segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O mundo geológico ao contrário: o que normalmente está por baixo, nesse caso está por cima.


Um artigo num jornal suíço expressava seu espanto em relação à grande carreação geológica na região de Glarus, no centro da Suíça. Entre outras coisas, dizia:
Afinal, neste paredão vê-se algo que na realidade seria impossível: na área de Sool, camadas geológicas mais antigas estão por cima de camadas mais recentes. O normal é exatamente o contrário. O professor de Geologia Adrian Pfiffner, de Berna, ... refere-se a esse fenômeno extraordinário como um “milagre geológico”. Essa região deve ser declarada pela UNESCO como o terceiro patrimônio natural mundial da Suíça, com o nome de “Grande Carreação de Glarus”.
O artigo continua, dizendo:blime grandeza do Criador onipotente.
As camadas geológicas viraram pelo avesso um acontecimento mundial decisivo: “Quando as placas continentais da Europa e da África se chocaram, empurrando a européia para debaixo da africana, formou-se uma região de compressão”... “Da compressão e deformação das rochas resultaram os Alpes, compostos de dobras – e carreações”.[1]
Aquilo que os geólogos interpretam como um processo natural é, para quem crê na Bíblia, resultado de outro evento mundial: o Dilúvio. As pessoas poupariam muito trabalho se simplesmente cressem nisso e pesquisassem os ensinos bíblicos. Os cientistas procuram a resposta para a criação nos elementos rochosos das montanhas. Cavam, medem, pesquisam e elaboram teorias que nos lembram o que está escrito em Jó 28.9: “Estende o homem a mão contra o rochedo e revolve os montes desde as suas raízes”.
Mas ao se maravilhar com esses fenômenos extraordinários, a maioria das pessoas não percebe que o Criador está por trás desses “milagres”, e que é o Senhor que vira as montanhas do avesso, de forma que as rochas mais antigas fiquem por cima das rochas mais recentes: “Ele é quem remove os montes, sem que saibam que ele na sua ira os transtorna” (Jó 9.5).
O grandioso maciço alpino é um símbolo da sublime grandeza do Criador onipotente, louvado pelos Salmos: “...ó Deus, Salvador nosso, ...que por tua força consolidas os montes, cingido de poder” (Sl 65.6). “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).
A imensa pressão das massas de água do Dilúvio empurrou as rochas, formando montanhas e vales.
A Bíblia não nos deixa na ignorância a respeito do que aconteceu para que as camadas rochosas ficassem invertidas e as montanhas atingissem a altura que têm hoje. O Salmo 104 aborda esse fenômeno, e o explica com uma clareza que não deixa qualquer dúvida: “Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não vacile em tempo nenhum. Tomaste o abismo por vestuário e a cobriste; as águas ficaram acima das montanhas; à tua repreensão, fugiram, à voz do teu trovão, bateram em retirada. Elevaram-se os montes, desceram os vales, até ao lugar que lhes havias preparado” (vv.5-8).
A Terra foi criada por Deus quando o homem ainda nem existia (Jó 38.4). Por isso, a única fonte confiável de pesquisa é a Palavra dAquele que tudo criou. Assim, o homem deve buscar informações na Palavra de Deus e submeter-se a ela.
O Dilúvio (Gn 6-9), juízo que o Senhor derramou sobre a Sua criação de outrora porque esta tinha caído em um abismo de pecado, afastando-se dEle, cobriu todos os seres vivos. Também ficaram cobertas as montanhas, que naquela época provavelmente ainda não tinham a altura de hoje. Podemos partir do princípio de que antes do Dilúvio a criação tinha formatação diferente da atual, inclusive do ponto de vista geológico. Pedro dá uma indicação a respeito ao falar do mundo “antigo” e do mundo “de agora”: “...e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios” (2 Pe 2.5). “Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios” (2 Pe 3.5-7).
O Dilúvio transformou o mundo “antigo” (que provavelmente era mais plano) em um mundo geologicamente “diferente”, como o conhecemos hoje. A imensa pressão das massas de água empurrou as rochas, formando montanhas e vales.
As maravilhas e fenômenos naturais que admiramos hoje são mais que um “patrimônio mundial”. São, na verdade, uma referência a Deus, Criador dos céus e da terra, que nos mostram Sua atuação.
As montanhas, porém, não são apenas uma referência à força criadora de Deus e ao Dilúvio. Ao mesmo tempo, chamam nossa atenção para o fato de que um dia Deus interferirá novamente, de forma sobrenatural, em Sua criação, por meio de outro juízo. Depois de Pedro ter falado sobre o mundo antes do Dilúvio e sobre o juízo derramado por Deus, ele faz uma ponte profética para um evento futuro, e escreve: “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios. Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pe 3.7-10). Depois desse evento acontecerá uma nova criação, um novo céu e uma nova terra, em que não dominarão mais o pecado e a decadência, mas a justiça de Deus: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pe 3.13).
Essas verdades imutáveis, reveladas na Palavra de Deus e demonstradas na Criação, têm como objetivo incentivar os cristãos a viverem de forma piedosa, isto é, a seguirem a Cristo afastando-se do pecado e colocando Deus acima de tudo em suas vidas, honrando exclusivamente a Ele. Além disso, a expectativa da volta de Cristo deve nos impulsionar a avançar em sua direção, isto é, a esperar ansiosamente por ela, já que ela pode acontecer a qualquer momento. Em sua segunda carta, Pedro escreve: “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pe 3.11-12).
Depois que Jesus tiver voltado e estabelecido o Seu reino, novas mudanças geológicas acontecerão, que deixarão Jerusalém mais elevada, não apenas devido à sua posição espiritual, mas também de forma literal: “O Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o Senhor, e um só será o seu nome. Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei. Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura” (Zc 14.9-11). Deus fala sobre isso também por intermédio do profeta Isaías: “Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos” (Is 2.2).
As massas rochosas clamam e as montanhas proclamam que há um Deus criador, que tem todo o poder, e que pode interferir em Sua criação a qualquer momento. Ao mesmo tempo, Ele mesmo é, em Cristo, o “monte” no qual encontramos refúgio, onde podemos nos esconder, onde encontramos proteção e segurança. “Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos” (Sl 43.3). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br/)
Nota:

ATEU TENTA COLOCAR DÚVIDA QUANTO A PALAVRA DO SENHOR



Pergunta: “O professor Richard Dawkins, de Oxford (Inglaterra), tem sido tão comentado ultimamente que resolvi ler seu livro, Deus, um Delírio.[1] Em um dos capítulos, ele contesta a precisão histórica dos quatro evangelhos, aponta muitas supostas contradições, diz até que os escritores dos evangelhos são desconhecidos e que “é quase certo que nunca conheceram Jesus pessoalmente”. No final, afirma que os evangelhos são uma ficção! Eu sou uma pessoa simples (Dawkins diria que sou “não-intelectual”) e não tenho nenhum problema em confiar em versos bíblicos como “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus” e “Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem”, mas me preocupo com muita gente que pode ter a fé abalada pelas mentiras de Dawkins. Essas pessoas precisam de comprovações para ajudá-las a ver a verdade. Será que vale a pena um cristão comum como eu, que tem apenas a Bíblia e um certificado de ensino médio, tentar se colocar contra esse ateu tão instruído?”.
Resposta: É claro que sim! Cristo afirmou: “Se vós permanecerdes na minha palavra [...] conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.31-32). Sua confiança não está depositada na instrução ou inteligência que recebeu. Lembre-se de como Davi repreendeu o exército de Israel que estava tremendo diante de Golias, com medo de partir para o confronto direto: “Quem é, pois, esse incircunciso filisteu, para afrontar os exércitos do Deus vivo?” (1 Samuel 17.26b). Ele não foi se aproximando do gigante devagar, repleto de admiração ou medo; ele foi correndo, cheio de ousadia e confiança. Quando os filisteus zombaram dele, Davi gritou: “Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o Senhor te entregará nas minhas mãos” (1 Samuel 17.45-46). Hoje em dia, estamos precisando dessa mesma confiança inabalável no Senhor!
Se você realmente conhece a Deus, conhece Sua Palavra e está andando com Ele, já tem tudo de que precisa para envergonhar Dawkins. Não se deixe intimidar por esse homem. Ele está blefando. Ele não é nenhum especialista na “precisão histórica” dos quatro evangelhos. Ele leu alguns críticos que partem do pressuposto de que a Bíblia não é o que afirma ser e então tentam provar isso.
Já foram escritos muitos livros que provam m a historicidade da Bíblia e revelam claramente que as alegações de Dawkins contra a Palavra de Deus são mentiras. Eu mesmo já escrevi muito sobre as provas irrefutáveis da autenticidade da Bíblia. Mas vamos tentar aqui uma abordagem mais simples. Acompanhe meu raciocínio:
As alegações dos críticos que atacam a autoria da Bíblia são ridículas. Eles literalmente acusam a Bíblia de ser uma fraude intencional do princípio ao fim! Eles dizem, por exemplo, que Daniel não escreveu o livro que traz seu nome. Ele teria sido escrito séculos mais tarde, por um impostor. E que prova eles têm disso?
Eles estão convencidos de que milagres não acontecem, de modo que a história dos três hebreus andando no meio de uma fornalha ardente sem sequer chamuscar os cabelos não pode ser verdade. Daniel também não poderia ter sobrevivido numa cova de leões famintos; portanto essa história também é ficção. Essa é a “evidência” que os críticos apresentam. É claro que é justamente o que Dawkins está procurando, e ele a passa adiante como se tivesse comprovado pessoalmente tudo que os críticos disseram.
Já foram escritos muitos livros que provam a historicidade da Bíblia e revelam claramente que as alegações de Richard Dawkins contra a Palavra de Deus são mentiras.
