terça-feira, 27 de novembro de 2012

OS DEVERES DO PAI





Os últimos capítulos de Efésios mostram o que é a vida no Espírito. O andar no Espírito aparece através de relacionamentos pessoais: esposas a maridos, maridos a esposas; pais a filhos e filhos a pais; patrões a empregados e empregados a patrões.
Efésios 6:4 dá uma exortação muito importante aos pais:

“E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor

A palavra aqui traduzida"disciplina' poderia também ser traduzida “edu­cação”. E note que Paulo não está falando com o pai e a mãe, mas somente com o pai. De quem é a responsabilidade de educar os filhos? Do pai. Este é o evangelho, a nova aliança. Mais uma vez, Deus revela sua preocupação com o pai. É evidente que a mãe trabalhará em conjunto com o pai. Mas a responsabilidade básica e primária pertence ao pai. “Não provoqueis à ira os vossos filhos." É verdade que muitos pais provocam os seus filhos. Meu pai me provocou à ira quando eu tinha apenas dois anos. Fiquei irado, e por muitos anos fui perseguido por este demônio de ira que entrou em mim.
Um pai tem duas obrigações para com seus filhos. A primeira é comuni­cação. A segunda é educação. Se as vias de comunicação não permanecerem abertas entre o pai e seu filho, a educação deste filho será impossível. Não é suficiente o pai dar instrução. O filho precisa estar disposto a recebê-la. É por isto que o pai não pode provocar seus filhos à ira.
A fim de evitar as atitudes negativas de rebelião e desânimo nos seus filhos, um pai precisa dar tempo e atenção a cada filho individualmente. Cada criança precisa ser amada e cultivada na sua personalidade individualmente. Não existem duas crianças iguais. Uma disciplina que beneficiará uma criança poderá oprimir a outra. É responsabilidade do pai descobrir e pesquisar a personalidade de cada um de seus filhos, a fim de produzir nela, não o pior e sim o melhor.
Não os provoqueis à ira, à amargura, ou à queixa, mas ao amor e às boas obras. Criai vossos filhos na educação e admoestação do Senhor.

DESOBEDIÊNCIA DOS PAIS

Quando os pais falham nas suas responsabilidades ordenadas por Deus resulta a maldição. No capítulo 28 de Deuteronômio, encontramos todas as maldições que viriam sobre Israel como conseqüência da sua desobediência à Palavra do Senhor. Uma destas maldições se refere à família. Está no versículo 41, e se aplica perfeitamente à situação nos lares hoje:

“Filhos e filhas gerarás, porém não te pertencerão (ou terás prazer neles); porque irão em cativeiro."

Quão poucos pais têm prazer nos seus filhos hoje! Eu poderia contar poucos que eu conheço que realmente têm prazer nos filhos. Por que isto acon­tece? Por que quase uma geração inteira de jovens tem entrado no cativeiro do ocultismo, das drogas e do sexo? Porque seus pais falharam. Não existem jovens delinqüentes. Só existem pais delinqüentes! Cada vez que encontro crianças necessitadas de libertação, eu digo:

"Filho-problema significa pai-problema!”

Até hoje nunca fui enganado. Uma vez numa conferência, eu fui convi­dado a dirigir uma reunião de libertação para crianças. Exigi que os pais das crianças estivessem presentes na reunião também. Sabe o que aconteceu no fim da reunião? Estávamos orando pela libertação dos pais!
Os problemas de crianças não se originam com elas. Começam com os próprios pais. O maior fator responsável pela abertura de crianças a ataques demoníacos é a desarmonia entre seus pais. Eu estou plenamente certo de que em qualquer lar onde houver desarmonia entre os pais, os filhos serão auto­maticamente expostos a ataques de demônios. Geralmente eles não possuem defesas suficientes para resistir a estes ataques. Onde fica a responsabilidade? Sobre os pais.
No livro do profeta Oséias, Deus revela seu julgamento sobre a obsti­nação e desobediência do povo de Israel. É uma descrição do povo de Deus hoje. As responsabilidades ordenadas por Deus têm sido abandonadas.

"O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento" (Os 4:6).

Este é o problema-chave. É a raiz do cativeiro, escravidão, destruição e opressão que existem entre o povo de Deus. É a falta de conhecimento da Palavra de Deus.
O versículo continua:

"Porquanto rejeitaste o conhecimento<, também eu te rejeitareipara que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos."

Ninguém pode ser sacerdote aos olhos de Deus quando rejeita o próprio conhecimento de Deus! Este é o requisito de Deus para o sacerdócio: que um homem seja instruído na Palavra. Malaquias 2:7 mostra a função de um sacerdote em guardar e interpretar a lei de Deus. É da boca dos sacerdotes que os homens devem buscar a instrução e a lei. Esta é a função do pai na sua própria casa. Que acontece se ele não instruir a sua família na lei do Senhor? O fim do versículo diz: Deus vai se esquecer dos seus filhos.
Por que há tantos jovens e crianças hoje, aparentemente esquecidos por Deus? Porque seus pais, e principalmente o pai, têm se esquecido da lei do Senhor. A situação do mundo hoje é uma confirmação evidente e clara de que Deus não estava brincando quando disse estas palavras em Oséias.

RESTAURAÇÃO DOS PAIS

No último livro do Velho Testamento, numa profecia que nos leva até o fim desta época, imediatamente antes do grande julgamento de Deus, Malaquias diz:

"Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha efira a terra com maldição" (Ml 4:5,6).

