Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12
sábado, 28 de janeiro de 2012
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
AS 42 JORNADAS NO DESERTO – CAPÍTULO 134
Por: Luiz Fontes
25ª Estação – Mítica (parte 8)
Romanos 5:10 diz assim:
“10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;”.
Estamos estudando sobre a 25ª estação da peregrinação do povo de Israel pelo Deserto. Quando abrimos a Bíblia nos textos relativos a esta estação, encontramos em Números 19 sobre a prescrição da lei concernente à novilha ruiva. Temos ali pontos que todos nós precisamos considerar:
1) Por ser um animal feminino, essa novilha nos mostra a experiência subjetiva da nossa salvação. Sabemos que todos os sacrifícios da lei, que o Senhor prescreve na lei, focam a cruz de Cristo, a obra de Cristo. A obra de Cristo é algo tão profundo, que o Senhor usou todos aqueles sacrifícios revelados no livro de Levítico, no contexto da 12ª estação, no Monte Sinai.
2) Além disso, sabemos que em todos esses sacrifícios o Senhor sempre exigia animais masculinos. E esses animais representam a obra objetiva da cruz.
3) Mas ainda há algo interessante aqui, pois esse sacrifício de Números 19 foi dado ao Senhor na 25ª estação. Isso aponta para a nossa vida cristã, para nossa peregrinação hoje.
Tudo aquilo que aponta para o aspecto objetivo da nossa salvação foca o que Cristo cumpriu, o que foi consumado, o que foi concluído, terminado na cruz do Calvário, tudo aquilo que o Senhor consumou, isto é, o perdão dos nossos pecados. Graças a Deus por Ele ter perdoado todos os nossos pecados na cruz do Calvário. O perdão dos pecados é uma obra que Deus realizou uma vez para sempre.
Assim, nesse sacrifício da novilha ruiva o Senhor providenciou algo com relação a nossa vida futura, porque Deus sabe que nós, mesmo tendo recebido a Jesus Cristo como nosso Salvador, nesta jornada espiritual, nessa peregrinação cristã, eventualmente iremos falhar. Não que isso seja motivo para falharmos. O cristão salvo em Cristo Jesus não tem prazer no pecado, ele tem prazer em Cristo. O pecado não é sua vida, sua vida é Cristo.
Precisamos, então, compreender que o contexto aqui em Números 19 nos fala da experiência cristã, dos pecados que podemos cometer eventualmente. Poderemos pecar. A Bíblia diz em 1 João 2:1:
“1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”.
O que João escreveu foi para não pecarmos. Mas, se pecarmos, temos um Advogado junto ao Pai. Vimos que na Epístola aos Romanos a salvação é uma questão de justiça. Mas em Efésios, vimos a salvação como uma questão de vida.
Hoje o Senhor Jesus está ministrando vida para nós. Por isso somos exortados a “entrar confiadamente junto ao trono da graça” (Hb 4:14-16). Nós temos a Jesus, o filho de Deus, como nosso Grande Sumo Sacerdote que penetrou os céus. E devemos confirmar, proclamar, conservar firme a nossa confissão. Amados irmãos, isso é muito importante. O termo “tendo” (Hb 4:14) fala de segurança, daquilo que é firme, algo que você tem e não se pode tirar de você, pertence a você. E sabe o que pertence a você? É este Grande Sumo Sacerdote que penetrou os céus. Ele diz que “nós devemos conservar firme a nossa confissão”. A palavra “confissão”, aqui, em seu aspecto espiritual, conforme a tradução, é “dizer o mesmo que Deus”. Isso porque é assim que Deus vê. É assim que está consumado nos céus. No versículo 15 o escritor ainda diz que “nós não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas”. O Senhor, nosso Sumo Sacerdote, “foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança, mas sem pecado”. Isso é tão maravilhoso, irmãos! Você e eu precisamos olhar para tudo isso e ver esta verdade solene de Deus através da Sua Palavra. Saber que o nosso Senhor Jesus, como Sumo Sacerdote que está diante do Pai à destra do Seu trono, foi tentado em todas as coisas. Ele conhece os caminhos vulneráveis do nosso próprio coração, sabe verdadeiramente pelo que a nossa carne passa hoje, porque Ele foi tentado em todas as coisas à nossa semelhança. E graças a Deus porque nEle não havia pecado! As tentações não puderam vencê-lo, Ele sempre viveu uma vida íntegra diante do Pai. Por isso, o versículo 16 de Hebreus 4 diz:
“16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”
Essa frase, “acheguemo-nos, portanto”, é a garantia, a certeza, de que temos Jesus, o Filho de Deus, como nosso Sumo Sacerdote. Ele está diante do Pai por nós. É isso o que representa o sacrifício dessa “novilha ruiva” (Nm 19:1-6). E nós podemos chegar confiadamente. Que ousadia nós temos. Quanta confiança! Quantas vezes temos falhado, errado... satanás tem usado tudo isso para impor sobre nós culpa, condenação... Quantas vezes satanás tem se colocado através de acusações perversas, por causa da nossa ignorância, por não sabermos da nossa condição em Cristo hoje. Quantos de nós não estamos assim? Quantos de nós temos sido escravos das acusações de satanás?
Amado irmão e irmã, olhem para esse versículo de Hebreus 4:16. Vejam o que ele diz... Diz que você tem esta ousadia, esta confiança de estar junto, de aproximar-se junto ao trono da graça, a fim de receber misericórdia e achar graça para socorro em ocasião oportuna. É Deus que lhe socorre com a graça e a misericórdia, através de tudo aquilo que Cristo está fazendo agora. Como nosso Sumo Sacerdote, Ele está diante do Pai, ministrando, não aO Pai, mas O Pai a nós. Porque Ele é Sacerdote para sempre. Ele sempre esteve diante do Pai ministrando a glória do Pai, ministrando aO próprio Pai. Mas hoje, Ele está ministrando O Pai para nós. E Ele só pôde cumprir esta função sacerdotal após a Sua ressurreição. Somente após ter consumado a obra da cruz é que Ele está agora diante do Pai por nós. Isso é impressionante... Temos que olhar para isso!
Hebreus 7:24-25 diz assim:
“24 este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável (...)”.
O escritor aqui está falando do Senhor Jesus; o Seu sacerdócio é imutável, é para sempre. E sabem por que é para sempre? Sabem por que o Espírito Santo colocou essas palavras aqui? Para que você e eu tenhamos segurança quanto a nossa salvação. A Bíblia diz que devemos desenvolver a nossa salvação (Fp 2:12-13). O apostolo Paulo diz que devemos desenvolver a nossa salvação porque é de Deus tanto o querer como o realizar. Em Filipenses 1:6 diz:
“(...) aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus”.
Sabem por que Deus irá fazer isso? Porque o nosso Sumo Sacerdote tem um ministério imutável. Ele não cessa de interceder por nós. Hebreus 7:25-26 diz:
“25 Por isso, também pode salvar totalmente (...)”.
