segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

ORE PELOS IRMÃO DA CHINA- A IGREJA SOFRE MUITA PERSEGUIÇÃO NAQUELE PAÍS


China é o terceiro maior país do mundo e possui a maior população do planeta. Além disso, as maiores altitudes do globo encontram-se em seu território. A maior parte da população chinesa vive na região leste, concentrada principalmente em 42 grandes cidades, todas com mais de um milhão de habitantes. Os chineses se comunicam em mais de 600 dialetos e se dividem em quase 200 grupos étnicos, dos quais 55 são oficialmente reconhecidos. Mais de 90% da população é alfabetizada. Embora a China seja uma das economias que mais crescem no mundo, 130 milhões de chineses estão abaixo da linha de pobreza, e a renda per capita anual é inferior a US$ 500. A história da China remonta a 22 séculos antes de Cristo e o povo chinês orgulha-se de pertencer a uma das mais antigas civilizações do mundo. O nome China surgiu na dinastia Qin (221-206 a.C), quando Qin Shi Huang era imperador, e significa "Reino do Meio", pois os antigos chineses se consideravam o centro do mundo. Uma sucessão de dinastias governou o país até 1911, quando o médico Sun Yat-sen derruba a dinastia que detinha o poder e é proclamado presidente. Na década de 1920, Chiang Kai-shek, do Partido Nacionalista, chega ao poder. No entanto, o Partido Comunista, fundado em 1921, entra em luta contra o partido de Chiang pelo controle do país. Por um breve período, as duas facções promovem uma aliança para combater a invasão japonesa, mas retomam o conflito após a rendição do Japão na II Guerra Mundial. Mao Tsé-tung e os comunistas alcançam a vitória em 1949, enquanto o Partido Nacionalista, de Chiang, batia em retirada para Taiwan. Ambos os partidos, porém, ainda reclamam a soberania sobre toda a China. Embora oficialmente a China tenha um governo comunista, na prática, ela é governada por homens e não por sistemas ou leis. Aqueles no poder anseiam por estabilidade acima de tudo e esmagam impiedosamente qualquer um que julguem ser uma ameaça. Talvez isto explique porque a Igreja é alvo de perseguição em áreas onde cresce rapidamente, enquanto sofre apenas um controle moderado em outras regiões. O Partido Comunista mudou de forma significativa desde os dias de Mao. Durante o período de Deng Xiaoping, as portas da China se abriram novamente para o resto do mundo e, desde então, o comércio exterior com países ocidentais tem sido encorajado. Hoje, as ideologias comunistas permanecem firmes em suas raízes, porém economicamente o capitalismo é a ordem do dia. Depois de quase cinco anos na direção, Hu Jintao é cada vez mais considerado socialista, e não o liberal que reformaria a política, a economia e a sociedade, como o mundo esperava. No entanto, ele continua mostrando que se interessa pelas mesmas coisas que o povo. Fez isso ao declarar guerra contra a corrupção e a disparidade econômica entre os ricos nas cidades e os pobres na zona rural. Uma forma do socialismo progressivo está sendo implementada, mas os chineses não o chamam democracia; em vez disso é chamado de "socialismo com características chinesas". A população chinesa atual tem se formado por meio de uma geração mais jovem que não conheceu a Revolução Cultural, e também por uma população rural cada vez mais descontente. As vítimas de exploração e abuso do poder têm se tornado mais conscientes dos seus direitos, tanto humanos como legais. Além dessas coisas, o aumento de desastres naturais e ocupacionais também preocupa o governo. Mais de 50% dos chineses dizem não ter religião. As religiões locais e o budismo perfazem mais de 36,6% da população, enquanto os cristãos são estimados em 11% aproximadamente. A Igreja chinesa é uma das que crescem mais rapidamente no mundo. Teoricamente, os cristãos chineses têm o direito à liberdade religiosa, mas o espaço para evangelização é limitado. Apenas pessoas com mais de 18 anos podem ser