O Livro de Daniel contém profecias precisas a respeito de eventos que a história registra e que ocorreram quatro séculos depois da época de Daniel. Mas os críticos não acreditam em profecia inspirada por Deus. Portanto, o que o Livro de Daniel diz sobre Antíoco Epifânio, por exemplo, não poderia ter sido escrito por alguém chamado Daniel, que viveu nos dias de Nabucodonosor, que foi testemunha ocular e participante dos acontecimentos narrados no livro que traz seu nome, e que recebeu de Deus as profecias ali registradas. “Daniel” tem que ser um impostor desconhecido que viveu 400 anos depois. O Livro de Daniel precisa ser desacreditado, ou seus leitores começarão a acreditar em profecia bíblica e milagres – e, conseqüentemente, em Deus. A única coisa que interessa a Dawkins é desacreditar a Bíblia; ele não quer a verdade que desmascararia seu ateísmo como a tolice que obviamente é.
O mesmo acontece com tudo o que está escrito na Bíblia, dizem os ateus. O nível de irracionalidade dessa afirmação é inacreditável. Ela equivale a dizer, por exemplo, que não existe um só autor honesto entre os escritores bíblicos; todos eles mentiram! Tudo é uma enorme fraude, do Gênesis ao Apocalipse. Os discípulos devem ter sido personagens fictícios; Jesus provavelmente nunca existiu; Paulo inventou um evangelho diferente do que Jesus pregou... e os absurdos se sucedem.
Para que uma fraude dessas proporções fosse tão bem coordenada, século após século, alguém tinha que estar supervisionando a construção da farsa! Ele teria que ser eterno e ter, pelo menos, acesso intermitente à mente humana. Quem poderia ser esse personagem?
As mentiras intencionais e a falsidade que os ateus atribuem aos homens que afirmaram ter sido inspirados por Deus para escrever as Escrituras não têm a menor credibilidade. Por outro lado, o que os escritores bíblicos dizem soa genuíno. Pedro jura solenemente: “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares [...]” (2 Pedro 1.16). João diz: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam [...] anunciamos também a vós outros [...]” (1 João 1.1-3). E jura solenemente: “Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro” (João 21.24). Os ateus insistem em dizer que isso foi escrito séculos mais tarde por um impostor fingindo ser João! Que motivo ele teria, e quem lhe pagou para fazer isso?
Lucas também testifica: “[...] muitos houve que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares [...], igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em que foste instruído” (Lucas 1.1-4). Será que Lucas também está mentindo? É preciso mais fé para acreditar nessa ridícula teoria de conspiração do que para crer na verdade. Além disso, se todos esses homens mentiram e as profecias foram escritas depois dos fatos acontecidos, por que eles não escreveram as profecias de uma forma mais clara, como impostores certamente teriam feito? (Dave Hunt, The Berean Call)


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

UM ALTAR DE GRANDE APARÊNCIA

E, chegando eles aos limites do Jordão, ainda na terra de Canaã, ali os filhos de Rúbem, e os filhos de Gade, e a meio tribo de Manassés edificaram um altar junto ao Jordão, um altar de grande aparência. (Josué 22:10)

Na história dessas duas tribos e meia, podemos aprender uma grande lição. Vemos no capítulo 32 de Números que essas tribos, ao ganharem muitos despojos de guerra, preferem ficar antes do Jordão porque aquela terra era boa para criar gado e ovelhas, eles preferiram aquela terra do que entrar na terra prometida, aquele lugar que DEUS já tinha falado que ali deveria ser o destino deles. Moisés ficou preocupado com esta situação, porque temeu que esses irmãos fossem cometer os mesmos erros dos seus pais e que custou 40 anos no deserto. Depois de advertir os filhos de Rúbem, Gade e a meia tribo de Manasses, resolvem entrar na terra, mesmo deixando para trás suas esposas e filhos, e só voltarem depois de lutar com seus irmãos e conquistar aquele terra que era a promessa do Senhor para eles (Deut 3:16-22). Essa não foi uma decisão acertada, porque as duas tribos e meia estavam com seus olhos apenas nas coisas materiais, preocupados com o gado, ovelhas e com os verdes pastos, mas privaram suas mulheres e crianças de usufruírem da terra que mana leite e mel. Logo logo, eles começariam a colher os frutos dessa decisão inacertada. Depois que eles entram em Canaã com todo o povo e com a ajuda de DEUS venceu os seus inimigos agora é hora de voltar para aquém do Jordão. O pior, agora eles voltam sem a arca da aliança que era a presença de DEUS no meio deles. Junto ao Jordão, eles levantam um altar de grande aparência e seus irmãos ficam preocupados, porque só existia um altar e um tabernáculo, então que altar era este? Então Finéias e outros lideres das 10 tribos, voltam para tirar satisfação com as duas tribos e meia. Foi necessário eles se justificarem para que as dez tribos não viessem contra eles por temor ao senhor. Esse altar de grande aparência não era necessário, porque já tinha um símbolo que serviria de lembrança do que DEUS fez, as doze pedras tiradas do meio do Jordão (Josué 4). Aquele grande altar não ajudava a mostrar a unidade do povo e sim a sua divisão. Assim também é hoje. Altares majestosos foram e estão sendo erguidos, prédios de grande aparência onde nossos irmãos tem chamado de Igreja. Também estamos divididos por verdades bíblicas, mas isso não ajuda a mostramos a unidade do povo de DEUS, apenas a sua divisão.