Isto é, “pode salvar completamente”; pode nos salvar corpo, alma e espírito; pode nos salvar de todas as coisas. Essa palavra significa tudo isso.
“(...) completamente (“absolutamente”) os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.
Jesus está intercedendo sempre por nós. Sua intercessão é a nossa vida hoje. Porque Ele intercede ao Pai por nós, temos vida. A Sua intercessão ministra vida a nós. Irmãos, isso é impressionante! Temos que olhar para isso! Por não conhecerem essas verdades, muitos têm vivido uma vida cristã medíocre. Muitos têm vivido uma vida cristã que não corresponde a essa promessa e a essa graça.
Hebreus 7:26 ainda nos diz:
“26 Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus,”.
Vejam essa frase, “nos convinha”. Era conveniente para nós termos um Sumo Sacerdote como Esse, porque nós, pelas nossas obras, por nossa própria justiça, jamais poderíamos estar diante de Deus. Jamais poderíamos estar diante de Deus se não fosse por Cristo. A base pela qual Deus nos aceita é Cristo – tanto aquilo que Ele cumpriu eternamente, como aquilo que Ele está fazendo para sempre. Essa é a base. Deus não se apoia em outra base que não seja o fundamento do Seu próprio Filho – Sua Pessoa e obra. Por isso é conveniente para nós. Necessitávamos de tal Sumo Sacerdote – Cristo Jesus. Santo, inculpável, sem mácula, feito mais alto do que os céus. Como isso tem que nos impressionar.
Hebreus 9:24 diz:
“24 Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;”.
Era conveniente para nós. Ele entrou por nós diante de Deus. Por isso que, agora, você e eu, quando abrimos nossas Bíblias em I João 2:1-2, podemos ler aquelas solenes palavras do apóstolo João:
“1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.”
Isso tem que nos tocar profundamente. Quando olhamos para tudo isso, para essas verdades fundamentais relacionadas à obra de Cristo por nós – Sua obra no passado, Sua obra no presente, Sua expiação, Sua intercessão... –, devemos atentar para esta graça, a qual o Espírito Santo de Deus nos ensina através das Escrituras, sobre aquilo que Cristo é para nosso coração, para nossa vida.
Nós temos aprendido aqui essas verdades impressionantes acerca da novilha ruiva. Sabemos que essa novilha aponta para a experiência subjetiva da nossa salvação. Temos que compreender que, por um lado, a questão dos nossos pecados já está resolvida eternamente. Cristo cumpriu isso uma vez por todas. Por Sua preciosa morte expiatória Ele cumpriu plenamente tudo o que tinha a ver com nossa condição de pecadores. Ele levou nossos pecados para sempre, levou a culpa por todos eles. E, agora, somos aceitos diante de Deus como filhos. Essa é uma bênção eterna. Em I Pedro 3:18, Pedro diz:
“18 Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”.
Amados irmãos, temos que compreender que o nosso Pai celeste é eternamente inesgotável em toda a Sua plenitude de bênção. Portanto, aqui nessa Epístola aos Hebreus vemos a questão eterna do perdão dos nossos pecados. Em Hebreus 9:28 vemos que Cristo ofereceu-se “uma única vez”, para sempre, para tirar os pecados de todos nós. Em Hebreus 10:12 diz:
“12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus,”.
Hebreus 10:14 diz:
“14 Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou (“completou”) para sempre quantos estão sendo santificados.”
Voltando a Hebreus 7:27 vemos que Ele fez isso de uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu por nós. Em Hebreus 9:12 diz que não é por meio de sangue de bodes ou de bezerros que somos salvos, mas pelo próprio sangue, o sangue que o Senhor Jesus derramou quando Ele entrou no Santo dos Santos uma vez por todas. E, assim, Ele obteve para nós uma eterna redenção. Como disse o escritor de Hebreus: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”. Então, amados irmãos, isso Ele realizou. Está no passado.
O Senhor Jesus, em Sua humanidade perfeita, incorruptível, viveu entre nós. Ele sofreu, padeceu por causa dos nossos pecados. É isso que temos que ver. Quando estudamos essa Epístola aos Hebreus, vemos que ela foca isso de forma brilhante, tremenda. O que Ele realizou é hoje o fundamento no qual você e eu temos que nos firmar. Hebreus 2:9 diz que o Senhor Jesus, por causa do sofrimento da Sua morte foi corodado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, Ele provasse a morte por todos nós. Ele penetrou os céus (Hb 10:14). O Senhor Jesus passou por tudo isso, entrou por nós. Hebreus 6:20 diz que Ele, como precursor, entrou por nós, tendo se tornado Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 7:22 diz que o Senhor Jesus é fiador da superior aliança. Hebreus 8:6 diz:
“6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas.”
Todas essas coisas são tão tremendas! Por isso Ele é o Autor e consumador da nossa fé. Em todos esses textos, você e eu precisamos ver que o escritor dessa extraordinária epístola nos revela a humanidade de Jesus. Essa humanidade é o fundamento no qual estamos sendo edificados como Igreja hoje. Aqui encontramos aquilo que aprendemos sobre o fundamento dos apóstolos e profetas (Ef 2:20). Irmãos, se atentarmos, veremos que de modo glorioso esses textos estão colocados em uma sequência surpreendente. Isso nos ajuda a entender as propriedades que compõem esse grande fundamento. Vejam que o Senhor Jesus, em Sua humanidade, por causa do sofrimento da morte, provou a morte por todos nós. E, assim, penetrou os céus. Por causa da Sua piedade, Ele penetrou por nós, tendo se tornado Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Por isso mesmo, Jesus tem se tornado fiador da superior aliança. Agora, com efeito, o Senhor Jesus obteve um ministério muito mais excelente, por isso Ele é Mediador de superior aliança constituída com base em superiores promessas. E nessa vontade temos sido santificados, mediante a oferta do corpo do Senhor Jesus uma vez por todas. Então, diz que podemos olhar firmemente para o Autor e consumador da nossa fé, o Senhor Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia. Agora Ele está assentado à destra do trono de Deus.
Amados irmãos, nos textos de Hebreus, em todos esses que temos visto até aqui, vemos nitidamente as propriedades desse fundamento. Que coisa maravilhosa! Tudo isso o Senhor quer nos mostrar, porque é aqui que estamos sendo edificados. Os elementos que nos conduzem à verdade daquilo que foi a mensagem apostólica no passado devem consistir hoje na nossa experiência cristã prática. Tudo o que os apóstolos e profetas pregaram no passado estava baseado nesse fundamento. Todas as verdades de cada texto que temos considerado até aqui mostram isso para nós. Vejam que Hebreus 2:14 diz que Ele suportou a morte por todo homem, por todos nós. Hebreus 4:14 diz que Ele penetrou os céus. Hebreus 5:7 diz que por causa da Sua piedade. Hebreus 6:20 diz que Ele entrou por nós, tendo se tornado nosso Sumo Sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Ainda em Hebreus 7:22 diz: “Por isso mesmo, Ele se tornou fiador da superior aliança”.
Sei que tudo isso pode parecer repetitivo, mas é um fundamento que você e eu não podemos abandonar, não podemos deixar, pois essa verdade é vital para nós hoje. Quando lemos os Evangelhos, percebemos que quando Senhor Jesus afirmava algo com o propósito de gerar vida, ou mesmo levar as pessoas a serem libertas, Ele dizia: “Em verdade te digo...”. Ele usou essa expressão setenta e sete vezes. No Evangelho de João, por vinte vezes Ele diz: “Em verdade, em verdade...”. Meus irmãos, por que estou insistindo nisto? Vejam que aqui está o fundamento, a verdade sólida que legitima todo o Evangelho, o qual nós temos recebido. Em João 14:6 o Senhor Jesus diz:
“(...) Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Aquilo que os profetas pregaram era uma verdade, e essa verdade é uma Pessoa. Nele está escondido todo o tesouro da divindade de Deus, do caráter de Deus, do propósito eterno de Deus. E tudo isso está sendo derramado para dentro de nós, hoje, como vida, para que sejamos edificados como o povo adequado de Deus, como a Sua Igreja. Precisamos compreender de uma vez por todas que Cristo realizou lá na cruz do Calvário uma obra suficiente para nós, diante dos olhos de Deus. E Deu só pode nos receber na base de Cristo. Nunca poderemos ser aceitos por Deus se não for mediante o Senhor Jesus. Não há nada que possamos fazer para nos justificar diante de Deus, somente aquilo que Cristo realizou e está realizando agora, é que pode nos justificar diante de Deus.
Por isso, amados irmãos, peço ao Senhor que ajude você a entender esse capítulo 19 de Números, ajude a ver essa verdade, a entender que você está num fundamento sólido, firme. Há uma autoridade no sangue de Cristo Jesus onde você foi colocado, e onde Deus, agora, está lhe sustentando, provendo para você, mediante o sangue de Cristo Jesus, aquilo que você precisa para purificação dos seus pecados. Que Deus lhe abençoe rica e poderosamente. Que Ele fale de uma forma poderosa ao Seu coração, concedendo a você a paz que você precisa para viver a vida cristã nesse mundo, para não estar debaixo do julgo do pecado, do diabo e da carne, como escravo, mas que você possa viver uma vida livre, uma vida em paz.
É isso que aprendemos aqui em Mítica. Essa é a verdade de Mítica para nós. Que Deus possa enriquecer o seu coração com a verdade de Cristo.
“Pai, em nome de Jesus, Te adoramos por esta palavra tão maravilhosa. Te agradecemos, Senhor, porque, de uma forma tão maravilhosa e solene, o Senhor está revelando este glorioso fundamento acerca daquilo que Cristo está fazendo agora, exatamente nesse tempo, para nós que somos os Teus filhos, que fomos comprados pelo sangue, o sangue de Cristo. Mesmo sabendo que um dia os nossos pecados foram perdoados para sempre, sabemos, Senhor, que muitas vezes nós temos falhado, que muitas vezes, Senhor, nós temos errado. Mas, graças a Ti, Senhor! Toda a glória a Ti, Senhor! Porque o Senhor proveu, através da obra de Cristo Jesus, aquilo que é suficiente para nós hoje, aquilo que nos garante essa salvação em Cristo Jesus – que é o próprio sangue dEle. Não agora perdoando, mas nos purificando de todos os pecados, de todos os erros, de todas as iniquidades. No grande e poderoso nome de Jesus, o Teu Filho, é que faço esta oração. Em nome de Jesus.”
A IRA
Você assiste novela? (realmente, não desejo que você assista novela, pois acho que tem poucas coisas que danificam o casamento mais do que as novelas)... mas, para esta ilustração, será que existe alguma novela que não esteja cheio de IRA? A gente pensa que faz parte da nossa cultura. Note as guerras no mundo inteiro... a IRA. Quando aconselho casais tenho visto pessoas que declararam com muito romance seu amor eterno para o cônjuge, mas a gritaria faz parte do dia cotidiano, a violência física e emocional, o abuso físico contra crianças no nome de disciplina. Penso no marido que não apenas empurrou a esposa jogando-a no chão mas também deu chutes na cabeça... a IRA. Infelizmente podemos ver na igreja professa amizades que por motivos fúteis acabam se tornando em amargura e separação, evitando um ao outro. A ira é tão comum quanto feijão e arroz, mais não deveria ser assim...
Há poucas coisas que enfraquecem o vigor da igreja mais do que a condição de falta de perdão e conciliação dos crentes. Provérbios 19:19 diz: “Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque se tu o livrares, virás ainda a fazê-lo de novo”.
A ira despedaça a comunicação e relação entre marido e esposa “Não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico...” A ira afeta o gozo e a saúde das pessoas. Provavelmente a ira descontrolada é a mais perigosa porque é muito justificada (desculpada) com desculpas anti-biblicas; “afinal, (a gente ouvi), eu sou colérico... meu marido me faz assim... as crianças me deixam doida”, etc. etc.
Mas vamos olhar este assunto de IRA, pois tem muita coisa errada ensinada para com esta emoção.
1- Nem toda ira é pecaminosa! Afinal, Deus também tem ira. Salmo 7:11 diz “Deus é justo juiz; Deus que sente indignação todos os dias”. (Leia também, Marcos, 3:5). Veja o mandamento em Efésios 4:26. “Irai-vos mais não pequeis”.
A ira como toda emoção, foi nos dado por Deus, então, em si, toda emoção é boa. O que faz ela mal (pecaminosa), é a nossa reação para com este sentimento. Mas antes de explicar tudo isso, vamos procurar uma definição Bíblica da palavra “emoção”.
A palavra no grego (a língua original do Novo Testamento) tem duas possibilidades- ORGE- uma paixão, uma energia grande...
e THUMOS: fervendo por dentro, agitado...
Uma possível definição então, é: Uma emoção ou paixão excessiva provocada por um senso de dano ou ofensa.
Aqui está outra definição que encaixa bem com o que a Bíblia diz: É uma emoção dada por Deus que produz a energia intencionada para resolver problemas Biblicamente.
Por favor, leia essa definição de novo e bem devagar, tentando entender bem e lembrar dela, ok? Veja só um exemplo: Tem um pai que trabalha muito durante o dia, todo dia. Ele chega em casa literalmente exausto. Depois de tomar banho, senta-se na sua cadeira favorita, pega o jornal ou uma revista e tenta relaxar lendo.
De-repente, no outro quarto, duas crianças começam a brigar... Se não tivesse esta emoção, quem sabe, ele diria (em tom baixo e sem emoção) oi crianças, para, ok?
Mais não, ele, escutando a briga, começa a ficar irado, a pressão, o calor começa a subir pela coluna dele, e se sente como um vulcão pronto para explodir... Sem ira, ele nem teria energia para sair da cadeira (“oba, crianças, cuidado, viu?”), mas com a ira ele está não somente pronto para sair, mais pronto para “dar neles”... (lembre – “irai-vos mais não pequeis”). Deus lhe deu a ira que cria a energia para sair, e (com calma, sem pecar) resolver o problema dos filhos.
Sou piloto, gosto de olhar para o painel do avião e ver tudo aceso, e funcionando, menos a luzinha vermelhinha. Quando ela acende, sei que tem um problema para resolver... é assim a ira, como se fosse uma luz vermelha que acende quando tem problemas e chama você para resolver o problema antes do dano ocorrer.
Então, vemos que nem toda ira é pecaminosa, pois Deus também tem ira... Ele está irado agora mesmo (Salmo 7:11) e compare Marcos 3:5.
Paulo, em Galatas 2:11, tinha ira não pecaminosa quando confrontou Pedro face a face por ser hipócrita; Natanael tinha ira não pecaminosa quando ele confrontou o Rei Davi em II Samuel 12 sobre seu pecado feio e famoso...
Porem, a maior parte da ira que se vê em casa, na rua quando dirigindo, na cidade, em toda novela, é, sem duvida, pecaminosa... como podemos diferenciar para não pecar?
1- A ira se torna pecaminosa quando o foco é interesseiro ou egoísta. (quando eu estou me defendendo, me protegendo, me vingando). Eu nunca deveria me defender, a vingança é do Senhor... Se alguém me bater na bochecha, deveria oferecer a outra, se alguém me roubar à camisa, deveria oferecer o casaco... eu deveria sempre devolver o mal com o bem!! (tão difícil)... Um ilustração contrária, tenho um colega, aqui no Amazonas, ele é muito pobre. Quando ele veio reunir conosco aqui na igreja há um tempo atrás, ele estava triste. Quando perguntei o por quê, ele respondeu que alguém roubou todas as galinhas dele... Senti ira (não pecaminosa) por ele, por causa do dano que ele teve...
2- A ira se torna pecaminosa também quando o alvo de Deus no assunto é torcido.
Deixe me explicar. Romanos 8:28-29 diz que tudo que acontece é para nosso bom... Qual é aquele bem? É definido no próximo versículo, tudo acontece para que Deus possa nos ajudar a ser mais parecido com Cristo. Temos que encarar tudo (que nos deixa com ira) como permitido por Deus para que cresçamos e para que sejamos mais parecidos como Cristo, Deus que nos dar mais frutos do Espirito.
3- A ira se torna pecaminosa quando permanece. Efésios 4:26-27 nos manda não deixar o sol se por sobre nossa ira, ou seja, resolve os problemas de hoje, hoje! Não deixe pra amanhã.
4- A ira se torna pecaminosa quando a gente ataca pessoas, e não problemas (Efésios 4:15-16)
Leia e medite nos versículos acima e como se aplicam na sua vida...
Ira então torna pecaminosa
- quando agente EXPLODE
- quando agente INTERNALIZA (ou seja, fica sorrindo por fora, mas por dentro está fervendo, não é?)
- quando agente ataca um substituto (estou muito irado com meu empregado, porém quando chego em casa, fico gritando com minha esposa que não tem nada haver com meu problema)
- Quando nego (“não, está tudo bem comigo”... )
Poderíamos falar muito mais sobre este assunto, mas vou parar aqui por enquanto. Sabemos que a maior parte da ira é pecaminosa.
Talvez você esteja mostrando ou tendo ira pecaminosa na sua vida
Primeiro, arrependa-se diante de Deus. Segundo, vai confesse e peça perdão a quem você machucou ou tem machucado. Terceiro decida controlar sua ira para a honra e gloria de Deus, aprenda a devolver o mal com o bem, e agrade a Deus com sua palavras, fale sempre de foram a edificar e não desteruir.
Que Deus te abençoe ricamente e que a cada dia possamos er mais parecidos como o nosso Senhor Jesus Cristo.
Por: Allen Yoder
Missionário americano que serve ao Senhor Jesus Cristo na Amazônia
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
ESCLARECIMENTO
Irmãos em Cristo
Estive viajando e por isso deixei de postar a sequência do estudo da epístola aos hebreus e o estudo das jornadas no deserto. Hoje atualizei todos os estudos, por isso, encorajo aos irmãos a buscarem no Blog a sequência dos estudos e assim ganhar a porção que o Senhor preparou para nós.
Na verdade o estudo da epístola aos hebreus foi um parênteses para estudarmos a Vocação Celestial, uma vez que terminamos de estudar esse assunto, voltamos ao estudo normal da epístola aos efésios e já postei a próxima mensagem desse assunto.
Que o Senhor continue abençoando a todos e que Ele possa usar esse Blog para a divulgação do seu Reino e da sua Palavra eterna.
Que o SENHOR abençoe a todos.
José Antonio
Estive viajando e por isso deixei de postar a sequência do estudo da epístola aos hebreus e o estudo das jornadas no deserto. Hoje atualizei todos os estudos, por isso, encorajo aos irmãos a buscarem no Blog a sequência dos estudos e assim ganhar a porção que o Senhor preparou para nós.
Na verdade o estudo da epístola aos hebreus foi um parênteses para estudarmos a Vocação Celestial, uma vez que terminamos de estudar esse assunto, voltamos ao estudo normal da epístola aos efésios e já postei a próxima mensagem desse assunto.
Que o Senhor continue abençoando a todos e que Ele possa usar esse Blog para a divulgação do seu Reino e da sua Palavra eterna.
Que o SENHOR abençoe a todos.
José Antonio
AS 42 JORNADAS NO DESERTO – CAPÍTULO 133
Por: Luiz Fontes
25ª Estação – Mítica (parte 7)
TEXTOS: Nm 19:1-6; Hb 4:14-16; Hb 7:15; Ex 28:9-12; 15-30; Hb 6:17-20; Ex 25:17-21; Dn 7:9; Ap 4:2; 5:1; 22:1-2; Lc 15:20-24
Vamos avançar dando mais um passo no estudo desse assunto maravilhoso que encontramos aqui em Números 19. Vamos estudar agora sobre o que Cristo está fazendo por nós.
Considerando que nossa condição era uma condição imperfeita, que nosso andar é imperfeito, considerando também que nossa comunhão é suscetível a ser interrompida, necessitamos de Cristo Jesus em Seu atual ofício como o nosso Sumo Sacerdote diante do Pai, nos céus. Nos céus, hoje, Ele exerce Seu ministério por nós. Nosso Senhor vive à destra do Pai por nós. Em Seu ministério incessante diante de Deus por nós Ele não para um só momento. Por causa da morte expiatória consumada na cruz Ele penetrou os céus e, ali, exerce continuadamente Sua perfeita obra de interceder pela Sua Igreja, pelo Seu povo. Ele está nesse exato momento como a nossa justiça, permanente diante do Pai, a fim de manter-nos sempre numa posição espiritual íntegra, na qual podemos estar em perfeita harmonia, em perfeita relação, perfeita comunhão com Deus.
Hebreus 7:15 diz assim:
“15 E isto é ainda muito mais evidente, quando, à semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote”.
A frase “muito mais”, no grego, é perissoteron e significa “o que excede em número, medida, posição, abundantemente, supremamente; preeminência, superioridade, mais extraordinário, mais excelente”. É tudo isso o que essa palavra significa. Então, como foi que Cristo foi constituído a fim de ser nosso Sumo Sacerdote? Pela infinita graça de Deus nós temos a oportunidade de continuar avançando nesse estudo de Mítica. Somente pelo Senhor. E hoje quero falar sobre a imutabilidade do propósito de Deus. Estamos estudando os textos relativos a esta estação, em Números 19, mas agora com luz em Hebreus. Considerando a Epístola aos Hebreus, nós vamos ter uma visão clara. Primeiro vimos o que Cristo fez por nós. E agora, estudaremos sobre a imutabilidade do propósito de Deus, Isso está dentro do assunto que vínhamos estudando, sobre o que Cristo está fazendo hoje por nós. Sabemos que Ele foi à cruz e realizou uma obra que é para sempre. Ali Ele perdoou nossos pecados para sempre. Diante do Pai Ele exerceu Sua justiça. Ali, diante do Pai, Ele realizou uma obra perfeita, gloriosa, incontestável – a questão do perdão dos nossos pecados, da nossa justificação, uma obra eterna. Foi o que Ele fez por nós, livrando-nos eternamente da condenação do inferno. Mas o que é que Cristo está fazendo por nós? É isso que Números 19 nos mostra. É isso o que temos que entender sobre a “novilha ruiva”. Ao estudar esse assunto, temos uma visão clara. E tendo já estudado uma parte desse assunto, sobre o que Cristo está fazendo hoje por nós, diante do Pai, como nosso Sumo Sacerdote, vamos dar continuidade a partir aqui de Hebreus, sobre a imutabilidade do propósito de Deus.
Hebreus 4:14-16:
“14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. 15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”
Aqui nós estamos vendo Cristo como nosso Sumo Sacerdote. A principal função do nosso Sumo Sacerdote hoje não é nem no “Altar”, nem no “Lugar Santo”, mas no “Lugar Santíssimo”, onde está a presença e a glória de Deus, onde está o trono de Deus. O que Cristo está fazendo no lugar santíssimo da presença do Pai? Ele está ministrando o Pai para dentro de nós. Isso tem que nos impressionar, causar espanto no nosso coração, ao vermos essa profunda verdade sendo revelada para nós.
A principal função do Sumo Sacerdote era ministrar Deus ao povo. Agora, Cristo está ministrando Deus a nós. No Antigo Testamento, quando o Sumo Sacerdote ia até o Lugar Santíssimo, ele levava em seus ombros duas pedras de ônix, nas quais estavam gravados os nomes dos filhos de Israel. Em Êxodo 28:9-12, é justamente isso que vemos. Ele também usava um peitoral no qual estavam doze pedras preciosas com os nomes dos filhos de Israel. Todas elas gravadas naquele peitoral que ele levava. Em Êxodo 28:15-30 podemos ver isso. Meus irmãos, há algo muito significativo em tudo isso. Significa que o povo de Deus estava sobre os ombros e no peito do sumo sacerdote. Ombro significa força e peito significa amor. Aos olhos de Deus, quando o sumo sacerdote estava no Santíssimo Lugar todo o povo de Israel estava lá com ele. Quando Deus olha para Cristo, nosso Sumo Sacerdote, junto do Seu trono, Ele nos vê em Seus ombros e no Seu peito. Sua força e Seu amor nos sustentam diante do Pai. Quando Deus olha para Cristo, é isso que Ele vê. Quando Cristo, nosso Sumo Sacerdote, nos leva diante do Pai, no Lugar Santíssimo, Ele ministra o Pai para dentro de nós. Algo extraordinário está acontecendo em sua vida. Se você não percebe, não sente, é porque você tem vivido uma vida cristã muito distante da realidade daquilo que a Palavra de Deus diz. Você precisa conhecer a Palavra, para poder conhecer o verdadeiro sentido da vida cristã.
Amados irmãos, ouçam o que quero lhes dizer. Nós precisamos viver a vida cristã em um plano mais alto. Se nós escolhemos viver a vida cristã superficialmente, cheia de quinquilharias, de ensinos que nada produzem em nosso coração, a não ser emocionalismo, sensacionalismo, precisamos permitir que a realidade viva da Palavra de Deus toque o nosso coração, para que contemplemos e vivamos de acordo com esta Palavra – nesse plano mais alto, nessa esfera mais elevada, “nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Ef 2:6).
Hebreus 6:17, continuando, diz:
“17 Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento”.
Observe aqui a palavra “imutabilidade”. No grego, essa palavra é “ametathetos”, significa “algo que não pode ser transferido, algo inalterável”. Ela ocorre apenas duas vezes em todo o Novo Testamento, nos versículos 17 e 18 desse mesmo capítulo, indicando a irrevogabilidade do propósito de Deus expresso na promessa confirmada pelo juramento. Duas coisas aqui são imutáveis. Primeiro, as promessas de Deus. As promessas de Deus são imutáveis. É impossível que Deus não cumpra aquilo que Ele prometeu. Segundo, o juramento de Deus. É impossível Deus jurar falsamente. Meus irmãos, percebam a riqueza, a grandeza dessas verdades. Imaginem como tudo isso é rico, porque a nossa esperança é uma “âncora”. O termo âncora usado no grego para retratar a “esperança” fala de “algo firme, estabelecido”. A nossa esperança é uma âncora que penetra no reino invisível de Deus. Ela vai “além do véu”. A âncora da nossa salvação é “segura e firme”, porque está apoiada na imutabilidade do caráter de Deus, em um Deus que não pode jurar falsamente (Hb 6:18-20). E Ele se interpôs sobre juramente. Então, são aspectos importantes para nós acerca da nossa salvação: as promessas de Deus e o firme juramento de Deus. Esses aspectos nos trazem gozo, saber que a nossa salvação é uma âncora, segura.
Quando retornamos a Hebreus 4:14, onde o escritor dessa Epístola diz: “Tendo, pois, a Jesus (...)”, gostaria que observássemos a expressão “tendo”. No grego ela é “echo”, significa “ser unido, agarrar, segurar”. Isso é muito significativo, pois mostra que estamos unidos, agarrados em Cristo, inseridos em Cristo. Nesse versículo 14 vemos ainda três declarações acerca do Senhor Jesus como nosso Sumo Sacerdote:
1) “Jesus, o Filho de Deus”. Ele é o Filho de Deus. Nesse texto, o nome “Jesus” refere-se a “Sua humanidade, sugere proximidade, unidade e afinidade com o Pai”. “Filho de Deus”, refere-se à “deidade, autoridade e poder”. Nesse termo, o divino e o humano são postos juntos, depois de terem sido separados, quando estudamos os capítulos 1 e 2 aqui de Hebreus. Ali vemos a humanidade do Filho de Deus, e depois a Sua divindade. E, agora, o escritor traz esses dois aspectos juntos. Isso é muito especial, pois esse é o mistério da piedade de que Paulo falara. Esse mistério da encarnação é algo que nós precisamos compreender claramente na Palavra de Deus.
2) “Grande”. Essa palavra significa “excelente, maravilhoso, glorioso, honrabilíssimo; aquele que é digno da mais excelente honra”. No original, ela nos diz que Cristo é tão glorioso que ninguém pode descrevê-lo. Ele é glorioso no que diz respeito a Sua Pessoa e a Sua obra. Essa grandeza se estende não somente ao Seu caráter, mas também a Sua obra.
3) “Penetrou”. Uma palavra que O descreve para nós como nosso “Sumo Sacerdote”. Essa expressão ocorre aqui no versículo 14 de uma forma muito clara, porque significa “ultrapassou”; significa que nada pôde detê-lo. Isso é um ponto importante, pois mostra que Cristo, nosso Sumo Sacerdote, completou toda a Sua obra perfeita. Essa palavra sugere que nenhum impedimento atrapalhou Sua passagem até o Pai.
Então, consideremos: “Jesus, o Filho de Deus” – humanidade e divindade. Esse é o nosso Sumo Sacerdote, qualificado, pois somente Ele era Homem e Deus ao mesmo tempo. Cem por cento Homem e cem por cento Deus. Como homem Ele pode se assemelhar a nós, pode compadecer-se das nossas fraquezas, porque as conhece, embora nunca tenha pecado, nunca tenha havido qualquer mácula do pecado na Sua vida. Ele foi Homem perfeito, qualificou-se diante do Pai. Mas, também, Ele era divino, Ele é divino – Deus com Deus. “Grande” – maravilhoso, glorioso, cheio de honra, majestade. Aquele que “penetrou” até os céus. Ninguém pôde detê-lo. Ele foi diante do Pai por nós.
Ainda em Hebreus 4:14, o texto diz: “conservemos”. Em Apocalipse 2:14 temos o verbo “sustentam”. E ainda em Apocalipse 20:2 temos outro verbo: “prender”. Esses dois verbos ilustram o peso dessa palavra “conservemos”. Ela exige de nós uma atitude em relação à grandeza da obra de Cristo como nosso Sumo Sacerdote. O sentido claro desses verbos no grego, tanto em Hebreus, quanto em Apocalipse, é que nós devemos agarrar, manter com todas as nossas forças e diligência, esse testemunho de que Cristo está ministrando Deus para nós. No original grego este verbo é “krateo”, que significa “apegar-se”, como que exigindo uma resolução da nossa parte, uma resposta da nossa vida, porque, agora, Cristo Jesus está diante do Pai, como nosso Sumo Sacerdote.
Depois o escritor aos hebreus fala da “nossa confissão”. Ele diz: “(...) conservemos firme a nossa confissão”. No original grego, essa palavra é “homologia”, e tem o sentido subjetivo e o objetivo. O sentido objetivo “é confessar, declarar, revelar”; mas o sentido subjetivo “é ter convicção, por em prática, andar, viver de acordo com essa verdade, com essa revelação, com aquilo que Cristo hoje está fazendo diante do Pai”.
Precisamos conhecer a suficiência da Pessoa e da obra de Cristo Jesus ao nosso favor, como nosso Sumo Sacerdote. Essa talvez seja a mais elevada experiência da vida de um cristão. Essa experiência de Cristo como nosso Sumo Sacerdote é a mais elevada que um cristão pode desfrutar hoje. Quando Paulo orou pedindo a Deus que removesse o espinho na sua carne (II Co 12:7-9), o Senhor disse: “A minha graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.” (II Co 12:9). O Senhor aqui está dizendo a Paulo que não iria remover o espinho em sua carne, mas que Ele, o Senhor Jesus, como graça, viria para dentro dele e seria a graça mais do que suficiente, mais do que ele precisava. A graça toda inclusiva, a graça toda suficiente para ele. Paulo pode conhecer o quanto Cristo era suficiente, o quanto foi acrescentado de Cristo em sua vida, em meio àquela experiência dolorosa. Isso tem que tocar o nosso coração, porque essa é a realidade da nossa vida. Quando consideramos esses textos de Hebreus que focam o nosso Senhor como nosso Sumo Sacerdote, o Seu caráter vai sendo revelado para nós. Isso é tão importante! Quando olhamos para Ele na Sua humanidade, vemos como o Pai O conduziu na Sua trajetória humana, pelo Espírito, para que Ele se qualificasse perfeitamente como nosso Sumo Sacerdote. Ele sentiu toda a força da tentação que os homens também experimentaram, e algumas que os homens não puderam experimentar, ou jamais puderam ter tal contato como Ele teve com o próprio satanás lá no deserto. E, jamais tendo cedido ao pecado, Ele conheceu suas intensidades, seu poder. E nós jamais poderemos experimentar de tal forma como Ele experimentou. Desde que Ele conhece o pecado, seu poder e sua intensidade, nós agora podemos olhar para esse texto de Hebreus 4:16 quando diz:
“16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”
Irmãos, nós precisamos ver que Ele, como nosso Sumo Sacerdote, também é nosso Advogado e nosso Mediador. Como Mediador Ele nos reconcilia com Deus; com Advogado Ele restaura o homem a sua posição, em relação ao pecado. Quando o homem peca, sua posição é afetada diante de Deus, mas Ele, como nosso advogado, restaura essa posição. E como nosso Sumo Sacerdote Ele sustenta o homem e lhe proporciona um modo de resistir ao pecado, de vencer o pecado. Ele propicia para o homem a força, o poder, a graça suficiente, a misericórdia necessária, através do Seu sacrifício que ainda hoje fala, que ainda hoje é evidente na nossa vida. Temos um Sumo Sacerdote que se compadece das nossas fraquezas. Esse vocábulo, “compadece”(Hb 4:15; 10:34), no grego é “sumpatheo”: “sofrer juntamente com”. Nós temos um Sumo Sacerdote que sofre juntamente conosco. Uma pessoa não vê o sofrimento da outra pessoa estando do lado de fora. É impossível você sentir a mesma dor de uma pessoa olhando apenas com seus olhos, estando apenas ao lado dela. Esse vocábulo revela o sentimento de alguém que penetra no sofrimento da outra pessoa e torna esse sofrimento o seu sofrimento. “As nossas fraquezas” (Hb 4:15) significam as “nossas limitações tanto físicas, morais, como espirituais”.
E a Bíblia diz que o Senhor Jesus sentiu toda a sorte de tentações experimentadas pelos homens. Embora jamais tenha cedido ao pecado, Ele conhece sua incalculável intensidade e poder. Por isso, Ele agora nos capacita. Somente Ele, como nosso Sumo Sacerdote, Mediador e Advogado, nos capacita a estar no “trono da graça”, a chegar ao “trono da graça”. Esse trono precisa ser visto de uma forma muito clara e experimental na nossa vida cristã hoje. Porque esse é o trono onde Deus está, nos céus. Aquele trono de Apocalipse 4:2, o trono da autoridade, onde Deus exercerá Seu juízo e governo sobre todo o Universo, conforme vemos em Daniel 7:9 e Apocalipse 5:1. É o trono da administração governamental de Deus. Mas, para nós, esse é o torno da graça, o trono representado pelo propiciatório de Êxodo 25:17-21. É aqui que Deus se encontra, e que tem comunhão conosco. É aqui onde nós podemos desfrutá-lo através de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Esse é “o trono da graça” aqui de Hebreus 4. O trono da autoridade, o trono do Cordeiro de Deus. Esse é o trono de onde flui “o rio da água viva e cristalina” de Apocalipse 22:1-2. Devemos entender que todas as vezes que nos aproximamos do trono da graça de Deus sentimos algo de Deus, que Deus está nos regando, nos suprindo.
Ah, irmãos! Reitero mais uma vez: Precisamos viver a vida cristã num plano mais alto. Não se permite viver a vida cristã numa pobreza espiritual, porque aqui vemos a misericórdia e a graça fluindo do trono de Deus. A misericórdia e a graça são expressões do amor de Deus. Quando estamos em uma condição deplorável, Deus ministra Sua misericórdia, nos alcança e nos leva para o estado onde Sua graça é dispensada para nós. Você olha para Lucas 15:20-24, a “História do Filho Pródigo”. Quando o Pai o viu voltando, teve compaixão – isso é misericórdia. Então, o Pai o vestiu com as melhores roupas – isso é graça. A misericórdia de Deus nos alcança, nos qualifica e nos adorna. Segundo esse livro de Hebreus que estamos estudando, a vida cristã é uma vida na qual não se achega somente junto ao trono da graça, mas também ao Lugar Santíssimo. Nós permanecemos continuadamente recebendo essa misericórdia e essa graça, dia após dia. A graça e a misericórdia de Deus são ministradas a nós, dia a dia. A misericórdia de Deus se renova em nossa vida, dia após dia, enquanto a graça é dispensada.
Que todas essas verdades venham revelar mais e mais daquilo que Cristo está fazendo hoje para nós, daquilo que Ele está realizando na nossa vida, daquilo que Ele cumpriu, fez, e está fazendo agora. Abra seus olhos espirituais e permita que a Palavra de Deus, como um colírio, venha tocá-los, para que você tenha uma visão clara, nítida, deste maravilhoso e grande propósito.
Que Deus lhe abençoe em Cristo Jesus.
ESTUDO DA EPÍSTOLA DE PAULO AOS EFÉSIOS
Capítulo 1
“Dignos da nossa Vocação”
Ef 4:1-3
Estas palavras introduzem não somente um novo capítulo, mas também uma nova e importante divisão desta Epístola aos Efésios. Para nossa conveniência, a Epístola foi dividida em seis capítulos, e o seu ensino pode ser dividido em duas partes de três capítulos cada.
A primeira seção, que consiste dos três primeiros capítulos, foi inteiramente doutrinária. O apóstolo esteve demonstrando as grandes doutrinas essenciais da fé cristã, tudo aquilo que é central e vital para a compreensão do meio de salvação. Pois bem, havendo feito isso, o apóstolo agora parte para a aplicação prática da sua doutrina; vai mostrar como a doutrina se relaciona com o modo de viver diário.
Ao empregar a palavra "pois", o apóstolo mostra claramente a conexão entre a fé e a prática. Ele firmara a doutrina; agora é preciso que ela seja aplicada. Então o apóstolo começa a fazer um grande apelo aos crentes efésios para que ponham em ação as coisas que lhes estivera ensinando. O meio de que Paulo se utiliza para fazê-lo é a palavra "pois". Veja Ef 1:1:
“Rogo-vos, pois, eu o preso do Senhor...”
"Pois" é uma palavra que, de maneira muito prática, diz-nos como ler as Escrituras. Devemos ler as Escrituras completas, cada parte das Escrituras. A palavra “pois” insiste em que devo aplicar esse ensino e prosseguir.
Esta palavra, pois é uma conjunção que nos leva adiante, e nos indica a vida que devemos viver a luz das doutrinas que já consideramos. Lembra-nos que a vida que nos compete viver é uma vida que sempre resulta da aplicação da doutrina. “Portanto” não somente me diz que eu tenho que me engajar na vida e no viver prático; diz-me também que o caráter e a natureza da vida que devo viver são determinados pela doutrina, e resultam da aplicação da doutrina. A doutrina sempre deve vir primeiro; e nunca devemos inverter essa ordem. Assim temos o direito de dizer que esta palavra “portanto” ou “pois” prepara-nos para a doutrina da santificação.
Os três primeiros capítulos da nossa Epístola, com todo o seu estupendo ensino, não trataram da “doutrina da santificação” como tal. É o "pois" do capítulo 4, versículo 1 º, que nos introduz na doutrina da santificação.
A doutrina do selo do Espírito, conhecer o amor de Cristo, ser cheio de toda a plenitude de Deus não é santificação. Essas coisas promovem a santificação, encorajam a santificação e nos dão motivos para a santificação; no entanto não “são” a santificação propriamente dita.
À luz desta palavra “portanto”, devemos dizer que a santificação não é um dom a ser recebido; é, antes, algo que tem que ser desenvolvido à luz da doutrina. É um imperativo, uma ordem. Todas as grandes experiências, às quais o apóstolo estivera fazendo referência e acerca das quais nos estivera ensinando, são simplesmente destinadas a incentivar-nos a "desenvolver" a nossa santificação, a nossa salvação. As doutrinas e as experiências dão-nos o motivo para a santificação. Sua intenção e objetivo é criar dentro de nós um desejo de santificação. Destinam-se a mostrar-nos a possibilidade de santificação, lembrando-nos o poder que opera em nós para podermos desenvolvê-la.
O apóstolo nos falara dAquele "que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera". Havendo nos lembrado isso, ele efetivamente diz: "A luz desta verdade, rogo-vos, desenvolvei-o, ponde-o em prática, ponde-o em ação".
Diz o apóstolo que lhes está rogando, está instando com eles, com o fim de estimulá-los. Ele entra em detalhes, ele exorta os efésios, repreende-os, ordena-lhes, apela para eles, argumenta com eles, lança os seus grandes imperativos.
Devemos ver as coisas para as quais fomos chamados, as gloriosas possibilidades que foram abertas para nós; e quanto mais as entendermos e as captarmos, mais prontos e deveras ansiosos estaremos para desenvolvê-las na prática. Queira Deus conceder-nos graça para entendermos o significado dessa poderosa palavra "portanto"! A nossa santificação é o resultado inevitável da doutrina e da experiência, graças à vida de Deus em nossas almas.
