1 Co 12:4-11; Rm 8:26,27
Toda oração
corporativa verdadeira e genuína é a manifestação
da presença do Espírito Santo. A palavra grega traduzida como manifestação significa
literalmente “tornar visível, ou
observável; tornar conhecido ou tornar claro”. Essencialmente, a palavra
traz a idéia de desvendar, ou de revelar, ou de mostrar um assunto. Quando entendemos isso, começamos a compreender o real sentido da
manifestação do Espírito. O Espírito Santo revela a mente e a vontade do
Cabeça — manifestando Seu encargo e
interesse. O propósito do Espírito é capacitar-nos,
por meio das armas espirituais com que nos supre, a alcançar um bom resultado
ou participarmos ativamente de alguma situação quando for necessário. Às
vezes, na oração, só entendemos vagamente qual é a mente do Senhor a respeito
de determinado assunto, porque Sua mente não nos é nítida. Contudo, a
manifestação do Espírito nos concede clareza
cristalina quando estamos orando corporativamente. Às vezes precisamos apenas
saber aquilo que estamos enfrentando; pode ser que sintamos todo tipo de
movimento no ambiente. Pode ser um peso, ou um ataque violento dos poderes das
trevas, ou pode ser algo diferente; mas não estamos certos de que tipo de coisa
se trata. Outras vezes não temos certeza sobre o alvo e propósito do
Senhor em alguma situação específica.
É expressão da graça
de Deus quando há uma manifestação do Espírito, por meio da qual recebemos
revelação da mente do Senhor. Se o Senhor Jesus foi constituído Cabeça sobre
todas as coisas para a Igreja, então parece espiritualmente lógico esperar que
Ele torne conhecido de forma prática como devemos orar e proceder. A
importância estratégica da manifestação do Espírito é que ela nos faz
descobrir, ela nos revela o coração de Deus. A Palavra nos diz que essa
manifestação do Espírito é para benefício comum (Almeida Século
XXI). O Espírito de Deus Se manifesta para o proveito do corpo todo. É interessante notar que a manifestação do Espírito é concedida a cada um. Na verdade isso é o
corpo de Cristo em ação, ou seja, os membros do Seu corpo funcionando como
devem funcionar. Além do mais, se nossas orações devem produzir algum
efeito, por meio do Espírito Santo, precisamos estar em harmonia, estar juntos,
ou seja, precisamos “estar de acordo”
uns com os outros. É assim que a reunião de oração corporativa se torna um
termômetro para a saúde de uma congregação ou uma comunidade. Se não sabemos
como andar juntos, não passamos de um grupo de indivíduos salvos por Sua graça,
mas que desconhecem o funcionamento do Seu corpo.
Somos encorajados pelo apóstolo Paulo:
com toda oração e súplica, orando em todo
tempo no Espírito.
Como já explicamos no capítulo quatro, só conseguimos a experiência de “orar no Espírito” quando estamos sob a direção soberana e debaixo do poder capacitador do Espírito Santo
(veja Efésios 6.18). É uma dimensão espiritual na qual entramos; é o Seu
encargo que se forma dentro de nós; é Ele quem nos impele, nos dirige e nos capacita a orar. Isso significa que
estamos sob a unção do Espírito e dentro da unção d’Ele. Também é Ele quem nos harmoniza uns com os outros e nos capacita a não só entender qual é a
vontade de Deus, mas também a ver a
Sua vontade sendo cumprida nesta Terra decaída. A oração corporativa,
portanto, encontra-se na esfera e na dimensão do Espírito de Deus. Se isso é
verdade, então é forçoso que haja momentos em que o Espírito Santo Se manifeste
de formas bastante definidas.
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