China é o terceiro maior país do mundo e possui a maior população do planeta. Além disso, as maiores altitudes do globo encontram-se em seu território. A maior parte da população chinesa vive na região leste, concentrada principalmente em 42 grandes cidades, todas com mais de um milhão de habitantes. Os chineses se comunicam em mais de 600 dialetos e se dividem em quase 200 grupos étnicos, dos quais 55 são oficialmente reconhecidos. Mais de 90% da população é alfabetizada. Embora a China seja uma das economias que mais crescem no mundo, 130 milhões de chineses estão abaixo da linha de pobreza, e a renda per capita anual é inferior a US$ 500. A história da China remonta a 22 séculos antes de Cristo e o povo chinês orgulha-se de pertencer a uma das mais antigas civilizações do mundo. O nome China surgiu na dinastia Qin (221-206 a.C), quando Qin Shi Huang era imperador, e significa "Reino do Meio", pois os antigos chineses se consideravam o centro do mundo. Uma sucessão de dinastias governou o país até 1911, quando o médico Sun Yat-sen derruba a dinastia que detinha o poder e é proclamado presidente. Na década de 1920, Chiang Kai-shek, do Partido Nacionalista, chega ao poder. No entanto, o Partido Comunista, fundado em 1921, entra em luta contra o partido de Chiang pelo controle do país. Por um breve período, as duas facções promovem uma aliança para combater a invasão japonesa, mas retomam o conflito após a rendição do Japão na II Guerra Mundial. Mao Tsé-tung e os comunistas alcançam a vitória em 1949, enquanto o Partido Nacionalista, de Chiang, batia em retirada para Taiwan. Ambos os partidos, porém, ainda reclamam a soberania sobre toda a China. Embora oficialmente a China tenha um governo comunista, na prática, ela é governada por homens e não por sistemas ou leis. Aqueles no poder anseiam por estabilidade acima de tudo e esmagam impiedosamente qualquer um que julguem ser uma ameaça. Talvez isto explique porque a Igreja é alvo de perseguição em áreas onde cresce rapidamente, enquanto sofre apenas um controle moderado em outras regiões. O Partido Comunista mudou de forma significativa desde os dias de Mao. Durante o período de Deng Xiaoping, as portas da China se abriram novamente para o resto do mundo e, desde então, o comércio exterior com países ocidentais tem sido encorajado. Hoje, as ideologias comunistas permanecem firmes em suas raízes, porém economicamente o capitalismo é a ordem do dia. Depois de quase cinco anos na direção, Hu Jintao é cada vez mais considerado socialista, e não o liberal que reformaria a política, a economia e a sociedade, como o mundo esperava. No entanto, ele continua mostrando que se interessa pelas mesmas coisas que o povo. Fez isso ao declarar guerra contra a corrupção e a disparidade econômica entre os ricos nas cidades e os pobres na zona rural. Uma forma do socialismo progressivo está sendo implementada, mas os chineses não o chamam democracia; em vez disso é chamado de "socialismo com características chinesas". A população chinesa atual tem se formado por meio de uma geração mais jovem que não conheceu a Revolução Cultural, e também por uma população rural cada vez mais descontente. As vítimas de exploração e abuso do poder têm se tornado mais conscientes dos seus direitos, tanto humanos como legais. Além dessas coisas, o aumento de desastres naturais e ocupacionais também preocupa o governo. Mais de 50% dos chineses dizem não ter religião. As religiões locais e o budismo perfazem mais de 36,6% da população, enquanto os cristãos são estimados em 11% aproximadamente. A Igreja chinesa é uma das que crescem mais rapidamente no mundo. Teoricamente, os cristãos chineses têm o direito à liberdade religiosa, mas o espaço para evangelização é limitado. Apenas pessoas com mais de 18 anos podem ser evangelizadas e todas as igrejas devem ser registradas. Os cristãos não podem se reunir em templos não registrados e tampouco evangelizar publicamente. A Igrejavoltar ao topo Nestorianos, cristãos da Igreja do Oriente, vieram da Pérsia para a China, pela Rota da Seda. Eles foram os primeiros a apresentar o cristianismo à Dinastia Tang, em 635. A década de 1950 viu o advento do Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), a fim de controlar a Igreja. Os missionários estrangeiros continuaram a sofrer perseguição até saírem completamente da China em 1952. Muitos líderes cristãos chineses foram enviados a prisão ou campos de trabalho, destinados a executar tarefas humilhantes e degradantes. Hoje, aproximadamente 80 milhões de protestantes e católicos formam a Igreja deste país de 1,3 bilhões de habitantes. Enquanto não há dados quanto ao crescimento das igrejas não registradas, o número de congregações de igrejas protestantes registradas aumenta entre 500 a 600 mil a cada ano. O número de reuniões dos fiéis ultrapassa a marca dos 15 milhões, e eles se reúnem em mais de 50 mil igrejas e outros lugares de culto. A vida da Igreja é marcada por um paradoxo: embora seja rica, vibrante, permeada de renovação e cresça em ritmo acelerado, ao mesmo tempo é perseguida e extremamente carente de recursos e treinamento. Estima-se que 50 milhões de cristãos chineses ainda esperam por sua primeira Bíblia e, sem a posse de sua própria cópia das Escrituras, muitos são presas fáceis de heresias e falsos ensinamentos. Não falta entusiasmo aos evangelistas, mas a maioria é mal treinada e pouco equipada. Além disso, há conflitos entre os líderes cristãos. Acredita-se que atualmente a pior tentação enfrentada pela Igreja chinesa seja o materialismo, particularmente dentro do contexto da explosão econômica do país. A Perseguiçãovoltar ao topo O objetivo principal do governo é manter a estabilidade e o poder. Esta é a principal motivação que está por trás do controle populacional, da reforma econômica e da política religiosa chinesa, que consiste em domínio e opressão. O Movimento Patriótico das Três Autonomias (MPTA), também conhecido como Igreja dos Três Poderes, é a Igreja oficial, controlada pelo Partido Comunista. As igrejas não registradas recebem ataques esporádicos do governo. A perseguição depende principalmente do grau de perigo que o governo enxerga em cada grupo religioso. Os cristãos não são os únicos a ser perseguido. Em alguns casos, muçulmanos e budistas têm recebido o mesmo tratamento rigoroso dado aos cristãos e é comum que muitas seitas ou grupos religiosos de menor expressão sejam extintos. A perseguição ao cristianismo abrange desde multas e confisco de Bíblias até destruição de edifícios de igrejas. Evangelistas são detidos, interrogados, aprisionados e torturados. Além da perseguição governamental, as tentativas de evangelizar muçulmanos no extremo noroeste do território chinês têm enfrentado resistência e alguns ataques. As leis religiosas que entraram em vigor em 1º de março de 2005 aumentaram a pressão sobre grupos não registrados, exigindo que se legalizassem ou se preparassem para sofrer as conseqüências. Além disso, em vez de facilitar o registro, novos emendas dificultaram o processo. A Corte Popular da cidade de Zhongmu sentenciou a sete anos e meio de prisão o pastor Zhang Rongliang, da Igreja não oficial. O veredicto foi dado no dia 29 de junho de 2005. Rongliang é um líder chave do "China para Cristo", um movimento de igrejas não registradas, conhecido antigamente como Fangcheng. Ele foi renomeado por Rongliang em outubro de 2004. Ele foi detido pela polícia de Henan, sem acusações, no dia 1º de dezembro de 2004. Apenas um mês depois, ele foi acusado de "obter passaporte através de fraude" e de "travessia ilegal de fronteira". As autoridades chinesas sempre negam passaportes a líderes famosos de igrejas não registradas. Rongliang já foi detido cinco vezes e passou um total de 12 anos na prisão por suas atividades religiosas. Ele também foi o co-autor de uma "Confissão de Fé" da Igreja não oficial, escrita em 1999, para pedir clemência a uma ampla opressão do governo a movimentos de "seitas". Depois de sua prisão, as autoridades confiscaram DVDs cristãos e outros materiais em sua casa que estariam ligado com cristãos estrangeiros. Ter contato com religiosos estrangeiros pode ser uma atividade ilegal na China. O Pastor Rongliang sofre de cinco doenças crônicas, incluindo pressão alta e diabetes, confirmadas em um diagnóstico oficial em 2005. Após ter sido transferido diversas vezes de várias prisões, por causa de suas enfermidades, ele está na prisão em Kaifeng. Em 2006, ele sofreu um derrame e o supervisor da prisão, que gostava muito dele, o enviou imediatamente para o hospital da prisão para que fosse submetido a tratamento. Ele melhorou, mas ainda sente dormência nos dedos de uma das mãos e em um pé. Sua esposa pode visitá-lo duas vezes por mês. Ele tem pregado o evangelho na prisão e batizado novos convertidos, além de ministrar a Santa Ceia dentro da prisão. Criminosos perigosos estão entre seus companheiros. Um deles, que fora um assassino, foi completamente transformado depois de receber as boas-novas. O homem escreveu à mãe para dizer: "Mãe, quando eu morrer no pelotão de fuzilamento, irei à sua frente e a esperarei no céu. Você precisa aceitar a Jesus como seu Salvador, da mesma maneira que eu aceitei; então poderemos nos encontrar de novo". Parte dos preparativos para as Olimpíadas 2008 implica na apresentação de uma fachada positiva ao resto do mundo. A repressão a reuniões de igreja não oficiais e aos seus líderes, aumentou em muitas províncias, bem como o número de relatos de estrangeiros sendo detidos ou deportados.Motivos de Oraçãovoltar ao topo 1. Louve a Deus pelo assombroso crescimento da Igreja. Ore para que a perseguição seja atenuada, para que materiais de treinamento sejam desenvolvidos e para que as Bíblias tornem-se cada vez mais acessíveis, impedindo assim o avanço de heresias. 2. Os líderes cristãos chineses sofrem muito pelo evangelho. Ore pelos milhares de evangelistas e pastores chineses que enfrentam noites de insônia, separação de suas famílias, reuniões secretas e risco de prisão a fim de pastorear seus rebanhos. Muitos têm treinamento insuficiente e poucos recursos, mas ainda assim viajam constantemente para compartilhar o que sabem. 3. O crescimento econômico chinês é visto como um grande desafio para a Igreja. Os cristãos chineses julgam que a perseguição é uma bênção. A principal preocupação dos pastores é o efeito que o materialismo decorrente da crescente economia chinesa pode provocar nos cristãos. 4. Muitos pastores têm sido enviados a campos de trabalho. A comida é ruim e o trabalho é muito pesado, porém muitos são capazes de pregar e formar igrejas dentro dos campos. Alguns o fazem de forma tão eficiente que são até confinados na solitária para evitar que preguem o evangelho. 5. A Igreja sofre com a grande falta de unidade. Muitos líderes das igrejas registradas e das não registradas têm medo e desconfiança entre si. Alguns acusam o Movimento Patriótico das Três Autonomias de traição, enquanto seus líderes acreditam que as igrejas não registradas estão em pecado por agir contra o governo. Ore para que estas divisões entre os líderes sejam eliminadas e haja reconciliação entre eles. 6. A China sofre com a falta de recursos para a evangelização. Louve a Deus pelas muitas ferramentas de evangelismo que são levadas ao país todos os anos. Materiais impressos e vídeos resultam em inúmeros novos convertidos por cópia distribuída. Ore para que a quantidade de materiais levados ao país aumente.Fontes- CIA Factbook 2008 (https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/) - Open Doors International
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Uma palavra sobre o Natal - Origem no paganismo europeu
Olá irmãos,
No ano passado enviei um e-mail falando sobre o natal, e muitos irmãos me responderam sobre o quanto consideraram sério esse assunto. Embora, seja uma data festiva, nós não temos percebido como o inimigo tem usado isso para nos seduzir num espírito consumista de dividas e gastos exorbitantes. Por isso, mais uma vez, estou lhes entregando esse material, pedindo que vocês o considerem com temor diante de DEUS.
Espero que vocês tenham compreendido esse assunto, pois tenho tido uma percepção espiritual de que estamos tão distraídos com relação às coisas desse mundo, que muitas vezes não percebemos o quanto o inimigo tem ganhado caminho entre nós.
Precisamos saber que o natal é uma blasfêmia à pessoa bendita de CRISTO JESUS nosso SENHOR. Nenhum cristão com consciência pura deveria ter qualquer relação com o natal.
O natal tem origem no paganismo europeu. Séculos antes da era cristã, no dia 25 de dezembro, os pagãos europeus celebravam o nascimento do sol.
Alguns irmãos usam como argumento o exemplo de Lutero em relação a essa festa. Dizem que ele associou os símbolos do natal a vida e morte do SENHOR JESUS. Ora, nem por isso devo me deixar envolver por essa festa pagã. Veja o que Paulo disse aos Gálatas: "Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema".
Vamos considerar alguns pontos que acredito ser de grande importância para nós nesses dias.
O Dr. Russel Sheed diz: "JESUS não podia ter nascido em dezembro, que é um mês de neve em Jerusalém, durante o qual nenhum rebanho estaria nos campos. Que provavelmente nasceu na época da Festa dos Tabernáculos, em outubro...".
Se o SENHOR JESUS não nasceu em 25 de dezembro, então, porque foi escolhida esta data? Quem foi que a escolheu e com que propósito? Vejamos:
Segundos os estudiosos em dezembro era celebrada a festa dos Saturnais, dedicada ao deus Saturno, que durava cerca de quatro dias ou mais. Segundo criam os pagãos romanos, este deus habitava no Lácio - nome proveniente de ter ele se escondido naquela região - Lateré - que significa esconder-se, ocultar-se. E tendo sido recebido pelos homens, lhes ensinou a agricultura, trazendo, segundo a lenda, a chamada "Idade do Ouro". Os Saturnais procuravam repetir esse período, fazendo uma espécie de feriado, quando ninguém trabalhava, os tribunais e escolas eram fechados, havendo nessa festa um fato importante: "os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, e eram servidos pelos amos".
Anteriormente, era coroado um rei, que fazia o papel de Saturno, quando "usufruía todas as prerrogativas daquele deus durante um tempo e depois morria, por sua própria mão ou sacrificado". Esta festa era uma espécie de carnaval, e se dava na época do inverno.
A influência de Constantino na espiritualidade da Igreja
Quando Constantino (313-337 d.C.) - imperador de Roma, se rendeu dissimuladamente ao cristianismo, tendo em vista o grande avanço dos cristãos, houve uma mistura religiosa. Então, Satanás usou a tática de unir todas as forças na luta contra a Verdade - e uniu os pontos em comum das religiões pagãs, para manter os rituais e os segredos das iniciações - consideradas abominações diante de DEUS. E, ao invés de atacar frontalmente a Igreja do SENHOR JESUS, procurou aliciar, enganar e infiltrar as doutrinas de iniciação aos mistérios para dentro da comunhão na vida da Igreja. Um dos resultados disso foi o catolicismo romano.
Segundo uma lenda, antes da batalha de Mexêncio, Constantino teve uma visão da cruz contra o sol, e uma mensagem que dizia, "com este sinal vencerás". Constantino era adorador do deus Sol.
Após conquistar a vitória, Constantino, aparentemente, apoiou os cristãos e decretou o Édito de Milão em 313, dando liberdade de culto aos cristãos e trocando, dessa forma, a perseguição pela tolerância tão desejada.
"Constantino decidiu recompensar a religião de seu novo patrono de maneira digna de um Imperador Romano". Concedeu privilégios e doou grandes somas de dinheiro a Igreja cristã de todas as municipalidades.
Constantino "legalizou" o cristianismo perante o mundo pagão e "os sacerdotes cristãos tiveram direito à mesma isenção fiscal concedida aos de outras religiões". Na verdade, ele igualou o "cristianismo" com o paganismo. E realmente foi uma boa estratégia. Os cristãos, antes cruelmente perseguidos, agora, receberam do imperador a liberdade de culto, e passaram a enfrentar um novo problema: a interferência do Estado nos assuntos da Igreja. Constantino usou sua influência e seduziu os presbíteros da cidade de Roma; além de aliciar, e de fato, Constantino governou a Igreja de Roma como uma instituição, e introduziu na vida da Igreja os rituais pagãos.
Como adorador do Sol, não resta dúvida a sua influência: ele fez do dia 25 de dezembro uma festa cristã, para que se celebrasse o nascimento de CRISTO.
Símbolos do natal
1º - A árvore de natal
Como os cultos pagãos estão ligados às estações do ano, conseqüentemente deram origem ao culto solar. Porém, as estações do ano estão ligadas também ao ciclo do florescimento da vegetação. .
Surgiu, assim, a adoração a plantas, particularmente a árvores. E para dar sentido à esta adoração, os pagãos associaram os seus deuses às respectivas árvores.
No Egito, por exemplo, o deus Osíris "personificava o crescimento da vegetação e das forças criadoras do Nilo" sendo representado pelo cedro. Outros deuses de outros povos tinham suas representações vegetais: O pinheiro - Átis, a azinheira - Júpiter, o louro - Apolo, e mais uma infinidade de outros deuses e suas árvores, que não vale a pena mencionar aqui.
A árvore de Natal é um símbolo de consagração, é uma fábula de chamamento de adoração a deuses babilônicos. Os babilônicos consagravam uma árvore aos pés dos deuses e a levavam para casa como aprovação desses mesmos deuses; era o símbolo do deus dentro de casa, porque não se podia fazer a réplica da imagem. Esta árvore estava relacionada a um pinheiro. A música natalina diz: "Pinheirinhos que alegria, sinos tocam noite e dia, é natal que vem chegando, vamos pois cantarolando." Fizeram a música para o pinheiro e quantas vezes cantamos no púlpito! Sabemos que o fizemos por ignorância, mas agora recebemos esclarecimento. O pinheiro faz parte de um ritual de adoração a Ninrode e a Semírames.
Com a árvore de Natal dentro da nossa casa estamos ressuscitando um trono babilônico, dando legalidade para demônios agirem.
Leia com muita atenção o texto de Jeremias 10:1-4 "Povo de Israel, escute a mensagem do DEUS Eterno para vocês. Ele diz: "Não sigam os costumes de outras nações. Elas podem ficar espantadas quando aparecem coisas estranhas no céu, mas vocês não devem se assustar. A religião dessa gente não vale nada. Cortam uma árvore na floresta, e um artista, com as suas ferramentas, faz um ídolo. Então o enfeitam com prata e ouro e o firmam com pregos para que não caia aos pedaços." O restante do capítulo mostra a dura exortação que DEUS dá ao Seu povo. Por que? Porque trouxe para dentro de casa um costume de povo pagão. Você quer conservar um costume de povo pagão? Eu sei que não. Então esteja disposto a continuar em aliança com o SENHOR. Essa árvore, segundo o texto, vira um ídolo.
Os seguintes textos trazem mais luz sobre este assunto:
"O povo de Judá pecou contra o Eterno e deu mais motivos para ele ficar irado do que todos os seus antepassados haviam dado. Eles construíram altares nos morros para a adoração de falsos deuses e, no alto dos morros e debaixo de árvores que dão sombra, levantaram colunas de pedras e postes-ídolos para adorar". (1 Rs 14:22-23)
"Os israelitas fizeram coisas que o Eterno, o seu DEUS, não aprova. Eles construíram lugares pagãos de adoração em todas as suas cidades, desde o menor povoado até a maior cidade. Em todos os morros e debaixo de todas as árvores que dão sombra, eles levantaram colunas de pedras e postes-ídolos." (2 Rs 17:9-10)
"Não plantarás nenhum bosque de árvores junto ao altar do SENHOR, teu DEUS, que fizeres para ti. Nem levantarás estátua, a qual o SENHOR, teu DEUS, aborrece." (Dt 16:21-22)
O culto às árvores sempre sobreviveu, e em 1539 havia ornamentação com árvores nas casas e nas igrejas. Em 1671, havia comemorações na França, com árvores enfeitadas, provavelmente introduzidas por Charlotte Elizabette da Baviera, princesa do Palatinado; e assim chegou até aos nossos dias.
Quanto aos enfeites das árvores de Natal, segundo a Enciclopédia Delta Universal (vol. 10 pág. 5608, da edição de 1980), são diversas as suas procedências. Provavelmente começaram com os escandinavos que decoravam suas árvores com redes de pescas, assim como os poloneses que o faziam com velas e ornamentos de papel brilhante.
A Bíblia está nos colocando em degraus de revelação. Não podemos manter uma mentira dentro de nós. A história conta que Ninrode teve uma relação com Semírames que era sua mãe. Deste incesto nasceu Tamuz e a mãe Semírames continuou virgem. Vocês lembram de alguma história parecida com esta em que a criança nasce e a mãe continua virgem?
A árvore de Natal ressuscita esse deus pagão chamado Ninrode. No ocultismo ou nas religiões orientais, os espíritos dos antepassados são invocados por meio de uma árvore. A árvore de Natal é um ponto de contato que os deuses gostam. Todo feiticeiro sabe disso, menos a Igreja. Quem tem uma árvore de Natal está legalizando a entrada de guias, orixás e caboclos. Os ocultistas crêem que as pessoas são energizadas através das árvores. Nenhum cristão coloca em sua casa um trono a Baal, conscientemente. Mas como o diabo trabalha com ocultismo, muitas de suas insinuações são encobertas, ocultas com o fim de conseguir enganar. Quando tomamos conhecimento dessa estratégia maligna e temos consciência de que algo é errado, não devemos fazer mais.
A Enciclopédia Barsa, vol.11, pág.274 diz: "A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio. Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino." O que um deus pagão pode oferecer a um cristão?
2º - velas
A vela faz parte de um ritual pagão dedicado aos deuses ancestrais: a vela acendida está fazendo renascer o ritual dos adoradores do deus sol. Dentro dos estudos sobre o paganismo as velas são chamadas de demônios; é a simbologia de manter os demônios vivos. As velas não têm relação alguma com as luzes do candelabro judaico - Menorah. As velas consagradas a demônios são de base perigosa. Estamos nos referindo às velas dos rituais profanos. Não devemos generalizar ou cair no fanatismo. Você não precisa deixar de usar velas, quando necessário, para alumiar ambientes, ou como decoração.
3º - Guirlandas
Parece estúpido dizer mas, guirlandas ou coroas, são memoriais de consagração. Podem ser entendidas como enfeites, oferendas, ofertas para funerais, celebração memorial aos deuses, à vitalidade do mundo vegetal, celebração nos esportes, celebração das vítimas que eram sacrificadas aos deuses pagãos. Para tudo isso serviam as guirlandas. Essas coroas verdes que colocávamos nas portas da nossa casa significam um adorno de chamamento e legalidade de entrada de deuses. Elas ficam nas portas porque são as boas vindas no lugar de entrada.
São símbolos relacionados ao deus Apolo, trazem honra a Zeus, homenageiam a Demeter que em latim é Ceres, ou seja, Semírames, a mãe de Tamuz, mãe e esposa de Ninrode. Era um cerimonial oferecido a Ninrode, Semírames e Tamuz. E onde elas estão? Na porta das casas, das lojas, dos consultórios.
Não há uma só conotação em relação ao nascimento do SENHOR JESUS. A Bíblia nunca anunciou que o SENHOR JESUS pede guirlandas, ou que tenha recebido guirlandas no seu nascimento, porque em Israel já era sabido que fazia parte de um ritual pagão. Só existe uma guirlanda na Bíblia, e esta foi feita por Roma, para colocar na cabeça do SENHOR JESUS no dia da sua morte. Não há outra guirlanda, a não ser esta feita de espinhos, que serviu como símbolo de escárnio.
4º - Papai Noel
Papai Noel não é um santo, é um ídolo. Você só tem um papai que é DEUS. Não podemos receber Noel no lugar de DEUS! Nós só temos um Pai espiritual. A Enciclopédia Britânica, 11a. edição, vol.19, pág. 649 diz: "São Nicolau, bispo católico do século V; Bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em dezembro. Conta-se à lenda segundo a qual presenteava ocultamente três filhas de um homem muito pobre; assim, deu-se a origem ao costume de dar presentes em secreto na véspera do dia de São Nicolau, (6 de dezembro), data que depois foi transferida para o Natal".
Daí a associação do Natal a São Nicolau. Esta figura foi canonizada para roubar a adoração. O objetivo principal das trevas é arrancar a nossa visão da centralidade de CRISTO e trazer figuras de substituição, fazer crescer no coração do povo uma visão errada do que é Reino de DEUS. Como alguém pode aceitar a estória de um velhinho que sai numa noite só por todo o mundo, de casa em casa, entregando presentes? E se você sabe que Papai Noel não existe que é só brincadeirinha, por que faz tudo o que exige o ritual do Natal? Por que ilude seus filhos com essa estória? Por que permite que uma mentira se torne realidade em sua casa? Observe o que nos diz o sábio em Provérbios 26:18-19: "Quem engana os outros e diz que é brincadeira é como um louco brincando com uma arma mortal."
Era necessário criar uma imagem que fosse bem aceita pelo público - uma imagem agradável - definitivamente associada à festa de Natal. E o Papai Noel foi criado especialmente para cativar as crianças - criando desse modo um laço de afetividade que dificilmente seria destruído, mesmo quando esta criança, se tornando adulta, soubesse que o Natal é uma grande mentira.
E quem hoje, entre os cristãos, aceitaria combater esta festa que, na verdade, é uma abominação? Existe uma grande pressão, que infelizmente influencia o próprio meio evangélico.
Se realmente o SENHOR JESUS tivesse nascido no dia 25 de dezembro, sem dúvida seria o representante ideal, e não precisaria de uma outra figura. Porém, é o Papai Noel quem está em destaque, e não o SENHOR; é o papai Noel quem move a festa, a quem se atribui a distribuição dos presentes - uma grande mentira - pois, até as crianças sabem de onde vem o dinheiro do presente. Mas, ele é tido como benfeitor e amigo de todos (como Mitra), simplesmente porque o papai Noel é a reencarnação de Baal, Apolo, Osíris e Mitra.
5º - Presépio
O presépio é um altar a Baal, consagrado desde a antiguidade babilônica. É um estímulo à idolatria. São Francisco, no séc. XVIII, enquanto um dos líderes do Catolicismo romano instituiu o presépio para lembrar as festividades natalinas, na verdade uma convocação que leva o povo a ficar com a fé limitada ao material, ao que é palpável. Está relacionado diretamente com os rituais de adoração ao deus sol. Como? Os adereços encontrados no chamado presépio são simbologias utilizadas na festa do deus sol.
Se você curiosamente ler a história cristã verá firmemente que a influência romana é presente em quase todo o comportamento cerimonial da igreja chamada evangélica.
Como membros da Igreja do SENHOR JESUS temos o dever de viver os princípios do Evangelho. Porém se em nosso meio houver mistura, ecumenismo e acordos com as trevas, jamais poderemos ser abençoados pelo nosso DEUS verdadeiro. Vejamos os riscos que estamos incorrendo, e com muita maturidade não permitamos que um trono levantado a Baal esteja dentro de casa. As figuras utilizadas são intencionais.
Por esses e outros motivos, temos que tomar posições. O presépio é um altar consagrado, é um incentivo à idolatria, é uma visão pagã. Seja livre!! Fuja da idolatria. Assim diz a Palavra em 2 Coríntios 10:14-15: "Por isso, meus queridos amigos, fujam da adoração de ídolos. Eu falo com vocês como com pessoas que têm capacidade para entender o que estou afirmando. Julguem vocês mesmos o que eu estou dizendo." E também em Gálatas 5:19-21: "As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: Os que fazem essas coisas não receberão o Reino de DEUS" .
Hoje no Brasil, a abertura do Natal é feita com uma famosa "Missa do Galo" que envolve nada mais que pessoas interessadas em manter o resgate da identidade pagã. Por que? Porque a missa é celebrada diante de um presépio, um altar consagrado, cujas figuras estão relacionadas com Babilônia e não com a realidade do Evangelho. Isto parece simples, mas é sério. É a sutileza do inimigo querendo prender, e tornar ineficaz o Evangelho vivo de CRISTO JESUS. Vamos resgatar as nossas origens cristãs!
Significado de Altares
Você, que é salvo por JESUS, filho de DEUS, templo do ESPÍRITO SANTO, teria coragem de celebrar dentro da sua casa uma festa pagã? Teria coragem de dar louvores a deuses estranhos? Você cristão, que tem o caráter de CRISTO JESUS, teria coragem de levantar um altar a deuses que você não conhece? Se você descobrisse hoje que está trabalhando na motivação errada e que ficou muito tempo debaixo de uma mentira, você ficaria satisfeito e continuaria agindo igual? Acredito que não.
Mas existem tronos legais tanto em casa como no trabalho, e DEUS está dizendo: destrua esses tronos. Se DEUS ordenar que você arranque um devido trono, você dirá sim ou não? DEUS nos fala de diversos modos e usa vários meios, mas sempre dentro de sua Palavra. E hoje, acredito que a Palavra de DEUS está falando ao seu coração através dos textos e linhas desta simples apostila.
Todo altar levantado possui legalidade espiritual. Podemos ver isto no Antigo Testamento: quando os reis levantavam altares a deuses pagãos, a Palavra revela que eles faziam o que era mau aos olhos do SENHOR. Ao levantar altares pagãos, os reis atraiam para a nação toda sorte de maldição (1 Cr 21:11-18). Nessa legalidade você afirma consciente ou inconscientemente, dentro de revelação ou ignorância, que concorda com aquele tipo de vida e liturgia; de uma forma esclarecida ou menos esclarecida, você está concordando.
Todo altar tem uma fonte e se não conhecemos a fonte, não devemos beber a água, porque poderemos estar correndo o risco de vida. Você é responsável em administrar este tipo de comportamento em sua vida. Para o bem ou para o mal, você escolhe o tipo de vida que deseja ter. Não podemos nos arriscar a colocar nossa vida espiritual num processo de decadência. A Bíblia diz que por trás dos altares levantados, existem demônios. (I Co 10:14-21). O ídolo ou o altar em si mesmos não vale nada, o problema é o que está por trás deles, que são os demônios. A Bíblia não traz outro sinônimo como deuses ou falsos deuses, ela chama claramente de demônios. Quem quer um demônio em sua casa? Ninguém quer, mas se tem um altar, tem um demônio, porque foi dada legalidade espiritual para que ele esteja lá, quer por conhecimento, quer por ignorância.
6º - O espírito do natal
Uma das grandes provas da ligação do Natal com rituais de magia, é o chamado "espírito do Natal", onde o ambiente é modificado pelos enfeites - símbolos de significados ocultos. Juntamente com as músicas, é criado um clima de mistério, e esta sensação atinge qualquer pessoa de qualquer crença, católicos, espíritas, possivelmente budistas, muçulmanos, e até os ateus, criando uma espécie de confraternização.
O estranho é que atinge incrédulos e crentes, o que evidencia que esta magia existe e tem grande poder de penetração no mundo.
Como o povo de DEUS poderia participar desta festa, sabendo de sua ligação com o ocultismo, magia, e feitiçaria? Está evidente a finalidade do Natal como portador de mensagens - não bíblicas - mas mensagens destinadas aos que perecem.
Nós é que procuramos cristianizar o Natal. Se o mundo age desta forma, não é de admirar, pois faz o que lhe é próprio. Mas os filhos de DEUS que têm a função e a responsabilidade de ser luz do mundo e sal da terra, quando comemoram o natal - sabendo o que ele significa - se fazem pior do que o mundo, pois desvirtuam totalmente a sua função. O SENHOR JESUS disse: "Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus". (Mateus 5:13-16).
Devemos nos distinguir deste século mau, pois para isto estamos aqui! Não somos iguais ao mundo - apesar de estarmos sujeitos às mesmas paixões e pecados - depois de sermos atingidos pela graça de DEUS, na pessoa do SENHOR JESUS, temos armas espirituais para não andarmos mais como escravos do pecado, do mundo e do diabo. E estamos aguardando a redenção total, na Sua volta. Como servos de DEUS, é necessário que o nosso testemunho seja completo.
Quando procuramos fazer a vontade de DEUS, cumprindo o mandamento de sermos o sal da terra, a luz do mundo, é inevitável termos atitudes diferentes dos incrédulos. Quando fazemos isto, muitos nos acusam de fanáticos, radicais, extremistas, ou de não amarmos os outros. Não sabendo eles que foi exatamente este o exemplo dado pelo próprio SENHOR e pelos Seus discípulos, como Estevão e Paulo (Mc 11:15-18; Jo 2:13-16; Ato 7:2-51; 17:32-33).
Seremos os juizes que julgarão o mundo e até os anjos (1 Co 6:2,3); não podemos, portanto, nos conformar com este mundo (Rm 12:2; 2 Co 7:1); Tiago disse; "visto que a amizade do mundo é inimizade contra DEUS" (Tg 4:4).
O SENHOR JESUS, antes de ser entregue para ser crucificado, orou: "Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno" (Jo 17:15).
Quando, para não sermos antipáticos, participamos e nos harmonizamos com o mundo, estamos sendo cúmplices do mal, sendo pedras de tropeço para a ação de DEUS a favor do próprio mundo!
O mundo precisa ver gente transformada ao caráter do SENHOR JESUS. Só DEUS - quando Lhe somos fiéis, tomando a posição de agradá-Lo - fará esta mistura : não sair do mundo, mas ser guardado do maligno.
Conclusão
O misticismo quer roubar a figura central do SENHOR JESUS, colocando em dezembro, um Natal que é mentiroso, fraudulento, inventado por Roma e que institui um Noel que agora virou gnomo. Este mesmo principado sai do Natal e vira Momo no Carnaval (ou vale da carne), e depois aparece como deusa da fertilidade em forma de coelho, na Páscoa.
A ordem de DEUS é para que saiamos de todo paganismo. Não é fácil deixar uma tradição que já está impregnada na alma. Para romper com estas coisas é preciso crer na Palavra, porque aqueles que não crêem, não rompem, mas aqueles que crêem, não hesitam em deixar para trás o engano e são abençoados, porque resolvem sair da idolatria. Queremos ser servos vencedores, pois a Palavra nos fala em Apocalipse 22:12: "Escutem! - diz o SENHOR JESUS: "Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito"; e também em 2 Coríntios 5:10 "Porque todos nós temos de nos apresentar diante de CRISTO para sermos julgados por Ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com o que fez de bom ou de mau na sua vida aqui na terra". Para receber a recompensa é preciso ser um vencedor. Para ser vencedor é preciso ser obediente à ordem do SENHOR e fazer a Sua vontade
A Bíblia nos exorta em Efésios 5:8-11: "Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz, pois a luz produz uma grande colheita de todo tipo de bondade, honestidade e verdade. Procurem descobrir quais são as coisas que agradam o SENHOR. Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz."
A mensagem deste texto está bem clara: não devemos nos associar às obras infrutuosas das trevas, e sim condená-las. Não se esconda atrás de desculpas como estas: "O nosso Natal é diferente"- Isto é mentira, pois, além de comemorarmos na mesma data, também adotamos os mesmos costumes dos incrédulos.
"Estamos comemorando o nascimento de JESUS"- Outra mentira, pois o SENHOR JESUS não nasceu nesse dia, e, o fato de não ser mencionado na Bíblia a data do Seu nascimento, é justamente para evitar a Sua comemoração. Na verdade, quando comemoramos o Natal, estamos comemorando a Mitra, Baal, e outros deuses, que se encarnaram no Papai Noel.
"Santificamos o Natal" - Santificaria o cristão uma mentira, uma farsa? "O que vale é a intenção" - Com a intenção ninguém foi salvo. Com a intenção podemos cometer os mais abomináveis crimes.
A prática do natal pela Igreja hoje expressa o caráter de decadência e mediocridade em que vive a Igreja. Os cristãos comemoram o natal devido à falta de crescimento espiritual; por causa do velho homem que ainda não experimentou a vida de cruz; o homem adâmico que existe em nós, e que ainda predomina; por causa da tradição cega, a que ainda nos prendemos. Enfim, enquanto cada um de nós ainda persiste em continuar como crente carnal, prevalece o mundanismo que nos prende ao engano.
Envie este material para todas as pessoas que você ama.
www.celebrandodeus.com
No ano passado enviei um e-mail falando sobre o natal, e muitos irmãos me responderam sobre o quanto consideraram sério esse assunto. Embora, seja uma data festiva, nós não temos percebido como o inimigo tem usado isso para nos seduzir num espírito consumista de dividas e gastos exorbitantes. Por isso, mais uma vez, estou lhes entregando esse material, pedindo que vocês o considerem com temor diante de DEUS.
Espero que vocês tenham compreendido esse assunto, pois tenho tido uma percepção espiritual de que estamos tão distraídos com relação às coisas desse mundo, que muitas vezes não percebemos o quanto o inimigo tem ganhado caminho entre nós.
Precisamos saber que o natal é uma blasfêmia à pessoa bendita de CRISTO JESUS nosso SENHOR. Nenhum cristão com consciência pura deveria ter qualquer relação com o natal.
O natal tem origem no paganismo europeu. Séculos antes da era cristã, no dia 25 de dezembro, os pagãos europeus celebravam o nascimento do sol.
Alguns irmãos usam como argumento o exemplo de Lutero em relação a essa festa. Dizem que ele associou os símbolos do natal a vida e morte do SENHOR JESUS. Ora, nem por isso devo me deixar envolver por essa festa pagã. Veja o que Paulo disse aos Gálatas: "Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema".
Vamos considerar alguns pontos que acredito ser de grande importância para nós nesses dias.
O Dr. Russel Sheed diz: "JESUS não podia ter nascido em dezembro, que é um mês de neve em Jerusalém, durante o qual nenhum rebanho estaria nos campos. Que provavelmente nasceu na época da Festa dos Tabernáculos, em outubro...".
Se o SENHOR JESUS não nasceu em 25 de dezembro, então, porque foi escolhida esta data? Quem foi que a escolheu e com que propósito? Vejamos:
Segundos os estudiosos em dezembro era celebrada a festa dos Saturnais, dedicada ao deus Saturno, que durava cerca de quatro dias ou mais. Segundo criam os pagãos romanos, este deus habitava no Lácio - nome proveniente de ter ele se escondido naquela região - Lateré - que significa esconder-se, ocultar-se. E tendo sido recebido pelos homens, lhes ensinou a agricultura, trazendo, segundo a lenda, a chamada "Idade do Ouro". Os Saturnais procuravam repetir esse período, fazendo uma espécie de feriado, quando ninguém trabalhava, os tribunais e escolas eram fechados, havendo nessa festa um fato importante: "os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, e eram servidos pelos amos".
Anteriormente, era coroado um rei, que fazia o papel de Saturno, quando "usufruía todas as prerrogativas daquele deus durante um tempo e depois morria, por sua própria mão ou sacrificado". Esta festa era uma espécie de carnaval, e se dava na época do inverno.
A influência de Constantino na espiritualidade da Igreja
Quando Constantino (313-337 d.C.) - imperador de Roma, se rendeu dissimuladamente ao cristianismo, tendo em vista o grande avanço dos cristãos, houve uma mistura religiosa. Então, Satanás usou a tática de unir todas as forças na luta contra a Verdade - e uniu os pontos em comum das religiões pagãs, para manter os rituais e os segredos das iniciações - consideradas abominações diante de DEUS. E, ao invés de atacar frontalmente a Igreja do SENHOR JESUS, procurou aliciar, enganar e infiltrar as doutrinas de iniciação aos mistérios para dentro da comunhão na vida da Igreja. Um dos resultados disso foi o catolicismo romano.
Segundo uma lenda, antes da batalha de Mexêncio, Constantino teve uma visão da cruz contra o sol, e uma mensagem que dizia, "com este sinal vencerás". Constantino era adorador do deus Sol.
Após conquistar a vitória, Constantino, aparentemente, apoiou os cristãos e decretou o Édito de Milão em 313, dando liberdade de culto aos cristãos e trocando, dessa forma, a perseguição pela tolerância tão desejada.
"Constantino decidiu recompensar a religião de seu novo patrono de maneira digna de um Imperador Romano". Concedeu privilégios e doou grandes somas de dinheiro a Igreja cristã de todas as municipalidades.
Constantino "legalizou" o cristianismo perante o mundo pagão e "os sacerdotes cristãos tiveram direito à mesma isenção fiscal concedida aos de outras religiões". Na verdade, ele igualou o "cristianismo" com o paganismo. E realmente foi uma boa estratégia. Os cristãos, antes cruelmente perseguidos, agora, receberam do imperador a liberdade de culto, e passaram a enfrentar um novo problema: a interferência do Estado nos assuntos da Igreja. Constantino usou sua influência e seduziu os presbíteros da cidade de Roma; além de aliciar, e de fato, Constantino governou a Igreja de Roma como uma instituição, e introduziu na vida da Igreja os rituais pagãos.
Como adorador do Sol, não resta dúvida a sua influência: ele fez do dia 25 de dezembro uma festa cristã, para que se celebrasse o nascimento de CRISTO.
Símbolos do natal
1º - A árvore de natal
Como os cultos pagãos estão ligados às estações do ano, conseqüentemente deram origem ao culto solar. Porém, as estações do ano estão ligadas também ao ciclo do florescimento da vegetação. .
Surgiu, assim, a adoração a plantas, particularmente a árvores. E para dar sentido à esta adoração, os pagãos associaram os seus deuses às respectivas árvores.
No Egito, por exemplo, o deus Osíris "personificava o crescimento da vegetação e das forças criadoras do Nilo" sendo representado pelo cedro. Outros deuses de outros povos tinham suas representações vegetais: O pinheiro - Átis, a azinheira - Júpiter, o louro - Apolo, e mais uma infinidade de outros deuses e suas árvores, que não vale a pena mencionar aqui.
A árvore de Natal é um símbolo de consagração, é uma fábula de chamamento de adoração a deuses babilônicos. Os babilônicos consagravam uma árvore aos pés dos deuses e a levavam para casa como aprovação desses mesmos deuses; era o símbolo do deus dentro de casa, porque não se podia fazer a réplica da imagem. Esta árvore estava relacionada a um pinheiro. A música natalina diz: "Pinheirinhos que alegria, sinos tocam noite e dia, é natal que vem chegando, vamos pois cantarolando." Fizeram a música para o pinheiro e quantas vezes cantamos no púlpito! Sabemos que o fizemos por ignorância, mas agora recebemos esclarecimento. O pinheiro faz parte de um ritual de adoração a Ninrode e a Semírames.
Com a árvore de Natal dentro da nossa casa estamos ressuscitando um trono babilônico, dando legalidade para demônios agirem.
Leia com muita atenção o texto de Jeremias 10:1-4 "Povo de Israel, escute a mensagem do DEUS Eterno para vocês. Ele diz: "Não sigam os costumes de outras nações. Elas podem ficar espantadas quando aparecem coisas estranhas no céu, mas vocês não devem se assustar. A religião dessa gente não vale nada. Cortam uma árvore na floresta, e um artista, com as suas ferramentas, faz um ídolo. Então o enfeitam com prata e ouro e o firmam com pregos para que não caia aos pedaços." O restante do capítulo mostra a dura exortação que DEUS dá ao Seu povo. Por que? Porque trouxe para dentro de casa um costume de povo pagão. Você quer conservar um costume de povo pagão? Eu sei que não. Então esteja disposto a continuar em aliança com o SENHOR. Essa árvore, segundo o texto, vira um ídolo.
Os seguintes textos trazem mais luz sobre este assunto:
"O povo de Judá pecou contra o Eterno e deu mais motivos para ele ficar irado do que todos os seus antepassados haviam dado. Eles construíram altares nos morros para a adoração de falsos deuses e, no alto dos morros e debaixo de árvores que dão sombra, levantaram colunas de pedras e postes-ídolos para adorar". (1 Rs 14:22-23)
"Os israelitas fizeram coisas que o Eterno, o seu DEUS, não aprova. Eles construíram lugares pagãos de adoração em todas as suas cidades, desde o menor povoado até a maior cidade. Em todos os morros e debaixo de todas as árvores que dão sombra, eles levantaram colunas de pedras e postes-ídolos." (2 Rs 17:9-10)
"Não plantarás nenhum bosque de árvores junto ao altar do SENHOR, teu DEUS, que fizeres para ti. Nem levantarás estátua, a qual o SENHOR, teu DEUS, aborrece." (Dt 16:21-22)
O culto às árvores sempre sobreviveu, e em 1539 havia ornamentação com árvores nas casas e nas igrejas. Em 1671, havia comemorações na França, com árvores enfeitadas, provavelmente introduzidas por Charlotte Elizabette da Baviera, princesa do Palatinado; e assim chegou até aos nossos dias.
Quanto aos enfeites das árvores de Natal, segundo a Enciclopédia Delta Universal (vol. 10 pág. 5608, da edição de 1980), são diversas as suas procedências. Provavelmente começaram com os escandinavos que decoravam suas árvores com redes de pescas, assim como os poloneses que o faziam com velas e ornamentos de papel brilhante.
A Bíblia está nos colocando em degraus de revelação. Não podemos manter uma mentira dentro de nós. A história conta que Ninrode teve uma relação com Semírames que era sua mãe. Deste incesto nasceu Tamuz e a mãe Semírames continuou virgem. Vocês lembram de alguma história parecida com esta em que a criança nasce e a mãe continua virgem?
A árvore de Natal ressuscita esse deus pagão chamado Ninrode. No ocultismo ou nas religiões orientais, os espíritos dos antepassados são invocados por meio de uma árvore. A árvore de Natal é um ponto de contato que os deuses gostam. Todo feiticeiro sabe disso, menos a Igreja. Quem tem uma árvore de Natal está legalizando a entrada de guias, orixás e caboclos. Os ocultistas crêem que as pessoas são energizadas através das árvores. Nenhum cristão coloca em sua casa um trono a Baal, conscientemente. Mas como o diabo trabalha com ocultismo, muitas de suas insinuações são encobertas, ocultas com o fim de conseguir enganar. Quando tomamos conhecimento dessa estratégia maligna e temos consciência de que algo é errado, não devemos fazer mais.
A Enciclopédia Barsa, vol.11, pág.274 diz: "A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio. Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino." O que um deus pagão pode oferecer a um cristão?
2º - velas
A vela faz parte de um ritual pagão dedicado aos deuses ancestrais: a vela acendida está fazendo renascer o ritual dos adoradores do deus sol. Dentro dos estudos sobre o paganismo as velas são chamadas de demônios; é a simbologia de manter os demônios vivos. As velas não têm relação alguma com as luzes do candelabro judaico - Menorah. As velas consagradas a demônios são de base perigosa. Estamos nos referindo às velas dos rituais profanos. Não devemos generalizar ou cair no fanatismo. Você não precisa deixar de usar velas, quando necessário, para alumiar ambientes, ou como decoração.
3º - Guirlandas
Parece estúpido dizer mas, guirlandas ou coroas, são memoriais de consagração. Podem ser entendidas como enfeites, oferendas, ofertas para funerais, celebração memorial aos deuses, à vitalidade do mundo vegetal, celebração nos esportes, celebração das vítimas que eram sacrificadas aos deuses pagãos. Para tudo isso serviam as guirlandas. Essas coroas verdes que colocávamos nas portas da nossa casa significam um adorno de chamamento e legalidade de entrada de deuses. Elas ficam nas portas porque são as boas vindas no lugar de entrada.
São símbolos relacionados ao deus Apolo, trazem honra a Zeus, homenageiam a Demeter que em latim é Ceres, ou seja, Semírames, a mãe de Tamuz, mãe e esposa de Ninrode. Era um cerimonial oferecido a Ninrode, Semírames e Tamuz. E onde elas estão? Na porta das casas, das lojas, dos consultórios.
Não há uma só conotação em relação ao nascimento do SENHOR JESUS. A Bíblia nunca anunciou que o SENHOR JESUS pede guirlandas, ou que tenha recebido guirlandas no seu nascimento, porque em Israel já era sabido que fazia parte de um ritual pagão. Só existe uma guirlanda na Bíblia, e esta foi feita por Roma, para colocar na cabeça do SENHOR JESUS no dia da sua morte. Não há outra guirlanda, a não ser esta feita de espinhos, que serviu como símbolo de escárnio.
4º - Papai Noel
Papai Noel não é um santo, é um ídolo. Você só tem um papai que é DEUS. Não podemos receber Noel no lugar de DEUS! Nós só temos um Pai espiritual. A Enciclopédia Britânica, 11a. edição, vol.19, pág. 649 diz: "São Nicolau, bispo católico do século V; Bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em dezembro. Conta-se à lenda segundo a qual presenteava ocultamente três filhas de um homem muito pobre; assim, deu-se a origem ao costume de dar presentes em secreto na véspera do dia de São Nicolau, (6 de dezembro), data que depois foi transferida para o Natal".
Daí a associação do Natal a São Nicolau. Esta figura foi canonizada para roubar a adoração. O objetivo principal das trevas é arrancar a nossa visão da centralidade de CRISTO e trazer figuras de substituição, fazer crescer no coração do povo uma visão errada do que é Reino de DEUS. Como alguém pode aceitar a estória de um velhinho que sai numa noite só por todo o mundo, de casa em casa, entregando presentes? E se você sabe que Papai Noel não existe que é só brincadeirinha, por que faz tudo o que exige o ritual do Natal? Por que ilude seus filhos com essa estória? Por que permite que uma mentira se torne realidade em sua casa? Observe o que nos diz o sábio em Provérbios 26:18-19: "Quem engana os outros e diz que é brincadeira é como um louco brincando com uma arma mortal."
Era necessário criar uma imagem que fosse bem aceita pelo público - uma imagem agradável - definitivamente associada à festa de Natal. E o Papai Noel foi criado especialmente para cativar as crianças - criando desse modo um laço de afetividade que dificilmente seria destruído, mesmo quando esta criança, se tornando adulta, soubesse que o Natal é uma grande mentira.
E quem hoje, entre os cristãos, aceitaria combater esta festa que, na verdade, é uma abominação? Existe uma grande pressão, que infelizmente influencia o próprio meio evangélico.
Se realmente o SENHOR JESUS tivesse nascido no dia 25 de dezembro, sem dúvida seria o representante ideal, e não precisaria de uma outra figura. Porém, é o Papai Noel quem está em destaque, e não o SENHOR; é o papai Noel quem move a festa, a quem se atribui a distribuição dos presentes - uma grande mentira - pois, até as crianças sabem de onde vem o dinheiro do presente. Mas, ele é tido como benfeitor e amigo de todos (como Mitra), simplesmente porque o papai Noel é a reencarnação de Baal, Apolo, Osíris e Mitra.
5º - Presépio
O presépio é um altar a Baal, consagrado desde a antiguidade babilônica. É um estímulo à idolatria. São Francisco, no séc. XVIII, enquanto um dos líderes do Catolicismo romano instituiu o presépio para lembrar as festividades natalinas, na verdade uma convocação que leva o povo a ficar com a fé limitada ao material, ao que é palpável. Está relacionado diretamente com os rituais de adoração ao deus sol. Como? Os adereços encontrados no chamado presépio são simbologias utilizadas na festa do deus sol.
Se você curiosamente ler a história cristã verá firmemente que a influência romana é presente em quase todo o comportamento cerimonial da igreja chamada evangélica.
Como membros da Igreja do SENHOR JESUS temos o dever de viver os princípios do Evangelho. Porém se em nosso meio houver mistura, ecumenismo e acordos com as trevas, jamais poderemos ser abençoados pelo nosso DEUS verdadeiro. Vejamos os riscos que estamos incorrendo, e com muita maturidade não permitamos que um trono levantado a Baal esteja dentro de casa. As figuras utilizadas são intencionais.
Por esses e outros motivos, temos que tomar posições. O presépio é um altar consagrado, é um incentivo à idolatria, é uma visão pagã. Seja livre!! Fuja da idolatria. Assim diz a Palavra em 2 Coríntios 10:14-15: "Por isso, meus queridos amigos, fujam da adoração de ídolos. Eu falo com vocês como com pessoas que têm capacidade para entender o que estou afirmando. Julguem vocês mesmos o que eu estou dizendo." E também em Gálatas 5:19-21: "As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: Os que fazem essas coisas não receberão o Reino de DEUS" .
Hoje no Brasil, a abertura do Natal é feita com uma famosa "Missa do Galo" que envolve nada mais que pessoas interessadas em manter o resgate da identidade pagã. Por que? Porque a missa é celebrada diante de um presépio, um altar consagrado, cujas figuras estão relacionadas com Babilônia e não com a realidade do Evangelho. Isto parece simples, mas é sério. É a sutileza do inimigo querendo prender, e tornar ineficaz o Evangelho vivo de CRISTO JESUS. Vamos resgatar as nossas origens cristãs!
Significado de Altares
Você, que é salvo por JESUS, filho de DEUS, templo do ESPÍRITO SANTO, teria coragem de celebrar dentro da sua casa uma festa pagã? Teria coragem de dar louvores a deuses estranhos? Você cristão, que tem o caráter de CRISTO JESUS, teria coragem de levantar um altar a deuses que você não conhece? Se você descobrisse hoje que está trabalhando na motivação errada e que ficou muito tempo debaixo de uma mentira, você ficaria satisfeito e continuaria agindo igual? Acredito que não.
Mas existem tronos legais tanto em casa como no trabalho, e DEUS está dizendo: destrua esses tronos. Se DEUS ordenar que você arranque um devido trono, você dirá sim ou não? DEUS nos fala de diversos modos e usa vários meios, mas sempre dentro de sua Palavra. E hoje, acredito que a Palavra de DEUS está falando ao seu coração através dos textos e linhas desta simples apostila.
Todo altar levantado possui legalidade espiritual. Podemos ver isto no Antigo Testamento: quando os reis levantavam altares a deuses pagãos, a Palavra revela que eles faziam o que era mau aos olhos do SENHOR. Ao levantar altares pagãos, os reis atraiam para a nação toda sorte de maldição (1 Cr 21:11-18). Nessa legalidade você afirma consciente ou inconscientemente, dentro de revelação ou ignorância, que concorda com aquele tipo de vida e liturgia; de uma forma esclarecida ou menos esclarecida, você está concordando.