A nossa Vocação
Tendo visto como um verdadeiro entendimento da doutrina e da experiência cristãs leva ao desejo de viver uma vida santa, passamos agora a considerar o caráter da vida que devemos viver.
O caráter geral da vida é que ela deve ser "digna da vocação com que fostes chamados". Começamos, pois, com a descrição geral que Paulo faz do caráter da vida cristã: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Se tão-somente soubéssemos o que significam estas palavras, a maioria dos nossos problemas seriam resolvidos imediatamente. Cada palavra aqui é de grande importância e significação, de modo que devemos examiná-las uma a uma.
A primeira palavra é "digno", que significa: dignamente. Contêm duas idéias básicas, ambas importantes: A primeira idéia é a de igual peso, equilíbrio. Essa era a derivação original da palavra aqui traduzida por "como é digno". Paulo está rogando e exortando no sentido de que sempre atribuam suas vidas igual peso à doutrina e a prática. Os efésios deviam fazer tudo para ver que os “pratos da balança” estivesse perfeitamente equilibrados. É preciso haver verdadeiro equilíbrio, devemos ser "dignos da vocação com a qual fomos chamados". Veja o que o escritor aos hebreus diz a esse respeito, Hb 6:9-11:
“Quanto a vós outros, todavia, ó amados, estamos persuadidos das coisas que são melhores e pertencentes à salvação, ainda que falamos desta maneira. Porque Deus não é injusto para ficar esquecido do vosso trabalho e do amor que evidenciastes para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos. Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança”
O autor de hebreus os recomenda por terem sido maravilhosamente diligentes para com o lado prático da suas vidas, porém depois os concita a mostrarem a mesma diligência na questão de captarem as doutrinas da fé. Aqueles cristãos hebreus estavam em dificuldade porque tinham deixado de manter o equilíbrio entre a doutrina e a prática; não estavam sendo "dignos" da vocação.
A segunda idéia contida nessa palavra é de algo que "combina". Algo "condizente" com a vocação. Veja essa idéia em Fp 1:27:
“Vivei, acima de tudo, de modo condizente do evangelho de Cristo...”
É exatamente a mesma idéia. A idéia comunicada é de igualar-se, de vestir uma peça de roupa que combina com outra. Há certas cores que não combinam, que não devem andar juntas. Jamais deverá haver um conflito entre a nossa doutrina e a nossa prática.
Sua exortação é que sempre devemos ser cuidadosos para que as nossas decorações, os nossos ornamentos, sejam sempre apropriados a esta veste básica de que já nos vestimos. A doutrina é o fundamento; a vida é o ornamento. O apelo é sempre em termos da doutrina; a vida deve fluir dela, deve sempre a harmonizar-se com ela. Devemos viver uma espécie de vida que adorne a doutrina.
O apóstolo começa logo a dizer-nos o que a doutrina é. É a “vocação", o “chamamento” com que fostes chamados. Devemos ser dignos da vocação com que fomos chamados. A doutrina que ela comunica é que devemos viver essa espécie de vida pela razão de que somos "os chamados". Os cristãos são "os chamados de Jesus Cristo". A igreja nada é senão a reunião dos "chamados". O propósito do termo grego para a igreja é "ekklesia", que significa "os chamados para fora". Os cristãos são os que foram chamados para fora do mundo. Veja em 1 Pe 2:9:
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”
Nunca se deve pensar no cristão como alguém que resolveu adotar um certo tipo de vida. Nunca se deve pensar na vida cristã em termos de algo que decidimos adotar. É exatamente o oposto, é algo para o que fomos "chamados". Nós até usamos mal a palavra "vocação" e falamos de alguém adotando uma vocação. Mas ninguém adota uma vocação verdadeira; é algo para o que a pessoa é chamada. Assim, o ensino do apóstolo é que o modo pelo qual devemos viver a vida cristã, é, primeiramente, lembrar sempre que fomos chamados para ela, chamados das trevas, chamados para a luz. O apóstolo estivera salientando essa idéia desde o começo da Epístola. Veja isso em Ef 1:4:
“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele”
A principal a razão pela qual devemos viver uma vida de pureza e de santificação é que somos "os chamados". Devemos viver uma vida Santa porque fomos "chamados" para isso. Veja o que o apóstolo diz em Rm 6:4:
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo...”
Nós, os cristãos, somos o "chamados" da morte e do túmulo do pecado. Quando ainda estávamos mortos em ofensas e pecados, veio a Palavra poderosa e nos, "chamou", e nos capacitou a ouvir. A palavra nos vivificou e pôs vida em nós. Vivificar é dar vida. O apóstolo Pedro diz a mesma coisa em 1 Pe 1:23:
“pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente”.
Temos que viver como quem compreende que fomos chamados por Deus para esta vocação celestial. Fomos chamados para esta maravilhosa e elevada vocação, e as nossas vidas devem combinar com a vocação, e está em conformidade com ela. É tudo em Cristo; estamos nEle, e Ele está em nós. E sempre devemos lembrar-nos deste fato, e devemos viver de maneira que o ilustre. Deus nos escolheu não apenas para que não fôssemos para o inferno, e não somente para que soubéssemos que os nossos pecados estão perdoados. Ele nos escolheu "para sermos santos", e para sermos "irrepreensíveis" diante Dele em amor. Essa é a vida para a qual ele nos chamou.
Somos chamados para a família de Deus; somos filhos de Deus. E devemos viver de modo que faça recair honra e glória na família e em nosso Pai. Assim devemos viver, como sempre lembrados de que vem o dia em nossas vidas em que seremos levados a presença de Deus. Devemos viver como apercebidos de que vamos para a glória. Devemos viver como estando cientes de que estamos assentados nos lugares celestiais precisamente neste momento. E então sempre devemos lembrar-nos de que Cristo habita em nossos corações pela fé, e que há algo da plenitude de Deus em nós. Esse é o caminho para a santificação, para a santidade. Esse é o modo de viver - dar-nos conta de que essas coisas são verdadeiras.
Observem, finalmente, que o apóstolo faz este apelo como "o prisioneiro do Senhor". Ele me chamou, e eu sou Seu escravo, Seu servo, Seu prisioneiro, e vocês deve viver como prisioneiros de Jesus Cristo. Veja 1 Co 6:20:
“Porque fostes comprados por preço...”
Não temos direito de viver como queremos e como nos agrada. Éramos prisioneiro de Satanás; e agora somos prisioneiros de Jesus Cristo. Se tão-somente enxergássemos e captássemos o significado do nosso chamamento, em todas as suas partes, não teríamos problema com a vida cristã.
Oremos....
“Senhor, eu quero ter o privilégio, pela graça, de participar de tudo aquilo que o Senhor intentou no Seu coração”
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