segunda-feira, 30 de junho de 2014

VIGIAR E ORAR



VIGIAR E ORAR

1 Co 16.13; Lc 12.37, 39, 40; 1 Ts 5.2-6; 1 Pe 5.8

Ap 16.15; Lc 21.25-28; Lc 21.36


UM EXEMPLO DE COMO FICAR ACORDADO E ALERTA

Certa ocasião, uma empresa alemã planejou abrir uma rede de sex shops na Inglaterra e pensava abrir a primeira loja em Richmond. Todos nós da comunidade de crentes tínhamos conhecimento de que esse tipo de loja estava se tornando um problema no país todo e estávamos alertas a toda situação. Estávamos orando contra essa possibilidade e atentos ao primeiro sinal dos aconteci­mentos. Não havia dúvida em nossa mente de que os po­deres das trevas usavam esse tipo de loja para corromper, prejudicar e arruinar as pessoas. Tínhamos visto o efeito e dano que isso havia causado em alguns dos nossos com­panheiros salvos que tinham feito uso desses produtos.
Certo dia, um irmão da comunidade veio a Halford Honse e nos disse que a loja de fato tinha sido instalada do outro lado da estação de trem de Richmond. Decidi­mos, como comunidade, gastar alguns dias em oração. Foram momentos maravilhosos de oração corporativa, e o Espírito Santo nos deu várias promessas na Palavra de Deus. Firmamos os pés nessas promessas, em nome do Senhor, para destruir essa sex shop.
Na última noite de oração, todos nós sentimos que o Senhor tinha ouvido nossa oração e começamos a louvá-lO. Eu estava totalmente extasiado com a agitação de tudo aquilo e resumi todo o nosso tempo de oração as­sim: “Oh, Senhor, colocamos uma bomba debaixo dessa sex shop e a mandamos pelos ares!”.
Na manhã seguinte, Margaret Trickey, que cuida da Halford House, entrou rindo de tal forma que, por um longo tempo, não conseguia nos dizer o que ela acha­va tão engraçado. Finalmente, apoiando-se na verga da porta, conseguiu dizer: “A sex shop, a sex shop”. Eu disse: “Margaret, você com certeza não foi à sex shop, foi?”. Ela respondeu: “Não”, e por fim conseguiu dizer: “A loja de produtos pornográficos! Ela foi pelos ares!”.
Aí foi minha vez de ficar preocupado: pensei que a polícia estivesse chegando para conversar conosco. Já me imaginei na frente deles: “Sr. Lambert, o senhor tem algum motivo para suspeitar que um membro da sua congregação colocou uma bomba nessa loja?”. Eu di­ria: “É claro que não, nem em sonho passaria em nossa cabeça fazer algo tão fora da lei como isso!”. Contudo, lembrei-me de que em nossa comunidade havia alguns rapazes que tinham ficha na policia, embora fossem cren­tes agora. Se a policia interrogasse um deles, a resposta seria: “Não, não conheço ninguém da congregação que colocaria uma bomba na sex shop, mas quando o nosso líder orou, ontem, ele disse: ‘Senhor, nós colocamos uma bomba nessa sex shop e a mandamos pelos ares’”. Eu me via tentando explicar ao juiz qual era o sentido daquelas minhas palavras.
Mas a verdade era diferente. Margaret tinha ido a uma loja vizinha e descobriu que estavam bastante nervo­sos com o que havia acontecido. Eles disseram que o sis­tema de calefação a gás da sex shop havia explodido e tinha destruído o prédio. Esse foi o fim daquela sex shop! Nós tí­nhamos ficado alertas sobre o assunto e procuramos tratar com ele em oração, e o Senhor agiu em nosso favor.


