quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O sacerdócio de Cristo segundo a ordem de Melquisedeque


Ler: Hb 7

Estamos estudando sobre o sacerdócio de Cristo. E esse ensino é o "Coração" da carta aos Hebreus. O ensino sobre o sacerdócio de Cristo. O que ele fez? O que ele realiza? O que significa para nós? Aqui temos um contraste entre o "Sacerdócio de Cristo" e o "Sacerdócio de Melquisedeque". O grande chamado no livro de hebreus é para que nós "Vivamos" no "Santíssimo", "morar" no santíssimo, "habitar" no santíssimo. 24h por dia. Não apenas quando oramos, quando estamos reunidos, mas habitar no santíssimo.

Vimos um pouco sobre o sacerdócio de Cristo. Ele é o sacerdote que está usando a espada de dois gumes. Ele é o sumo sacerdote que está trabalhando em nós. Ele entrou primeiro. Por nós. Ele fincou uma âncora a segura e firme para nos conduzir a Ele. Face a face com Ele. O Senhor Jesus é a nossa âncora. A âncora está no céu e a Igreja na terra. A Igreja está sendo conduzida ao céu. Ela está segura e firme. Precisamos com certa urgência ver isso. Veja o que diz Hb 4:16:

“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça...”

Então aqui em Hebreus 4:11 até 4:16 é um contexto nos mostrando como entrar no descanso de Deus. Primeiro a palavra e depois quem usa a palavra - o Sumo sacerdote que penetrou os céus. A grande carga de Hebreus é conduzir-nos da "Infância espiritual" para a "Maturidade". Qual esta maturidade? O que significa esta maturidade? Esta maturidade é segundo o livro de Hebreus "habitar no santíssimo".

Agora veja o que diz Hb 5:11:

“A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir”.

O que é que é difícil de explicar? A realidade do sacerdócio de Cristo segundo o a ordem de Melquisedeque. Por quê? Por que os hebreus são crianças, meninos no entendimento. E por isso não se importavam com o sacerdócio de Cristo. Isso não ocupava o entendimento deles. Então quando o sacerdócio de Cristo é apresentado o que o Espírito Santo tem para nos dizer? Em primeiro lugar: Cristo é um Sacerdote que ministra do santuário celestial. Ele ministra realidades eternas. Não é sombra. Não é tipo ou figura. É realidade espiritual. Ele é o ministro do santuário. Em segundo lugar: ele compartilha com os seus que Ele conquistou. O perdão, ele remiu os nossos pecados. Sua vida, poder, natureza e o conhecimento de Deus. Não há nada mais importante que isso. Nós temos um Grande Sumo Sacerdote..

Hoje nós vamos falar um pouco, sobre esta figura enigmática chamada Melquisedeque. Se observarmos no capítulo 5, quando esta idéia é apresentada, de que categoria é o sacerdócio de Cristo? Filho de Arão? Filho de Levi? Não. Porque Jesus nem mesmo era da tribo de Levi. Este argumento está em Hb 7:14, veja:

“pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo à qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes”.

Então este assunto de Melquisedeque é um assunto muito interessante, curioso, e na verdade temos limitações para abordar este assunto. Porque a Palavra não é absolutamente precisa neste assunto. Não queremos aqui “bisbilhotar” nada. Queremos ver a beleza do significado que o autor de Hebreus, pelo Espírito Santo, faz do uso dessa pessoa chamada Melquisedeque. Com que propósito? Nos falar das glórias de Cristo.

Agora veja Hb 5:6:

“... Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.

Esse “para sempre” é muito importante. Esse assunto vai ser desenvolvido no cap. 7. Estamos nos limiares deste assunto. Precisamos entender essa figura enigmática e tão gloriosa e um ensino tão curioso que o próprio autor em Hb 5:11 diz que é difícil de explicar. Por que difícil de explicar? Porque os leitores se havia tornado “tardios” em ouvir. Essa palavra “tardios” é a mesma palavra que está em Hb 6:12, veja:

“... para que não vos torneis indolentes...”

No grego é a mesma palavra. Significa: preguiçoso, descuidado. Então os tardios são estes indolentes. Certamente o autor estava exortando estes irmãos hebreus para serem mais cuidadosos no exame das escrituras. Quando o livro de hebreus foi escrito não havia Novo testamento. Só havia Velho Testamento. É claro. É como se estivesse dizendo a eles: vocês deveriam ter mais entendimento espiritual. Por quê? Por causa do tempo decorrido. Tinha passado já muito tempo. Muitos anos. Em trono de cinco anos. Já conhecendo ao Senhor. Já correndo a carreira. Ouvindo a Palavra. Cinco anos segundo Deus é muito tempo. Eles estavam sendo leitores descuidados do Velho Testamento. Eles não estavam vendo a realidade na “sombra”. Não estavam vendo a “luz” na sombra. A realidade na figura, no tipo. Então o autor diz: temos muitas coisas que explicar, mas difíceis de entender. Como vou explicar se vocês são tão preguiçosos, descuidados? Essa é a exortação.

Então no capítulo 7 vamos entender um pouco sobre a “ordem de Melquisedeque”. Antes, veja o que o autor diz de Cristo Hb 5:10:

“tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque”.

Por que tendo sido nomeado? A resposta está em Hb 5:4:

“Ninguém, pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus...”

