quarta-feira, 13 de maio de 2009

O BOM DEPÓSITO (PARTE 2)

Em 1ª Coríntios capítulo 2 também se fala dos dois aspectos que havemos tocado na revista anterior. Isto é, por um lado, o depósito espiritual, e por outro, a administração falada desse depósito, o ministério da Palavra.
Vou ler à partir de 1ª Coríntios 2 no verso 9, para ter um contexto um pouco mais amplo, onde, dos dois aspectos que Paulo falou em 2ª Timóteo 1:13-14, ele dá outros detalhes, o qual nos ajudará, nos ilustrará e nos estabelecerá.
«Ao contrário…». Este «Ao contrário…» é em contraste com a sabedoria dos príncipes deste século. Do verso 6, Paulo está contrastando a sabedoria oculta de Deus com a sabedoria dos príncipes deste século, que não conheceram a Deus e por isso crucificaram ao Senhor. O mesmo contraste que faz também Tiago, quando fala da sabedoria que vem do alto, que é primeiramente pura, que é pacífica, amável, cheia de bons frutos, contrastada com a sabedoria meramente terrestre, que Tiago a chama inclusive animal e diabólica.
E esse mesmo contraste que faz Tiago, Paulo faz aqui. Mas no verso 9, depois de ter feito já o contraste das duas, ele agora vai falar da sabedoria predestinada por Deus para a glória da igreja. Da glória da igreja está no verso 7.
«…falamos sabedoria de Deus em mistério…». A sabedoria oculta, mas não são os ocultismos nem os hermetismos típicos da sabedoria terrestre, animal e diabólica, mas a de Deus. «…a qual Deus predestinou antes dos séculos para a nossa glória». Paulo se deu conta que Deus queria nos glorificar; não para nos autoglorificar. O próprio Jesus Cristo não procurava a sua própria glória, mas a glória do Pai, e isso é o que nós devemos fazer.
Mas, ainda buscando a glória do Pai, o Senhor Jesus Cristo sabia que, assim como o Filho buscava a glória do Pai, o Pai buscava a glória do Filho. «Eu não busco a minha glória, mas há quem a busque, o meu Pai, que vós dizeis que é vosso Deus», disse aos judeus. Jesus sabia que o Pai queria glorificar o Filho; mas o Filho queria glorificar o Pai.
E agora é a mesma coisa: Nós queremos glorificar o Filho, e o Filho quer glorificar à igreja. Agora, se a igreja quer glorificar a si mesma, e em vez de pregar a Jesus pregamos a nós mesmos, ele vai ter que ficar calado, e vai ter que nos envergonhar, para que aprendamos a lição.
«Pai, a glória que tu me deste, eu lhes tenho dado». Só que a igreja tem que ser treinada para portar a glória de Deus sem estorvá-la, sem distorcê-la. E para isso somos submetidos ao forno, para ser cristalinos, como a nova Jerusalém, que é cristalina, diáfana como o cristal. Ela não é vista, mas é vista a glória de Deus nela, e isso é o que o Senhor quer: que cada vez nos vejamos menos, para que ele possa ser mais visto.
«Ao contrário, como está escrito: Coisas que olho não viu, nem o ouvido ouviu, nem subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam». Deus é um Deus que prepara surpresas para os que o amam. Alguém que ama é alguém que quer dar surpresas à pessoa amada.
Assim é o nosso Deus. Ele é um Deus que se agrada em nos assombrar. E nos dá umas surpresas! Porque nos diz. «Eu te amo, te amo». Essa é a surpresa. Claro, ele nos ama; sabemos que ele nos ama. Mas quando ele nos diz outra vez: «Te amo», ah, que lindo! Cada vez que diz isso, é um rhema, não é verdade? Não é só a doutrina do amor de Deus, senão que ele nos ama.
Então, o Senhor diz por Paulo: «Mas…». Por que diz, mas? Porque acaba de dizer que o olho não viu, que o ouvido não ouviu, que não tem subido ao coração do homem; ou seja, isto não tem origem no homem. «Mas Deus no-las revelou…». Essas coisas preparadas. «…no-las revelou pelo seu Espírito». Tudo isto se dá no plano da fé, da nova criação, do novo nascimento para cima, pelo Espírito.
«Deus no-las revelou…». As coisas que o olho não viu, que o ouvido humano não ouviu, que os corações dos homens, filósofos, grandes gênios da história humana, não lhes ocorreram, Deus as revelou à igreja «…pelo Espírito».
Paulo era um bom leitor do Antigo Testamento. Ele tinha lido em Provérbios, que diz: «O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha o mais profundo do coração». Ou seja, o que em nós esquadrinha nossas profundidades é o nosso espírito, e muito mais se é habitado pelo Espírito de Deus. Então, apoiado nisso, Paulo diz: «Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem que está nele?» (V. 11). Ou seja, se no caso do homem o espírito do homem é o único que sabe o que acontece no íntimo, quanto mais no caso de Deus!
Só o Espírito de Deus sabe o que há no coração de Deus, conhece plenamente o Pai e o Filho, a relação do Pai e o Filho, o propósito do Pai e o Filho, os caminhos do Pai e o Filho. Se isso acontece inclusive com o homem, Paulo diz que assim também acontece com Deus.
Então ele diz: «Assim também ninguém conheceu as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus». Ou seja, por isso, a única maneira de participar deste novo mundo, desta nova criação, é por meio do Espírito de Deus que já habita em nós, e que está aí, esperando a primeira oportunidade que lhe demos, para nos ajudar, para nos introduzir e para nos conduzir.
E em seguida Paulo diz: «E nós não recebemos o espírito do mundo…». Porque às vezes o recebemos. Esse é o problema; deixamos-nos poluir pela carne e pelo espírito, e então o Senhor se retrai. Nós fechamos o nosso coração. Já sabemos de onde vem o mundo, para onde vai, quem é, a quem lhe pertence. Embora estejamos no mundo, não somos do mundo. Há uma total separação entre o Espírito do Senhor e o espírito do mundo, e nós não recebemos o espírito do mundo. Não podemos ser adúlteros.
«E nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus…». Recebemos, porque isto já é um fato na igreja. Paulo não conduz os irmãos à confusão, mas à fé. Se for irmão, tem o Espírito.
O que faz o Espírito? Para que o Espírito vem? «…para que saibamos o que Deus nos concedeu». Ou seja, conheçamos. Este saber é ter experimentado e desfrutado «… do que Deus nos concedeu». Esse é o depósito, o pacote, a encomenda, o presente. Irmãos, é mais do que imaginamos, inclusive Deus nos dá isso antes que o conheçamos, porque ele não espera que conheçamos tudo para nos dar. Ele nos deu a si mesmo; só que ainda não entendemos tudo o que significa o que ele nos tem dado. Por isso é que Paulo orava.
Permitam-me, vou parar aqui. Vamos para Filemon, para ver ali uma expressão de Paulo que tem haver com isto, e para comentar essa frase: «…o que Deus nos concedeu». Esse é o depósito, essa é a realidade espiritual que o Senhor deu à igreja, e que os irmãos têm recebido ao receber ao Senhor.
«Dou graças ao meu Deus, fazendo sempre memória de ti em minhas orações, porque ouço do amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus, e para com todos os santos; para que a participação da tua fé seja eficaz no conhecimento de todo o bem que está em vós por Cristo Jesus» (Flm. 1:4-6). Paulo estava intercedendo por Filemon, para que, quando ele participasse a fé, a participação de sua fé fosse eficaz, ou seja, produzisse um efeito no mundo do Espírito, no novo mundo. Mas em seguida nos diz qual é o segredo da eficácia da participação da fé. Então diz: «…eficaz no conhecimento de todo o bem que está em vós por Cristo Jesus».
Não é que esse bem ‘vai estar’. Não. Como você já recebeu a Cristo, e Deus já pôs em Cristo todo o bem, então, todo o bem que está em Cristo está em nós, nos que receberam a Cristo. E na medida, que você vai conhecendo, experimentando pela fé, que Cristo está em ti, a participação de sua fé vai ser mais eficaz.
