quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O Lugar da Palavra na oração corporativa






A Palavra de Deus não é filosofia, nem especulação, nem um faz de conta. Ela não é um amontoado de exage­ros, nem uma coleção de mitos e imperfeições. A Palavra de Deus é a verdade revelada; ela é a revelação de fatos eternos, feita pelo Espírito de Deus. Aqui estão alguns dos fatos eternos que devemos passar a usar como a espa­da do Espírito e como as armas da nossa guerra.

EU SOU O QUE SOU

O nome pelo qual Deus Se revelou a Moisés é: Eu sou o QUE sou. Ele disse a Moisés que fosse e dissesse a Faraó: Eu sou me enviou. Aqui nós começamos com o fato mais fundamental de todos: “Deus é” - não é que Deus foi nem Deus será, mas Deus é. Essa é a maior arma que podemos usar na batalha contra o inimigo. Se apenas entendêssemos plenamente o seu significado! Deus nunca Se refere a Si mesmo como “Eu tenho sido o que tenho sido, ou Eu serei o que haverei de ser”, ou “Eu fui o que fui”. Ele Se refere a Si mesmo como: Eu sou o que sou. Deus é Eu sou, e toda e qualquer criatura existe, vive e se move por causa d’Ele. Não existe nada que esteja fora do Seu controle e autoridade. Essa não é uma arma pequena para usarmos, especialmente quando nos apercebemos de que até mesmo o diabo existe pela graça de Deus!
Em todo lugar que você olhar, de Gênesis a Apoca­lipse, encontrará esse grande fato, eterno e fundamental. Essa é a verdade que imobiliza totalmente a Satanás. Toda a autoridade e poder soberanos pertencem de modo su­premo a Deus. Eles não pertencem a Satanás nem aos po­deres das trevas. Alem disso, se Deus é, não há problema que Ele não possa solucionar, não há progresso que não possa fazer, nem obstáculo que não possa superar. Com Ele não ha nada trabalhoso demais, nem difícil demais, nem impossível!
Só há salvação n’Ele, como também a cura, a libertação e a perfeição. Quando Ele afirmou a Moisés: “Meu nome é Eu sou”, estava dizendo que Ele seria tudo aquilo que Moisés pudesse precisar. Precisamos lembrar que Moisés, por causa do Senhor, deixou de ser neto de Faraó a fim de tornar-se pastor nômade no deserto. Era como se o Senhor estivesse lhe dando um cheque em branco, e tudo o que ele precisava fazer era preenchê-lo à medida que tivesse alguma necessidade. Você precisa de salvação? Eu sou a sua salvação. Você precisa de graça? Eu sou a sua graça. Você precisa de poder? Eu sou o seu poder. Você precisa de sabedoria? Eu sou a sua sabedoria. Você precisa de vida? Eu sou a sua vida. Você precisa de cura? Eu sou a sua cura. De que é que você precisa? Eu sou toda a sua suficiência! Os poderes das trevas não conseguem lidar com isso quando ouvem os crentes declarando essa ver­dade, mesmo que seja um dos crentes mais novos. Isso os paralisa. Para nós, contudo, isso significa vitória pessoal e corporativa.

A Pessoa do Senhor Jesus

O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Esse é outro fato fundamental. Aquele que sempre existiu na Divin­dade tornou-se carne e habitou entre nós. Deus manifestou-Se em carne. Os teólogos dos séculos passados davam a essa verdade o nome de “a filiação eterna de Cristo”. É por isso que João, o apóstolo, disse: “Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” (1 Jo 5.5). Esse é o segredo para vencer o mundo; é tão simples, que nos passa despercebido! É a confissão de que Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo. Sobre essa rocha sólida o Messias edifica a Sua Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela, por mais que tentem fazê-lo.
O Senhor Jesus declarou que toda a autoridade e todo o poder Lhe foram dados, tanto no céu como nesta Terra decaída; Ele nos ordenou ir, portanto, “fazer discí­pulos de todas as nações”, e acrescentou: “E eis que es­tou convosco todos os dias até à consumação do século” (veja Mateus 28.18-20). Colocado de forma, simples, o Senhor Jesus disse que as portas do inferno não preva­leceriam contra a Sua edificação, e, se obedecermos ao Seu mandamento de ir, Ele prometeu estar conosco até a consumação do século. Aqui esta um fato imutável, que não pode alterar-se. Essas declarações do Senhor Jesus podem ser expressas por nossos lábios durante a oração corporativa, e Satanás não pode fazer absolutamente nada a esse respeito. A expressão da verdade o paralisa. Essa é a razão por que a simples, mas profunda, declaração “Jesus é o Senhor humilha e desmoraliza as forças satânicas e provoca a sua derrota”.
Deus nos da tudo no Senhor Jesus — a Sua salvação, o Seu poder, a Sua graça, a Sua sabedoria, a Sua vida e o Seu tudo. Ele é o dom inefável de Deus para nós, e com Ele Deus nos dá todas as coisas. É essa confissão, feita com nossos lábios, que anestesia Satanás e suas hostes. Satanás sabe que o mais simples filho de Deus pode todas as coisas em Cristo, que o fortalece. No momento em que qualquer filho de Deus habita em Cristo e Cristo nele, os poderes das trevas são neutralizados. Eis aqui um fato que perdura para sempre e não é mudado nem pela mais violenta batalha nem pelo conflito que estamos en­frentando. É a expressão desse fato com nossos lábios que pode mudar a derrota em vitória. Satanás não consegue lidar com uma expressão de fé assim!

Nenhum comentário: