Essa estação nos traz, como as outras, importantes lições. Quantas vezes queremos fazer as coisas do nosso jeito, segundo a nossa vontade? Que o Senhor nos revele as profundas lições espirituais contidas neste estudo. Que possamos ter um coração humilde, manso e obediente a voz do nosso Senhor, para que ele ache descanso em nós e nos veja como filhos obedientes e não filhos rebeldes. Que o senhor nos abençoe com a Sua Palavra.
As 42 Jornadas no Deserto
16ª Estação – Rimom Peres – Parte 01
Texto: Números 33:19
Em Números capítulo 33, versículo 19, diz assim:
“partiram de Ritma e acamparam-se em Rimom-Perez;”
Esta é a 16ª estação por onde eles peregrinaram. Nós estamos seguindo passo a passo, com a ajuda do Senhor, este estudo das Jornadas, das estações pelo deserto, onde o povo de Israel foi caminhando, aprendendo lições que hoje nós podemos ver o quanto Deus está ministrando a cada um de nós. Em cada um desses nomes, olhando para Números, capítulo 33, veremos estas quarenta e duas jornadas; e veremos que cada uma dessas jornadas, desses nomes, destas estações nas quais o povo foi conduzido por Deus para aprender, em cada oportunidade, lições diferentes, se aplica a nós hoje.
O Novo Testamento diz que estas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas para admoestar-nos, nós que estamos vivendo nesta geração. Isto está escrito para o nosso ensino. Nós não estamos lendo história, uma historia passada do povo de Israel, estamos sim sendo admoestados, estamos sendo corrigidos por Deus. Essas são verdades para a Igreja hoje. Cada uma destas etapas onde eles estiveram um dia tem haver com uma experiência espiritual. Então irmãos e irmãs, essas jornadas de Israel são exemplos e temos estado seguido uma por uma até aqui. Estamos na 16ª. Hoje chegamos a Rimom-Perez.
Se pudermos olhar em um mapa histórico dessa região neste tempo, veremos que eles estão bem perto do final do deserto de Parã, entre o deserto de Sim e o deserto de Cades. E ali em Cades, como nós iremos estudar, eles demoraram trinta e oito anos dando voltas, principalmente por Cades. E por estarem ali naquele lugar, ao sul do Neguebe, voltando para o Mar Vermelho, em sentido do Golfo de Ácaba, porque o Golfo de Suez e o Golfo de Ácaba são duas partes do Mar Vermelho. Então, nós temos que saber tudo isto, compreender tudo isto, porque todas estas verdades focam a nossa vida cristã. E aqui quando olhamos veremos essa região de Rimom-Perez.
No estudo de Ritma, vimos que eles se recusaram a crer no Senhor, se recusaram a entrar na terra conforme a vontade do Senhor. Então, o Senhor lhes disse que eles voltariam pelo caminho do Mar Vermelho, isto é, pelo Golfo de Ácaba, porque temos que diferenciar o Golfo de Ácaba e o Golfo de Suez ou Canal de Suez. Porque o Canal de Suez foi por onde eles passaram, atravessaram. Agora nós estamos falando do Golfo de Ácaba que é outra região do Mar Vermelho. Então, quando nós estávamos estudando Ritma, vimos que eles foram incrédulos quando viram os gigantes; quando viram todas aquelas fortalezas, tremeram, sentiram-se incapazes de vencer aqueles gigantes e entrarem na terra. Tudo isso é muito claro e muito sério para nós! E por terem agido assim Deus fez com que eles peregrinassem mais trinta e oito anos dando voltas. Isso é o que nós aprendemos quando estudamos Ritma.
Agora nós vemos que desde Ritma, por causa da rebelião, da incredulidade, porque não quiseram entrar na terra prometida, duvidando de Deus, então Deus jurou que eles não entrariam no Seu repouso. Eles haviam irritado Deus com as murmurações dez vezes. Então Deus fez com que eles dessem voltas pelo deserto em várias etapas, aprendendo muitas lições, até que a geração velha fosse sepultada no deserto. Então, se levantou depois uma geração nova que regressou depois a Cades; depois de dar uma série de voltas, eles agora podem entrar realmente na terra prometida.
Meus amados, vejam quanto tudo isso é de extrema importância para nós. Porque quando estudamos estas 42 Jornadas, compreendemos com toda a clareza os livros de Êxodo, Levitico, Números e Deuteronômio. Teremos uma visão estupenda de tudo isso! E muito mais, seremos ajudados pelo Espírito Santo a aprender e aplicar lições a nossa própria vida hoje.
Agora vamos iniciar vendo essa jornada de Rimom-Perez, que é uma das jornadas que envolve voltas e mais voltas nesse processo de trinta e oito anos de peregrinação pelo deserto. Vamos iniciar vendo esta jornada, como também, vamos prosseguir vendo outras jornadas e nas demais jornadas vamos ver que eles ficaram dando voltas e mais voltas durante trinta e oito anos.
O texto relativo à Jornada de hoje está em Números, capítulo 14, versículos 40 a 45 e também está em Deuteronômio, capítulo 1, versículos 41 a 46. Nós precisamos atentar para estas duas passagens, para acompanharmos uma com a outra. Tudo isso é muito importante fazer, porque esta jornada foi contada duas vezes. Foi contada aqui em Números 14.40-45, como acabamos de relatar, e também em Deuteronômio 1.41-46. E nós não podemos perder isto de vista, porque Moisés voltou a recordar esta jornada em Deuteronômio trinta e oito anos depois que a jornada foi escrita por ele no livro de Números. Quando o Espírito Santo faz que uma coisa se conte duas vezes é porque estes dois relatos são complementares. Nós temos que ver isto! O Senhor está mostrando para nós algo muito particular, muito distinto. Porque a questão aqui não é a repetição em si, mas que em um texto veremos uma porção e no outro a outra porção, quando juntamos os dois textos podemos ver essa jornada e teremos uma visão clara dela de acordo com a mente do Senhor. Uma está sendo complementada pela outra. Aqui nós vamos seguir os dois relatos.Primeiro em Números capítulo 14, versículos 40 aos 45, a essa parte que corresponde a Rimom-Perez, depois nós vamos ler Deuteronômio capítulo 1, versículos 41 aos 46.
Vejamos Números capítulo 14, versículos 40 a 45:
“Levantaram-se pela manhã de madrugada e subiram ao cimo do monte, dizendo: Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o SENHOR tem prometido, porquanto havemos pecado. Porém Moisés respondeu: Por que transgredis o mandado do SENHOR? Pois isso não prosperará. Não subais, pois o SENHOR não estará no meio de vós, para que não sejais feridos diante dos vossos inimigos. Porque os amalequitas e os cananeus ali estão diante de vós, e caireis à espada; pois, uma vez que vos desviastes do SENHOR, o SENHOR não será convosco. Contudo, temerariamente, tentaram subir ao cimo do monte, mas a arca da Aliança do SENHOR e Moisés não se apartaram do meio do arraial. Então, desceram os amalequitas e os cananeus que habitavam na montanha e os feriram, derrotando-os até Hor.”
Precisamos notar com muito cuidado tudo isso. Você se lembra que lá em Rítma Deus ordenou a Moisés que ele escolhesse doze espias e os enviasse para avistar, espiar a terra de Canaã. E nós sabemos muito bem que eles foram e quando voltaram, dez desses espias trouxeram relatório negativo, duvidando da Palavra de Deus, do caráter de Deus; se rebelaram contra Moisés e Arão, se rebelaram contra Deus. Eles não quiseram entrar. Eles queriam retornar para o Egito, queriam eleger um novo capitão e retornar ao Egito. Precisamos conhecer isso! Agora eles querem ir, querem avançar. Depois que o Senhor trouxe disciplina; veio sobre eles, tratando duramente com eles, agora eles se voltam para o Senhor e querem subir. Mas Moisés diz que não. Eles não deveriam subir, não poderiam subir. Precisamos prestar atenção em tudo isso. Veja que o versículo 40 diz: “Levantaram-se pela manhã de madrugada e subiram ao cimo do monte, dizendo: Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o SENHOR tem prometido, porquanto havemos pecado.”. As pessoas que disseram estas palavras são as mesmas pessoas que duvidaram; que havia dito que Deus os tirara do Egito para os matar no deserto; que diante daqueles gigantes eles eram como gafanhotos, que seriam pisados.
Quando estudamos sobre este monte descobrimos que este monte aqui no versículo 40 é uma montanha que têm vários montes. Subiram ao primeiro monte e deste monte tinham que subir a outro monte que estava em continuação e formava a parte do mesmo núcleo montanhoso. Aqui nós temos uma cordilheira. Veja que eles subiram ao cimo do monte dizendo: Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o SENHOR tem prometido. Veja que, todavia, queriam subir um pouco além. Já haviam subido ao cimo, mas queriam subir mais. E Moisés diz que eles haviam transgredido o mandado do Senhor e por isso não iriam prosperar. Nos versículos 2 a 4 de Números capítulo 14, diz assim:
“Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! E por que nos traz o SENHOR a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? E diziam uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos para o Egito.”
Veja que eles não crerão e por isso o Senhor os repreendeu. Agora veja que coisa interessante – eles querem ir, estão dispostos a ir - Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o SENHOR tem prometido. Amados vejam que aqui há um grande problema. Eles querem subir quando Deus não quer. E quando Deus quer, eles não querem. Que lição importante é essa! Nós, às vezes somos assim! Nossa vida cristã é segundo os nossos desejos. Vou quando quero e não vou quando não quero. Subo quando quero e desço quando quero. A nossa vida é muitas vezes dirigida pela nossa própria vontade. Deus tem que nos ensinar que não é quando nós queremos, mas é quando Ele quer. Não é como queremos, é como Deus quer. Essa é a lição que nós temos que aprender nesta jornada. Olhe para as palavras de Moisés: Não subais, pois o SENHOR não estará no meio de vós. Isso é tão sério! Eles queriam ir, mas Deus não estava com eles. Se estivessem na vontade de Deus, as nações, os inimigos, os gigantes não representariam nada. Mas se estão sem Deus são vulneráveis.
Não podemos viver a vida cristã assim, de altos e baixos, baseado em emoções. Quando gosto de algo estou bem e quando não gosto não me interessa. Essa não é a vida cristã para a qual fomos chamados a viver. Precisamos aprender a conhecer a vontade de Deus. E quando conhecemos a vontade de Deus, a primeira coisa que fazemos é crucificar a nossa vontade. Este povo foi rebelde porque quiseram andar nos seus próprios caminhos. Amados, quantas vezes nós somos assim, andando nos nossos próprios desejos, fazendo tudo conforme queremos, andando segundo as nossas emoções. Quantas vezes até mesmo a incredulidade é que governa o nosso próprio viver. Excluímos Deus dos nossos negócios, da nossa própria vida. Este é um exemplo que caracteriza um viver incrédulo, uma pessoa que não anda segundo a vontade de Deus, segundo o caráter de Deus. Este povo foi reprovado, foi rejeitado. É isto que nós vamos ver aqui em Rimom-Perez. A seriedade de tudo isso. A seriedade de excluir Deus dos nossos relacionamentos, dos nossos negócios, da nossa própria vida. Nós não podemos viver a vida cristã assim. Nós temos que colocar tudo aos pés do Senhor, todo o nosso viver diante do Senhor. Que o Senhor nos ajude a sermos sensíveis a Sua voz, sermos sensíveis a direção do Seu Espírito, para que a nossa vida possa ser uma vida que viva a experiência de viver sempre na vontade de Deus e não na nossa vontade. Porque a nossa vontade não interessa, nossa vontade tem que estar crucificada. Nós temos que ter uma vontade governada pela cruz de Cristo. Enquanto a nossa vontade não for crucificada não podemos segui-lo, não podemos corresponder ao Seu chamamento, ao Seu caráter, a Sua vontade.
Nos próximos estudos nós vamos ver as conseqüências de tudo isso, a seriedade de tudo isso. O quanto é perigoso viver a vida cristã baseado nas nossas emoções, nos nossos desejos e não colocar os nossos desejos e as nossas emoções debaixo da vontade de Deus, porque ai nós conheceremos o governo de Deus, nós nos submeteremos à vontade de Deus. A vontade de Deus pode ser aquilo que não queremos, pode ser, no momento, o que não busquemos, mas sempre será aquilo que é melhor para nós.
Que Deus continue nos abençoando com a Sua rica Palavra.
Por: Ir. Luiz Fontes
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