Se você chegar a contar com tudo o que Cristo te deu, ou seja, com o depósito, então, quando compartilhar a sua fé, será eficaz. Porque estará tirando da provisão que você não conquistou. Foi outro o que nos deu a seu Filho, deu-nos vida, deu-nos o Espírito. Então, irmãos, «…no conhecimento de todo o bem que está em vós por Cristo Jesus», a participação eficaz da fé no conhecimento de tudo o que Deus nos deu.
Precisamos conhecer do Senhor; que o mesmo Espírito nos conduza a perceber e crer espiritualmente tudo o que significa ter recebido a Cristo, que é Deus e ao mesmo tempo é homem, e realizou a humanidade em sua pessoa, e nos conduziu por sua cruz, por sua ressurreição e por sua ascensão, e nos assentou com ele nos lugares celestiais, e estamos unidos a ele em espírito, como um presente de Deus.
Antes, no Antigo Pacto, nós procurávamos fazer coisas. Mas no Novo, ele disse que ia se esquecer dos nossos pecados e que ia pôr o seu Espírito em nós, para nos fazer andar em seus estatutos. Porque antes, nós procurávamos andar e não andávamos; então ele decidiu esquecer os nossos fracassos, nos perdoar os pecados e nos dar o seu Espírito. É algo que ele decidiu fazer, e que ele fez e está fazendo; é algo que teve início na graça de Deus.
O sangue e o Espírito cobrem as nossas necessidades; o sangue, para tratar todo o velho, e o Espírito, para suprir todo o novo. Como um presente, o Espírito é recebido pela fé, não pelas obras da lei, mas por crer em Deus. E a palavra chave é outra vez receber. Receber é crer, receber é apropriar-se, contar com a presença fiel do Senhor.
Então, em Filemon, Paulo diz que a eficácia consiste em conhecer o bem que está em nós por Cristo. Já é nosso. Agora terá que ir abrindo a provisão parte por parte e tirando tudo o que há. Já o nosso Pai abriu uma conta em nosso nome no Banco celestial; agora cabe a nós assinar os cheques, com toda fé, com toda confiança de filhos, pelo que é necessário para cooperar com o nosso Pai na terra. E o céu paga, sim, porque o céu paga.
Voltamos outra vez a 1ª Coríntios 2. «E nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que saibamos o que Deus nos tem concedido» (V. 12). O Espírito Santo foi dado «para que saibamos o que Deus nos tem concedido» – o próprio Deus, a natureza divina, a realização humana no Senhor Jesus, a liberdade por meio da cruz, a nova vida por meio da ressurreição, o consolo.
Quantas coisas riquíssimas podemos colocar debaixo dessa frase tão curta, «…o que Deus nos tem concedido». Esse é o bom depósito; é muito, e não devemos deixá-lo assim, resumido. Não. Essa provisão você terá que abri-la, conhecer todo o bem que está em nós por Cristo. Terá que ver tudo o que isso implica, porque às vezes precisamos usar disso, que é Cristo, e às vezes desse outro, que também é Cristo. E às vezes disto e daquilo ou, quando menos esperamos, de outro aspecto que também existia em Cristo.
Então, até aqui, estamos vendo o bom depósito, o conteúdo espiritual, ou seja, originário do Novo Pacto, porque as suas palavras, no Novo Pacto, são Espírito e são vida. E também são palavras, mas palavras que vão cheias, não palavras vazias, palavras cheias com Deus, com Cristo, com o Espírito.
Então, agora diz: «…o que Deus nos tem concedido, o qual também falamos…». Essas são «as sãs palavras que de mim ouviste». Você vê as duas partes aqui? «…o que Deus nos tem concedido», corresponde ao bom depósito, mediante o Espírito Santo que provém de Deus. Mas diz: «…o qual também falamos». Ou seja, isto terá que ser falado. «Cri, pelo qual falei». Esse é o ministério da Palavra, da igreja.
