Irmãos segue o estudo para o
nosso compartir desta terça e quinta feira.
Como vimos, nestes últimos meses,
estudando sobre a Pessoa e Obra do Espírito Santo,
agora o Senhor nos direciona a aplicar este ensinamento, este depósito
que ele fêz em nós. Onde
vamos aplicá-los? Esta série de estudos irão nos conduzir nas seguintes
áreas da nossa vida: Casamento, Lar, Igreja e
Trabalho. Irmãos que necessidade temos de ser "cheios
do Espírito" para termos a expressão ou o bom perfume de Cristo
nestas áreas. Vamos irmãos! podemos ser cheios do Espírito neste tempo! Como
disse Josué e Calebe "Eia subamos e possuamos". Irmãos
o Espírito irá nos encher! O que temos que fazer? Vamos agora mesmo, individualmente
e coletivamente, "ficar em Jerusalém até que
sejamos cheios do Espírito". O que isso significa?
Não sair da presença do Senhor. O que isso nos implicará?
Cruz, negar a nós mesmos, abrir mão de certas coisas lícitas. Irmãos não temos
mais tempo para brincar de cristãos. O Senhor tem pressa em "adornar
a sua Noiva". Não basta ser Igreja. Temos que ser Noiva.
Não basta ser salvo. Temos que conquistar o Reino. "Eia
subamos e possuamos".
Números 13:30 - Então, Calebe fez
calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra,
porque, certamente, prevaleceremos contra ela.
O Horário da reunião será às
20:00 agora.
Efésios 5:18
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do Espírito”
Nada é mais notável acerca do
apóstolo Paulo do que o variado caráter do seu ministério,
suas exposições das grandes doutrinas da fé O apóstolo jamais aborda qualquer
problema prático da vida cristã de maneira imediata ou direta: sempre o faz
doutrinariamente. Assim, nesta passagem vemos que quando o apóstolo passa a
tratar dos problemas do cristão em sua vida conjugal
e familiar, e em seu trabalho, ele o faz lembrando-nos que a
vida cristã é vida no Espírito. Ele expõe isto de maneira
extraordinária, com as palavras, “E não
vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”.
O objetivo do apóstolo não é apenas denunciar ou proibir a embriaguez. Isso
certamente está incluído no texto; mas não constitui a mensagem principal do
versículo. E se nos detivermos aí, podemos tornar-nos legalistas. E, ainda,
perder a glória desta exortação.
Aqui o apóstolo começa a dar-nos
uma visão ainda mais positiva da vida cristã do que fizera até esta altura. Até
este ponto, ele se interessara, em expor de maneira negativa, a diferença
existente entre a velha vida e a nova. Agora, porém, ele se toma muito mais
positivo e pinta o quadro da nova vida no
Espírito. No entanto, no meio de tudo que estivera dizendo e de tudo que iria dizer, diz de repente: “E não vos
embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. Por
que Paulo introduziu este elemento de embriaguez, de bebida excessiva?
Parece-me haver duas principais
respostas para essa questão. A primeira é que não havia nada mais
característico da velha vida do que a embriaguez e a devassidão. Vemo-lo, por
exemplo, na Epístola aos Romanos, e também no capítulo quarto de Efésios. A forma comum de viver era de embriaguez e
libertinagem, de todas as coisas que acompanham o beber em excesso. Esse era o
modo de viver desses efésios, em
geral. Mas agora, haviam sido transformados. Tomaram-se novas pessoas, são cristãos, estão “no Espírito”; por isso o apóstolo diz
que a nova vida é completamente diferente, um contraste.
Ao mesmo tempo, ele tem também um
segundo objetivo em mente - mostrar que, nalguns
aspectos, há certa similaridade entre os dois estados e vidas. Não
tenho dúvida de que havia na mente do apóstolo, neste ponto, a lembrança do que
aconteceu em Jerusalém. O
relato é dado em Atos cap. 2. É-nos dito que
pessoas de diferentes países os ouviam, e outros, zombando, diziam: “estão cheios de mosto”. Estão bêbados! “Pedro, porém, pondo-se em pé, disse-lhes”: “estes homens não estão embriagados, como vós
pensais”. A passagem fala de homens que subitamente foram cheios do
Espírito Santo; mas certas pessoas pensavam que eles estavam bêbados, cheios de vinho.
