terça-feira, 25 de novembro de 2014

O Lugar da Palavra na oração corporativa





Textos: Ef 6:17-18; Hb 4:12; Ap 1:16; 2 Co 10:3-5; 1 Tm 1:18

A GUERRA ESPIRITUAL EM QUE ESTAMOS INSERIDOS

A partir do momento em que nascemos do Espírito, entramos em uma zona de guerra espiritual. Não demo­ramos muito para descobrir que nossos inimigos espi­rituais são poderosos. Esses inimigos têm por objetivo levar-nos a fazer concessões desonrosas, a nos enredar e se possível até mesmo nos destruir. Eles farão tudo que estiver ao seu alcance para frustrar e acabar com a obra de Deus em nós. Os poderes das trevas nunca cessam de tentar nos impedir de crescer na graça e no conhecimento experimental do Senhor Jesus.

Não obstante esse conflito ao nosso redor, o Senhor Jesus sempre vence a batalha! Ele está entronizado à mão direita do Pai, totalmente fora do alcance e da possibili­dade de Satanás e das suas hostes O destronarem. Eles são incapazes de frustrar o propósito de Deus para Ele; Seu destino está assegurado! Na verdade, o Pai declarou: “Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus ini­migos debaixo dos teus pés” (SI 110.1). Satanás é incapaz de desfazer a obra consumada do Messias, com todo o triunfo que daí resulta. Este está fora do alcance do poder do arquiinimigo de Deus, tanto para feri-lO como para afetá-lO ou prejudicá-lO.

Uma vez que os poderes das trevas não podem des­tronar o Senhor Jesus, eles concentram sua energia e ati­vidade nos redimidos que estão na Terra. Quando o Messias apareceu a Saulo de Tarso, embora este ainda não fosse salvo, ele ouviu o Senhor falando em hebraico, dizendo: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”. E o Senhor Jesus tornou a enfatizar isso quando Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?”. Ao que o Senhor respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues(veja Atos 26.14-15). Saulo poderia ter dito: “Eu não estou Te perseguindo; estou perseguindo os Teus discípulos!”. É aqui que fazemos uma descoberta significativa e reveladora. A única forma de Satanás tocar o Senhor Jesus é tocar aqueles que Lhe pertencem e que vivem sobre esta Terra decaída. Essa é a razão da batalha em que nos encontramos. O espíri­to do anticristo, que está no mundo desde o princípio, fará tudo aquilo que estiver ao seu alcance para destruir a Igreja de Deus, o testemunho de Jesus e aqueles que fo­ram libertos do domínio das trevas e transportados para o reino do Seu Filho amado (veja Colossenses 1.13). Es­ses crentes são um testemunho contínuo do Senhor Jesus e da eficácia da obra que Ele executou no Calvário. Isso irrita Satanás, e junto com os outros inimigos de Deus ele não deixará pedra sobre pedra para prejudicar e saquear os filhos de Deus, roubando deles a manifestação prática de sua salvação. Esses inimigos tentarão torná-los surdos e cegos para o Senhor Jesus, tentarão empobrecê-los e levá-los a serem uma contradição de tudo aquilo que Ele é! Não é possível medir o ódio dos poderes das trevas contra tudo e todos que se relacionam com o Senhor Jesus.

Toda vez que examinamos o Novo Testamento en­contramos referências a esse conflito que enfrentamos como crentes verdadeiros e fiéis. Na carta que enviou a Timóteo, seu filho espiritual, o apóstolo Paulo escre­veu: “Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate” (1 Tm 1.18). E mais uma vez: “Participa dos meus sofri­mentos como bom soldado de Cristo Jesus” (2Tm 2.3).

Na carta à igreja em Éfeso, Paulo escreve: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Ef 6.11). Você não veste uma armadura como se fosse uma roupa de gala, mas a coloca apenas para a guerra! Mais adiante ele escreve: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6.13). Essas palavras são termos de guerra. Ele está ressaltando que nós, que pertencemos ao Senhor, estamos numa batalha que, de tempos em tempos, pode tornar-se incrivelmente violenta.

A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO





1 Co 12:4-11; Rm 8:26,27. Rm 12:6-8

OS DONS DO ESPÍRITO

OS OUTROS QUATRO DONS

Os outros quatro dons - curas, operação de mila­gres, variedade de línguas e a interpretação de línguas - às vezes tem participação importante na oração corpo­rativa, embora essa manifestação do Espírito tenha mais a ver com outras reuniões do povo de Deus. Por exemplo, variedade de línguas e a sua interpretação em uma reu­nião de oração corporativa pode ser uma declaração pro­fética, ou uma palavra de conhecimento, ou uma palavra de sabedoria. O Senhor pode destacar um assunto dessa forma diferente. Os dons de curar e de operar milagres também podem manifestar-se em uma reunião de oração corporativa.

O SENHOR USA A SUA PALAVRA PARA NOS DAR DIREÇÃO

Muitas vezes a manifestação do Espírito se expressa pelo uso da Palavra de Deus. Em uma reunião de oração corporativa o Espírito Santo dirige algum crente a um texto bíblico que ele já conhece, e esse texto torna-se para todos a revelação da mente e da vontade do Senhor. Esse tipo de auxílio das Escrituras, sob a dire­ção do Espírito, pode tornar-se uma palavra de conhe­cimento, ou uma palavra de sabedoria, ou uma palavra de profecia, e deveria ser recebida pelos outros, e os participantes da reunião de oração deveriam deixar-se influenciar por essa Palavra. Muitas vezes, na minha ex­periência, o Senhor tem usado algum membro do corpo para nos mostrar o caminho adiante; às vezes o Senhor nos tem direcionado ao cumprimento da Sua vontade por meio desse tipo de auxílio. Alguém tinha uma pala­vra das Escrituras no coração, lia essa palavra e deixava que os outros a julgassem. Quando era aceita por todos, muitas vezes chegávamos à conclusão de qual era a Sua mente e coração. O uso da Palavra de Deus na oração corporativa é do mais alto valor.


A ORAÇÃO INAUDÍVEL E INEXPRIMÍVEL

O apóstolo Paulo escreve sobre um ministério de oração que é inaudível. Esse ministério do Espírito Santo em nosso espírito e mais profundo do que palavras, mais profundo mesmo do que uma língua e mais profundo ain­da do que uma declaração. É uma intercessão que não pode ser expressa em nenhuma linguagem ou forma audível. O Espírito Santo intercede em nós em favor dos santos, e sem­pre o faz de acordo com a vontade de Deus. Esse ministério de dores de parto é um agonizar do Espírito Santo em nosso espírito; ele está preso, sem expressão audível, dentro do filho de Deus, e sempre produz resultado.
Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como con­vém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobrema­neira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segun­do a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Rm 8.26-27). Isso também é uma manifestação do Espírito. O mistério mais profundo e que a expressão em palavras audíveis e compreensíveis na oração é a menor parte do assunto! Ela é como o topo de um iceberg; a maior parte dele está escondida sob a superfície da água. Esse tipo de intercessão acontece em nosso espírito e é obra do Espírito Santo dentro de nós.
Ela só ocorre naqueles que estão totalmente de­votados ao Senhor e estão inteiramente comprometidos com Ele. Esses filhos de Deus têm um ministério em seu espírito, que só o Senhor pode ler, receber e entender. É um ministério incessante de intercessão, É colocar em pratica a palavra de 1 Tessalonicenses 5:17: “Orai sem cessar”.