Continuação do estudo a cerca da oração. Como precisamos aprender a orar conforme os interesses dos céus, uma oração conforme a Palavra de Deus e que não traz apenas as nossas necessidades e interesses.
Precisamos mesmo aprender a oração corporativa, a oração que 02 ou mais concordando na Terra sobre um assunto, esse assunto é confirmado pelos céus.
Senhor ensina-nos a orar.
Lição 7
"Quanto mais o Espírito Santo."
No
Sermão da Montanha o Senhor já tinha declarado seu maravilhoso “Quanto mais?”. Aqui em Lucas, onde
repete a pergunta, há uma diferença. Em vez de falar, como fez antes, sobre dar
boas dádivas, ele diz: "Quanto mais
o Pai celestial dará O ESPÍRITO SANTO?". Assim Ele nos ensina que a
principal e a melhor das dádivas é o Espírito Santo, ou antes, que nessa dádiva
todas as outras estão incluídas. O Espírito Santo é a primeira das dádivas do Pai
e aquela que Ele mais se deleita em conceder. O Espírito Santo é, portanto, a
dádiva que, acima de tudo, temos de buscar.
O
valor inefável dessa dádiva é fácil de ser entendido. Jesus falou sobre
o Espírito como "a promessa do Pai";
a única promessa pela qual a Paternidade do Pai se revela. A melhor dádiva que
um bom e sábio pai pode conceder a um filho na Terra é seu próprio espírito.
Este é o grande objetivo de um pai na educação: reproduzir em seu filho sua
própria disposição e caráter. Se o filho quiser conhecer e
entender seu pai; se, à medida que cresce,
quiser entender toda sua vontade e planos; se desejar ter sua maior alegria
no pai, e o pai nele, ele tem de ser uma só mente
e espírito com ele. E por isso é impossível imaginar Deus concedendo maior
dádiva a Seu filho do que esta: seu próprio Espírito. Deus é o que é por meio
de seu Espírito, o Espírito é a própria vida de Deus. Pense por um momento no
que isso significa - Deus dando seu próprio Espírito a Seu filho na Terra.
Não
era essa a glória de Jesus como filho na Terra, que o Espírito do Pai estava
n'Ele? No Seu batismo no Jordão as duas coisas foram unidas - a voz,
proclamando-o o Filho Amado, e o Espírito, descendo sobre Ele. E é isso que o
apóstolo diz sobre nós: "E, porque
vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que
clama: Aba, Pai". Um rei busca em toda educação de seu filho aflorar
nele um espírito de rei. Nosso Pai no céu deseja nos educar como filhos para a
vida santa e celestial em que vive, por isso nos concede, da profundeza de Seu
coração, Seu próprio Espírito. Foi esse todo o propósito de Jesus quando,
depois de ter feito expiação pelo Seu próprio
sangue, entrou em nosso lugar na presença de Deus e assim obteve para nós e
enviou para habitar em nós o Espírito
Santo. Visto que o Espírito do Pai e do Filho e toda a vida e amor do Pai e do
Filho estão n'Ele, ao vir até nós o Espírito nos introduz na mesma comunhão.
Como Espírito do Pai, Ele derrama abundantemente o amor do Pai, por meio do
qual Ele amou o Filho, em nosso coração e nos ensina a viver n'Ele. Como
Espírito do Filho, Ele infunde em nós a liberdade,
a devoção e a obediência de filho que o Filho viveu sobre a Terra. O Pai não
pode conceder maior ou mais maravilhosa dádiva do que esta: Seu próprio
Espírito Santo, o Espírito de adoção.
Essa
verdade naturalmente nos leva a pensar que essa primeira e principal
dádiva de Deus deve ser o primeiro e
principal objetivo de toda oração. Para cada necessidade da vida espiritual
esta é a única coisa necessária: o Espírito Santo. Toda a plenitude está em
Jesus; a plenitude da graça e da verdade, da qual recebemos graça sobre graça.
O Espírito Santo é o tabelião nomeado, cujo trabalho especial é fazer Jesus
e tudo que há n'Ele se tornar nosso em posse
pessoal e em bendita experiência.
Ele é o Espírito de vida em Cristo Jesus. Assim como essa vida é maravilhosa,
do mesmo modo é maravilhosa a provisão que esse agente provê para nós. Se
apenas nos rendermos totalmente à
vontade do Espírito e deixarmos que faça o que quiser conosco, Ele manifestará
a vida de Cristo dentro de nós. Ele fará isso pelo Seu poder divino, mantendo a
vida de Cristo em nós de forma contínua
e ininterrupta. Certamente, se há uma
oração que nos leva para o trono do Pai e nos mantém lá é esta: que o Espírito
Santo, que nós como filhos recebemos, flua em nós e através de nós em maior
plenitude.
Por
meio dos vários dons que o Espírito tem para dispensar Ele preenche cada
necessidade do cristão. Pare e pense nos nomes que Ele possui: o Espírito de graça, que nos revela e
transmite toda a graça que há em Jesus; o Espírito
de fé, que nos ensina a começar e prosseguir sempre crescendo na fé; o Espírito de adoção e de promessa, que
testemunha que somos filhos de Deus e nos inspira a clamar confiadamente: Aba,
Pai!; o Espírito da verdade, que nos
guia a toda verdade, para tornar cada palavra de Deus nossa de fato e de
verdade; o Espírito de oração,
através do qual conversamos com o Pai, a oração que deve ser ouvida; o Espírito de julgamento e juízo, que
sonda o coração e o convence do pecado; o Espírito
de santidade, que manifesta e comunica a presença santa do Pai em nós; o Espírito de poder, que nos faz fortes
para testificar com ousadia e trabalhar com eficácia no serviço do Pai; o Espírito de glória, o penhor de nossa
herança, a preparação e o antegozo da glória por vir.
Certamente o filho de Deus necessita somente de uma coisa para ser capaz de
realmente viver como filho: ser cheio do Espírito.
E
a lição que Jesus nos ensina hoje em sua escola é esta: que o Pai está
simplesmente ansiando por dar o Espírito a nós se tão somente pedirmos, como um
filho que depende do Pai, o que Ele diz: "Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?". De acordo com a promessa de Deus,
"derramarei meu Espírito abundantemente",
e conforme seu mandamento, "enchei-vos
do Espírito", temos a medida do que Deus está pronto para dar e o que
podemos obter. Como filhos de Deus, já recebemos o Espírito. Mas ainda
necessitamos pedir e orar por Seus dons e operações especiais à medida que
necessitamos deles. E não somente isso, mas para que Ele
mesmo se aposse inteira e completamente de nós; por sua contínua e instantânea
orientação. Como o ramo, mesmo cheio da seiva da videira, está sempre clamando
pelo fluir contínuo e crescente da seiva para que produza bons frutos, assim o
crente, regozijando-se na posse do Espírito, deve estar sempre sedento e
suplicante por mais. Aquilo que o grande Professor quer que aprendamos é que
somente a promessa de Deus e o Seu mandamento podem ser a medida de nossa
expectativa e de nossa oração. Temos de ser cheios em abundância. Ele deseja
que peçamos isso na certeza de que o maravilhoso quanto mais do amor paterno de Deus é a garantia de que,
quando pedimos, com toda certeza recebemos.
Creiamos nisso. À medida que
oramos para ser cheios do Espírito, não busquemos pela resposta em nossos sentimentos.
Todas as bênçãos espirituais devem ser recebidas, isto é, aceitas ou possuídas
em fé. Creia-me, o Pai dá o Espírito Santo para o filho que
pede. Mesmo agora, enquanto oro, devo dizer em fé: eu tenho o que peço, a
plenitude do Espírito é minha. Permaneçamos firmes nessa fé. Na força da
Palavra de Deus sabemos que temos o que pedimos. Continuemos, com gratidão pelo
que temos ouvido, com gratidão pelo que temos recebido e nos apropriado como
nosso, firmes na oração com confiança de que a bênção, que já nos foi dada e
retemos em fé, há de romper e encher todo nosso ser. É nesse agradecimento e
oração confiantes que nossa alma se abre para que o Espírito tome posse completa e serena. É a oração que não somente pede e espera, mas recebe e segura, que herda a bênção completa. Em toda oração que fizermos,
lembremos da lição que o Salvador quer nos ensinar hoje; que, se existe algo na
Terra de que podemos estar certos é isto: que o Pai deseja que sejamos cheios
do Seu Espírito, que Ele Se deleita em nos dar Seu Espírito.
E
uma vez que temos aprendido a crer por nós mesmos, e a cada dia extrair do tesouro que possuímos no céu, que liberdade e
poder para orar pelo derramar do Espírito na Igreja de Deus, sobre toda carne,
nas pessoas ou em trabalhos especiais! Aquele que aprendeu por si mesmo a
conhecer o Pai em oração aprende a orar mais confiantemente por outros também.
O Pai dá o Espírito Santo aos que Lhe pedem, principalmente quando pedem para
outros.
"SENHOR, ensina-nos a orar."