Que possamos orar para que o Senhor abra os nossos olhos e que possamos nos arrepender diante do Senhor por tudo que temos feito e que não coopera para a sua volta. Que a presença do Senhor seja uma realidade no meio do seu povo, porque não adianta levantar um altar de grande aparência se a arca da aliança ( a presença do Senhor) não estiver ali.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

OS TRATAMENTOS DE PEDRO

Os tratamentos em Pedro
Hernando ChamorroColômbia
No evangelho de Lucas capítulo 5, vemos como o Senhor começou a trabalhar na vida de Pedro, e como ele começou primeiro a trabalhar a base de luz, de revelação de si mesmo, intercalado com o trabalhar de Deus a base de açoites, de tratamentos, para libertar essa realidade interior que tinha sido depositada em Pedro.Três classes de luz
O nosso Deus trabalha a base de luz, cada vez nos ilumina, e sua revelação e a sua luz são progressivas. Ela é vista em uma figura do Antigo Testamento, a do tabernáculo. Quando o sacerdote percebia uma luz no átrio, era a luz do sol, porque ali não havia teto. Mais adiante, no lugar santo, ele experimentava outra classe de luz, que era a luz do castiçal; e mais para dentro percebia uma luz que era a luz da glória shekinah. São três classes de luzes, de maneira gradual: é como o Senhor vai revelando-se às nossas vidas.
Essa luz do átrio, porque não havia teto ali, não havia cobertura, ali o sol é que iluminava, e a noite a lua e as estrelas, está muito bem mostrada no Salmo 8: "Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que formaste, digo: O que é o homem, para que te lembres dele, e o filho do homem, para que o visites? Um pouco menor que os anjos o fizeste...". Aqui o salmista está anunciando que assim como essa luz do átrio iluminava, nós também somos iluminados pela primeira vez, quando viemos a este mundo antes de sermos crentes, por meio das coisas criadas. Nós vemos a sua grandeza, o seu poder, a sua eterna divindade, pelas coisas manifestas na criação, de tal maneira que não temos desculpa para dizer que não há Deus.
Mas esta classe de luz é uma luz rudimentar, inicial, com que Deus mostra o que ele é, o seu eterno poder e divindade, mediante estas coisas criadas.
Mais adiante vemos que a luz do castiçal que fica no Lugar Santo, mais para dentro, mais íntimo, tipifica a luz que a igreja produz no crente. Cada crente, quando entra na vida da igreja, é exposto, é iluminado, é redargüido por todos, é tocado pelo Senhor. A vida da igreja é para ser exposto o que nós somos e ver o que Deus é em parte.
E mais adiante, no Lugar Santíssimo, onde o castiçal não ilumina, onde nem o sol nem a lua iluminam, ali está a glória shekinah. É a revelação do próprio Deus em nós.
Pedro foi iluminado pouco a pouco por estas três classes de luzes, e, ao mesmo tempo, foi açoitado cada vez que recebia luz.
Digo isto porque esta nossa vida, é igualmente que a de Pedro. Nós gostamos de ver Pedro, porque ao ver Pedro nos evangelhos nos vemos. Tal como era Pedro: teimoso, soberbo, com muita confiança em si mesmo, assim somos nós - nem mais nem menos.
A luz do átrio
"Certa vez, quando a multidão apertava Jesus para ouvir a palavra de Deus, ele estava junto ao lago de Genezaré... Entrando ele num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, sentando-se, ensinava do barco as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo e lançai as vossas redes para a pesca. Ao que disse Simão: Mestre, trabalhamos a noite toda, e nada apanhamos; mas, sobre tua palavra, lançarei as redes. Feito isto, apanharam uma grande quantidade de peixes, de modo que as redes se rompiam.... Vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Retira-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador. Pois, à vista da pesca que haviam feito, o espanto se apoderara dele e de todos os que com ele estavam, bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. Disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens. E, levando eles os barcos para a terra, deixaram tudo e o seguiram" (Lucas 5:1-11).
Vemos aqui que Pedro foi iluminado por meio das coisas criadas. O Criador, o nosso Senhor Jesus Cristo, tinha submetido os apóstolos, em certa maneira, a uma restrição econômica. Esse era um pequeno açoite que o Senhor estava dando a eles. Toda a noite tinham pescado em vão, mas cada vez que o Senhor nos açoita ou nos restringe, é para mostrar a sua glória, e também para mostrar o que há dentro de nós. A luz tem estas duas coisas, por um lado mostra quem é o Senhor, e por outro lado também mostra quem somos nós.
