terça-feira, 26 de junho de 2018

1ª Estação - Ramessés - Parte 02


As 42 Jornadas no deserto
Por: Luiz Fontes
Texto: Nm 33: 1-4 

Quando estudamos a última Palavra, sobre o poder do mundo, primeiro nós vimos como Israel passou a ser tratado lá no Egito. Nós sabemos que, na época de José, os Icsos é que estavam no trono. Mas, a partir de Tebas, um povo, uma nova dinastia egípcia se levantou. E eles expulsaram aquela velha dinastia dos Icsos. E esta nova dinastia, os Camitas, não foi favorável a Israel. Ao contrário, eles oprimiram a Israel. Se você ler os versículos 8 ao 12, de Números 33, poderá ver isto com maior clareza. Nós vemos que, o povo de Israel, lá no Egito, edificou as cidades de Piton e Ramessés. Piton significa serpente, é desta palavra que se deriva Pitonisa. Ramessés fala do Filho do Sol, nascido do sol. O trono de Faraó Ramessés II tinha umas tremendas serpentes no trono. Nós vemos que esta era uma nação identificada com a serpente. Aqui vemos o poder do Espírito do Anticristo, atuando na nossa geração.
Meus irmãos e irmãs, nós estamos vivendo uma Era, em que o Espírito do anticristo, tem se levantado, para poder imprimir nas vidas das pessoas, sua própria marca. Esta marca, agora é uma marca interior. Depois virá uma marca exterior. É isso que nos diz a Palavra de Deus em Apocalipse capítulo 13. Se você ler todo o capítulo 13 de Apocalipse, verá essa realidade, essa verdade. O versículo 16 e 17 de assim:  

16 - A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
17 - para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Veja o quanto é sério tudo isso.

Essa marca da Besta é algo que um dia vai acontecer. Isto se aplicará a todo o mundo, menos àqueles que amam o Senhor, menos àqueles que decidirem hoje, ter a marca de Deus.
No capítulo 7, versículos de 1 ao 4, aqui mesmo no livro de Apocalipse, nós vemos a marca do Povo de Deus, a marca dos Filhos de Deus. Se você ler, Apocalipse capítulo 7, versículos de 1 ao 4, João diz:

1 - Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma.
2 - Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, 3 - dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.
4 - Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel:”

Irmãos e irmãs, o único modo de não termos a marca da Besta, é sermos selados com o Selo de Deus.
Ramessés, fala do mundo, do seu poder, que tenta nos consumir, nos controlar. É isso que Satanás está fazendo hoje. Ele está usando o seu poder, o poder do mundo, contra o Povo de Deus, para poder imprimir em nós, interiormente, a sua marca. Paulo escrevendo aos Gálatas, diz que “tinha a marca de Deus”. Nós temos que ter a Mente de Cristo. Escrevendo, aos Efésios, no capítulo 1, nos versículos 13 e 14 ele fala, “sobre o Selo do Espírito”. Nós temos que ter a Mente de Cristo, a Marca de Deus, o Selo do Espírito.
Quando estudamos o Livro de Êxodo, podemos ver o significado desse termo “Cerne”, que é muito usado no Novo Testamento e muito mal compreendido nos nossos dias. Em Êxodo, capítulo 21, versículos 5 e 6 diz assim:

5 - Porém, se o escravo expressamente disser: Eu amo meu senhor, minha mulher e meus filhos, não quero sair forro. Isto é, se ele não quiser ser posto em liberdade.
6 - Então, o seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta ou à ombreira, e o seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre.

Segundo a Lei de Moisés, o escravo, depois de trabalhar seis anos, deveria ser colocado em liberdade no sétimo ano. Mas, se esse escravo amasse o seu Senhor, e preferisse permanecer escravo pelo resto de sua vida, receberia uma marca permanente.  Os servos de Deus são aqueles que possuem a Marca de Deus.
Será que somos, verdadeiramente, servos de Deus? Precisamos fazer uma abordagem sincera sobre esse assunto, para compreendermos, verdadeiramente, se temos o caráter do servo de Deus. Ser servo de Deus, neste contexto, significa o compromisso de assumir, com toda a obediência, um estilo radical de vida em relação ao poder deste mundo, em relação ao sistema deste mundo. Ser servo não significa viver para si e sim para o seu Senhor.
Uma das grandes características do mundanismo dos nossos dias é a compulsão exarcebada pelo consumo. Muitos cristãos hoje, têm se tornado escravos do dinheiro. Por isso é que a palavra de Deus é tão clara sobre isso. Nós precisamos ser ajudados quanto a isso. Paulo escrevendo a Timóteo, na sua primeira epístola, no capítulo 6, versículo 10 ele diz: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”.
Vejamos o que o Senhor Jesus ensinou sobre isso, em Lucas 16, versículo 13, diz: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”.
É interessante, amados irmãos e irmãs, notar que a palavra “riquezas”, que o Senhor Jesus usou, é a palavra aramaica “Mamon”. Que fala de uma riqueza personificada indica algo que tem natureza pessoal e espiritual dentro de nós. Como um Deus que exige de nós devoção. Esse termo, no Novo Testamento, só foi usado pelo Senhor Jesus Cristo. Se nós olharmos hoje, veremos que o inimigo de nossa alma, está usando o poder do dinheiro para nos usar como instrumentos para preparar a vinda do Anticristo. Veja que o dinheiro possui muitas características de um deus. Primeiro ele dá segurança, segundo liberdade, terceiro poder, isto é, sensação de onipotência. E a Bíblia diz que o amor ao dinheiro, a confiança depositada no dinheiro libera um dos maiores males do coração humano. Por isso, precisamos permitir que o Senhor nos ganhe completamente, ganhe o nosso coração.
Veja em Lucas capítulo 19, versículo 8, o que aconteceu com Zaqueu. Quando o Senhor entrou no seu coração, logo, imediatamente, sentiu que era nessa área que ele era escravo. Era nessa área que ele tinha sido escravo, durante toda a sua vida. Veja hoje como muitos cristãos estão endividados. Muitos têm saído do seu próprio país, para poder ganhar dinheiro em outro país, para poder ter uma vida melhor. Para poder pagar às suas dívidas. Muitos cristãos, hoje, estão escravos de dívidas em cartão de crédito, cheque especial, em muitas áreas. A dívida é um julgo de escravidão, da qual a maioria das pessoas tem se tornado vítimas.  Provérbios 22, versículo 7, diz: “O rico domina sobre o pobre, e o que toma emprestado é servo do que empresta”. O que está acontecendo no nosso tempo, nessa vida, tipificada, por aquela estação de Ramessés. Essa vida mundana, em que os cristãos não estão vendo, o quanto estão escravos de dívidas. A compulsão por ter mais e mais, tem dominado a vida de muitos irmãos. Ninguém se contenta com o que tem ninguém se contenta com o seu salário. A Bíblia não afirma que é errado ter dinheiro.
Paulo, escrevendo a Timóteo, no capítulo 6, versículo 17, diz: “Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” Deus pode nos dar riquezas e nela nos proporcionar o prazer. Mas para isso, é importante observarmos os princípios para se viver bem com o dinheiro. Veja os versículos 18 e 19, deste mesmo capítulo, aqui de 1 Timóteo 6, olha o que diz:

18 - que pratiquem o bem sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir;
19 - que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida.

Irmãos e irmãs, o grande problema não é o quanto ganhamos e sim, como gastamos. Veja o que Ageu escreveu, lá no primeiro capítulo, versículos 6 e 7, que diz:

 6 - Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos;
“7 - vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado”.

Aqui nós podemos fazer as seguintes considerações: primeiro - como estamos empregando o dinheiro que temos ganhado? Segundo - será que temos necessidade de ter mais, ou somos excessivamente ambiciosos?  Terceiro - vivemos uma vida governada pelos princípios bíblicos de mordomia cristã, com respeito ao dinheiro que o Senhor nos confiou, ou vivemos uma vida conforme o sistema controlado pelo mundo? Quarto - será que estamos mais preocupados em construir nossa casa, nossa vida do que a Casa de Deus? Estamos mais preocupados em serem ferramentas para o Espírito Santo, para preparar o caminho para a volta de Cristo?  Irmãos e irmãs, a definição bíblica do que seja liberdade financeira, não é ser rico, nosso alvo deve ser o de nunca tomar uma decisão com base em considerações financeiras, e sim, com relação à vontade de Deus.
Não estou afirmando aqui, que o simples comércio está errado, não é isso. Que Deus nos guarde disso. Mas podemos declarar, com base na Palavra de Deus, que o princípio de comércio, como nós temos visto hoje, da forma como vemos hoje, de acordo com o sistema do mundo, está ligado a Satanás.
Ezequiel, capítulo 28, nos dá uma descrição de Lúcifer. Veja o que diz o versículo 5: “pela extensão da tua sabedoria no teu comércio, aumentaste as tuas riquezas; e, por causa delas, se eleva o teu coração” Imagine, olhe que texto. Aqui fala de Lúcifer. Nós vemos esta Profecia, e é justamente isso que podemos ver com relação a muitos cristãos hoje. Que estão consumidos por esta ambição de ter mais, de ser controlado pelo sistema do mundo, pelo sistema que tem controlado o mundo. E é desta forma que Satanás está usando todo este poder, todo este sistema para preparar a plataforma do Anticristo. Então, eu quero reiterar, não que o comércio está errado, mas o sistema que o controla. É isso que nós podemos ver aqui em Ezequiel 28.
Meus irmãos e irmãs, o comércio é o campo em que, mais do que qualquer outro, as corrupções das paixões se revelam no nosso ser. Como diz em 2 Pedro capítulo 1, versículo 4., esta paixão nos persegue incansavelmente. Até mesmo um cristão que procura viver uma vida em Cristo Jesus, ela pode facilmente ser surpreendido e arruinado. Somente a graça de Deus para nos ajudar, somente a graça de Deus poderá nos guardar disto, pois estamos em um campo perigoso quando entramos em contato com o comércio, com a compulsão pelo prazer dessa vida hedonista que vive o mundo.
Se devido a nossa profissão temos a obrigação de nos envolver com isto, e se o fizermos com temor e tremor poderemos com a ajuda de Deus escapar da cilada do Diabo. Porque sempre estaremos sendo alvos dos ataques do inimigo. Mas, se vivemos uma vida, demasiadamente, confiante em nós mesmos, então não há esperança de escaparmos dos inescrupulosos poderes egoístas que o comércio gera dentro de nós, para nos fazer escravos.
Portanto, não precisamos descobrir como deixar de comprar e vender, comer e beber, casar e dar em casamento, o problema é fugir do poder que está por detrás destas coisas. Pois não podemos permitir que este poder triunfe sobre nós. Qual é então o segredo de conservarmos nossos bens materiais dentro da vontade de Deus. Certamente é conservá-los para Deus. Isto é, sabermos que não estamos acumulando valores inúteis ou acumulando vastos depósitos bancários. Mas acumulando tesouro para a nossa conta celeste, investindo naquilo que agrada a Deus. Gastando de acordo com o propósito de Deus, não nos tornando escravos das nossas compulsões e nem mesmo daquilo que procura nos proporcionar prazer e nos roubando da vontade de Deus.
Devemos estar perfeitamente, dispostos a nos separar de qualquer coisa, a qualquer momento, não importa se vou deixar dois mil reais ou dois milhões de dólares. Não importa! O que importa é se posso deixar qualquer bem que possu-o, sem o mínimo pesar no meu coração. Não estou dizendo que é necessário dispor de tudo o que temos, não é este o ponto. O ponto é que enquanto filhos de Deus, não podemos ficar acumulando coisas, pensando somente em nós. Se guardo algo é porque Deus falou ao meu coração, se me separo dele é porque Deus falou ao meu coração. Se conservo a mim mesmo dentro da vontade de Deus e não tenho receio de dar, de abrir mão, de ofertar, de dizimar, se Deus assim o faz, não guardo nada porque amo e assim, também, posso deixá-lo, se Deus assim deixar, sem qualquer pesar em meu coração.
Que o Senhor fale ao seu coração. Que a Palavra do Senhor possa tocar profundamente em sua vida, neste momento. Eu tenho certeza que, de uma forma maravilhosa, o Senhor está falando a você. Nós temos que ver isso com muita clareza. Precisamos ser sinceros com relação à essas verdades. O Senhor Jesus foi tão claro concernente à vontade celeste do Pai. Segundo as palavras do Senhor Jesus e, também, as palavras dos Apóstolos,  podemos ver que Deus tem uma vontade perfeita no céu e que esta vontade celeste flui sem nenhuma oposição, sem nenhuma resistência. Mas quando olhamos aqui da terra, vemos que há o Príncipe deste Mundo. Lá no Evangelho de João, capítulo 16, versículo 31, o Senhor Jesus disse isso. Paulo diz em 2 corintios capítulo 4, versículo 4, que ele é o “Deus deste século”. Em Efésios capítulo 6, versículo 12, Paulo diz que ele é “Príncipe da potestade do ar”.
 Embora Deus tenha o seu trono nos céus, “o mundo jaz no Maligno”, conforme disse João, em sua primeira epístola, capítulo 5, versículo 21. Por isso, temos que ser claros quanto a isso. Compreender que nós não podemos estar aqui, cooperando, construindo a plataforma do governo do Anticristo. Nós precisamos ser cuidadosos, precisamos ter os nossos olhos abertos, precisamos ser guiados pelo Espírito Santo, por meio da Palavra de Deus. Meus irmãos e irmãs, que Deus lhe abençoe, que você possa entender, como Deus quer que você seja cuidadoso, cuidadosa com relação as suas finanças, com relação aos seus bens, com relação a sua própria vida e o Senhor, para que isso não seja uma ferramenta do Diabo, que venha gerar ilusões no seu coração, compulsões no seu coração, lhe roubando da presença de Deus, lhe roubando da Palavra de Deus.
Que Deus, mais uma vez, venha falar e lhe abençoar através desta palavra.
             