Há, portanto, certa semelhança entre os dois estados e condições.
Opino, pois, que o apóstolo se
expressa desta maneira para poder apresentar tanto o elemento de contraste como o de
similaridade. Existem essas claras diferenças essenciais entre as duas
vidas; mas há certos aspectos em que ambas são semelhantes. Assim, o apóstolo
nos dá um maravilhoso quadro da vida cristã em toda a sua plenitude. Primeiramente,
daremos uma olhada no que ele nos fala acerca desta vida do cristão cheio do
Espírito. Depois consideraremos como esta vida se toma possível, e o sentido
exato da expressão “Encher-se (Ser
cheio) do Espírito”. E posteriormente,
passaremos a considerar como esta espécie de vida se mostra e se manifesta.
Há duas expressões que nos cabe considerar antes de examinarmos o
quadro geral. A primeira é a palavra “embriagar-se”.
“E não vos embriagueis”; que
significa? Noutras palavras, a noção toda não é apenas a de um homem que toma
um pouco de vinho, mas de um homem cheio de vinho. De fato, a própria
palavra que o apóstolo empregou aqui, também era empregada com referência ao
processo de “embebedar-se”, “encharcar”. Por exemplo, quando queriam
fazer uso da pele de um animal e desejavam esticá-la, embebiam a pele em
diversos óleos e gorduras, e deste modo ela ficava mais flexível. Pois bem, a
mesma palavra era empregada para esse processo de embeber; “Não vos encharqueis com vinho, mas
enchei-vos do Espírito”.
A palavra subseqüente é “excesso”. Isto dá-nos a chave para
explicar a ilustração que o apóstolo está empregando. Quando ele diz: “E não vos embriagueis com vinho, em que há
contenda” (ou “excesso”), não está simplesmente chamando a atenção para a
quantidade de vinho consumida, mas está afirmando que embriagar-se com vinho leva a excesso. A mesma palavra é empregada
com relação ao filho pródigo. Lemos sobre ele
em Lucas 15, que “desperdiçou a sua
fazenda, vivendo dissolutamente” - a palavra traduzida por “dissolutamente” é exatamente a mesma do
nosso texto aqui em Efésios. O filho
mais novo, o pródigo, foi para uma terra distante com os bolsos cheios de
dinheiro; mas desperdiçou “a sua fazenda”,
o seu dinheiro, “vivendo dissolutamente”.
Assim, podemos ler em Efésios: “E não vos embriagueis com vinho, que “causa dissolução”, ou “prodigalidade”, ou “esbanjamento. Quando nos pesa a culpa de “excesso”, é porque não “poupamos”,
não “guardamos”, não “conservamos”; desperdiçamos de maneira pródiga, desregrada, com esbanjamento; e acabamos
ficando sem absolutamente nada. Portanto, em última análise, a palavra leva
consigo a idéia de “destrutibilidade”.
Agora temos, então, o sentido: “E não vos encharqueis com vinho, que leva ao
desregramento, ao esbanjamento, ao desperdício e à destruição final; mas
enchei-vos do Espírito”.
À luz disso, observemos o quadro positivo que o apóstolo nos dá aqui da
vida cristã. A vida cristã é uma vida controlada,
ordenada. Temos aqui um elo de
ligação com o que veio antes; porque ali Paulo nos disse que devemos andar “prudentemente”,
“não como néscios, mas como sábios”.
“Pelo que não sejais insensatos”. Na
passagem que estamos focalizando, ele desenvolve aquela idéia. A vida cristã é uma vida controlada, uma vida ordenada;
é exatamente o inverso da
condição do ébrio, que perdeu o controle e está sendo controlado por outra
coisa, por assim dizer, e que, portanto, jaz num estado de completa desordem e
desarranjo.