Para que Elias precisa vir? O que ele vai fazer? Qual será a grande ne­cessidade da situação social e religiosa que será encontrada ao findar este século?
Relacionamentos errados na família. Pais e filhos fora do seu relaciona­mento correto. E Deus está dizendo que a única coisa que o impedirá de ferir a terra com uma maldição será a conversão dos pais aos filhos e dos filhos para os pais.
Mas para isto Deus há de levantar um ministério que faça justamente isto. Converterá os corações dos pais a seus filhos, e o coração dos filhos a seus pais. Note que há uma ordem imposta aqui. Os pais se tornarão a seus filhos primeiro. Reconciliação e restauração nos lares se iniciarão com os pais. Esta é a mensagem do Espírito de Deus para nós hoje. Se os pais se voltarem a seus filhos, certamente os filhos se tornarão a seus pais.
Esta não é uma mensagem de condenação. Deus tem na sua Palavra ma­ravilhosas promessas para aqueles que cumprirem as suas condições, que se arrependerem dos seus caminhos, e que voltarem a Deus, sujeitando-se a ele, e aceitando suas responsabilidades de pais. Leiamos duas destas promessas.

"Acaso tirar-se-ia apresa ao valente? - ou serão libertados os cativos de um tirano ? Mas assim diz o Senhor: Certamente os cativos serão tirados ao valente, e a presa do tirano será libertada; porque eu contenderei com os que contendem contigo, e os teus filhos eu salvarei" (Is 49:24,25).

O julgamento de Deuteronômio 28 já fora cumprido. Os filhos já tinham sido levados ao cativeiro. Eles é que eram as presas do valente, justamente por­que a lei tinha sido esquecida. Mas Deus está prometendo salvar estes filhos. Pais, firmem-se nesta promessa. Se vocês voltarem a Deus, se arrependerem, e se sujeitarem a Deus, ele mesmo há de tomar os seus filhos forçosamente da mão dos valentes, e os livrar.

Ainda em Isaías 59:20,21: “E virá um Redentor a Sião e aos que em Jacó se desviarem da transgressão, diz o Senhor. Quanto a mim, este é o meu pacto com eles, diz o Senhor: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca dos teus filhos, nem da boca dos filhos dos teus filhos... para todo o sempre."

Esta é uma promessa da restauração dos últimos dias, e da volta do povo de Deus quando vier o libertador de Sião. Deus está formando uma aliança com aqueles que se arrependerem e se voltarem das suas transgressões. Ele está prometendo nunca mais retirar seu Espírito da boca dos filhos e das futuras gerações daqueles que voltam ao Senhor.
A Palavra de Deus não é de condenação. Se você, pai, tomar a sua posi­ção como homem, abaixo de Deus, como chefe da sua casa, Deus mesmo se encontrará com você e com toda a sua casa. E juntos entrarão na provisão de Deus preparada para a família!




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SUBMISSÃO NO ESPÍRITO




Efésios 5:21

“Sujeitando-vos uns aos outros”.

Aí está uma proposição que deve ser cuidadosamente vista em seu cenário e em seu contexto. É importante fazê-lo, para que possamos compreender verdadeiramente o que o apóstolo de fato está dizendo. Noutras palavras, devemos dar atenção à conexão por um momento. Ele não disse: “Sujeitai-vos uns aos outros”; disse: “Sujeitando- vos uns aos outros”. Portanto, não devemos considerá-la uma afirmação ou exortação independente. Não obstante, é patente que o que o apóstolo está fazendo é continuar o que já vinha dizendo e, ao mesmo tempo, introduzir o que vai dizer. Parece-me que essa é a única maneira certa de interpretar esta proposição. É uma espécie de elo de ligação entre o texto anterior e o posterior. Noutras palavras, é uma ilustração suplementar do que ele tinha formulado como princípio fundamental no versículo 18, “E não vos em­briagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. Defendo a idéia de que ele ainda tem isso em mente, e se dirige a homens e mulheres cheios do Espírito. Assim, interpretamos esta proposição à luz do versículo 18, com sua exortação para que continuemos sendo cheios do Espírito.

Estou dando ênfase a isto porque nenhum homem tem a menor possibili­dade de fazer o que está neste versículo, a menos que esteja cheio do Espírito. É inútil sair pelo mundo, dizendo: “Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo”. O mundo não somente não faz isso; não quer e não pode fazê-lo. Esta é uma exortação sem sentido para quem não está cheio do Espírito. Daí, insisto em que aqui o apóstolo está dando seqüência às duas idéias que tem em mente no verso 18: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda (ou ‘excesso”)”. O bêbado não se submete a ninguém. Ele se afirma a si próprio. Gaba-se. louva-se a si próprio e se acha maravilhoso. Se havemos de sujeitar-nos uns aos outros, temos que ser inteiramente diferentes dos que estão cheios de vinho e vão chegar àquele excesso. E, por outro lado, temos que encher-nos do Espírito.

Aí está, segundo penso, a conexão essencial. Temos de ser diferentes do que temos sido, diferentes do mundo, ser completamente diferentes, em nossas características essenciais, dos homens e mulheres que ainda pertencem aos domínios do mundo. Devemos encher-nos do Espírito. Como demonstramos isso? Até aqui o apóstolo o esteve lustrando com a nossa relação com Deus. Esteve tratando do nosso culto, “Falando entre vós (uns aos outros) em salmos e hinos, e cânticos espirituais: cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”. São cheios do Espírito, diz ele, e vocês encontram em suas reuniões, em suas reuniões conviviais de felicidade e de alegria. Devem expressar todas essas coisas juntos no culto de Deus, em louvor e adoração. Não somente isso, porém, diz ele; devem manifestar este mesmo espírito em seu trato uns com os outros, no companheirismo que têm uns com os outros ao nível puramente humano e terreno. Assim, ele está salientando o seu tema básico, mostrando que os homens e as mulheres cheios do Espírito devem apresentar essa característica em seu relacionamento uns com os outros.

Essa é a maneira de abordar este versículo particular. É indispensável entender exatamente o que significa, porque o apóstolo vai ilustrar esta verdade em três aspectos particulares. Ele formula o princípio e depois, tendo feito isso, diz, aplicando-o a casos particulares: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor... Vós, filhos, sede obedientes a vossos Pais no Senhor, porque isto é justo... Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne”. Como já vimos, estas três colocações são ilustrações separadas e particulares deste princípio fundamental que sempre deve reger a relação dos cristãos, uns com os outros. Notem que a própria maneira como o apóstolo o expressa, confirma o que acabo de dizer sobre a conexão deste versículo com o seu contexto. “Vós, que sois cheios do Espírito, deveis, portanto, cantar juntos, sujeitar-vos uns aos outros, e portar-vos como convém, nas cruciais relações da vida.”

Mas, que significa “sujeitando-vos uns aos outros”? Uma tradução me­lhor, talvez, seria: “Sendo sujeitos uns aos outros”. A idéia que obviamente ele tem em mente, em vista da palavra que emprega, é mais ou menos esta: é o quadro de soldados de um regimento, soldados alinhados, sob o comando de um oficial. A característica de um homem nessa posição é que, num sentido, ele já não é mais um indivíduo; é agora membro de um regimento; e todos eles juntos ouvem as ordens e instruções que o oficial lhes dá. Quando um homem se alista no exército ele abre mão do seu direito de determinar sua própria vida e atividade, ou seja, não mais se governa, não mais tem domínio sobre si; ele tem que fazer o que lhe dizem. Não pode sair de folga quando lhe dá na telha, não pode levantar-se de manhã na hora que quer. Está debaixo de autoridade, e as regras mandam nele; e se começar a agir por conta própria, e independentemente dos outros, faz-se culpado de insubordinação e será ade­quadamente punido. Dessa natureza é a palavra que o apóstolo emprega; por­tanto, o que ele diz equivale a isto - que nós, que somos cheios do Espírito, devemos comportar-nos voluntariamente desse modo, em relação uns com os outros. Somos membros do mesmo regimento, somos unidades deste mesmo exército grandioso. Cabe-nos fazer voluntariamente o que o soldado é “forçado” a fazer.

Como funciona isso na prática? Estas coisas têm que ser aplicadas à vida. O Senhor Jesus o expressou aos discípulos: “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes” (João 13:17). O que será que isto envolve? Que significa termos que nos sujeitar, e sujeitar-nos uns aos outros? Em termos negativos significa, evidentemente, certas coisas. Não devemos ser irrefletidos. Muitas aflições da vida, e muitos conflitos, são devidos ao fato de que as pessoas não pensam. Ações impetuosas são a maior causa de conflitos, brigas e infelicidade em todas as esferas da vida. Se as pessoas tão somente pensassem antes de falar, ou antes de olhar, ou antes de agir, que diferença isso faria! Mas o problema com o homem natural é que ele não reflete; tem uma idéia, e logo a expressa; tem um sentimento, e imedia­tamente o quer pôr em ação; mal lhe vem um impulso, e ele age. Portanto, numa colocação negativa, o apóstolo está dizendo que o cristão nunca deve ser uma pessoa destituída de pensamento, nunca deve viver aquele tipo de vida instin­tiva, intuitiva. Paulo já se expressara, “mas como sábios”. E de novo: “Pelo que não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor(Ef 5:15,17). O sábio pensa, olha antes de pular, reflete antes de falar. É homem governado pelo pensamento e pelo entendimento, pela meditação e por um espírito de ponderação.

Ou, recordando a palavra do apóstolo e a ilustração que ela sugere, deixem-me expressá-lo doutra forma. Embora o cristão continue sendo um indivíduo, jamais deverá ser individualista. No momento em que somos individualistas, erramos. Este princípio, esta característica de ser individua­lista, é impossível, como digo, no exército. É a primeira coisa que tem que ser reprimida pelo homem que vai para o exército. Pode ser um processo muito penoso, mas ele tem que compreender que não poderá mais agir como outrora. Talvez tenha sido um menino estragado em casa - conseguia na hora o que queria, era o mandão. Mas tudo isso tem que cessar. No exército ele terá que submeter-se a outros. Seria impossível comandar um exército composto de in­dividualistas. Tudo isso tem que ser enterrado.