1ª Estação – Ramessés - Parte 01



Texto Nm 33.1-4

Continuaremos com a história das 42 jornadas do povo de Israel no deserto. Hoje vamos nos deter considerando Ramessés. Vamos considerar os quatro primeiros versículos aqui de Números capítulo 33, que diz assim:

1 - São estas as caminhadas dos filhos de Israel que saíram da terra do Egito, segundo os seus exércitos, sob as ordens de Moisés e Arão.
2 - Escreveu Moisés as suas saídas, caminhada após caminhada, conforme o mandado do SENHOR; e são estas as suas caminhadas, segundo as suas saídas:
3  partiram, pois, de Ramessés no décimo quinto dia do primeiro mês; no dia seguinte ao da Páscoa, saíram os filhos de Israel, corajosamente, aos olhos de todos os egípcios,
4 - enquanto estes sepultavam todos os seus primogênitos, a quem o SENHOR havia ferido entre eles; também contra os deuses executou o SENHOR juízos.

Queridos irmãos e irmãs, estamos então observando as jornadas do povo de Deus pelo deserto, as quais temos visto anterioriormente. A Bíblia diz que todas essas coisas são para o nosso ensino e sucederam como exemplo para nós, para admoestação nossa, de modo que não estamos lendo somente uma história do passado, mas através da história do passado estamos lendo sobre nós mesmos, lendo nossa própria experiência espiritual.  Até aqui temos visto a introdução.
 Hoje nos deteremos nas considerações do que é Ramessés, o ponto qual o povo de Israel saiu. Mas para que possamos entender todas as verdades aqui de Ramessés e extrair lições proveitosas para nós aqui dessas jornadas, e com a ajuda do Senhor, precisamos considerar isso, compreender de uma maneira mais ampla e não superficial qual o significado do povo de Israel está em Ramessés. Às vezes, quando não temos consciência do lugar em que estávamos, então tão pouco temos consciência do que significa sair dali.
 Nós precisamos compreender alguma verdade, verdade que deve ser fundamento na nossa vida. Veja bem, a Palavra diz: “que estas são as jornadas dos filhos de Israel que saíram da terra Egito”. Este versículo é chave para nós, você vai ver que este versículo vai se repetir constantemente ao longo de todo o caminho, eles saíram. É isso que quer dizer Êxodo. Aqui está se referindo precisamente ao Êxodo. Aqui estamos seguindo Números 33 como esqueleto condutor onde sempre estaremos olhando, mas, constantemente, estaremos nos voltando aos livros anteriores a Números, aqui no Pentateuco. Para que nós possamos ter uma idéia clara de todas as verdades que aconteceram.
 Veja que a palavra chave aqui é SAIRAM. É importante sair, mas então, devemos compreender de onde é que saímos. Às vezes, não temos suficiente consciência sobre onde estávamos e, portanto, não sabemos por que temos que sair. Saíram de um lugar, saíram e partiram sempre, estavam saindo para avançar, têm que sempre sair. Quando verdadeiramente se avança é quando verdadeiramente se sai de algo, é isso que é a vida cristã. A vida cristã tem as suas saídas de experiências, nós nunca podemos ficar presos a um determinado lugar, isto é, eu me refiro a uma determinada experiência. Sempre que passamos por lutas, provas, tribulações, são situações em que o Senhor nos conduz.
Mas Ele nos conduz até que tenhamos aprendido a lição e depois temos que sair. Agora aqui, você vê Ramessés, é a primeira saída. Ramessés é de onde eles partiram, saíram com a mão poderosa de Deus. Para sair necessitamos da mão poderosa de Deus. Vamos nos deter aqui para compreender um pouco sobre o que significa Ramessés. Precisamos voltar, então, ao livro de Êxodo e vamos agora ler para que tenhamos uma visão panorâmica dos primeiros capítulos do livro de Êxodo, que são os capítulos de 1 a 12. Esses capítulos nos descrevem o que acontecia lá em Ramessés e o que fez Deus para tirá-los de Ramessés. Êxodo capítulo 1 versículos de 1 a 7 diz:

1- São estes os nomes dos filhos de Israel que entraram com Jacó no Egito; cada um entrou com sua família:
2 - Rúben, Simeão, Levi e Judá,
3 - Issacar, Zebulom e Benjamim,
4 - Dã, Naftali, Gade e Aser.
5 - Todas as pessoas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta; José, porém, estava no Egito.
6 - Faleceu José, e todos os seus irmãos, e toda aquela geração.
7- Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles.
Ainda é importante ler os versículos 8 e 9 que diz.
 8 - Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José.
9 - Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós.

