sábado, 9 de novembro de 2013

1ªEstação – Ramessés- Parte 05



As 42 Jornadas no deserto
TEXTO: Nm 33: 1-4


Muito bem irmãos e irmãs, quando consideramos os doze primeiros capítulos do livro de Êxodo, nós nos deparamos com a primeira estação que é Ramessés. Aqui nós vemos uma situação de escravidão.
Lá você vê a história das crianças hebréias, estavam todas, especialmente os meninos decretados à morte. Se nascesse um menino, ele teria que ser jogado aos crocodilos, porque esses eram animais adorados pelos egípcios, lá no Nilo. Ali foi quando aquelas parteiras viram aquele menino bonito e o protegeram. E levou ao Faraó sua mãe e ele queria matá-la. O Senhor guardou aquele menino através da sua mãe e depois através da própria filha de Faraó. Aqui vemos como Deus começa a preparar Moisés dentro da corte de Faraó. Com as estratégias militares com que treinavam o seu grande exército, o seu capitão, os seus generais, lá no Sinai. Os grandes herdeiros e os grandes príncipes egípcios eram militares, eles tinham que treinar nesta parte do exército. De um lado do deserto do Sinai se treinava os príncipes, os militares do Egito, mas da outra parte do Sinai eram os Midianitas que treinavam ali. E justamente Deus manteve Moisés durante quarenta anos de um lado do Sinai. Aqui ele pode ser treinado para o trono do Egito, para ser “Faraó Moisés I”.
Lá no Egito, no Templo do Sol, foi onde ele aprendeu toda a Ciência do Egito. É incrível quando você estuda e vê que de um lado do Monte Sinai Deus preparou Moisés durante quarenta anos. Como também os levou para as terras de Midiã e também o trinou ali para que ele pudesse ser preparado para levar o povo para a terra de Canaã. Deus preparou Moisés de um lado do Sinai 40 anos e do outro lado do Sinai mais 40 anos. E ele cresceu e aprendeu toda a sabedoria do Egito, conhecia a maneira do governo de Faraó, conhecia o estilo militar, porque os príncipes tinham que ser treinados.
E logo que ele fugiu depois de haver matado o egípcio, o Senhor o levou para Midiã, que ficava justamente do outro lado da península do Monte Sinai, ali onde estava Edon e Midiã. Foi ali que ele conheceu Jetro, que depois se tornou o seu sogro, que era Sacerdote de Midiã.
Se você estudar a Bíblia você vai ver que os Midianitas procediam de Abraão. De maneira que Moisés herdou a tradição dos Midianitas, como também a tradição egípcia. E ele esteve ali, agora nas terras de Midiã pastoreando o gado, as ovelhas de seu sogro Jetro. Ele foi treinado 40 anos, pastoreando ovelhas. Deus fez coisas tremendas na vida de Moisés pastoreando ovelhas. Aqui nós temos a Faculdade de Deus onde ele prepara aqueles que ele chama para a sua obra.
Então nós vemos que depois aparece Deus e diz para Moisés que viu a opressão do seu Povo e que ele havia vindo para livrá-los. Aí Deus envia Moisés, mas Moisés não quer ir. Ele dizia que era pesado em língua. Antes, naqueles 40 anos no Egito, onde ele aprendeu toda a Ciência, nós vemos um Moisés voluntarioso, mas depois deste treinamento, agora que ele passara nas terras de Midiã, nós vemos o Senhor motivando ele, levando-o a compreender o seu Plano e a se submeter à sua agradável vontade. Depois nós vemos que ele se apresentou perante Faraó, com aquelas pragas. Aquelas pragas eram contra todos os deuses do Egito. Então o Senhor, ao enviar as pragas, Ele estava decretando, declarando para o próprio Faraó como também para todos os egípcios, que tudo aquilo era contra os seus deuses. Eles criam nas rãs, então Deus enviou rãs para eles. Ele ia mostrando o verdadeiro caráter dos seus deuses e fazendo juízo contra esses deuses. Faraó era para os egípcios também um deus e ao mesmo tempo nós vemos que o herdeiro de Faraó era visto também como um deus. Era normal que Faraó pusesse o filho à frente nos procedimentos e que fosse cedendo pouco a pouco o governo, até que por fim, o seu primogênito assumia o governo. Ele era adorado como deus, era tido como o filho do Sol. E isso é o que significa a palavra Ramessés. Então, meus irmãos e irmãs, o Senhor trouxe juízo através das palavras de Moisés.
Então nós vemos que o Egito é uma condição de escravidão terrível e a nossa vida pessoal e espiritual precisa ser libertada do mundo. É desse estado de caos, de idolatria, de pecado, de perversidade, de sutileza maligna é que o Senhor deseja nos libertar. Sair do Egito significa uma libertação completa.
A Palavra do Senhor, em Efésios, capítulo 2, versículo 3 diz que “nós éramos filhos da ira”. Uma coisa adquirida por natureza é mais grave do que uma coisa adquirida por casualidade. Alguém pode dizer até que não é tão pecador assim, alguém pode dizer que não se acha tão pecador assim. Irmãos e irmãs, nós precisamos ver o quanto estas questões acerca do pecado, do mundo em nós são coisas graves e sérias. Veja que em Mateus, capítulo 26, versículos 33 e 34, nós vemos Pedro respondendo ao Senhor Jesus assim:  

