domingo, 14 de setembro de 2014

A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO




1 Co 12:4-11; Rm 8:26,27

Toda oração corporativa verdadeira e genuína é a ma­nifestação da presença do Espírito Santo. A palavra grega traduzida como manifestação significa literalmente “tornar visível, ou observável; tornar conhecido ou tornar cla­ro”. Essencialmente, a palavra traz a idéia de desvendar, ou de revelar, ou de mostrar um assunto. Quando enten­demos isso, começamos a compreender o real sentido da manifestação do Espírito. O Espírito Santo revela a men­te e a vontade do Cabeça — manifestando Seu encargo e interesse. O propósito do Espírito é capacitar-nos, por meio das armas espirituais com que nos supre, a alcançar um bom resultado ou participarmos ativamente de algu­ma situação quando for necessário. Às vezes, na oração, só entendemos vagamente qual é a mente do Senhor a respeito de determinado assunto, porque Sua mente não nos é nítida. Contudo, a manifestação do Espírito nos concede clareza cristalina quando estamos orando corporativamente. Às vezes precisamos apenas saber aquilo que estamos enfrentando; pode ser que sintamos todo tipo de movimento no ambiente. Pode ser um peso, ou um ataque violento dos poderes das trevas, ou pode ser algo diferente; mas não estamos certos de que tipo de coisa se trata. Outras vezes não temos certeza sobre o alvo e pro­pósito do Senhor em alguma situação específica.

É expressão da graça de Deus quando há uma manifestação do Espírito, por meio da qual recebemos revelação da mente do Senhor. Se o Senhor Jesus foi cons­tituído Cabeça sobre todas as coisas para a Igreja, então parece espiritualmente lógico esperar que Ele torne co­nhecido de forma prática como devemos orar e proceder. A importância estratégica da manifestação do Espírito é que ela nos faz descobrir, ela nos revela o coração de Deus. A Palavra nos diz que essa manifestação do Espírito é para benefício comum (Almeida Século XXI). O Espírito de Deus Se manifesta para o proveito do corpo todo. É interessante notar que a manifestação do Espírito é concedida a cada um. Na verdade isso é o corpo de Cristo em ação, ou seja, os membros do Seu corpo funcionando como devem funcionar. Além do mais, se nossas orações de­vem produzir algum efeito, por meio do Espírito Santo, precisamos estar em harmonia, estar juntos, ou seja, pre­cisamos “estar de acordo” uns com os outros. É assim que a reunião de oração corporativa se torna um termômetro para a saúde de uma congregação ou uma comunidade. Se não sabemos como andar juntos, não passamos de um grupo de indivíduos salvos por Sua graça, mas que desco­nhecem o funcionamento do Seu corpo.

Somos encorajados pelo apóstolo Paulo: com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito. Como já explicamos no capítulo quatro, só conseguimos a expe­riência de “orar no Espírito” quando estamos sob a dire­ção soberana e debaixo do poder capacitador do Espírito Santo (veja Efésios 6.18). É uma dimensão espiritual na qual entramos; é o Seu encargo que se forma dentro de nós; é Ele quem nos impele, nos dirige e nos capacita a orar. Isso significa que estamos sob a unção do Espírito e dentro da unção d’Ele. Também é Ele quem nos harmo­niza uns com os outros e nos capacita a não só entender qual é a vontade de Deus, mas também a ver a Sua vonta­de sendo cumprida nesta Terra decaída. A oração corpo­rativa, portanto, encontra-se na esfera e na dimensão do Espírito de Deus. Se isso é verdade, então é forçoso que haja momentos em que o Espírito Santo Se manifeste de formas bastante definidas.






Nenhum comentário: