As 42 Jornadas no deserto
Por: Luiz Fontes
Texto:
Nm 33: 1-4
Quando estudamos a última Palavra,
sobre o poder do mundo, primeiro nós vimos como Israel passou a ser tratado lá no
Egito. Nós sabemos que, na época de José, os Icsos é que estavam no trono. Mas, a partir de Tebas, um povo, uma nova
dinastia egípcia se levantou. E eles expulsaram aquela velha dinastia dos Icsos. E esta nova dinastia, os Camitas, não foi favorável a Israel. Ao
contrário, eles oprimiram a Israel. Se você ler os versículos 8 ao 12, de
Números 33, poderá ver isto com maior clareza. Nós vemos que, o povo de Israel,
lá no Egito, edificou as cidades de Piton e Ramessés. Piton significa serpente,
é desta palavra que se deriva Pitonisa. Ramessés fala do Filho do Sol, nascido
do sol. O trono de Faraó Ramessés II tinha umas tremendas serpentes no trono.
Nós vemos que esta era uma nação identificada com a serpente. Aqui vemos o
poder do Espírito do Anticristo, atuando na nossa geração.
Meus irmãos e irmãs, nós
estamos vivendo uma Era, em que o Espírito do anticristo, tem se levantado,
para poder imprimir nas vidas das pessoas, sua própria marca. Esta marca, agora
é uma marca interior. Depois virá uma marca exterior. É isso que nos diz a
Palavra de Deus em Apocalipse capítulo 13. Se você ler todo o capítulo 13 de
Apocalipse, verá essa realidade, essa verdade. O versículo 16 e 17 de assim:
16 - A todos, os
pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que
lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
17 - para que
ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta
ou o número do seu nome.
Veja o quanto é sério tudo isso.
Essa marca da Besta é algo que
um dia vai acontecer. Isto se aplicará a todo o mundo, menos àqueles que amam o
Senhor, menos àqueles que decidirem hoje, ter a marca de Deus.
No
capítulo 7, versículos de 1 ao 4, aqui mesmo no livro de Apocalipse, nós vemos
a marca do Povo de Deus, a marca dos Filhos de Deus. Se você ler, Apocalipse capítulo
7, versículos de 1 ao 4, João diz:
1 - Depois disto
vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro
ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar,
nem sobre árvore alguma.
2 - Vi outro anjo
que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz
aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, 3 -
dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos
na fronte os servos do nosso Deus.
4 - Então, ouvi o
número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas
as tribos dos filhos de Israel:”
Irmãos e irmãs, o único modo de
não termos a marca da Besta, é sermos selados com o Selo de Deus.
Ramessés,
fala do mundo, do seu poder, que tenta nos consumir, nos controlar. É isso que
Satanás está fazendo hoje. Ele está usando o seu poder, o poder do mundo,
contra o Povo de Deus, para poder imprimir em nós, interiormente, a sua marca.
Paulo escrevendo aos Gálatas, diz que “tinha
a marca de Deus”. Nós temos que ter a Mente de Cristo. Escrevendo, aos
Efésios, no capítulo 1, nos versículos 13 e 14 ele fala, “sobre o Selo do Espírito”. Nós temos que ter a Mente de Cristo, a
Marca de Deus, o Selo do Espírito.
Quando estudamos o Livro de Êxodo,
podemos ver o significado desse termo “Cerne”, que é muito usado no Novo
Testamento e muito mal compreendido nos nossos dias. Em Êxodo, capítulo 21,
versículos 5 e 6 diz assim:
5 - Porém, se o
escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos,
não quero sair forro.
Isto é, se ele não quiser ser posto em liberdade.
6 - Então, o seu
senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu
senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.
Segundo a Lei de Moisés, o
escravo, depois de trabalhar seis anos, deveria ser colocado em liberdade no
sétimo ano. Mas, se esse escravo amasse o seu Senhor, e preferisse permanecer
escravo pelo resto de sua vida, receberia uma marca permanente. Os servos de Deus são aqueles que possuem a
Marca de Deus.
Será que somos, verdadeiramente,
servos de Deus? Precisamos fazer uma abordagem sincera sobre esse assunto, para
compreendermos, verdadeiramente, se temos o caráter do servo de Deus. Ser servo
de Deus, neste contexto, significa o compromisso de assumir, com toda a obediência,
um estilo radical de vida em relação ao poder deste mundo, em relação ao
sistema deste mundo. Ser servo não significa viver para si e sim para o seu
Senhor.
Uma
das grandes características do mundanismo dos nossos dias é a compulsão
exarcebada pelo consumo. Muitos cristãos hoje, têm se tornado escravos do
dinheiro. Por isso é que a palavra de Deus é tão clara sobre isso. Nós precisamos
ser ajudados quanto a isso. Paulo escrevendo a Timóteo, na sua primeira
epístola, no capítulo 6, versículo 10 ele diz: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa
cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”.
Vejamos o que o Senhor Jesus
ensinou sobre isso, em Lucas 16, versículo 13, diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um
e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a
Deus e às riquezas”.
É interessante, amados irmãos e
irmãs, notar que a palavra “riquezas”,
que o Senhor Jesus usou, é a palavra aramaica “Mamon”. Que fala de uma riqueza personificada indica algo que tem
natureza pessoal e espiritual dentro de nós. Como um Deus que exige de nós devoção.
Esse termo, no Novo Testamento, só foi usado pelo Senhor Jesus Cristo. Se nós
olharmos hoje, veremos que o inimigo de nossa alma, está usando o poder do
dinheiro para nos usar como instrumentos para preparar a vinda do Anticristo.
Veja que o dinheiro possui muitas características de um deus. Primeiro ele dá
segurança, segundo liberdade, terceiro poder, isto é, sensação de onipotência.
E a Bíblia diz que o amor ao dinheiro, a confiança depositada no dinheiro
libera um dos maiores males do coração humano. Por isso, precisamos permitir
que o Senhor nos ganhe completamente, ganhe o nosso coração.
Veja em Lucas capítulo 19,
versículo 8, o que aconteceu com Zaqueu. Quando o Senhor entrou no seu coração,
logo, imediatamente, sentiu que era nessa área que ele era escravo. Era nessa
área que ele tinha sido escravo, durante toda a sua vida. Veja hoje como muitos
cristãos estão endividados. Muitos têm saído do seu próprio país, para poder
ganhar dinheiro em outro país, para poder ter uma vida melhor. Para poder pagar
às suas dívidas. Muitos cristãos, hoje, estão escravos de dívidas em cartão de
crédito, cheque especial, em muitas áreas. A dívida é um julgo de escravidão,
da qual a maioria das pessoas tem se tornado vítimas. Provérbios 22, versículo 7, diz: “O rico domina sobre o pobre, e o que toma
emprestado é servo do que empresta”. O que está acontecendo no nosso tempo,
nessa vida, tipificada, por aquela estação de Ramessés. Essa vida mundana, em
que os cristãos não estão vendo, o quanto estão escravos de dívidas. A
compulsão por ter mais e mais, tem dominado a vida de muitos irmãos. Ninguém se
contenta com o que tem ninguém se contenta com o seu salário. A Bíblia não
afirma que é errado ter dinheiro.
Paulo, escrevendo a Timóteo, no
capítulo 6, versículo 17, diz: “Exorta
aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua
esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona
ricamente para nosso aprazimento” Deus pode nos dar riquezas e nela nos
proporcionar o prazer. Mas para isso, é importante observarmos os princípios
para se viver bem com o dinheiro. Veja os versículos 18 e 19, deste mesmo
capítulo, aqui de 1 Timóteo 6, olha o que diz:
18 - que
pratiquem o bem sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a
repartir;
19 - que acumulem
para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se
apoderarem da verdadeira vida.
Irmãos e irmãs, o grande
problema não é o quanto ganhamos e sim, como gastamos. Veja o que Ageu
escreveu, lá no primeiro capítulo, versículos 6 e 7, que diz:
6 - Tendes semeado muito e recolhido pouco;
comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos;
“7 - vestis-vos,
mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel
furado”.
Aqui nós podemos fazer as
seguintes considerações: primeiro - como estamos empregando o dinheiro que temos
ganhado? Segundo - será que temos necessidade de ter mais, ou somos
excessivamente ambiciosos? Terceiro -
vivemos uma vida governada pelos princípios bíblicos de mordomia cristã, com
respeito ao dinheiro que o Senhor nos confiou, ou vivemos uma vida conforme o
sistema controlado pelo mundo? Quarto - será que estamos mais preocupados em
construir nossa casa, nossa vida do que a Casa de Deus? Estamos mais
preocupados em serem ferramentas para o Espírito Santo, para preparar o caminho
para a volta de Cristo? Irmãos e irmãs,
a definição bíblica do que seja liberdade financeira, não é ser rico, nosso
alvo deve ser o de nunca tomar uma decisão com base em considerações
financeiras, e sim, com relação à vontade de Deus.
Não estou afirmando aqui, que o
simples comércio está errado, não é isso. Que Deus nos guarde disso. Mas
podemos declarar, com base na Palavra de Deus, que o princípio de comércio, como
nós temos visto hoje, da forma como vemos hoje, de acordo com o sistema do
mundo, está ligado a Satanás.
Ezequiel,
capítulo 28, nos dá uma descrição de Lúcifer. Veja o que diz o versículo 5: “pela extensão da tua sabedoria no teu
comércio, aumentaste as tuas riquezas; e, por causa delas, se eleva o teu
coração” Imagine, olhe que texto. Aqui fala de Lúcifer. Nós vemos esta
Profecia, e é justamente isso que podemos ver com relação a muitos cristãos
hoje. Que estão consumidos por esta ambição de ter mais, de ser controlado pelo
sistema do mundo, pelo sistema que tem controlado o mundo. E é desta forma que
Satanás está usando todo este poder, todo este sistema para preparar a
plataforma do Anticristo. Então, eu quero reiterar, não que o comércio está
errado, mas o sistema que o controla. É isso que nós podemos ver aqui em
Ezequiel 28.