Para exprimir a matéria doutra maneira - temos que parar de ser auto-afirmativos. A auto-afirmação é a antítese do que o apóstolo está dizendo: “Sujeitando-vos uns ao outros no temor de Cristo”. O ego é a causa radical de todos os nossos problemas. O diabo entendeu isso logo no princípio, quando tentou o homem pela primeira vez: “Deus disse que não devem comer isto? Claro que disse, pois sabia que seriam como deuses. Isso é um insulto a vocês; é manter-lhes por baixo. Não se sujeitem a isso; afirmem suas personalidades. Auto-afirmação! Oh, quanto dano está sendo causado neste mundo devido à auto-afirmação! Esta foi a causa das duas guerras mundiais que já tivemos neste século. Isto pode ser nacional, bem como individual - “Meu país, certo ou errado!”- daí as guerras e os conflitos. Mas é a mesma coisa ao nível das relações individuais; todo o problema surge deste horrível ego, sempre desejoso de seguir o seu próprio caminho.

Este problema, por sua vez, leva a outro. Tal pessoa sempre tende a ser ditatorial - mais uma manifestação do ego - a “ter domínio” sobre os outros. Em sua primeira epístola, capítulo 5, Pedro escreve: “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu”. Ele se dirige aos presbíteros porque esta tentação confronta particularmente o homem que se torna presbítero. Ele é um homem capaz, possui qualidades de liderança e, portanto, galga esta posição; e, em razão da sua liderança, está particularmente exposto a este perigo. “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu... Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente: nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” Não deve haver nenhum dominador na igreja; os presbíteros devem ser exemplos para o rebanho. Exercer domínio é sempre uma tentação, um perigo, para esses homens; e quanto mais claras forem as idéias do homem, mais exposto ele estará a esta tentação particular. Mas vocês não devem cair nessa tentação, diz o apóstolo; deve “sujeitar-se uns aos outros”.

Um último modo de expressar esta consideração negativa. Se tenho muito orgulho da minha opinião, então, o fato de alguém se atrever a questioná-la ou de pô-la em dúvida será um grosseiro insulto a mim - não à verdade, mas a mim. O que importa é o que eu creio. Daí, este homem se ressente das críticas e não tolera os pontos de vista dos outros. Não quer ouvi-los e, de fato, fica ofendido com eles. É excessivamente sensível. Que coisa extraordinária é este “ego”! Que louca moléstia é o egocentrismo! Afeta a perspectiva toda de um homem, todas as partes dele - seu intelecto, sua vida emocional, afetiva, sua ação, sua vontade, a volição - tudo fica envolvido. Vejam a descrição desta pessoa - egoísta, egocêntrica, opiniática, propensa a ser ditatorial, hiper- sensível. Que sucede depois? O que vem em seguida é que este homem está sempre ameaçando renunciar. Acha que está sendo contestado, que as pessoas não confiam nele, que não vão fazer o que ele diz, ou não vão dar valor ao que ele pensa. É injusto - e, portanto, ele vai partir, vai renunciar! O apóstolo está escrevendo a respeito da vida da Igreja, e diz: não devem ser assim; arruinarão a Igreja se forem assim, e se estiverem sempre “caindo fora”. É essa, pois, a maneira negativa de interpretar as palavras, “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”

Contudo, que significam essas palavras positivamente? Elas são, natu­ralmente, a exata antítese de tudo que estive dizendo; e ainda mais. “Enchei-vos do Espírito”. Significa que “os olhos do vosso entendimento são iluminados”, com relação à verdade. A que isto leva? Eis como funciona. Aqui está uma solução para todos os nossos problemas - problemas pessoais, individuais, relações interpessoais no casamento, no trabalho. Essa é apenas uma ilustração deste grande princípio.. Se estivermos certos quanto ao princípio, resolveremos não somente esse problema; resolveremos muitos outros também.

A maneira cristã funciona deste jeito: se os olhos do entendimento foram iluminados, a primeira coisa que aprendemos é a verdade sobre nós mesmos. Significa que nos damos conta de que não há esperança para nós, estamos todos perdidos, todos condenados, todos pecadores - todos e cada um de nós. “Não há um justo, nem um sequer” (Rm 3:10). O homem que vê que isso é verdade pára de gabar-se imediatamente. Não se gaba da sua moralidade, bondade, boas obras, boas realizações, conhecimento, erudição ou de outra coisa qualquer. Se tão somente soubéssemos a verdade a respeito de nós mesmos, estes problemas de relações seriam resolvidos logo. É só o evangelho que consegue isso. O evangelho nos reduz ao mesmo nível, a cada um de nós. Não há diferença, “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23). “Judeu e gentio” são uma coisa só; não há nenhuma raça soberana, nenhum povo superior, absolutamente nenhum - todos são idênticos. Seja qual for a verdade a nosso respeito individualmente, somos todos reduzidos ao mesmo nível.

Paulo faz uma soberba colocação disto quando escreve aos coríntios (I Co 4:7): “Porque, quem te diferença? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?” Não é maravilhoso? Eis aí um homem a jactar-se do seu grande cérebro, grande mente, capacidade, e a desprezar os outros. Espera um momento, diz Paulo. De que se orgulha? Produziu sozinho esse cérebro, gerou-o, trouxe-o à existência? Que tem você que não tenha recebido? O que faz você diferente dos outros? Você fez a diferença? Claro que não; tudo que tem, recebeu; é dom de Deus. Se tem um grande cérebro, muito bem, não se gabe disso, mas dá graças a Deus por ele. E isso o manterá humilde. Alguns se orgulham da sua boa aparência; mas foram eles que a produziram? Outros se orgulham de sua habilidade, neste ou naquele aspecto - na música, nas artes ou na oratória - porém, onde a obtiveram? No momento em que compreendemos que todas estas coisas são dádivas, paramos de jactar-nos, deixamos de orgulhar-nos desta insensata maneira.

Entretanto, é somente o Espírito que pode levar o homem a este ponto. O mundo faz exatamente o contrário; ele gradua os homens. “Vocês não devem ser assim”, diz Paulo - “isso é embebedar-se com vinho. Encham-se do Espírito, e se encherem do Espírito, entenderão que tudo que têm lhes é dado por Deus, e não têm nada de que se gabarem. De algum modo o Espírito os levará a entender que, com tudo que têm, ainda são pobres, ignorantes, falíveis e ainda fracassam, e muito. “Vocês”, diz ele aos de Corinto, “vocês”, que se enfatuam com o seu conhecimento, o que sabem realmente? Ainda são apenas bebês em Cristo. Não pude alimentá-los com alimento sólido, só lhes pude dar leite, porque ainda são bebês - e ainda se jactam do seu conhecimento” O meio de solucionar estas dificuldades nas relações é saber a verdade acerca de nós mesmos. No momento em que começamos a tomar conhecimento desta verdade, vemos que não passamos de crianças, que estamos apenas no começo.

Não somente isso, porém. Ele nos ajuda a compreender que somos membros de um só corpo. Esse tema aparece logo no início desta epístola. “Sujeitando-vos uns aos outros”. - Por quê? Porque sois todos partes e membros de um corpo. O apóstolo introduziu essa noção no fim do primeiro capítulo, e a desenvolveu no capítulo 4, versos 11 a 16. E, como já disse, esse é o grande tema de 1 Co capítulo 12: “Ora, vós sois d corpo de Cristo, e seus membros em particular” (versículo 27). Se você compreender isso, compreenderá também que o que é realmente importante não e que você é uma parte, e sim que é uma parte do todo. O todo tem maior mportância que a parte. Noutras palavras, isto o levará a considerar sempre o corpo e o bem dele, em vez de apenas o seu benefício particular e pessoal. Seguramen­te a maioria dos problemas de hoje se deve ao fato de que somos demasiadamen­te individualistas em toda a nossa idéia da salvação. Graças a Deus, a salvação é pessoal, é individual. As pessoas estão sempre pensando em si nesmas e tendo em vista a si mesmas. Vêm à igreja para conseguir alguma coisa para si mesmas. Procuremos ter uma fiel concepção da Igreja, esta grande entidade na qual fomos colocados. Somos apenas pequenas partes, membros, porções; portanto, pensemos no todo, não numa parte. O homem que está no exército não está lutando por si próprio, está lutando por seu país - esse é o argumento.

No momento em que um homem começar a compreender todas estas coisas, estará preparado para renunciar aos seus direitos, aos seus direitos pessoais individualistas. É preciso que ele entenda esta concepção da Igreja como o corpo de Cristo, e o grande privilégio de ser uma pequenina parte ou porção dele. Então, ele não pensará primordialmente em seus direitos: agora estará interessado no desenvolvimento e no progresso do todo, de cada uma das outras partes também - daquele que está perto dele, e assim por diante. Juntos eles vêem esta grande unidade, esta unidade orgânica e vital do todo. O homem que enxerga isso não se preocupa mais com os seus direitos como tais, nem fica a falar deles, isso deixa de existir. Ademais, ele está pronto a ouvir, pronto a aprender. Com­preendendo que não possui o monopólio de toda a verdade, e que as outras pessoas também têm suas opiniões e idéias, ele está sempre disposto a ouvi-las, está sempre disposto a aprender. Ele não rejeita automaticamente as coisas; é paciente, compreensivo, e se alguém lhe diz, “Mas, amigo, espere um pouco, eu acho...”, ele o ouvirá, ele lhe dará a devida atenção. Não lhe cortará a palavra de imediato; dará à pessoa ampla oportunidade para expor a sua posição. Noutras palavras, ele é a antítese daquele homem que descrevi em termos negativos.

Mas podemos ir além. Digo que este homem está pronto a sofrer, e até a sofrer injustiça, se necessário for, por amor da verdade, por amor da “causa”, por amor do “corpo”. Paulo expressa isso de forma final e definitiva em sua grandiosa proclamação: “A caridade (o amor) é sofredora, é benigna: não é invejosa... (1 Cor. 13:4-8). É o que o apóstolo aqui nos diz que devemos pôr em prática: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”. Não se enfatuem, não sejam suspeitosos. Livrem- se do ego, encham-se de amor, creiam, sejam pacientes e benignos. De fato posso resumir tudo isso expressando-o neste termos: o único homem que pode sujeitar-se a outro no temor de Cristo é aquele que realmente está cheio do Espírito, porque o homem que está cheio do Espírito é aquele que mostra e demonstra o fruto do Espírito. E o fruto do Espírito é “caridade (amor), gozo, paz...”. Se um homem tem essas características, não criará dificuldades nem problemas. Ele será o tipo de homem que se sujeitará prontamente, de boa vontade e voluntariamente, sempre pelo amor dos outros e pelo bem da “causa”. O único homem capaz de fazer isto é aquele que apresenta o fruto do Espírito por ser cheio do Espírito.

Isto se demonstra mediante um número infindável de meios. Darei uma só ilustração, bastante prática aliás. Em 1 Coríntios capítulo 14, versículo 29 a 32, o apóstolo escreve: “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. Mas se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”. Que ilustração perfeita! Eis o problema, em Corinto: um homem se levantava e se punha a falar. Estava tão cheio de assuntos, e achava que somente ele tinha o que falar, que continuava falando, sem parar. Contudo, outro homem tinha uma verdade, e queria falar; no entanto, o primeiro não lhe dava oportunidade. Ora, diz o apóstolo, está errado. “Mas”, diz o primeiro homem, “estou cheio do Espírito, não posso evitá-lo, estou cheio de assuntos, não posso refrear-me”. Pode, sim, afirma Paulo, “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas”. Controle-se, e quando vir que outro homem tem algo para dizer, e você já teve a sua oportunidade, sente-se, deixe-o falar. E esse homem, por sua vez, fará o mesmo com o terceiro. “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”. Considerem a matéria juntos. Essa é a maneira de evitar estes problemas, diz o apóstolo: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”

Essa é, pois, a exposição do que o apóstolo está dizendo. Eu expus o que Paulo diz; mas, lembrem-se do que eu disse no princípio, que isso deve ser tomado em seu contexto, e que somente é verdadeiro em seu contexto. Quero dizer - esse é o tipo de texto que está sofrendo muito abuso hoje em dia. “Sujeitem-se”, dizem eles, “uns aos outros no temor de Cristo”. O mesmo Pedro, que fora tão proeminente, estava errado em seu ensino, neste ponto. Que fez o apóstolo Paulo? Sujeitou-se a Pedro, no temor de Cristo, e disse, “Bem, quem sou eu para discutir com Pedro? Afinal de contas, ele foi um dos mais íntimos dos que pertenciam ao grupo que estava com Cristo. Eu nunca estive com Cristo, durante Sua vida na carne; nesse tempo eu era um blasfemo e um fariseu. Quem sou eu para levantar-me contra um grande homem como Pedro? Não devo falar nada, devo ficar em silêncio e orar; e então devemos trabalhar juntos, num espírito de amizade e cooperação?” Que coisa espantosa! Ao contrário, Paulo diz: “... lhe resisti na cara...” (Gl 2:11). Ele repreendeu a Pedro em público porque Pedro estava errado, e todo o futuro da Igreja estava em perigo. Vocês vêem como é importante examinar uma proposição em seu contexto, e quão extremamente perigoso é isolar do seu contexto qualquer proposição como esta. Pode levar à negação do ensino do Novo Testamento. Vou dar um último exemplo, tirado da Segunda Epístola de João, versos 10 e 11, onde o assunto é exposto com muita clareza: “Se alguém vem ter conosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras”. Isso significa culpa por associação, e não devemos sujeitar-nos a ele.

“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” não significa que você deve acomodar-se a ensinos e doutrinas errôneos, que não deve dizer nada quando a falsidade está sendo propagada. Não! Aí está, parece-me, o significado do que o apóstolo diz nesta importante e vital proposição.

Muito Pior Que Um País Desprezar a Palavra de Deus É Um Filho de Deus Depreciar Sua Palavra