Aqui Pedro foi iluminado pelas coisas externas, por uma luz do átrio, pode-se assim dizer, a respeito desta pesca que houve, através das coisas criadas como são os peixes. E esta restrição levou a que o Senhor fizesse um milagre de provisão. E então Pedro, vendo isto, caiu de joelhos e disse: "aparta-te de mim, Senhor, porque sou homem pecador". Ali, pela primeira vez, Pedro foi iluminado.
Cada vez que somos iluminados, somos expostos em nossa vida interior. Aí o Senhor nos mostra quão indigno somos. Mas o mais precioso é que também, ao mesmo tempo, Pedro, Tiago e João, apesar de terem recebido as dádivas, esta quantidade de peixes, não obstante, diz no 11: "E quando trouxeram os barcos para terra, deixando tudo, o seguiram".
Pedro foi exposto por um lado; e por outro lado Cristo se manifestou como o Senhor da criação, como aquele que pode dominar os peixes do mar. E por esta luz, Pedro foi exposto, por um lado, mas por outro lado, ele não ficou com o dom, mas com o doador do dom, e isto é um grande avanço.
Mas adiante vemos que o Senhor segue avançando em nossas vidas de uma maneira gradual, porque um cego que foi curado de sua cegueira não pode ser exposto de súbito a toda à luz. Tem que se acostumar gradualmente para ver a luz.
A luz do castiçal
"Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas. Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:13-18).
Aqui o Senhor volta a iluminar o apóstolo e aos que estavam com ele. Aqui Pedro recebe uma luz um pouco maior que aquela que recebeu com a pesca milagrosa. É revelado a ele quem é Jesus, que Jesus é o Cristo, quem diz ao apóstolo: "...E sobre esta rocha...", não sobre Pedro, mas sim sobre a confissão de Pedro, que é o fundamento da igreja.
Então aí vemos uma luz do castiçal. Deus revelou-lhe quem era Jesus Cristo: o Filho do Deus vivo.
"E te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; e tudo o que desligardes na terra será desligado nos céus. Então mandou a seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo" (Mateus 16:19-20). Aqui também tiramos conclusão de que cada vez que somos iluminados e somos açoitados, também o Senhor nos encarrega de algo. A Pedro foi-lhe encarregado algo: "te darei as chaves do reino dos céus".
A Pedro foram dadas as duas chaves do reino: a chave para abrir o reino dos céus aos judeus, que foi utilizada no dia de Pentecostes. E na casa de Cornélio, Pedro usou a segunda chave. O reino dos céus se abriu e o Espírito Santo caiu sobre os gentios pela primeira vez.
Cada vez que somos iluminados, é-nos encomendado algo por parte de Deus e também ao mesmo tempo somos açoitados. Que coisa, não? Esta parte nós não gostamos, mas é necessária. Vemos o açoite do verso 21: "Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse. E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.".
Aqui, depois de Pedro ser iluminado, Jesus anuncia a sua própria morte, e Pedro começa a lhe repreender. Depois de ser iluminado, começa a surgir a habilidade natural de Pedro. Pedro, aconselhando a Deus feito carne, a criatura aconselhando ao Criador. Quão néscio era Pedro. Eu creio que nós diferimos muito pouco de Pedro. Então o Senhor lhe diz: "Aparta-te de diante de mim, Satanás". Realmente era Pedro sendo usado por Satanás.
Satanás estava por trás de tudo isto, tocando a velha natureza de Pedro, não permitindo que Cristo fosse para a cruz, porque esse foi o empenho de Satanás desde que Cristo nasceu. Sempre Satanás tratava de levar o Senhor Jesus Cristo para que não agisse como homem, mas como Deus. 'Se você for o Filho de Deus, por que não faz isto? Se você for o Filho de Deus, por que não faz aquilo?' Porque realmente quem ia produzir a vitória sobre Satanás não era Jesus Cristo como Deus, mas sim como homem. E até a última hora na cruz do Calvário o mesmo Satanás dizia através do soldado: "Se tu és o Filho de Deus...". Inclusive através do malfeitor que crucificaram ao seu lado: "Se tu és o Filho de Deus…".
Esse 'Se...' questionador não é nada mais que a voz de Satanás, mas de maneira nenhuma o Senhor Jesus cedeu. Igualmente Satanás usou a Pedro: 'Senhor, se tu és o Cristo, nada disso te acontecerá. Esta é uma maneira como trabalha em nossas vidas. Cada vez que somos tentados, ele mesmo nos diz: 'Se você é filho do Rei dos reis, por que não faz isto, porque não faz aquilo?' E é um negar-nos continuamente, porque essa é a nossa arma.
Não há lugar mais seguro para o cristão do que a cruz. Não temos um lugar mais seguro que estarmos crucificados juntamente com Cristo. É o lugar de repouso, o nosso refúgio, realmente, a cruz. Sermos trabalhados pelo Senhor, sermos açoitados pelo Senhor. Ali Pedro foi açoitado, foi repreendido pelo Senhor.