evangelizadas e todas as igrejas devem ser registradas. Os cristãos não podem se reunir em templos não registrados e tampouco evangelizar publicamente. A Igrejavoltar ao topo Nestorianos, cristãos da Igreja do Oriente, vieram da Pérsia para a China, pela Rota da Seda. Eles foram os primeiros a apresentar o cristianismo à Dinastia Tang, em 635. A década de 1950 viu o advento do Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), a fim de controlar a Igreja. Os missionários estrangeiros continuaram a sofrer perseguição até saírem completamente da China em 1952. Muitos líderes cristãos chineses foram enviados a prisão ou campos de trabalho, destinados a executar tarefas humilhantes e degradantes. Hoje, aproximadamente 80 milhões de protestantes e católicos formam a Igreja deste país de 1,3 bilhões de habitantes. Enquanto não há dados quanto ao crescimento das igrejas não registradas, o número de congregações de igrejas protestantes registradas aumenta entre 500 a 600 mil a cada ano. O número de reuniões dos fiéis ultrapassa a marca dos 15 milhões, e eles se reúnem em mais de 50 mil igrejas e outros lugares de culto. A vida da Igreja é marcada por um paradoxo: embora seja rica, vibrante, permeada de renovação e cresça em ritmo acelerado, ao mesmo tempo é perseguida e extremamente carente de recursos e treinamento. Estima-se que 50 milhões de cristãos chineses ainda esperam por sua primeira Bíblia e, sem a posse de sua própria cópia das Escrituras, muitos são presas fáceis de heresias e falsos ensinamentos. Não falta entusiasmo aos evangelistas, mas a maioria é mal treinada e pouco equipada. Além disso, há conflitos entre os líderes cristãos. Acredita-se que atualmente a pior tentação enfrentada pela Igreja chinesa seja o materialismo, particularmente dentro do contexto da explosão econômica do país. A Perseguiçãovoltar ao topo O objetivo principal do governo é manter a estabilidade e o poder. Esta é a principal motivação que está por trás do controle populacional, da reforma econômica e da política religiosa chinesa, que consiste em domínio e opressão. O Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), também conhecido como Igreja dos Três Poderes, é a Igreja oficial, controlada pelo Partido Comunista. As igrejas não registradas recebem ataques esporádicos do governo. A perseguição depende principalmente do grau de perigo que o governo enxerga em cada grupo religioso. Os cristãos não são os únicos a ser perseguido. Em alguns casos, muçulmanos e budistas têm recebido o mesmo tratamento rigoroso dado aos cristãos e é comum que muitas seitas ou grupos religiosos de menor expressão sejam extintos. A perseguição ao cristianismo abrange desde multas e confisco de Bíblias até destruição de edifícios de igrejas. Evangelistas são detidos, interrogados, aprisionados e torturados. Além da perseguição governamental, as tentativas de evangelizar muçulmanos no extremo noroeste do território chinês têm enfrentado resistência e alguns ataques. As leis religiosas que entraram em vigor em 1º de março de 2005 aumentaram a pressão sobre grupos não registrados, exigindo que se legalizassem ou se preparassem para sofrer as conseqüências. Além disso, em vez de facilitar o registro, novos emendas dificultaram o processo. A Corte Popular da cidade de Zhongmu sentenciou a sete anos e meio de prisão o pastor Zhang Rongliang, da Igreja não oficial. O veredicto foi dado no dia 29 de junho de 2005. Rongliang é um líder chave do "China para Cristo", um movimento de igrejas não registradas, conhecido antigamente como Fangcheng. Ele foi renomeado por Rongliang em outubro de 2004. Ele foi detido pela polícia de Henan, sem acusações, no dia 1º de dezembro de 2004. Apenas um mês depois, ele foi acusado de "obter passaporte através de fraude" e de "travessia ilegal de fronteira". As autoridades chinesas sempre negam passaportes a líderes famosos de igrejas não registradas. Rongliang já foi