Aqui nós vemos a questão das disnatias egípcias. Nós vemos que as disnatias egípcias, se você vê na história, tiveram uma interrupção, entre a época de José e a época um pouco anterior ao Êxodo, com a invasão dos chamados Icsos, que foram os povos que vinham da terra de Canaã, da terra de Edon e da terra dos Amalequitas. Estes povos foram tomando o Egito e foram estabelecendo uma disnatia no Egito de Faraós Icsos, chamados de Reis Pastores. Foi durante esta época, quando os Icsos, que eram da terra de Canaã, estavam como Faraós do Egito, que José teve acesso ao governo do Egito. E a família de José também teve acesso próximo ao Faraó Icso. Por isso Jacó chegou a ter um lugar privilegiado enquanto os Icsos tiveram à frente do Império no Egito. Mas logo, a partir de Tebas, se levantaram uma nova disnatia dos egípcios nativos e aborígines e expulsaram a velha disnatia dos Icsos. Não sendo favorável isso a Israel. Devido a isso, é que se diz aqui, que eles se levantaram sobre o Egito um novo Rei que não conhecia José.
 Os antigos egípcios começaram a governar, ou seja, Os Camitas é isso que diz a Palavra de Deus. Os egípcios não queriam que os israelitas fossem embora para os manterem como escravos. Desde aqui, vemos que já aparece situação de escravidão e de opressão no Egito. Meus irmãos e irmãs, aqui nós precisamos atentar para algo muito especial, vejam agora os versículos 10 e 11 de Êxodo, capítulo 1, que diz assim:

10 - Vinde, usemos de astúcia para com eles, para que não se multipliquem, e para que não aconteça que, havendo guerra, se unam com os nossos inimigos, pelejem contra nós e se retirem da terra.
11 - Portanto, puseram sobre eles feitores para com cargas os afligirem. E os israelitas edificaram para Faraó as cidades-armazéns, Piton e Ramessés.

Prestem muita atenção, aqui aparece outra palavra descritiva do Egito. Nós vemos aqui moléstia, nós vemos aqui carga, aflição, é isso. Nós precisamos notar tudo isso. Vemos aqui Piton. Piton significa serpente, daí se derivava a palavra Pitonisa. Ramessés significa filho do sol, nascido do sol. O trono do Faraó Ramessés II tinha também uma tremenda serpente no trono.  Aqui nós vemos que este era um povo ligado, identificado com a serpente. Para entender um pouco mais sobre o que é o Egito, nós temos que ler o livro de Apocalipse, e ali temos que ver algumas passagens que vão mostrar para nós algumas verdades que precisam nos impressionar. Em Apocalipse capítulo 13, versículo 1 ao 8 , olhem o que diz;

1 - Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.
2 - A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade.
3 - Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;
4 - e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?
5 - Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; Ou seja, três anos e seis meses.
7-Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação;
8- e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Agora, veja o que diz o versículo 12 a seguir: Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. Aqui está o Anticristo. Aqui está uma referência ao Falso Profeta. Diz assim os versículos 13 e 14:

13-Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.
14-Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;

Agora, percebe algo muito especial aqui. Versículo 16 diz: A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Ainda meus irmãos e irmãs, quero que vocês notem algo muito especial, que está aqui em Apocalipse 7, que diz algo muito especial para nós. Olhem bem Apocalipse capítulo 7, versículos de 1 ao 4: 

1-Depois disto vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma.
2- Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar,  3- dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.  
4-Então ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.

Meus irmãos e irmãs, estes textos são profundamente significativo na nossa experiência cristã. Embora esse assunto nós devamos prosseguir nos próximos estudos, mas prestem muita atenção. Aqui nós temos uma descrição, da obra de Satanás, da obra da Serpente sobre o mundo. Nestes dois textos de Apocalipse capítulo 13 e de Apocalipse capítulo 7. Lemos sobre a marca do Povo de Deus e a marca do Anticristo. “A marca de Deus e a marca do Anticristo”. Nós vemos que há algo muito especial aqui, algo que o senhor deseja falar aos nossos corações. Porque o inimigo ele tem agido de uma forma perversa para poder enganar o povo de Deus, para tornar o povo de Deus escravo de todo o sistema deste mundo. Para tornar o povo de Deus oprimido e subjugado por todo o tipo de sistema que controla este mundo.
Ramessés significa filho do sol, nascido do sol O mundo, segundo a Bíblia é uma entidade espiritual. E dessa entidade é que o Senhor deseja libertar-nos, através da Obra da Cruz, através do poder do Sangue de Cristo Jesus. Desde que nós estamos em Cristo, nós não estamos mais sob a esfera do mundo. Nós estamos sob a esfera do Reino de Deus. E o povo de Deus precisa ter uma consciência clara sobre o que significa estar sob a esfera do Reino de Deus. Nós precisamos entender o que é Ramessés, também precisamos entender o que é o Reino de Deus. Ramessés é o mundo, onde Satanás, como a antiga serpente, tem mantido as pessoas escravas em um sistema de opressão, de obsessão, de compulsão pelo prazer. Uma vida hedonista, uma vida controlada pelo consumo, uma vida por mais que pareça ser religiosa e piedosa, ela é hipócrita e mentirosa.
Nós precisamos nos voltar para a Palavra de Deus, para entender de onde foi que o Senhor nos tirou. Porque muitos cristãos, eles, embora  fisicamente saíram do mundo, o mundo ainda permanece nos seus corações, controlando suas compulsões, controlando a sua vontade, mantendo-os psicologicamente, espiritualmente cativos. E o Senhor deseja nos libertar, o Senhor deseja operar profundamente esta obra em nós. É aqui que nós precisamos entender esta questão de edificar essa cidade de Piton, porque muitas vezes nós podemos estar edificando a obra de Satanás. Às vezes, usando o nome de Deus. Às vezes, estamos mais posicionados como instrumentos do inimigo, que como instrumentos de Deus. Por isso que, tudo que fizermos, temos que fazer como ao Senhor, como diz Paulo aos Colossenses, nós temos que ter uma vida guiada, controlada pelo poder do Espírito Santo de Deus. Esta é a introdução de Ramessés. Nos próximos estudos, estarei dando seqüência sobre isso, para que você entenda o que é Ramessés na sua vida.
O que significa sair de Ramessé. Esta é a primeira estação que estamos estudando e aqui o senhor deseja, rica e poderosamente, falar aos nossos corações sobre o que significa sair do mundo e sobre o poder do mundo sobre nossas vidas, se, verdadeiramente, nós não sairmos definitivamente dele.