A bebida não é um estimulante, é um agente de depressão. Deprime antes de
tudo os núcleos mais elevados do cérebro. Eles controlam tudo que dá ao homem o
domínio próprio, a sabedoria, o entendimento, a capacidade de avaliar tudo;
tudo que faz o homem. A bebida é algo que imediatamente escapa do controle; e
aqui o apóstolo nos está lembrando que não há nada que deva ser mais óbvio
quanto ao cristão, nem mais característico deste, do que a ordem - esta
qualidade do que é bem ordenado, este
equilíbrio, esta esta disciplina. Não
deve existir nada no cristão que lembre aquela falta de controle que constitui
o sinal mais patente da embriaguez.
A vida cristã não é de desperdício ou dissipação, mas, sim, uma vida produtiva.
Que é um cristão? Não posso pensar num melhor modo de descrevê-lo do que este:
ele é exatamente o oposto do filho
pródigo. Nessa parábola temos um comentário perfeito deste versículo que
estamos examinando. Vemos dois lados: o
filho pródigo na terra distante, o
filho pródigo depois que voltou para casa. Aqui está este maravilhoso
contraste. Quero dizer que a bebedeira é sempre dissipadora, ela sempre esbanja. Esbanja o que? Esbanja tempo, a sua energia, lança
fora a pureza, joga fora - a capacidade de pensar, de raciocinar, de compreender, e de todo o equilíbrio
de que venho falando. Tudo isso é dissipado. É isso que faz da embriaguez uma
coisa tão terrível. Vemos um homem assim atirar pela janela as coisas mais
preciosas que lhe pertencem. A embriaguez é sempre destrutiva.
Por outro lado, a vida cristã é o
oposto disso tudo. A grande característica da vida cristã é que ela conserva, edifica e aumenta o que temos. O
cristão está sempre ganhando algo,
sempre aprendendo algo novo. Sobre a
vida piedosa, o Velho Testamento declara que é uma vida que enriquece - que nos
faz ricos em todos os aspectos; de fato nos introduz nas “insondáveis riquezas de Cristo”. A vida
cristã faz isso. É uma vida que preserva,
conserva e aumenta tudo que há de melhor no homem. É precisamente o oposto do
tipo de vida que o filho pródigo levava; e o é em todos os aspectos. O pródigo jogou
fora seu dinheiro com as suas mãos. O cristão não é um miserável, mas diz o
Novo Testamento que ele é um “mordomo”.
Outro contraste notável é este: a
vida cristã, diversamente da vida de embriaguez e de excesso, não esgota o homem. O pobre sujeito pensa que está sendo estimulado; na verdade está se exaurindo
por causa do seu pródigo uso da sua energia. Mas a vida cristã não produz exaustão; na verdade faz exatamente
o oposto, graças a Deus. Todas as outras fontes de influência nos esgotam, ao passo que o Espírito
sempre coloca poder dentro de nós. O
Espírito Santo, volto a dizê-lo, não nos esgota; Ele
coloca poder dentro de nós, mas a energia produzida e gasta pelo homem esgota.
O álcool, ou qualquer estímulo artificial produzido pelo homem, sempre nos
deixa exaustos e fatigados. O Espírito não! A embriaguez esgota; o Espírito
Santo não esgota, mas comunica energia.
Da mesma maneira podemos indicar que este excesso, esta embriaguez,
sempre empobrece. O pobre bêbado se
vê sem nada. Observem isto na parábola do filho pródigo. Lá estava ele,
coitado: o dinheiro tinha acabado, tudo tinha desaparecido, e ele estava
tentando conservar-se vivo comendo as bolotas que eram dadas para alimentar os
porcos. “E ninguém lhe dava nada”.
Ele não possuía absolutamente nada; estava completamente empobrecido. Lembra-se do seu lar e do seu pai, e diz: “Ora, os servos de meu pai estão em melhor situação que eu, têm pão
“para dar e vender”, e eu não tenho
nada”. A vida cristã é o exato oposto
disso. Estamos edificando, estamos aumentando, estamos crescendo, estamos a desenvolver-nos?
Esse é um penetrante teste para vermos se o Espírito está em nós em Sua plenitude,
ou não.