Que honra? Ser sacerdote ou Sumo sacerdote. Como aconteceu como Arão. Veja agora Hb 5:5:

Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei;

Ele não é Deus? Ele não é o Filho? Sim. Mas o assunto em questão aqui não é o Filho eterno de Deus. O assunto aqui é o Filho encarnado. Então quando esse eterno Filho de Deus assumiu natureza humana, participou de carne e sangue, então Ele começou a viver uma vida humana. O assunto de Hebreus é o Filho sacerdote. O Filho que se fez carne. Precisamos ver bem o Filho eterno. Precisamos ver bem a encarnação. Veja Lc 9:35:

“Este é o meu Filho, o meu eleito...”

Se compreendermos bem estas coisas compreenderemos o assunto do sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. Foi por isso tudo que Ele foi nomeado por Deus. Ele é “homem” aprovado.

CRISTO nosso Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque

CRISTO é um Sumo Sacerdote não segundo a ordem do velho sistema sacerdotal, a ordem de Arão, mas segundo a ordem de Melquisedeque. O ministério da Igreja nunca seria adequado sob a ordem de Arão; por isso, foi necessária a mudança para uma ordem superior, que é a ordem de Melquisedeque. Nunca devemos esquecer que a ordem de Melquisedeque faz parte do plano original de DEUS, e que a ordem de Arão foi acrescentada por causa da desobediência da nação de Israel, com exceção da tribo de Levi no incidente do bezerro de ouro (Ex 32).

A ordem de Melquisedeque é superior a ordem de Arão. A ordem de Arão era para a humanidade, enquanto a ordem de Melquisedeque é para o sacerdócio tanto na humanidade como na divindade.

Arão foi estabelecido com honra para ser sumo sacerdote não por toda sua vida, pois ele estava impedido pela morte de continuar. Havia alguém, na sua linhagem para substitui-lo. Mas, como Filho de DEUS, CRISTO foi ordenado com glória nosso Sumo sacerdote para sempre. Ninguém poderá substitui-Lo. O seu sacerdócio é infalível.

Há somente na Bíblia dois tipos de sacerdócios - a ordem de Arão e a Ordem de Melquisedeque. A ordem de Melquisedeque surgiu antes da ordem de Arão. O sacerdócio de Melquisedeque está descrito Gênesis 14. Melquisedeque veio ao encontro de Abraão com pão e vinho, e Abraão lhe deu o dízimo (Gn 14.18-20). Pão e vinho - a base para a mesa do SENHOR. Melquisedeque não veio a Abraão para receber o dízimo, mas para ministrar-lhe pão e vinho. Melquisedeque pré-figura CRISTO que não teve pré-existência e fim de dias (Hb 7.3).

Melquisedeque era rei de Salém, que era o antigo local de Jerusalém. Salém significa "paz", e Jeru significa "fundamento". Jerusalém significa: "fundamento de paz". Dois importantes aspectos desse sacerdote: Justiça e paz. Baseado nessa justiça e paz ele ministrou pão e vinho a Abraão. Qual é a base para virmos a mesa do SENHOR? Justiça e paz. Justiça - Romanos 3.9-12,17,18,19-26; 4.1-8. Paz - Romanos 5.1-10.

O que significa o pão e o vinho na mesa do SENHOR? O pão e o vinho sobre a mesa representam DEUS sendo ministrado, retratando O SENHOR JESUS que, como a corporificação de DEUS, foi enviado para que DEUS pudesse ser ministrado a nós. Melquisedeque vindo a Abraão para ministrar-lhe pão e vinho fala-nos de CRISTO vindo ministrar a Si mesmo como DEUS processado para dentro de nós.

O sacerdócio segundo a ordem de Arão ministravam à DEUS sacrifícios pelos pecados; enquanto, que o sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque vinha de DEUS para ministrar o próprio DEUS a nós. No que diz respeito a nossa salvação tudo o que CRISTO fez está terminado; agora, Ele está a destra do Pai ministrando o Pai em nós. Ao vir para o nosso espírito Ele não vem como nosso Redentor, mas como nosso Sumo sacerdote. Ele não vem para oferecer algo por nós, mas para ministrar a Si mesmo a nós na forma de pão e vinho, como suprimento e satisfação.

Porque a mudança de Lei foi necessária? - (7.12)

O a sacerdócio Levítico estava intimamente ligado a Lei Mosaica. Agora, com a nova ordem, é necessário não somente uma mudança de sacerdote como também uma mudança de Lei. Essa mudança de Lei é da Lei de letras para a Lei da Vida, segundo a qual CRISTO foi constituído Sumo Sacerdote vivo e perpétuo (v.16). CRISTO foi constituído Sumo Sacerdote não de acordo com a Lei de letras, mas segundo o poder de uma vida indissolúvel. É nessa vida eterna, indissolúvel, que participamos e desfrutamos, é o Sacerdócio de CRISTO hoje vindo à nós em toda a graça. Isso deve nos impressionar!

A natureza imutável do sacerdócio de CRISTO

Precisamos notar as seguintes declarações:

ü "permanece sacerdote perpetuamente" - (v.3).

ü "Aquele de quem testifica que vive" - (v.8).

ü "segundo o poder de vida indissolúvel" - (v.16).

ü "porque continua para sempre, tem o Seu sacerdócio imutável" - (v.24).

ü "por isso também pode salvar totalmente... vivendo sempre para interceder por eles" - (v.25).

ü "constitui o Filho, perfeito para sempre" - (v.28).

Essas afirmações vitais no capítulo 7, explicam porque CRISTO é sacerdote pra sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

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