terça-feira, 15 de julho de 2014

VIGIAR E ORAR PELA SAÚDE E EDIFICAÇÃO DA IGREJA



Vigiar e Orar

VIGIAR E ORAR PELA SAÚDE E EDIFICAÇÃO DA IGREJA

O Senhor Jesus declarou clara e dogmaticamente: “... sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). E extraordinária a história da Igreja que o Messias esta edi­ficando. Toda vez que as portas do inferno aparentemen­te haviam prevalecido contra a edificação da Sua Igreja, Ele executou uma nova iniciativa por meio do Espírito Santo. Essa é a história da Igreja verdadeira e peregrina. O fato de Ele ter falado das chaves do reino tem gran­de significado. As chaves representam autoridade. Com as chaves você abre e fecha. O Senhor Jesus antecipou essa declaração com as seguintes palavras: “... tu es Pedro [que significa, em grego, Petros, ou seja “uma pedrinha ou um seixo”]. Mas ”... sobre esta pedra (Petra, ou seja, “o maciço rochoso ou o fundamento”) edificarei a minha igreja”. Pedro foi sempre um homem de ação. Ele queria fazer as coisas; infelizmente, era a sua carne que operava tão poderosamente. Ele estava sempre abrindo a boca e metendo os pés pelas mãos! Temos vários exemplos disso nos evangelhos. É impressionante que sobre a Rocha que é o Messias Jesus Ele edifica a Sua Igreja e usa “Pedro” e faz deles pedras vivas na Casa de Deus!
Contudo, a graça de Deus vai muito mais além do que isso. O Senhor Jesus diz: Dar-te-ei as chaves do rei­no dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 16.19). Como o primeiro apóstolo, Pedro re­presenta os membros do corpo de Cristo. Como é ma­ravilhoso que Deus pôde separar um homem, um ho­mem tremendamente ativo, mas carnal, e fazer dele não apenas parte da Sua construção, mas dar-lhe as chaves do reino dos céus. Temos de reparar que não são pessoas que são ligadas (amarradas) ou desligadas (desamarradas). A expressão “o que” (= aquilo que) é neutra, por isso não se refere a pessoas. São as circunstâncias que são ligadas ou desligadas, não as pessoas! Os dois verbos traduzidos como “ligar” e “desligar” estão no futuro do subjuntivo. Ajuda-nos a entender o que o Senhor estava dizendo se traduzirmos a Sua declaração da seguinte forma’: Qual­quer coisa que vocês amarrarem na Terra terá sido amar­rada no céu, e qualquer coisa que vocês desamarrarem na Terra, terá sido desamarrada no céu”. Como crentes nascidos de novo, somos chamados não apenas para orar para que se faça a vontade de Deus, mas também para observar a execução dela.
Em outras palavras, a Igreja não pode amarrar aquilo que o trono de Deus não amarrou nem desamarrar aqui­lo que Ele não desamarrou. No entanto, a Igreja tem uma divina responsabilidade, uma autoridade delegada por Deus, o Pai, para vigiar e orar, e não apenas vigiar, mas de tempos em tempos agir em nome do Senhor. Talvez fosse muito diferente a história da Igreja se nós crentes tivéssemos entendido isso. Quando as coisas começaram a piorar, e a apostasia começou a se manifestar, se ape­nas tivesse havido aqueles que, em oração corporativa, tivessem usado as chaves do reino dos céus para desamar­rar a vida e o poder da ressurreição, e amarrar os poderes das trevas, então a história da Igreja poderia ter sido diferente e com certeza mais gloriosa.
O apóstolo Paulo era uma ilustração viva disso em seu discurso de despedida à Igreja em Éfeso. Ele disse: Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha parada, entre vos penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que por três noite e dia, não cessei de admoestar, com lagrimas, a cada um” (At 20.28-31-ênfase acrescentada).
Por que precisamos vigiar em oração pela edificação, o progresso e a saúde da Igreja? Pela simples razão de que as portas do inferno nunca param de tentar des­truir a obra de edificação do Senhor Jesus. Desde o início, quando o Espírito Santo deu origem à Igreja, Satanás procura destruir toda nova iniciativa do Senhor Jesus, m poucas gerações depois desse mover inicial do Espírito Santo, ela começou a deteriorar, a estagnar, a cristalizar a tornar-se um sistema humano. Aquilo que aconteceu na igreja em Éfeso é um quadro daquilo que sempre acon­teceu na sua história. A comida espiritual boa e saudável que a Igreja recebeu no início de cada grande mover do Espírito de Deus gradualmente se transformou num caldo aguado e turvo, de muito pouco valor real (veja Hb 5:12-14). Dessa forma, a Igreja tornou-se es­piritualmente anêmica e adoentada. Em algumas gera­ções, ela já havia se afastado quase inteiramente do seu fundamento e curso originais. Assim como aconteceu em Éfeso, lobos vorazes de fora se infiltraram e destruíram o avanço e a edificação da Igreja, e homens dentre eles começaram a ensinar coisas deturpadas que produziram confusão, divisão e paralisia.
Tudo isso nos lembra da grande necessidade não apenas de orar, mas também de vigiar. Se esses membros do corpo de Cristo em Éfeso apenas tivessem vigiado, eles teriam descoberto que aquilo que lhes era oferecido na° era mais todo o conselho de Deus, mas um evangelho aguado, diluído. Eles teriam reconhecido os lobos vora­zes em pele de ovelha, que se infiltraram com a filosofia, a sabedoria e a metodologia do mundo, e estariam aten­tos aos homens que passaram a ensinar “coisas deturpadas” e trouxeram confusão e heresias.

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