Que Deus no poder de sua palavra, no poder do seu Espírito, fale ao seu coração.


                                                   

domingo, 10 de junho de 2018

Introdução - Parte 8


As 42 Jornadas no deserto

TEXTO: Nm 33.1-3

Graças as Deus nós vamos dar continuidade a última palavra, estamos perto de entrar na primeira estação desta jornada de 40 anos. Nós vamos caminhar por todas as 42 estações aonde o povo de Israel teve durante aquela peregrinação de 40 anos no deserto. Eu quero ler aqui em Números capítulo 33, versículos do 1 e 3, que dizem:
1 - São estas as caminhadas dos filhos de Israel que saíram da terra do Egito, segundo os seus exércitos, sob as ordens de Moisés e Arão.
2 - Escreveu Moisés as suas saídas, caminhada após caminhada, conforme o mandado do SENHOR; e são estas as suas caminhadas, segundo as suas saídas:
3 - partiram, pois, de Ramessés no décimo quinto dia do primeiro mês; no dia seguinte ao da Páscoa, saíram os filhos de Israel, corajosamente, aos olhos de todos os egípcios.

Muito bem, aqui nós vemos que cada jornada é uma saída, saída de algo e também uma entrada numa nova etapa. Todas essas jornadas significam diversas experiências, as quais se indicam pelo nome das respectivas estações onde o povo de Israel esteve então essas paradas ou estações estão intimamente ligadas às experiências espirituais em nossa vida cada estação tem dois aspectos: chegada e saída. Eu quero ler ainda aqui 1 Corintios capítulo 10 para que a gente possa seguir na mesma linha da última palavra que foi compartilhada. Diz assim os versículos 6 e 7:  

6 - Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 - Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; porquanto está escrito: O povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.

Meus irmãos e irmãs, eu penso que se você leva uma vida muito tranqüila, faz muito tempo que você está vivendo o mesmo estilo de vida cristã esse não é um bom sinal para você. Lá em Oséias vamos recordar um texto que já estudamos. Oséias capítulo 7 verso 8 diz: Efraim se mistura com os povos e é um pão que não foi virado. Nós sabemos que é preciso virar o pão, para que cozinhe ambos os lados, o que acontece quando não se vira o pão? Queima-se um lado e o outro fica cru, isso fala de maturidade espiritual. O que é maturidade espiritual? É conhecimento espiritual, é experiência cristã e quando nós vivemos a vida cristã em busca da maturidade nós sabemos que nunca vamos chegar ao fim desta maturidade, numa única experiência necessitamos de outras experiências.
Veja aqui em 1 corintios capítulo 10, versículo 6, diz “que estas coisas sucederam como exemplo, veja que aqui está no plural são muitos exemplos e diz mais afim de que não cobicemos as coisas más como eles cobiçaram”.
Observe algo aqui, como foi que eles cobiçaram. Igual nós muitas vezes temos cobiçado com o nosso contexto de vida. Porque Deus quando Ele deu estas experiências para o povo no deserto Ele estava pensando em nós quando levou aquele povo caminhar aqueles 40 anos Ele tinha em vista nós hoje é o que você lê neste capítulo 10 de 1 corintios, é isso que o Espírito Santo está ministrando a nós há muitas lições ali que precisamos aprender, aqui neste texto. Diz assim no versículo 7 de 1 corintios 10, que o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para se divertir. Como foi que eles foram idólatras? Talvez aqui esteja uma referência a êxodo capítulos 32 versos de 4 a 6. Aquele episódio de idolatria deles perante aquele bezerro, mas aqui faz uma referência do tipo de idolatria, a comer e a beber a divertir-se. Não é errado comer, não é errado beber, não é errado divertir. Errado é quando essas coisas se tornam uma prática comum no nosso viver e assim nós perdemos a centralidade de cristo nestas coisas. Essa idolatria que está em foco aqui é você divertir, dedicar fazer todas essas coisas sendo que isso não é a centralidade de Cristo. Como sendo isso a prática do seu viver nós temos que entender que a nossa vida tem que ser uma vida vivida na experiência de viver Cristo. Talvez essa distração ou este estilo de distração que Israel viveu no deserto é o que o Espírito Santo deseja chamar a nossa atenção, esse é o cuidado que o Senhor tem conosco porque muito da vida Cristão hoje não passa de entretenimentos. Perdemos a seriedade do estudo sistemático da Palavra de Deus. Estamos vivendo numa geração aonde o povo não conhece mais a Palavra de Deus. Nossas reuniões têm se tornado muito em diversões, em entretenimentos. Temos perdido a profundidade da realidade do falar de Deus e talvez aqui Paulo faça essa referência, talvez em dois aspectos: primeiro pela realidade contextual. Aquilo que lhe foi informado pela casa de Cloé acerca da vida dos corintios. Também porque o Espírito Santo numa visão profética no coração de Paulo trás essas verdades para os nossos dias porque a vida cristã de muitas tem se resumido a entretenimentos; tem se resumido à experiências espirituais. É tremendo tudo isso meus irmãos e irmãs porque Deus deseja nos levar a coisas mais profundas, a coisas mais eficazes referentes à nossa edificação, então, aqui ele fala de exemplos porque são muitos exemplos. Observe que o contexto diz isso, porque são muitas provas, são muitos exemplos. Veja que foram 40 anos. 40 é o número de provas. É bíblico e também é um número de juízo, é para julgar, para nos tirar do Egito porque aquele povo lá de Israel você vai perceber que ao longo da jornada eles podem perceber que eles haviam saído do Egito, mas o Egito não havia saído deles. E uma das obras impressionantes da Cruz de Cristo é condenar o mundo dentro de nós. É condenar as nossas aspirações mundanas, por isso é que muitas vezes temos que passar por provações. Para que nós venhamos experimentar verdadeiramente o significado da vida Cristã. Nós somos peregrinos e estamos caminhando para uma terra que mana leite e mel. Estamos caminhando para a era vindoura para a glória de Cristo. Estamos caminhando para poder experimentar a Cristo Jesus. Se eu e você não entendemos o significado da nossa experiência Cristã ou o significado da nossa vida Cristã em experiência, então qual o sentido da vida Cristã? Que adianta viver a vida Cristã se não conhecemos a sua realidade na prática!
Veja que o Senhor ele nos tirou do Egito, essa é a referência a Ramessés. Aqui no versículo 3 de Números 33. Eu quero chamar a atenção aqui de vocês que estão me ouvindo nesta hora, porque para poder entender isso, a questão de sair do Egito, é preciso conhecer um pouco qual era a situação daquela estação onde Israel esteve que aqui nós vemos que o nome dela é Ramessés. É esta estação que nós precisamos notar aqui. Vamos nos deter um pouco em Ramessés para entender o que é está debaixo do governo em Ramessés. O que significa fazer tijolos para faraó. Nós precisamos entender isso. Porque precisamos saber de onde é que o Senhor está nos tirando, temos que saber aonde é que o diabo tem-nos muitas vezes privados, presos, enclausurados. Aonde muitas vezes Satanás tem nos mantidos enclausurados. Precisamos ser claros quanto a isso.
Vamos a uma passagem que se encontra em Apocalipse 11. Quero chamar a atenção de todos vocês, para o versículo 8. Olha o que diz esse texto: e o seu cadáver ficará estirado na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado. Aqui Apocalipse fala das testemunhas que testificaram contra a Besta, que logo depois as matam. Ele as mata e repartem presentes. Neste contexto essa expressão é muito importante que João coloca aqui: “seus cadáveres”, na praça da grande cidade. Preste atenção para esta expressão: que em sentido espiritual se chama Sodoma e Egito. Aonde também nosso Senhor foi crucificado. O Senhor utiliza e unifica três cidades: Jerusalém a velha, não a nova, Sodoma e Egito, porque são três? Porque são três aspectos da mesma cidade, porque diz ai aonde o Senhor foi crucificado, é Jerusalém. Bom, Jerusalém, aquela velha cidade que também é Sodoma e Egito. Numa visão pictórica tem um sentido espiritual, sim que o Egito tem um sentido espiritual também, por isso precisamos entender o que é o Egito? Não somente o que é o Egito, mas também o que é Sodoma? Meus irmãos e irmãs, muitas vezes o Senhor trata o seu povo de Sodoma, príncipes de Sodoma e as vezes é Jerusalém, observe que Jerusalém, aquela cidade onde o senhor morreu capital do pacto lá atrás da história, aqui ele está dizendo que ela é Sodoma. Existe um sentido espiritual para isso, no entanto se nós prestarmos atenção para essa expressão a essas conexões, Deus deseja mostrar-nos algo aqui. Veja que o Senhor tem nos tirado disso, Deus tem nos tirado deste caminho de religiosidade, de perversidade e de mundanismo. Por isso diz aqui no final do capítulo 8 de Apocalipse versículo 11 em sentido espiritual. Então a grande cidade observe isso; em sentido espiritual se chama Sodoma, como também se chama Egito, e nós sabemos que esta cidade onde nosso Senhor foi crucificado é Jerusalém. Aqui nós temos três aspectos: Jerusalém, Sodoma e Egito. Mas todos estes três são a mesma cidade, de maneira que o senhor nos tira do Egito, no sentido espiritual, mas resulta que o Egito também é Sodoma, de modo que o Senhor também nos tira de Sodoma, de modo que Sodoma também tem um sentido espiritual. E Jerusalém também tem um sentido espiritual. O Senhor quer nos livrar de tudo isso. Porque Jerusalém fala de religiosidade, lembra da lei, como aquele povo era religioso. Egito nos fala do mundo, Sodoma nos fala da carnalidade é destas coisas que o Senhor deseja nos libertar. Essas são as saídas do povo de Deus, nós fomos libertados disto, não podemos ser escravo disso, Deus deseja nos tirar completamente. Sair de Ramessés significa isso. Sair aqui significa que nós estamos livres do governo do pecado, governo da carne, governo da religiosidade, do governo do mundo. Esta é a saída. É disso que o Senhor nos livrou quando nos tirou lá do Egito. Alguns aspectos espirituais que nós temos que nos deter, porque quando Deus estava para tirar o povo de Israel do Egito, vocês se lembram meus irmãos e irmãs, que Faraó dobrou o serviço para que o povo não pudesse sair, para que o povo trabalhasse mais, para que eles ficassem envolvidos naquele trabalho no Egito de modo que eles não poderiam sair essa é uma realidade que muitos irmãos e irmãs têm vivido. De modo que o mundo tem ganhado de tal forma que hoje o seu trabalho tem se tornado um alvo forte na sua vida. A busca pelo poder, a busca pelo sucesso, a busca pela fama o dinheiro, tem corroído a vida de muitos cristãos, o mundo os tem sufocado, o mundo os tem mantido em uma prisão espiritual, eles não percebem o quanto estão perdidos nestas coisas. Aqui nós precisamos atentar, porque o Senhor deseja nos livrar destas coisas, o senhor deseja que tenhamos uma vida livre para Ele. O nosso trabalho, o nosso casamento, os nossos filhos, seja lá o que for não pode ser o foco da nossa vida a não ser Cristo. O reino dos céus tem que ser prioridade em nossas vidas. Sair de Ramessés significa isso. Significam o rompimento com todas estas coisas que não agradam mais a Deus, que atrapalha a nossa vida espiritual, coisas que estão entre nós e Deus e que estão roubando Deus de nós, estão roubando o nosso tempo, que estão roubando a nossa consagração, que estão roubando o nosso serviço a Deus. Sair de Ramessés significa isso.
Que Deus de uma forma gloriosa e poderosa venha falar ao seu coração venha trazer a você o verdadeiro significado sobre o que significa sair de Ramessés. Que Deus no poder do seu grande e poderoso Espírito inunde o seu coração da sua doce e santa e poderosa Palavra. Amém.



Introdução - Parte 7


As 42 Jornadas no deserto
Introdução - Parte 7
TEXTO: Nm 33.1

Aqui quero que vocês prestem atenção para a forma plural, não só “as jornadas”, mas o Espírito Santo inspirou para que fosse escrito dessa forma no plural, vejam isto, são “as jornadas”, porque nossa caminhada não vai sempre a um mesmo tom, numa mesma tônica, pois, às vezes temos que entender que há mudanças e muitas dessas mudanças são abruptas. De uma etapa para a outra. Na vida cristã há várias etapas e são diferentes umas das outras por isso nós vemos aqui jornadas, no plural. Há várias etapas que nós temos que passar, são várias jornadas, é como se Deus nos tivesse dito: “filhos por todas essas experiências vocês terão que passar não tudo de uma vez, mas pouco a pouco”, uma coisa vem primeiro, outra coisa depois. É assim que nós vemos.
A Bíblia diz que Moises escreveu estas saídas conforme suas jornadas por mandado do Senhor. Veja esta frase: “Por mandado do Senhor”. Aqui certamente vemos que o interesse do nosso Deus não é só meramente histórico, não escreveu história somente pela história, nós sabemos que Deus, Ele escreve a história. Romanos capítulo 15.4 e 5, nós vemos isso. Porque as coisas que foram escritas esta no livro das jornadas, isso é uma das coisas que foram escritas para o nosso ensino. Os santos do novo testamento, os cristãos, não somente eles estavam agora olhando para aquela história, mas eles sabiam que eles estavam vivendo era essa história. Deus não está interessado que sejamos antiquários da história. Ele quer que tiremos proveito da história, para hoje, para agora, tanto para nós como para aqueles que caminham conosco, que peregrinam conosco.
Ainda em Romanos, nesse mesmo texto, afirma “a fim de que, pela paciência e pela consolação das escrituras, tenhamos esperança”. Essa palavra “esperança” no grego é “ELPIS” – fala de um antegozo. Irmãos e irmãs, na medida em que estamos caminhando nessas jornadas espirituais, nós estamos tendo um antegozo da era vindoura. Ai ele diz: “Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus”. Então vejam bem, as jornadas, a história dessas jornadas, foram escritas para quê? Nós sabemos que foi pelo mandado do Senhor. Moisés escreveu essas jornadas por mandado do Senhor. Isto é, O Senhor lhe mandou escrever estas coisas. É dito para quê? Para o nosso ensino, ou seja, em cada uma dessas coisas vamos encontrar uns nomes estranhos, mas todos esses nomes têm significado espiritual em nossa vida. E algo aconteceu em cada uma dessas estações e há uma lição ou mais de uma, que nós precisamos aprender em cada estação e estas estações às vezes muitos largas.
 Parece que a nossa experiência é uma via-crúcis, mas que todos nós entendamos que foi escrita para que tenhamos paciência pela consolação das escrituras, isto é, o antegozo de tudo o que nos aguarda na era vindoura. Que coisa maravilhosa! Note bem, é isso o que a bíblia diz, para que tenhamos paciência. Foram escritas nas escrituras para que tenhamos esperança, para que a escritura nos dê, pelo seu Espírito, primeiro paciência e consolação. Pela paciência e pela consolação tenhamos esperança, isto é, aconteceram para o nosso ensino, foram escritas para o nosso ensino. O que aconteceu com Moisés e todas aquelas pessoas não aconteceu somente com o sentido histórico, arcaico. Não foi isso, meus irmãos e irmãs. Aquelas jornadas foram dirigidas por Deus. Cada saída e cada chegada foram dirigidas pela chegada da nuvem da glória do Senhor. O Senhor se levantava e dizia quando sair, aonde ir e para onde eles deveriam ir, e parar e quanto tempo eles deveriam ficar em cada estação. Tudo isso foi ensinado por Deus a Israel e foi ensinado em vista à nossa própria experiência cristã hoje. Quando Deus estava dirigindo-se a Israel ele não estava pensando somente em Israel. Deus estava, através de Israel, pelo caminho e com o Espírito santo, escrevendo a sua Palavra. Deus estava preparando as escrituras [ensino, paciência, consolação e esperança]. É isso que vemos em Romanos capítulo 15 e os versos 4 e 5. Então o ensino nos guia à paciência e quando temos paciência temos consolação e pela consolação temos a esperança. Todas essas jornadas foram escritas para nós.
 Há muitas passagens na Bíblia onde estas jornadas são resumidas e nesses resumos temos também essas lições para aprendermos, mas a intenção agora não é ler os resumos, é ler jornada após jornada, estação após estação, cada uma destas paradas onde temos grandes e preciosas lições para aprendermos na vida cristã. Uma coisa é chegar a uma estação outra coisa é sair dela e esta é uma experiência que temos que aprender. Às vezes chegamos a uma determinada estação e o Senhor quer nos levar a uma situação completamente diferente, mas não o mesmo chegar a uma determinada estação como em um mero avanço. E quando chegamos é um momento de sair de uma determinada estação e não entendermos nada, nenhuma delas, em cada estação deve haver uma experiência e cada saída deve haver também uma experiência. É isso que Deus deseja em nós. Uma estação pode ser boa quando é um avanço, pode ser algo mal quando é uma fixação, isto é quando você pretende permanecer ali. Resumir sua vida cristã toda numa só situação, numa só experiência, quando, todavia não temos experimentado algo. Está bem, chegamos a isso, mas o Senhor quer que nós avancemos. O Senhor vê que é conveniente que nós devemos levantar e ir para outra experiência.  Nós não podemos ficar parados na vida cristã. Nós precisamos avançar. Há situações em nossa vida em que não podemos permanecer do mesmo jeito. E só o Senhor sabe a hora de nós sairmos. Quando o Senhor vê que chegou à hora de sair, então vamos sair, vamos levantar do arraial, então vamos sair. Em cada uma dessas situações nós iremos aprender princípios espirituais.
 Veja aqui em Números capítulo 33, versículo, 3 quando diz: “partiram, pois, de Ramessés no décimo quinto dia do primeiro mês; no dia seguinte ao da Páscoa, saíram os filhos de Israel, corajosamente, aos olhos de todos os egípcios”. Aqui nós temos a PRIMEIRA JORNADA, quando eles saíram de Remesses. E a bíblia diz que eles saíram de Ramessés e acamparam em Sucote. Acampar em Sucote significa uma coisa, acampar em estação é uma coisa completamente diferente da outra, e sair aqui é outra experiência. Aqui nós temos que ver algo, veja bem, no versículo v4 diz assim:  

4 - enquanto estes sepultavam todos os seus primogênitos, a quem o SENHOR havia ferido entre eles; também contra os deuses executou o SENHOR juízos.
5- Partidos, pois, os filhos de Israel de Ramessés, acamparam-se em Sucote.

Aqui nós temos que ver duas coisas: sair de Ramessés é uma coisa, entrar em Sucote é outra coisa. Assim temos que ver Sucote em dois sentidos: o sentido da chegada, que é algo muito bom, porque Deus nos tira de algo mais atrasado pior, e nos leva durante um tempo durante a peregrinação e chegamos a algo muito bom, Sucote. Mas depois vai chegar o momento em que é necessário sair de Sucote, o Senhor ver que há algo em nós que foi ganho, algo que temos ganhado e aprendido. Ai sim é a hora de sair. Durante um tempo é bom, mas chega o momento em que tem que sair. Por isso é dito no novo testamento, veja o que diz Hebreus no capítulo 5, verso 11 e 12.

11 - “A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir”.
12 - “Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido”.

Não seguimos adiante à perfeição, mas ficamos parados, alguns cristão estão assim, por isso todas essas jornadas continuam até que se tenha chegado à maturidade. Não podemos ficar parados, há momentos que nós temos que permanecer, mas depois não poderemos ficar ali. Temos que avançar na vida cristã.  È isso que aprendemos nessas jornadas.
Aqui nós vemos a palavra RUDIMENTOS. São os princípios elementares da fé cristã. Esta bem que haja um tempo para os rudimentos, o ABC da vida cristã. Veremos vários destes rudimentos nas primeiras estações. Chega o momento em que depois de tanto tempo é preciso sair deles e ir adiante, até a maturidade. Porém não se chega à maturidade de repente, mas é de glória em glória, de estação em estação, de triunfo em triunfo, de prova em prova, de circunstância em circunstância. É claro que a palavra triunfo é mais importante, mas a palavra nos diz “para que fôssemos provados”. Devemos ser levados para o deserto para que assim, provados, devemos ser levados para o deserto, por todos os lugares, para que venhamos alcançar o triunfo da vitória de Cristo.
Então já vimos o que significam essas jornadas, essas experiências espirituais do povo de Deus. E essas experiências são progressivas, cada estação tem dupla face. Bem aventurada chegada! Aonde chegamos isso é como algo novo, precioso, e acampamos ali. E graças a Deus pelo tempo que seja necessário que se possa ficar ali caminhando, aprendendo. O Senhor sabe que logo é hora de sair porque havia sido bom até aqui. Havia sido muito agradável chegar ali, havia sido muito maravilhoso aquela experiência de chegada, mas da mesma forma temos que sair, de maneira que cada estação tem dois aspectos o da chegada e o da saída. Vamos para um texto que se encontra em 1 Corintios v3. Neste capítulo podemos ler os resumos nos primeiros versículos, inclusive leia até o versículo 14, você poderá entender isso melhor. Paulo diz isso no capítulo 10, versículo 1 ao 5:

1 -“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos sob a nuvem, e todos passaram pelo mar,
2 - tendo sido todos batizados, assim na nuvem como no mar, com respeito a Moisés. Todos eles comeram de um só manjar espiritual
4 - e beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.
5- Entretanto, Deus não se agradou da maioria deles, razão por que ficaram prostrados no deserto.

Você pode ler isso até o versículo 14, você vai poder entender melhor. Veja que o Apóstolo Paulo começa a chamar a atenção da Igreja nessas jornadas em que o povo de Israel passou pelo deserto. “Não quero que ignoreis” disse Paulo, isto é, que isso são coisas  que a Igreja não deve ignorar, escritas para  o nosso ensino, afim de que, pela paciência, pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança. Por isso foi Moises mandado por Deus. Deus deu ordens a Moisés: “Escreve estas jornadas em ordem”, isto é, Deus está interessado em que isso não se apague e fique apenas como registro histórico e arcaico e  arqueológico, Deus quer isto seja ensino, seja vida para nós. Paulo diz: “não quero, irmãos, que ignoreis”. Aqui ele faz o resumo onde nossos Pais estiveram debaixo da mesma nuvem e todos passaram pelo mar. Observe como Paulo está recordando todas as jornadas, ele está dizendo à Igreja: “não ignore isso”. Todos eles beberam da mesma Pedra Espiritual, veja como Paulo vai transcrevendo aqui aquelas experiências de Israel pelo deserto. Mas ele disse que: “Deus não se agradou de muitos deles, razão por que ficaram prostrados no deserto”. Haviam saído e batizados, haviam estado debaixo da nuvem, porém ficaram travados em algumas estações. Algo aconteceu em alguma estação que fez com que alguns, não avançassem ficassem neste nível. E o que foi que aconteceu? Ele nos diz: “ficaram prostrados no deserto”. Agora veja o verso seguinte; “Ora, estas coisas se tornaram exemplos para nós, a fim de que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçam”. Quais são todas essas coisas mencionadas por Paulo? Aqui ele está resumindo em quatro versículos todas aquelas jornadas do povo de Israel. Ele está chamando nossa atenção sobre alguns pontos importantes, preponderantes daquelas jornadas. Ele diz “estas coisas” ou todos estes acontecimentos e lições, distintas que se sucederam naquelas jornadas serviram de exemplo para nós, para que devamos estudar estes livros das jornadas minuciosamente. Para que venhamos aprender as lições práticas para a nossa vida, pois são exemplos para nós. Se nós queremos viver a vida cristã na comunhão com Deus, uma vida guardada em Cristo, uma vida escondida em Cristo, precisamos dar atenção a essas jornadas que aqui começam. Alguns pontos importantes da nossa vida cristã hoje, irmãos e irmãs. Vocês precisam entender isso, estamos numa peregrinação espiritual, jornada espiritual, nós não podemos vacilar, não podemos errar, nós precisamos ser atenciosos, cuidadosos quanto a nossa vida cristã e Deus coloca diante de nós a sua Palavra como correção e como disciplina para que nós não venhamos vacilar, para que nós não venhamos errar, para que o Senhor através das jornadas venha nos disciplinar, irmãos e irmãs, sobre o nosso caminhar, como é que estamos vivendo a nossa vida cristã.
Que Deus te abençoe através dessa palavra. Eu prossigo ainda compartilhando sobre isso na esperança de que o Deus de toda graça, no poder do seu Espírito Santo, através da sua Palavra fale poderosamente ao seu coração.