este princípio maravilhoso que encontramos em Números 15:32: a importância de você viver uma vida de íntima comunhão com Deus; a importância de você viver esse “sabaat”; a importância de você não ser consumido pelas coisas do mundo; a importância de você entender que o sábado revela a nossa aliança com Deus, ou a aliança de Deus conosco, o desejo de Deus de ter comunhão conosco.
O homem trabalha seis dias, mas no sétimo Deus quer que ele descanse. Não é que tenhamos que guardar o sábado – a igreja primitiva, por exemplo, se reunia no domingo. Precisamos é nos conscientizar de que devemos colocar nossas vidas diante de Deus em um dia solene, ter esse dia como o “sabaat”. Se é na segunda, se é na terça, não importa, o que importa é que precisamos ter consciência disso. Precisamos entrar no descanso de Deus. Mas não é somente poder guardar um dia, mas poder viver todos os dias no descanso de Deus – porque no Antigo Testamento nós temos um dia, mas sabemos que esse sábado revela a nossa plenitude em Cristo, o nosso descanso em Cristo, a nossa vida em Cristo.
Cristo é nosso sábado. É nEle que temos nosso descanso; é nEle que nos refugiamos. Tudo que fizermos, temos que fazer como para Cristo. Nós não podemos viver uma vida divorciada de Cristo, separada de Cristo. Temos que viver uma vida sempre em Cristo. A despeito de tudo que fizermos, de tudo que estamos realizando, do nosso trabalho, do nosso estudo, a despeito das nossas responsabilidades, tudo tem que ser vivido em Cristo, tudo tem que ser vivido para Cristo.
Que Ele lhe abençoe. Que Ele fale ao seu coração. Que Ele possa conduzir sua vida de tal maneira que você não venha ser engolfado pela maneira sutil como o espírito do anti Cristo, que está no mundo hoje, tem procurado seduzir o povo de Deus. Que você seja a cada dia mais e mais constrangido pela vida em Cristo. Que você, a cada dia, seja mais e mais constrangido a viver uma vida em Cristo. Que Ele, pelo poder do Seu Espírito Santo, venha lhe abençoar rica e poderosamente.