detido cinco vezes e passou um total de 12 anos na prisão por suas atividades religiosas. Ele também foi o co-autor de uma "Confissão de Fé" da Igreja não oficial, escrita em 1999, para pedir clemência a uma ampla opressão do governo a movimentos de "seitas". Depois de sua prisão, as autoridades confiscaram DVDs cristãos e outros materiais em sua casa que estariam ligado com cristãos estrangeiros. Ter contato com religiosos estrangeiros pode ser uma atividade ilegal na China. O Pastor Rongliang sofre de cinco doenças crônicas, incluindo pressão alta e diabetes, confirmadas em um diagnóstico oficial em 2005. Após ter sido transferido diversas vezes de várias prisões, por causa de suas enfermidades, ele está na prisão em Kaifeng. Em 2006, ele sofreu um derrame e o supervisor da prisão, que gostava muito dele, o enviou imediatamente para o hospital da prisão para que fosse submetido a tratamento. Ele melhorou, mas ainda sente dormência nos dedos de uma das mãos e em um pé. Sua esposa pode visitá-lo duas vezes por mês. Ele tem pregado o evangelho na prisão e batizado novos convertidos, além de ministrar a Santa Ceia dentro da prisão. Criminosos perigosos estão entre seus companheiros. Um deles, que fora um assassino, foi completamente transformado depois de receber as boas-novas. O homem escreveu à mãe para dizer: "Mãe, quando eu morrer no pelotão de fuzilamento, irei à sua frente e a esperarei no céu. Você precisa aceitar a Jesus como seu Salvador, da mesma maneira que eu aceitei; então poderemos nos encontrar de novo". Parte dos preparativos para as Olimpíadas 2008 implica na apresentação de uma fachada positiva ao resto do mundo. A repressão a reuniões de igreja não oficiais e aos seus líderes, aumentou em muitas províncias, bem como o número de relatos de estrangeiros sendo detidos ou deportados.Motivos de Oraçãovoltar ao topo 1. Louve a Deus pelo assombroso crescimento da Igreja. Ore para que a perseguição seja atenuada, para que materiais de treinamento sejam desenvolvidos e para que as Bíblias tornem-se cada vez mais acessíveis, impedindo assim o avanço de heresias. 2. Os líderes cristãos chineses sofrem muito pelo evangelho. Ore pelos milhares de evangelistas e pastores chineses que enfrentam noites de insônia, separação de suas famílias, reuniões secretas e risco de prisão a fim de pastorear seus rebanhos. Muitos têm treinamento insuficiente e poucos recursos, mas ainda assim viajam constantemente para compartilhar o que sabem. 3. O crescimento econômico chinês é visto como um grande desafio para a Igreja. Os cristãos chineses julgam que a perseguição é uma bênção. A principal preocupação dos pastores é o efeito que o materialismo decorrente da crescente economia chinesa pode provocar nos cristãos. 4. Muitos pastores têm sido enviados a campos de trabalho. A comida é ruim e o trabalho é muito pesado, porém muitos são capazes de pregar e formar igrejas dentro dos campos. Alguns o fazem de forma tão eficiente que são até confinados na solitária para evitar que preguem o evangelho. 5. A Igreja sofre com a grande falta de unidade. Muitos líderes das igrejas registradas e das não registradas têm medo e desconfiança entre si. Alguns acusam o Movimento Patriótico das Três Autonomias de traição, enquanto seus líderes acreditam que as igrejas não registradas estão em pecado por agir contra o governo. Ore para que estas divisões entre os líderes sejam eliminadas e haja reconciliação entre eles. 6. A China sofre com a falta de recursos para a evangelização. Louve a Deus pelas muitas ferramentas de evangelismo que são levadas ao país todos os anos. Materiais impressos e vídeos resultam em inúmeros novos convertidos por cópia distribuída. Ore para que a quantidade de materiais levados ao país aumente.Fontes- CIA Factbook 2008 (https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/) - Open Doors International

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