A luz do Lugar Santíssimo
Mais adiante, no capítulo 17, Pedro volta a ser iluminado. "Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, a Tiago e a João, irmão deste, e os conduziu à parte a um alto monte; e foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias. Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi." (Mateus 17:1-5).
O Senhor chama a Pedro, Tiago e João, e os leva a um alto monte. Aqui o Senhor está se revelando a si mesmo diante deles. É uma revelação, já não de átrio nem do Lugar Santo, mas uma revelação que pertence ao Lugar Santíssimo, uma revelação que pertence à luz shekinah. O mesmo Deus feito carne está se manifestando ali tal como ele é, e se transfigura, tanto que Pedro em sua segunda epístola, ele ainda, apesar de ter passado os anos, lembra-se e menciona esta passagem.
"Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus, permanece para sempre. Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora." (2ª Pedro 1:16-18). Ali, Pedro foi tocado pela realidade espiritual; ali, pela primeira vez, Pedro não vê um Cristo segundo a carne, mas um Cristo transfigurado conforme o Espírito. E ele foi iluminado.
Este homem tinha que ser iluminado sobre algo. Ele tinha um problema de religião, um problema de judaísmo em seu coração, muito enraizado, e que mesmo mais tarde, em Antioquia, lhe sai à flor da pele. O apóstolo Paulo lhe repreende em Antioquia a respeito deste problema de ser judaizante. Portanto, Pedro tinha que ser iluminado e tinha que ser liberto através de um açoite. O Senhor tinha que trabalhar em Pedro.
Aqui no monte o Senhor se mostra, transfigura-se. E Pedro diz no versículo 4: "Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias.". Aqui realmente Pedro estava fazendo alusão à festa dos tabernáculos. Ainda estava na tipologia, e estava, além disso, pondo no mesmo nível a Jesus Cristo com Moisés e Elias. Não o exaltava, punha-o igual como se fosse um profeta a mais, ou alguém igual a Moisés.
Mas aqui é açoitado uma vez mais. A voz do Pai de uma nuvem disse: "Este é o meu Filho amado, em quem está todo o meu prazer...". Este Jesus; não Moisés, não Elias. "Este é o meu Filho amado, em quem está todo o meu prazer; a ele ouvi". 'Não escutem a Pedro'. Praticamente o Senhor estava dizendo assim: Ou seja, Deus fez Pedro se calar, e isto foi um grande açoite para Pedro. Ali Pedro começou a ser libertado realmente da religião judaizante. Pedro tinha que pôr o Senhor Jesus acima de Moisés e Elias. Não fazer uma cabana no mesmo nível, não encerrar ou enquadrar o Senhor Jesus igual a Moisés e Elias.Destruindo a autoconfiança
Vemos mais adiante que o Senhor seguiu trabalhando com o apóstolo. Pedro, além de ter problemas de judaísmo em seu coração, também tinha muita confiança em si mesmo. E uma das coisas que o Senhor requer para que lhe adoremos em espírito e para que lhe sirvamos no corpo, é nos libertar de toda a nossa autoconfiança, um problema que todos nós temos. Confiamos muito em nossas habilidades, no que somos, no que temos, e com todas estas habilidades e todas estas manias naturais pretendemos servir à igreja do Deus vivo, e não pode ser assim.
Quando nos apresentamos para servir à igreja de Deus, não podemos nos apresentar em nossa própria força, em nosso próprio intelecto, em nossa própria confiança, em nossas próprias habilidades. Apresentamo-nos com temor e tremor diante da igreja do Deus vivo, a casa de Deus, coluna e baluarte da verdade. Pedro estava cheio de confiança, e o Senhor tinha que trabalhar nele para destruí-la.
Mateus capítulo 26. Esta passagem é muita conhecida por todos nós. No verso 69 há um subtítulo: "Pedro nega a Jesus". Aí o Senhor dá um forte açoite, muito forte em Pedro. Aí trabalhou, destruiu toda a confiança que ele tinha. Pedro era uma pessoa que aparentava ser valente, uma pessoa que podia dar a vida pelo Senhor. Estava cheio de muita confiança em si mesmo, de muita presunção. O Senhor não precisa ser defendido, assim como a arca do testemunho não precisou ser defendida quando estava nas mãos dos filisteus, mas a própria arca se defendeu.
Na terra dos filisteus, a arca fez que o deus Dagom se dobrasse, e caiu a estátua do deus Dagom. Aos filisteus saíram úlceras. A própria arca, o testemunho que tipificava a Cristo, defendeu-se sozinha. Inclusive não necessitava que Uzá colocasse a mão para que não caísse. Nós somos igual a Uzá e Pedro. Não é verdade, irmãos?
O Senhor precisa trabalhar em nós. Ele mostra que não necessita de ajuda. Ele deseja nos envolver em sua obra por amor a nós. Não porque ele necessite do homem, mas Deus quer nos fazer participantes no serviço dele. Não é um favor que fazemos a Deus de lhe servir em espírito e em realidade. É um favor que Deus nos faz. Portanto, sentimo-nos honrados de lhe servir, de que o Senhor nos ocupe. Para nós é de grande honra.