Meus irmãos e irmãs, o comércio
é o campo em que, mais do que qualquer outro, as corrupções das paixões se
revelam no nosso ser. Como diz em 2 Pedro capítulo 1, versículo 4., esta paixão
nos persegue incansavelmente. Até mesmo um cristão que procura viver uma vida em Cristo Jesus, ela
pode facilmente ser surpreendido e arruinado. Somente a graça de Deus para nos
ajudar, somente a graça de Deus poderá nos guardar disto, pois estamos em um
campo perigoso quando entramos em contato com o comércio, com a compulsão pelo
prazer dessa vida hedonista que vive o mundo.
Se devido a nossa profissão
temos a obrigação de nos envolver com isto, e se o fizermos com temor e tremor
poderemos com a ajuda de Deus escapar da cilada do Diabo. Porque sempre
estaremos sendo alvos dos ataques do inimigo. Mas, se vivemos uma vida,
demasiadamente, confiante em nós mesmos, então não há esperança de escaparmos
dos inescrupulosos poderes egoístas que o comércio gera dentro de nós, para nos
fazer escravos.
Portanto, não precisamos
descobrir como deixar de comprar e vender, comer e beber, casar e dar em
casamento, o problema é fugir do poder que está por detrás destas coisas. Pois
não podemos permitir que este poder triunfe sobre nós. Qual é então o segredo
de conservarmos nossos bens materiais dentro da vontade de Deus. Certamente é
conservá-los para Deus. Isto é, sabermos que não estamos acumulando valores
inúteis ou acumulando vastos depósitos bancários. Mas acumulando tesouro para a
nossa conta celeste, investindo naquilo que agrada a Deus. Gastando de acordo
com o propósito de Deus, não nos tornando escravos das nossas compulsões e nem
mesmo daquilo que procura nos proporcionar prazer e nos roubando da vontade de
Deus.
Devemos estar perfeitamente,
dispostos a nos separar de qualquer coisa, a qualquer momento, não importa se
vou deixar dois mil reais ou dois milhões de dólares. Não importa! O que
importa é se posso deixar qualquer bem que possu-o, sem o mínimo pesar no meu
coração. Não estou dizendo que é necessário dispor de tudo o que temos, não é este
o ponto. O ponto é que enquanto filhos de Deus, não podemos ficar acumulando
coisas, pensando somente em
nós. Se guardo algo é porque Deus falou ao meu coração, se me
separo dele é porque Deus falou ao meu coração. Se conservo a mim mesmo dentro
da vontade de Deus e não tenho receio de dar, de abrir mão, de ofertar, de
dizimar, se Deus assim o faz, não guardo nada porque amo e assim, também, posso
deixá-lo, se Deus assim deixar, sem qualquer pesar em meu coração.
Que o Senhor fale ao seu coração.
Que a Palavra do Senhor possa tocar profundamente em sua vida, neste momento.
Eu tenho certeza que, de uma forma maravilhosa, o Senhor está falando a você.
Nós temos que ver isso com muita clareza. Precisamos ser sinceros com relação à
essas verdades. O Senhor Jesus foi tão claro concernente à vontade celeste do
Pai. Segundo as palavras do Senhor Jesus e, também, as palavras dos Apóstolos, podemos ver que Deus tem uma vontade perfeita
no céu e que esta vontade celeste flui sem nenhuma oposição, sem nenhuma
resistência. Mas quando olhamos aqui da terra, vemos que há o Príncipe deste
Mundo. Lá no Evangelho de João, capítulo 16, versículo 31, o Senhor Jesus disse
isso. Paulo diz em 2 corintios capítulo 4, versículo 4, que ele é o “Deus deste século”. Em Efésios capítulo
6, versículo 12, Paulo diz que ele é “Príncipe
da potestade do ar”.
Embora Deus tenha o seu trono nos céus, “o mundo jaz no Maligno”, conforme disse
João, em sua primeira epístola, capítulo 5, versículo 21. Por isso, temos que
ser claros quanto a isso. Compreender que nós não podemos estar aqui,
cooperando, construindo a plataforma do governo do Anticristo. Nós precisamos
ser cuidadosos, precisamos ter os nossos olhos abertos, precisamos ser guiados
pelo Espírito Santo, por meio da Palavra de Deus. Meus irmãos e irmãs, que Deus
lhe abençoe, que você possa entender, como Deus quer que você seja cuidadoso,
cuidadosa com relação as suas finanças, com relação aos seus bens, com relação
a sua própria vida e o Senhor, para que isso não seja uma ferramenta do Diabo,
que venha gerar ilusões no seu coração, compulsões no seu coração, lhe roubando
da presença de Deus, lhe roubando da Palavra de Deus.
Que Deus, mais uma vez, venha
falar e lhe abençoar através desta palavra.
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