Tenho acentuado que a vida cristã
é uma vida controlada e ordenada, que é uma vida produtiva, em contraste com todas as
outras maneiras de viver. Mas, acima de tudo, quero acentuar que a vida cristã
não é uma vida meramente negativa. Acredito que foi para dizer isso que o
apóstolo usou esta comparação. Podemos ler esta
Epístola aos Efésios, especialmente cap 4:17 até este
ponto, e talvez, lendo-a superficialmente, fiquemos com a impressão de que a
vida cristã é tão somente negativa - que não devemos fazer isto, não devemos praticar
aquilo, que não nos devemos dar a
conversas tolas, que não devemos embebedar-nos,
e assim por diante. Muitos pensam assim,
é apenas uma vida de proibições, e
vocês estão sempre dando ênfase a ordem, controle, disciplina, zelo e coisas
semelhantes. Esta sua vida cristã é inteiramente negativa?” Dizem eles. A
resposta é: “Não, mil vezes não”. Alguns parecem pensar que o cristão é um homem triste,
quase miserável, um homem meramente moral.
São os homens morais e bons da
igreja que hoje constituem os maiores inimigos da cruz de listo; e, portanto,
eles devem ser denunciados. Surpreende-se alguém de que eu fale deste modo da
moralidade? Faço isto porque, de muitas maneiras, a moralidade é o maior
inimigo do cristianismo. O cristianismo não é moralidade apenas ou ausência de certas coisas da vida do
homem. Certamente não há nada que faça mais dano à fé cristã do que esse modo
de ver. Estou dando ênfase a este ponto porque Igreja cristã tem estado
pregando moralidade e ética, esta pregação do “viver bem”. Tais homens deixam cair às doutrinas; eles não gostam
da idéia de expiação, e consideram ridículo falar do novo nascimento. Para eles, cristianismo é aquilo que ensina o
homem a viver bem.
Mas isso é inteiramente falso. O cristianismo dá vida
nova ao homem. Não é apenas uma espécie de moralidade negativa que entorpece a
alma e a priva de todo vigor e vitalidade. O apóstolo, digo eu, ao
utilizar esta comparação, troveja para nós
este fato tremendo, que a vida cristã não
é tão somente uma vida negativa, uma simples
ausência do mal e do pecado. O cristianismo é estimulante,
é entusiasmante, é emocionante! É isso o que Paulo está
dizendo: “E não vos embriagueis com
vinho, em que há contenda” (ou “excesso”) - não vão atrás de bebida, se é
que vocês estão procurando emoção,
estímulo, alegrias - “mas enchei- vos
do Espírito”, e terão isso tudo, e mais. Esta é a tremenda idéia que é tão
característica do ensino do Novo Testamento. O Espírito Santo é um estímulo real, positivo, ativo.
Que é que Ele estimula? Estimula
todas as nossas faculdades. Estimula a mente
e o intelecto. Ele realmente desperta
as faculdades da pessoa e as desenvolve. Todavia, Ele não estimula somente o intelecto. Também
estimula o coração. Toca o coração; e
não há nada que possa tocar as profundezas
do coração como o Espírito Santo. A influência
do Espírito Santo toca e estimula a vontade. Os cristãos de todos os tempos sempre concordaram em que a vida cristã
que receberam é o maior estímulo que
se pode conceber. Está sempre levando a algo novo, a algo maior. Posso dar meu testemunho pessoal a respeito disto? Talvez vocês pensem que um homem que por mais de vinte anos
prega no mesmo púlpito, começa a achar que já esgotou
a Bíblia, ou que esta já deixou de estimulá-lo.
Ao contrário, o que acho é que estou apenas começando. É um trabalho cada vez mais maravilhoso. Acho-o cada vez mais
emocionante, semana após semana. Às vezes gostaria que houvesse dois domingos por semana, e até mais! É tão extraordinário! A riqueza, a profundidade e a amplitude são tais que sinto como se estivesse apenas nas antecâmaras; e lá dentro estão
estes grandes tesouros. Tive um vislumbre deles, e quero examiná-los. Que vida estimulante,
emocionante, entusiasmante é
esta! Nela sempre estamos em movimento, sempre nos movendo para diante, virando esquinas
e contemplando sempre panoramas mais majestosos.
Nunca tínhamos ouvido nada a respeito deste, e outro
mais, e ainda outro.