São cada vez em menor número os cristãos que deixam suas vidas serem governadas pela Palavra de Deus. Este problema virou uma coisa ridícula na igreja hoje, quando multidões de cristãos já não estão dispostos a se assentar na casa de Deus para ouvir a pregação da sã doutrina. Deixam-se facilmente aborrecer, e querem entretenimento e apenas sermões de dez minutos.
Tais cristãos estão construindo suas casas sobre areia, sem alicerce verdadeiro. Passaram anos na igreja, porém conhecem muito pouco a Palavra de Deus. É por isso que muitos acabam percorrendo o país em busca de “uma palavra de Deus” por intermédio de algum profeta famoso. Quero aqui levantar uma voz bem forte de advertência: muitos cristãos foram induzidos à um grave erro. Têm sido enganados pelas palavras lisonjeiras de falsos profetas, cujas palavras não procedem da mente de Deus, mas de suas próprias mentes. Esses assim chamados profetas nada mais são que advinhos carismáticos que pretendem prever o futuro. E muitos são clarividentes, falando através de um espírito de adivinhação.
Como pode um crente chegar ao ponto de tamanho engano? Pense no cristão que ouve a Palavra de Deus que lhe é pregada com clareza. Esta Palavra começa a trazer-lhe convencimento, mas ele depressa a sacode e rejeita. Por que? Porque ele tem um sonho, uma ambição de algum tipo que não quer trazer em sujeição à Palavra de Deus. Ele quer fazer ou ser algo grande, e não deseja pôr seu sonho em perigo.
Então, ao invés, essa pessoa vai à uma reunião para obter uma “palavra” de um profeta. Ela fica arrepiada quando o profeta lhe diz coisas a respeito de sua vida que era impossível alguém saber. Aí o profeta começa a lhe dizer coisas impressionantes sobre o seu futuro. Esse cristão não vai julgar essa palavra profética de acordo com a Palavra de Deus, porque não conhece as escrituras. Assim, agora está apostando sua vida na palavra de um homem. E a verdade é que a palavra do assim chamado profeta não vai se cumprir nunca. Esse cristão submeteu-se a um engano, crendo que a mentira fosse verdade, porque ele não conhece a diferença.
É perigoso buscar direção de alguém se você não conhece a vida dessa pessoa. Ezequiel adverte do que acontece a muitos: “Assim diz o Senhor: Qualquer homem da casa de Israel que levantar os seus ídolos no seu coração, e puser o tropeço de sua maldade diante da sua face, e vier ao profeta, eu, o Senhor, vindo ele, lhe responderei conforme a multidão dos seus ídolos...porquanto todos se apartaram de mim para seguirem os seus ídolos” (Ezequiel 14: 4-5).
A Palavra de Deus condena todo desejo carnal. E o seu Espírito é fiel para expor a você toda concupiscência oculta. Mas caso você se recuse a submeter-se ao soberano domínio de sua Palavra, Ele afirma muito claramente: “Se você for procurar alguém conhecido por proferir palavras, e não estiver vivendo sob o governo de minha Palavra, permitirei que ele lhe fale como um idólatra. Na verdade, permitirei que a voz desse falso profeta fale diretamente à sua idolatria.”
“Porque qualquer homem da casa de Israel...que se alienar de mim e levantar os seus ídolos no seu coração...eu, o Senhor, responderei por mim mesmo; e porei o meu rosto contra o tal homem...e se o profeta for enganado, e falar alguma coisa, eu, o Senhor, persuadi esse profeta...e levará a sua maldade; como a maldade do que pergunta será a maldade do profeta” (Ezequiel 14:7, 9-10).
Vemos um exemplo disto na vida do ímpio rei Acabe. Quando Acabe pediu a seus profetas uma palavra do Senhor, esses falsos videntes lhe deram apenas palavras lisonjeiras. Falaram diretamente à ambição no coração de Acabe, reforçando seu orgulho, sua consupiscência e cobiça.
As escrituras nos contam algo impressionante sobre esta cena: “Agora, pois, eis que o Senhor pôs o espírito de mentira na boca de todos estes teus profetas” (I Reis 22:23). Um espírito havia, de fato, se apresentado diante do Senhor no céu, dizendo: “Eu o induzirei...eu sairei e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas” (v. 21-22).
Um irmão dotado de discernimento escreveu a nosso ministério dizendo: “Se mais algum ‘profeta’ vier a mim com ‘uma palavra de Deus’, vou vomitar. Já me foram dadas umas cem palavras desse tipo, e nenhuma delas se realizou. Está ficando ridículo.” 

Enviado pelo irmão Clístenes

O Homem Interior




 Romanos 7:22 - Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
·     Quanto à minha nova natureza, eu gosto de fazer a vontade de Deus;
·     Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus.
·     Porque, conforme o homem interior, juntamente- me - deleito na lei de Deus;

No Novo Testamento, o Espírito Santo foi dado a cada cristão e fez habitação em cada um; se seguirmos Sua liderança, no espírito, este homem interior será renovado dia a dia. 
O cristão tem de viver essa vida o tempo todo. Se seu homem interior estiver sendo renovado dia após dia, ele se tornará cada dia mais forte e crescerá até a maturidade.
Alguém pode até tornar-se professor de Teologia, pode ter uma alma grandiosa, seu homem exterior pode ser grandioso. Mas e seu homem interior? Ele está sendo renovado a cada dia? Isso é muito importante! 

2 Coríntios 4:16 - Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia.

·     Embora no exterior estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia,
·     Embora os nossos corpos vão morrendo a força interior que temos no Senhor vai crescendo dia a dia.
·     Mesmo que o nosso corpo vá se gastando, o nosso espírito vai se renovando dia a dia.
·     mas, ainda que o nosso homem exterior é lançado em ruína, o interior, contudo, é renovado de dia em dia.

Esse versículo mostra-nos que o homem interior precisa ser fortalecido. A maior parte do tempo nosso homem interior é fraco, mas Paulo ora para que Deus nos conceda que sejamos fortalecidos mediante seu Espírito.
Nosso homem interior precisa ser fortalecido com poder, e esse poder é um poder interior. Como sabemos disso? Se continuarmos lendo, imediatamente veremos: "Sejais fortalecidos com poder mediante seu Espírito. Então o Espírito Santo que habita em nós nos fortalecerá. 
Os cristãos precisam desse poder, então o Espírito Santo os fortalece com o poder da ressurreição e da ascensão. Que privilégio nós temos! Que poder habita em nós! Possa nosso homem interior, não o homem exterior, ser fortalecido.
A Vida Vitoriosa 

     Qual será o resultado se o homem interior for fortalecido com o poder da ressurreição e da ascensão por meio do Espírito Santo? Essa pessoa estará sempre na realidade daquele poder, daquela ressurreição; em outras palavras, a vida tragará toda a morte.
Algumas vezes, por exemplo, quando nos preparamos para ir à reunião,  então ficamos cansados, não temos desejo de ir. No entanto, o poder da ressurreição fortalecerá nosso homem interior, e iremos orar com nossos irmãos.
A Bíblia diz que seremos arraigados e alicerçados em amor. "Habite Cristo em vosso coração". Cristo habita no espírito do homem, porque Paulo disse: "O Senhor seja com o teu espírito". 
Não há dúvida que Cristo e o Espírito Santo habitam no espírito do homem. Quando o homem interior é fortalecido, a vida dentro do espírito começa a expandir-se.
A alma humana é muito forte, é como uma grande muralha para o Espírito Santo no espírito do homem. É como se o Espírito Santo estivesse dentro de uma prisão, entre paredes. A vida de Cristo deseja sair, deseja alcançar nossa mente, nossa vontade e emoções, mas aquela parede é muito forte. 
Nosso homem exterior é muito forte, ele recusa ser quebrantado. Mas, graças a Deus, quando nosso homem interior é fortalecido, a vida de Cristo não estará mais aprisionada, poderá ser liberada, e descobriremos que Cristo habita em nosso coração. 
Quando o homem interior é fortalecido, Cristo não apenas habita no espírito do homem, Ele expande Sua esfera de atuação até a alma. Ele não apenas habita no espírito do homem, mas começa a governar sua alma.
Efésios 3:16 - para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior;