"Ora, Pedro estava sentado fora, no pátio; e aproximou-se dele uma criada, que disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu. Mas ele negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. E saindo ele para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o nazareno. E ele negou outra vez, e com juramento: Não conheço tal homem". Imagine! Ele o conhecia... "Você é o Cristo, o Filho do Deus vivente". E agora diz: "Não conheço tal homem". "E daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Certamente tu também és um deles pois a tua fala te denuncia. Então começou ele a praguejar e a jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E Pedro lembrou-se do que dissera Jesus: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente." (Mateus 26:69-75).
Daqui em diante Pedro já não podia confiar em si mesmo. Foi confrontado pelo Senhor, foi trabalhado pelo Senhor. Dali em diante o Senhor começa a trabalhar em Pedro depois da ressurreição.
Vejamos João 21:15. Segue o Senhor trabalhando em Pedro, e oxalá siga Deus trabalhando em nossas vidas. A cruz não é algo que nós devamos temer. Uma das coisas melhores que Deus pode nos dar é a cruz, o tratamento de Deus conosco.
"Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas." (João 21:15-16).
Vejam que o amor de Deus se manifesta de uma maneira prática quando amamos o Corpo. O Senhor está lhe perguntando: "Amas-me?", e lhe diz: "Apascenta as minhas ovelhas". Porque o que ama o Cabeça, ama o corpo. Quem ama o Pastor, ama as ovelhas. Nisso conhecemos que amamos o Senhor: porque amamos os nossos irmãos.
"Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas" (V. 17).
Quando Jesus lhe diz pela terceira vez as coisas, é porque está lhe dando consciência, para que Pedro perceba que ele não pode amar ao Senhor por sua força natural, como tratou de fazê-lo quando tirou a espada e cortou a orelha de Malco. Ele tratou de cortar a cabeça de Malco, mas não pôde. Aqui o Senhor Jesus o está levando para que ele perceba uma realidade espiritual que foi dada a Pedro, e essa realidade espiritual é o amor de Deus que foi derramado em Pedro.
No entanto, Pedro não está percebendo; está lhe respondendo: "Sim, Senhor, eu te amo", de uma maneira natural. Jesus repete várias vezes, para que Pedro seja consciente de que ao Senhor se ama em espírito, não na alma; não com o amor natural, mas com o amor de Deus que foi derramado.
O Senhor está tratando de despertar essa percepção espiritual, essa realidade espiritual que há em Pedro. Dessa maneira, o Senhor veio conseguindo trabalhar em Pedro grandemente.
E como pôde o Senhor intercalar a iluminação com os açoites? Cada vez que o Senhor o iluminava, o açoitava lhe dava uma comissão, uma responsabilidade no propósito de Deus. E assim é conosco. Cada vez que o Senhor se revela à nossas vidas, depois nos dá um açoite, um açoitezinho pequeno ou grande, depende da dureza dos nossos corações, e ao mesmo tempo nos dá um encargo. Ele nos encarrega com o seu propósito e cada dia nos capacita e em seguida nos envia.
O Senhor acrescente a sua palavra. Que esta palavra seja feita carne e sangue em nossa vida. Amém.
Fonte: www.aguasvivas.ws

domingo, 1 de fevereiro de 2009

O QUE É O TEMPLO DOS ÚLTIMOS DIAS


Em 1989, a revista Time publicou um artigo intitulado "Tempo para um Novo Templo?" em que relatava o desejo crescente de muitos judeus devotos de verem um novo templo construído no Monte do Templo em Jerusalém. O correspondente começou escrevendo:
"Que a Tua vontade seja a rápida reconstrução do Templo em nossos dias..." Esse pedido a Deus, recitado três vezes ao dia nas orações judaicas, expressa um desejo que faz do Monte do Templo em Jerusalém os 35 acres potencialmente mais instáveis do mundo.[1]
Nos anos que se seguiram a esse artigo, nada diminuiu o desejo de reconstruir o templo. Na verdade, a expectativa e os preparativos continuam a crescer. O apoio do público israelense para a reconstrução do templo, antes fraco, está aumentando gradativamente. A tensão no Oriente Médio continua alta e os problemas religiosos e políticos da região continuam nas manchetes em todo o mundo. Mas, mesmo nestes tempos turbulentos, os ativistas do Movimento do Templo continuam a intensificar seus esforços.
Os esforços da política, da diplomacia, da religião e da cultura convergem todos para o Monte do Templo – provavelmente o terreno mais disputado da terra. Uma das tensões mais importantes entre judeus e muçulmanos é a de que uma mesquita muçulmana, o Domo da Rocha, foi construída no local do templo em Jerusalém. O ativismo em torno do templo tem provocado preocupação e conflito internacional e continua sendo um pavio curto que pode detonar a próxima guerra mundial. Não existem soluções fáceis ou simples nesse complexo drama internacional e há muita retórica.
O líder dos Fiéis do Monte do Templo, Dr. Gershon Salomon, que é um dos defensores mais conhecidos e declarados de um templo reconstruído, afirma:
Eu creio que essa é a vontade de Deus. Ele [o Domo da Rocha] deve ser retirado. Devemos, como sabem, removê-lo. E hoje temos todo o equipamento para fazer isso, pedra por pedra, cuidadosamente, embalando-o e enviando-o de volta para Meca, o lugar de onde veio.[2]
Afirmações tais como essa estão carregadas de emoção e são defendidas com convicção. Qualquer atividade relativa ao Monte do Templo certamente criará o caos e trará reprovação de uma ou mais entidades religiosas ou políticas envolvidas.
No entanto, o sonho de reconstruir o templo é realista e biblicamente correto; um dia ele se realizará. A Bíblia ensina explicitamente que a reconstrução se tornará realidade. Mas a alegria será passageira e a adoração será interrompida. Como veremos através de alguns tópicos da história e da Bíblia, o novo templo não será nem o primeiro nem o último a ser erguido. Sua construção é certa, mas os dias turbulentos que a acompanharão também.
Quais são os planos e os preparativos para o próximo templo de Israel?
Muitos planos estão sendo feitos para a reconstrução do templo,[3] e vários grupos diferentes em Israel estão se preparando para isso. Algumas das organizações e atividades incluem:
Os Fiéis do Monte do Templo, liderados por Ger-shon Salomon, que usam medidas ativistas para tentar motivar seus compatriotas a reconstruírem o templo. Uma dessas medidas foi sua tentativa periódica de colocar uma pedra angular de 4 toneladas e meia no Monte do Templo. O ativista Gershon Salomon demonstra sua determinação quando diz:
No dia certo – creio que em breve – essa pedra será colocada no Monte do Templo, trabalhada e polida... e será a primeira pedra para o terceiro templo. Agora mesmo essa pedra não está longe do Monte do Templo, bem perto das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém, perto da Porta de Shechem... e dessa pedra se pode ver o Monte do Templo. Mas o dia está próximo em que essa pedra estará no lugar certo – pode ser hoje... ou amanhã, estamos bem pertos da hora certa.[4]
Outra ação que eles instituíram foi o sacrifício de animais.
O Instituto do Templo, liderado por Israel Ariel, que já fez quase todos os 102 utensílios necessários para a adoração no templo conforme os padrões bíblicos e rabínicos. Eles estão em exposição para turistas no centro turístico do Instituto do Templo na Cidade Velha em Jerusalém.
O Ateret Cohanim fundou uma yeshiva (escola religiosa) para a educação e o treinamento dos sacerdotes do templo. Sua tarefa é pesquisar regulamentos, reunir levitas qualificados e treiná-los para um sacerdócio futuro.
Muitas yeshivas surgiram em Jerusalém para fazer preparativos para a eventualidade de culto no templo reconstruído e funcional. Estão fazendo roupas, harpas, plantas arquitetônicas geradas em computador. Alguns rabinos estão decidindo quais inovações modernas podem ser adotadas num templo novo. Além disso, eles estão fazendo esforços para ter animais kosher (puros) para sacrifício, inclusive novilhas vermelhas. E algumas pessoas continuam a orar no Monte do Templo para ajudarem a preparar o caminho.
Muitos outros preparativos estão em andamento para a volta de Israel a todos os aspectos da adoração no templo.
Qual é a importância do templo da Tribulação?
O templo da Tribulação é importante porque é o templo que muitos judeus em Israel estão tentando reconstruir no presente. Saber o que a Bíblia ensina sobre os templos do passado, presente e futuro dá aos crentes a base necessária para ver o terceiro templo do ponto de vista de Deus. Apesar de que a esperança judaica para o próximo templo é que ele seja o templo messiânico, a Bíblia deixa claro que ele será, na verdade, o templo transitório do Anticristo.
O fato de Israel ter sido restabelecido como nação em 1948, de Jerusalém ter sido reconquistada em 1967 e dos judeus estarem fazendo esforços cada vez mais significativos para a construção do terceiro templo, demonstra que estamos chegando perto do fim da atual era da Igreja e do início da Tribulação. O cenário divino para o fim dos tempos está tomando forma e o centro das atenções é a reconstrução do templo em Jerusalém. A mão de Deus está agindo. (Thomas Ice e Timothy Demy - http://www.chamada.com.br/)
Notas
Richard N. Ostling, "Time for a New Temple?" ("Tempo para um Novo Templo?") Revista Time, 16 de outubro de 1989.
Gershon Salomon citado em Patti Lalonde, "Building the Third Temple" ("Construindo o Terceiro Templo"), This Week in Bible Prophecy Magazine, abril de 1995, p. 22.
Para detalhes documentados de preparativos atuais para reconstruir o templo veja Ice e Price, Ready to Rebuild.
Randall Price, entrevista gravada com Gershon Salomon, 24 de junho de 1991.