O cristão é o homem cuja mente se expande, cujo coração é
tocado e se alarga. E ele deseja dar de si, deseja ampliar as fronteiras do reino de Deus, para que outros venham a
partilhar dele. A vida cristã afeta o homem completo
- o intelecto, as emoções, a vontade (alma). Que estímulo! A
vida cristã é uma vida feliz; é uma vida repleta de alegria. “Vocês estão interessados em felicidade e alegria?”, pergunta o apóstolo. Pois bem, se estão, “enchei-vos do Espírito”. Vocês pensavam
que esta vida cristã era uma vida insípida
e enfadonha? Se a resposta é sim, estavam errados em sua opinião sobre isso. Deus tenha
misericórdia de nós se representarmos esta vida como insípida e enfadonha! Digo
novamente que ela é emocionante, feliz e repleta de alegria. Ouçam o Velho
Testamento: “A alegria do Senhor é a
vossa força” (Ne 8:10). Ouçam o apóstolo, em sua Epístola aos Fp
4.4: “Regozijai-vos no Senhor; outra vez
digo, regozijai-vos”. Estas são as grandes expressões da vida cristã.
Ainda mais: esta vida não é apenas
feliz e alegre, é uma vida que capacita
a pessoa a ser feliz e alegre, mesmo em meio a provações e tribulações. Ouçam o
que apóstolo Pedro diz sobre isso. (1 Pedro 1:6). “Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa sendo
necessário, que estejais por um
pouco contristados com várias
tentações”. Eles estavam passando
por um período muito duro e difícil, estavam
em meio a provações e tribulações. Isto é cristianismo! Os cristãos se
regozijam, mesmo em meio a tribulações. Esta é a
única vida verdadeiramente feliz! As alegrias
naturais muitas vezes levam à miséria
e à infelicidade, ao “dia que vem depois da noite”, ao remorso
e à exaustão. A alegria do Senhor não me faz feliz somente de noite,
mas também de manhã, e durante o dia
subseqüente, e dez, vinte anos depois - em meu leito de morte, e para todo o
sempre na glória. Esta é a única alegria que persiste até na adversidade. “Minha alegria”, diz Cristo à sombra da
cruz, “vos darei, e minha alegria ninguém
tirará de vós.” Graças a Deus, homem nenhum poderá tirá-la, porque se trata da
alegria do Senhor, da alegria do Espírito Santo.
A vida cristã é uma vida convival.
“Convivência social”, dizem eles, “é
impossível sem o estímulo da bebida” - naturalmente querem dizer, sem o
efeito da bebida! Naturalmente, os cristãos gostam da
companhia uns dos outros. Se você não gosta da companhia de cristãos, não posso
ver como você pode ser cristão, de maneira nenhuma. Porventura há na terra
alguma coisa comparável ao encontro de cristãos? Eu sacrificaria tudo que o
mundo tem para oferecer para ter cinco minutos com um santo! Que é que o mundo tem para oferecer-nos de melhor e mais
elevado? A comunhão dos filhos de Deus reunindo-se, conversando acerca da
grande libertação, acerca da nova vida e da bendita esperança que jaz diante
deles, conversando acerca do lar, conversando acerca da glória vindoura,
contentes juntos, enfrentando juntos os problemas, ajudando uns aos outros,
fortalecendo uns aos outros, estimulando uns aos outros. Essa é a alegria dos
Efésios que convivem em comunidade na vida da igreja. Não há nada que se lhe
iguale, contanto que seja genuinamente cristã. Ser membro da igreja não lhes
dará isso necessariamente, como tampouco o fará a moralidade. Mas quando os
membros da igreja estão cheios do Espírito, o resultado é essa vida comunitária,
têm interesse uns pelos outros, têm compaixão, desejo de ajudar, e estão todos
juntos num grande e glorioso espírito de convivência, louvando o Senhor, unindo
as suas vozes em cânticos e antecipando juntos aquilo que ainda lhes está
reservado!
Não se trata meramente, nem
unicamente, de uma vida de abstenção de bebidas, de renúncia ao cinema, de não fumar, de não fazer isto ou aquilo.
A pessoa pode ser transparentemente limpa em todas essas questões
e ainda não ser cristã. “E não vos embriagueis com vinho, em que há
contenda (ou “excesso”), mas
enchei-vos do Espírito.”
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