33 - Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim.
34 - Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes.

Pedro não sabia o que era ser escravo de uma condição pecaminosa. O pecado é algo muito grave. É isso que representa a nossa vida em Ramessés, essa escravidão não somente no que fazemos, mas também naquilo que somos. Tão logo você decide seguir o Senhor, à medida que você for seguindo mais e mais, você vai perceber o quanto estava enganado quanto a você mesmo. Você vai ver o quanto é profundo e foi profundo na sua natureza a questão do pecado.
O problema do homem não é que de vez em quando ele comete pecado, faz coisas erradas, coisas más, mas o fato de que é mal todo o seu ser por natureza. O Senhor Jesus disse “como vós podeis fazer coisas boas sendo maus?”. O problema é que nascemos mal, em uma condição de maldade. O mal não está somente fora de nós, como disse João Jacó Russet “que o homem nasce bom e sociedade corrompe”. O estranho é como se corrompeu a sociedade com gente tão boa. Olhem, irmão e irmãs, o homem não nasce bom, o homem nasce mal. É por isso que a nossa sociedade, a sociedade humana é má, é injusta. Às vezes a constituição é bonita, mas cumpri-la é o que não fica bem.
Quem então está escravo em Ramessés? O que é sair de Ramessés? Irmãos e irmãs temos que entender primeiro o que Ramessés significa para nós. Saber que Ramessés fala desta escravidão, do pecado, da culpa, da escravidão do mundo, temos que entender tudo isso. Nós temos que olhar para tudo isso. Se nós não entendemos o que é estar escravo em Ramessés não saberemos o que significa sair de Ramessés. Temos que compreender a libertação que o Senhor operou em nós. O Senhor não só quer perdoar o que fizemos como também o Senhor quer livrar-nos daquilo que somos e nos fazer novas criaturas, porque a velha criatura não pode mais reinar em nós. Não podemos continuar a viver a vida cristã na esfera do velho Adão. O velho homem que temos em nós, na nossa constituição carnal, tem que ser crucificado. É a carne, e a carne não pode reinar em nós. Não podemos viver a vida cristã na esfera da carne.
Alguns pensam que tem que educar um pouco o seu homem natural. Irmãos e irmãs, nós não podemos fazer isso, é mentira do diabo, nós temos que nascer de novo, nós temos que morrer com Cristo, nós temos que ser restituídos com Ele na sua morte, na sua crucificação, na sua ressurreição e na sua ascensão.
A Bíblia diz “que pela desobediência de um, muitos foram feitos pecadores”. Nós fomos constituídos pecadores com Adão, somos pecadores por constituição, mas pela obediência de Cristo Deus nos fez novas criaturas.
O que nos faz justos é receber pela fé a Cristo, se alimentar do cordeiro, se alimentar Dele. Ele mesmo dissera lá em João no capítulo 6, versículo 57, “Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá”.
Meus irmãos e irmãs, que nós venhamos compreender isso claramente. Precisamos compreender que essa é a obra de Cristo em nós. Sempre teremos que continuar lutando para que Cristo prevaleça em nós até que nós venhamos ser libertos, não só do que fizemos, mas também do que somos. Como também do sistema do mundo e não só do sistema visível, mas também do invisível, de todas essas coisas nós temos que ser libertos. Devemos ser libertos da culpa do pecado, precisamos ser libertos também do pecado.