A igreja tem que dar testemunho do que recebeu, tem que dizer o que Deus tem feito. Apocalipse 12 diz que os vencedores venceram o dragão pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho deles. Eles falaram com confiança diante dos demônios; disseram a palavra de Deus. Pela fé, até no meio da tormenta, disseram o que Deus disse: «Eu te amo, e dei a meu Filho; te perdoei, te dei o meu Espírito, te fiz um filho, uma filha, membros do Corpo e herdeiros da salvação, instrumentos de justiça no meio da escuridão».
Nós vemos escuridão, mas todos os anjos estão nos olhando. E Deus está nos olhando, para ver o que é o que na verdade cremos, e o que é o que vamos dizer nas ventas dos demônios. Mas eles venceram o dragão pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho deles, desprezando as suas vidas até a morte. Não tiveram em conta a si mesmos; só tiveram em conta o amor de Deus.
Então diz: «…também falamos…». É o ministério da Palavra, «…na fé e no amor que há em Cristo Jesus». Esse é o outro aspecto, o de «Retenha a forma das sãs palavras…». Também falamos. «Guarda o bom depósito…» – o que Deus nos concedeu, e segue falando agora do aspecto ortodoxo, o aspecto de 2ª Timóteo 1:13. «Retenha a forma das sãs palavras…».
«…o qual também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com as que ensina o Espírito…». Ou seja, o Espírito ensina certas palavras. As palavras ensinadas pelo Espírito tem sido o Novo Testamento. O Novo Testamento é o ministério do novo pacto, o ministério do Espírito. Então, as palavras ensinadas pelo Espírito são as palavras do Novo Testamento, mas não repetidas de maneira mecânica, mas cridas.
Quando o Espírito da palavra nos tocou, pela graça de Deus, cremos, e dizemos o mesmo, com fé, amor e gratidão. E o Espírito Santo está aí para defender, para respaldar e vivificar essa palavra, para que essa palavra seja seguida pelos prodígios e sinais que o Senhor faz como lhe agrada. O Espírito Santo está aí para cumprir a palavra de Deus.
Então, por isso diz aqui: «…o qual também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com as que ensina o Espírito, comparando o espiritual ao espiritual». As duas coisas são espirituais. Tem-se que comparar as palavras que o Espírito ensina a que Deus nos concedeu. O bom depósito e a forma das sãs palavras, a ortodoxia da verdade, e a verdade ou realidade do que fala a ortodoxia, uma concorda com a outra.
Não é só a ortodoxia. E não é somente um sentimento de vida, claro, ainda que haja um sentimento, e claro que é vida, mas é vida expressa em luz, vida expressa na verdade, inclusive na doutrina.
Paulo não tinha problema em falar de doutrina, e em Romanos 6, que vem falando de coisas tremendas da nossa crucificação com Cristo, ele diz que fomos entregues a certa forma de doutrina. Ele não tem preconceito em dizer dessa maneira, porque ele era conhecido por eles. Eles sabiam que Paulo era uma pessoa de espírito, e como tal, ele podia falar assim. Porque essa certa forma de doutrina era a verdade ortodoxa da palavra de Deus, que era vivida por Paulo.
O problema está quando não se vive. Quando se vive, você pode falar qualquer classe de palavras, e as pessoas sabem a que se refere, porque você está no Espírito. Quando se está no Espírito, pode-se falar de muitas coisas. O problema é se não estamos no Espírito; aí é que complica tudo, não é verdade? Mas Paulo está falando aqui palavras ensinadas pelo Espírito, que são espirituais, comparando o espiritual ao espiritual.
Há duas coisas espirituais aqui. Uma primeira coisa, a qual se tem que comparar a outra: o que Deus nos concedeu, o bom depósito, a realidade do Senhor em nossos corações, a realidade do atuar de Deus em nosso espírito. A isso se têm que comparar as palavras ensinadas pelo Espírito, que são as mesmas do Novo Testamento, mas agora frescas de novo, em nós, nos comparando plenamente com o Novo Testamento.
Essas palavras se comparam ao atuar de Deus, no Espírito. Porque Deus, diz Paulo, atua poderosamente nos que crêem. Então, precisamos crer, crer nele, e crer para que ele tenha lugar para ser fiel. Crer, para que ele possa mostrar a sua fidelidade. Não deve haver outra intenção, não devemos querer aparecer poderosos e superiores aos outros, porque aí o entristecemos. Devemos crer para que ele possa alcançar a outros, para que ele possa mostrar-se fiel e ajudar a todos os que ele tenha determinado ajudar.
«…comparando o espiritual ao espiritual», a ortodoxia, a sua realidade, a realidade à ortodoxia, retendo a forma das sãs palavras ouvidas na fé e amor, e guardando pelo Espírito Santo o bom depósito, seguindo sempre a correnteza do Espírito. O Espírito Santo, que inspirou a Palavra de Deus, sempre vai te fazer recordar a palavra, sempre vai tirar da palavra de Deus, das palavras de Jesus, das palavras dos seus apóstolos, das palavras do Novo Testamento. E esse rio vai tirando da Palavra e vai administrando a Palavra, e as duas coisas vão juntas. Não só uma, nem só outra.
E não é para nós treinarmos para imitar nada; o que nos cabe é nos voltarmos para Deus com coração sincero e lhe pedir: ‘Senhor, fala a sua palavra, vivifica o seu povo, faz o que é teu, o que só você pode fazer’.
Em seguida segue dizendo: «Mas o homem natural não percebe…». No original, é o psíquico, o almático, ou o que está só em si mesmo, contando consigo mesmo, com o que sabe, com o que estudou, com o que tem lido. Tudo isso, Deus pode usar se Ele quiser, mas não terá que apoiar-se nisso. Deus usa tudo, porque de todas as maneiras tudo é dele, e ele também nos dá tudo; mas tem que ser ele o que usa. Se ele não usar, não serve.
«Mas o homem natural não percebe as coisas que são do Espírito de Deus, porque para ele são loucura, e não as pode entender, porque têm que discernir espiritualmente». É uma questão de capacidade do homem natural; é incapaz para estar nesse outro plano. «…e não as pode entender, porque têm que discernir espiritualmente», quer dizer, fazendo uso do espírito, e como diz Paulo em Romanos 8, ocupando-se das coisas do Espírito, ou melhor, pondo a mente no Espírito, vindo do homem interior para Deus.
Porque, às vezes, estamos atentos somente em nós mesmos e no mundo, e não atentos a Deus no Espírito; mas o Senhor habita em nosso espírito, e devemos nos voltar para o Senhor no espírito. Pôr a mente no Espírito é atender como servos e filhos ao Senhor que se move em nosso espírito. Então, quando ele está se movendo, nós estamos atentos; e assim vamos sempre na mesma direção em que ele se move.
Ninguém sabe; porque o que é nascido do Espírito, não sabe de onde vem e para onde vai; isso não é uma questão já conhecida. Não, a única coisa que temos que saber é atender para onde ele vai, e ali é onde temos que ir. Você vê? Atendendo a ele no Espírito, discernindo espiritualmente. «…têm-se que discernir espiritualmente», pondo a mente no Espírito, atendendo ao que acontece em nosso espírito, qual é a direção que está tomando o rio do Senhor.
«Mas o que é espiritual julga todas as coisas; mas ele não é julgado por ninguém. Porque quem conheceu a mente do Senhor? Quem lhe instruirá? Mas nós temos a mente de Cristo». Nós, a igreja, temos a mente de Cristo; ou seja, Cristo vai renovando a nossa mente, pondo a sua mente na nossa; pouco a pouco, os paradigmas de Cristo vão sendo os nossos.
Mas isso tem que ser de uma maneira fresca; os paradigmas de Cristo não são velhos, nem sequer apenas versículos, embora estejam na Bíblia e podem ser proclamados e até cantados. Mas é a frescura do Espírito, do rhema, que os faz atuar.

GINO IANFRANCESCO

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