VIGIAS QUE ESTÃO PRONTOS, ESPIRITUALMENTE ALERTAS, E ATIVOS

A necessidade de vigiar e não apenas orar tem mui­to a ver com estar ciente dos acontecimentos que ante­ciparão a vinda do Senhor. Por diversas vezes o próprio Senhor nos alerta que podemos ser colhidos de surpre­sa pela Sua vinda. Para aqueles que não vigiam, Ele virá como um ladrão de noite, súbita e inesperadamente. O Senhor Jesus declara, como registrado por João, em Apocalipse 16.15:

“Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha”.

Os ladrões não têm por hábito telefonar para suas vitimas avisando a sua chegada. Eles não mandam um cartão de visitas com a data e hora da sua chegada; eles vêm furtiva e inesperadamente.
Muitos anos atrás, minha mãe e meu padrasto via­jaram por alguns dias, e uma tia veio cuidar de minha irmã e de mim. Por volta das duas da manhã, minha tia entrou no meu quarto e disse: “Lance, levante rápido; a avenida inteira está cheia de policiais, cães da policia e carros pretos da policia. Eles estão examinando o quintal de várias casas. A Teresa e eu estamos tentando ver qual dos vizinhos foi roubado”.
Eu rapidamente me levantei e corri para o outro quarto. Ali, minha irmã e minha tia inclinavam-se pela janela, observando avidamente tudo o que acontecia. Mi­nha tia pensava que certo vizinho é que tinha sido rou­bado; mas minha irmã contestou: “Esse vizinho tem um pastor alemão enorme, muito bravo”. De repente, minha tia disse: “Ah, estou com sede; vou descer à cozinha e fa­zer um café”, com isso desaparecendo escada abaixo. Um momento depois, ouvimos um grito tão horripilante que teria sido capaz de ressuscitar os mortos no cemitério que ficava a mais de um quilômetro de distância, no ou­tro lado do rio. Menos de um minuto depois, como um foguete lançado de Cabo Canaveral, ela subiu as escadas, aterrissando lá em cima, lívida e tremendo: ‘O ladrão, o ladrão”, ela balbuciou. “Ele está na nossa cozinha.” Mi­nha irmã perguntou: “Ele disse alguma coisa?”. “Sim, ele disse: ‘Boa noite, senhora’. “Bem, o que é que ele estava fazendo?”, eu perguntei. “Ele estava comendo uma sobre­mesa”, respondeu minha tia.
Constatou-se que ele era um ladrão famoso. Ele ti­nha assaltado treze casas aquela noite, e a polícia ainda não tinha conseguido pegá-lo. Demorou um ano para que conseguissem apanhá-lo. Ele saiu da nossa cozinha da mesma forma que tinha entrado, por uma pequena janela na despensa. Todos nós estávamos conversando so­bre quem o ladrão estava visitando e, na realidade, ele estava em nossa própria casa! Isso ilustra como é possí­vel crer que outros serão surpreendidos pela vinda do Senhor como um ladrão, quando na verdade quem pode ser surpreendido somos nós mesmos!
De fato, não teremos desculpa se formos pegos de surpresa pela vinda do Senhor. Temos extensos trechos da Palavra de Deus que descrevem com acurada precisão as condições e os eventos que culminarão na Sua volta. Se cremos em um arrebatamento daqueles que estão pron­tos, como eu creio, então precisamos não apenas orar, mas também vigiar. Se prestarmos atenção ao que está acontecendo em nossas nações, ou por todo o mundo, o Espírito de Deus nos alertará e nos preparará para es­tarmos prontos. O Senhor Jesus nos alerta com estas palavras:

“Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem” (Lc 21.36).

Temos de vigiar o tempo todo, investigando cuidadosa­mente, suplicando que o Senhor nos mantenha acordados e alertas. Aos que vigiarem e estiverem espiritualmente ativos e alertas o Espírito Santo dará uma “compreensão dos tempos”. Ele disse também:

“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande gló­ria. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se apro­xima (Lc 21.25-28).

Essas palavras de nosso Senhor me parecem muito importantes e oportunas. Estamos vendo o começo do seu cumprimento? Se for assim, não basta orar apenas, mas precisamos vigiar e estar prontos!

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