Lá em Romanos nos fala da lei do pecado e da carne em nossos membros. Que quer dizer que nossos membros estão programados debaixo de uma lei, da natureza pecaminosa, para pecar e para morrer. Veja que Romanos capítulo 7 nos diz isso com muita clareza: “porque sabemos que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado”. É isso que diz amar a Deus sobre todas as coisas, é algo espiritual, mas Paulo diz: “mas eu”. Esse que é o problema: o “eu”. A lei é muito boa. A constituição pode ser magnífica, mas “eu”. Esse é que é o problema, é que “eu” sou pecador. Eu sou carnal, como diz Paulo, vendido ao pecado. Veja o versículo 15, do capítulo 7 de Romanos: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto”. Paulo diz que é o pecado que reside em nós, aqui pecado, no singular, é que nos faz pecar.
Você entende isso! Graças a Deus pela sinceridade de Paulo aqui, veja que Paulo sempre fala na primeira pessoa. Mas isto está relacionado a nós.
Aqui irmãos e irmãs, é que começa a se abrir diante de nós a pura verdade acerca de nossa libertação. Nós fomos libertos na morte de Cristo. O versículo 5, do capítulo 6 de Romanos diz que “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”. Mas não somente fomos unidos com Ele, sabe o que aconteceu conosco também? A Bíblia diz que nós, eu e você, fomos sepultados com Ele. Olhe o versículo 4 de romanos 6.
Romanos capítulo 6, versículo 6, diz “que já fomos crucificados com Ele”. Se nós fomos crucificados com Ele, mortos com Ele, sepultados com Ele, ressuscitados com Ele, então nossa vida é numa esfera de completa oposição a realidade da vida do mundo. É isso que se requer de nós, essa tem que ser nossa vida, esse é o nosso viver, essa é a nossa libertação. Em Cristo nós fomos libertos.
Por isso quando você estuda os escritos de Paulo, pode ver que ele usa uma frase profunda, uma frese extremamente significativa na nossa experiência. A frase é “em Cristo”. Veja que no capítulo 7 de Romanos ele diz: “eu mesmo”. Ele sempre falou na primeira pessoa. Agora veja que Paulo aprofunda um pouco e revela para nós a completa libertação e essa libertação é mediante a crucificação, a morte, o sepultamento e a ascensão do Senhor Jesus. Esta é a nossa libertação. Aqui está o segredo da nossa vida liberta de Ramessés, liberta do mundo, liberta do pecado, liberta da culpa, liberta dos pecados. É nesta vida e por esta vida que nós temos que viver, devemos viver porque esta vida não é a nossa própria vida liberta. É muito mais do que isso, é vida de Cristo infundida dentro de nossa vida sendo nossa vida. Cristo é nossa vida, nosso viver é Ele. Ele agora está mesclado no nosso ser. Essa é a libertação verdadeira. É sobre isso que quero compartilhar um pouco com vocês, para que nós venhamos compreender a profundidade do significado do pecado, do poder do mundo, do poder da culpa.

Que Deus poderosamente fale ao seu coração.

Por: Luiz Fontes