·     vos conceda serdes fortalecidos com Seu poder infundido para dentro do homem interior por meio do Seu Espírito;
·     vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior;
·     vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior;
·     Ele conceda a vocês o poderoso fortalecimento interior dado pelo seu Espírito Santo




A Comunhão do Espírito
·       Temos que desejar tê-lO, temos que ansiar por Ele, por Sua companhia e Sua comunhão.
·       Já notaram quantas vezes o Novo Testamento fala da “comunhão do Espírito Santo”?
·        “A graça do Senhor Jesus (Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos” (2 Co 13:13).
·       Precisamos que nos lembrem desta comunhão?  Temos que lembrar-nos a nós mesmos dela, e que buscá-la.
·       Se Ele está em mim devo comungar com Ele, devo ter comunhão com Ele. Devo consultá-lO, considerar Sua presença e pedir-Lhe que Se manifeste a mim cada vez mais.
·       É assim que podemos ser cheios do Espírito.
·       Preciso prestar a máxima atenção a todas as Suas sugestões:
·       Se alguma vez vocês sentirem um súbito desejo de ler a Palavra de Deus, será o Espírito Santo agindo em vocês.
·       Ele os está incitando. Obedeçam-Lhe; vão fazê-lo. Se se sentirem impulsionados a orar, façam-no.
·       Parem de fazer o que estiverem fazendo; não adiem a obe­diência. ELE lhes solicitou isto; portanto, larguem tudo; façam o que Ele pede. Sejamos sensíveis às Suas sugestões.
·       Dessa maneira é que seremos cada vez mais dominados pelo Espírito.
·       Quanto mais Lhe obedecermos, mais indicações dará dos Seus desejos, mais sugestões nos dará.
·       Todas estas coisas nos sucedem com freqüência. Ele quer conduzir-nos avante, quer guiar-nos. Sempre o faz, sempre está desejoso de mostrar-nos mais e mais do Senhor Jesus Cristo.
·       Não nos pesará a culpa de apagar saudáveis insinuações acerca da freqüência:

· À casa de Deus “reuniões”.
· Acerca da leitura das Escrituras.
· Acerca da oração.

·       Ocorrem as sugestões do Espírito Santo com vistas a conduzir-nos, dominar-nos e dirigir-nos. Deixemos que Ele o faça.
·       Não recebemos isto como uma experiência isolada. Quase ia dizendo: quisera Deus que o fosse! Quão mais fácil seria!
·       É questão de relacionamento pessoal; Ele não vai ficar fazendo tudo enquanto ficamos na passividade.
·       Não é que tudo é feito maravilhosamente para nós, não nos restando mais nenhuma luta. Há luta!
·       O mundo, a carne e o diabo continuam aí, e temos que resistir-lhes.
·       Temos que ouvir o Espírito e dedicar tempo e atenção para fazê-lo.
·       Nessas questões não existem atalhos. Não recebemos isso num pacote fechado e amarrado, como artigo de pronta entrega. Já tudo pronto e completo.
·       Não, não é esse o ensino do Novo Testamento. Não é o ensino das Escrituras.
·       Demos ouvidos às sugestões do Espírito, e a seguir demos ouvidos à Palavra, às Escrituras.
·       Que é esta Palavra? É a Palavra do Espírito Santo. Ele é o Autor. “Homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:21).
·       Nada desta Palavra é de particular interpretação; ela não é do homem, é a Palavra de Deus.
·       Leiam-na, estudem-na, devorem-na, procurem compreendê-la, dediquem-lhe tempo e atenção.
·       Vocês têm aprovei­tado todas as oportunidades para aprofundar-se nesta Palavra?
·       Basta compare­cer a um culto por semana? Quantas vezes damos atenção à exposição pública da Palavra e ao estudo privado para compreendê-la?
·       É dessa maneira que somos conduzidos pelo Espírito. Conhecer a Sua Palavra, dar-lhes ouvidos; ter sensibilidade ante elas.
·       O Espírito Santo agrada-Se quando um de nós toma uma palavra das Escrituras e a põe em prática.
·       Quando deixamos que ela governe as nossas decisões, as nossas ações e todo o nosso comportamento.
·       Aí estão, pois, alguns dos princípios pelos quais havemos de encher-nos do Espírito.
·       A que isso leva? Significa que fruto do Espírito se manifestará em nós. Onde Ele exerce o controle, o fruto e evidente e óbvio.
·       Quando os homens e as mulheres são dominados pelo Espírito Santo na mente, no coração e na vontade, essa é o tipo de vida que levam.

Enviado pelo irmão Clístenes