Todo altar tem uma fonte e se não conhecemos a fonte, não devemos beber a água, porque poderemos estar correndo o risco de vida. Você é responsável em administrar este tipo de comportamento em sua vida. Para o bem ou para o mal, você escolhe o tipo de vida que deseja ter. Não podemos nos arriscar a colocar nossa vida espiritual num processo de decadência. A Bíblia diz que por trás dos altares levantados, existem demônios. (I Co 10:14-21). O ídolo ou o altar em si mesmos não vale nada, o problema é o que está por trás deles, que são os demônios. A Bíblia não traz outro sinônimo como deuses ou falsos deuses, ela chama claramente de demônios. Quem quer um demônio em sua casa? Ninguém quer, mas se tem um altar, tem um demônio, porque foi dada legalidade espiritual para que ele esteja lá, quer por conhecimento, quer por ignorância.
6º - O espírito do natal
Uma das grandes provas da ligação do Natal com rituais de magia, é o chamado "espírito do Natal", onde o ambiente é modificado pelos enfeites - símbolos de significados ocultos. Juntamente com as músicas, é criado um clima de mistério, e esta sensação atinge qualquer pessoa de qualquer crença, católicos, espíritas, possivelmente budistas, muçulmanos, e até os ateus, criando uma espécie de confraternização.
O estranho é que atinge incrédulos e crentes, o que evidencia que esta magia existe e tem grande poder de penetração no mundo.
Como o povo de DEUS poderia participar desta festa, sabendo de sua ligação com o ocultismo, magia, e feitiçaria? Está evidente a finalidade do Natal como portador de mensagens - não bíblicas - mas mensagens destinadas aos que perecem.
Nós é que procuramos cristianizar o Natal. Se o mundo age desta forma, não é de admirar, pois faz o que lhe é próprio. Mas os filhos de DEUS que têm a função e a responsabilidade de ser luz do mundo e sal da terra, quando comemoram o natal - sabendo o que ele significa - se fazem pior do que o mundo, pois desvirtuam totalmente a sua função. O SENHOR JESUS disse: "Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus". (Mateus 5:13-16).
Devemos nos distinguir deste século mau, pois para isto estamos aqui! Não somos iguais ao mundo - apesar de estarmos sujeitos às mesmas paixões e pecados - depois de sermos atingidos pela graça de DEUS, na pessoa do SENHOR JESUS, temos armas espirituais para não andarmos mais como escravos do pecado, do mundo e do diabo. E estamos aguardando a redenção total, na Sua volta. Como servos de DEUS, é necessário que o nosso testemunho seja completo.
Quando procuramos fazer a vontade de DEUS, cumprindo o mandamento de sermos o sal da terra, a luz do mundo, é inevitável termos atitudes diferentes dos incrédulos. Quando fazemos isto, muitos nos acusam de fanáticos, radicais, extremistas, ou de não amarmos os outros. Não sabendo eles que foi exatamente este o exemplo dado pelo próprio SENHOR e pelos Seus discípulos, como Estevão e Paulo (Mc 11:15-18; Jo 2:13-16; Ato 7:2-51; 17:32-33).
Seremos os juizes que julgarão o mundo e até os anjos (1 Co 6:2,3); não podemos, portanto, nos conformar com este mundo (Rm 12:2; 2 Co 7:1); Tiago disse; "visto que a amizade do mundo é inimizade contra DEUS" (Tg 4:4).
O SENHOR JESUS, antes de ser entregue para ser crucificado, orou: "Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno" (Jo 17:15).
Quando, para não sermos antipáticos, participamos e nos harmonizamos com o mundo, estamos sendo cúmplices do mal, sendo pedras de tropeço para a ação de DEUS a favor do próprio mundo!
O mundo precisa ver gente transformada ao caráter do SENHOR JESUS. Só DEUS - quando Lhe somos fiéis, tomando a posição de agradá-Lo - fará esta mistura : não sair do mundo, mas ser guardado do maligno.
Conclusão
O misticismo quer roubar a figura central do SENHOR JESUS, colocando em dezembro, um Natal que é mentiroso, fraudulento, inventado por Roma e que institui um Noel que agora virou gnomo. Este mesmo principado sai do Natal e vira Momo no Carnaval (ou vale da carne), e depois aparece como deusa da fertilidade em forma de coelho, na Páscoa.
A ordem de DEUS é para que saiamos de todo paganismo. Não é fácil deixar uma tradição que já está impregnada na alma. Para romper com estas coisas é preciso crer na Palavra, porque aqueles que não crêem, não rompem, mas aqueles que crêem, não hesitam em deixar para trás o engano e são abençoados, porque resolvem sair da idolatria. Queremos ser servos vencedores, pois a Palavra nos fala em Apocalipse 22:12: "Escutem! - diz o SENHOR JESUS: "Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito"; e também em 2 Coríntios 5:10 "Porque todos nós temos de nos apresentar diante de CRISTO para sermos julgados por Ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com o que fez de bom ou de mau na sua vida aqui na terra". Para receber a recompensa é preciso ser um vencedor. Para ser vencedor é preciso ser obediente à ordem do SENHOR e fazer a Sua vontade
A Bíblia nos exorta em Efésios 5:8-11: "Antigamente vocês mesmos viviam na escuridão; mas, agora que pertencem ao Senhor, vocês estão na luz. Por isso vivam como pessoas que pertencem à luz, pois a luz produz uma grande colheita de todo tipo de bondade, honestidade e verdade. Procurem descobrir quais são as coisas que agradam o SENHOR. Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz."
A mensagem deste texto está bem clara: não devemos nos associar às obras infrutuosas das trevas, e sim condená-las. Não se esconda atrás de desculpas como estas: "O nosso Natal é diferente"- Isto é mentira, pois, além de comemorarmos na mesma data, também adotamos os mesmos costumes dos incrédulos.
"Estamos comemorando o nascimento de JESUS"- Outra mentira, pois o SENHOR JESUS não nasceu nesse dia, e, o fato de não ser mencionado na Bíblia a data do Seu nascimento, é justamente para evitar a Sua comemoração. Na verdade, quando comemoramos o Natal, estamos comemorando a Mitra, Baal, e outros deuses, que se encarnaram no Papai Noel.
"Santificamos o Natal" - Santificaria o cristão uma mentira, uma farsa? "O que vale é a intenção" - Com a intenção ninguém foi salvo. Com a intenção podemos cometer os mais abomináveis crimes.
A prática do natal pela Igreja hoje expressa o caráter de decadência e mediocridade em que vive a Igreja. Os cristãos comemoram o natal devido à falta de crescimento espiritual; por causa do velho homem que ainda não experimentou a vida de cruz; o homem adâmico que existe em nós, e que ainda predomina; por causa da tradição cega, a que ainda nos prendemos. Enfim, enquanto cada um de nós ainda persiste em continuar como crente carnal, prevalece o mundanismo que nos prende ao engano.
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Estudo sobre o livro de Levíticos
O HOLOCAUSTO
Antes de entrarmos em pormenores sobre este capítulo, há duas coisas que requerem toda a nossa atenção, a saber: primeiro a posição de Jeová e segundo a ordem por que são apresentados os sacrifícios.
"E chamou o Senhor a Moisés e falou com ele da tenda da congregação." Tal foi a posição de onde o Senhor fez as comunicações narradas neste livro. Havia falado do Monte Sinai, e a Sua posição ali imprimiu um caráter particular à comunicação. Do monte ardente saiu "o fogo da lei" (Dt 33:2). Porém, aqui o Senhor fala "da tenda da congregação". Era uma posição muito diferente.
Vimos este tabernáculo concluído no final do livro precedente. "Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim, Moisés acabou a obra. Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo,... porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas". (Êx 40:33-38).
Ora, o tabernáculo era o lugar onde Deus habitava em graça. Podia estabelecer ali a Sua habitação, porque estava rodeado de todos os lados por aquilo que representava brilhantemente o fundamento das Suas relações com o povo. Se tivesse vindo ao meio deles na plena manifestação do caráter revelado no Monte Sinai só podia ser para os "consumir num momento", como "povo obstinado" (Êx 33:5). Porém, retirou-se para dentro do véu — figura da carne de Cristo (Hb 10:20) e tomou o Seu lugar sobre o propiciatório, onde o sangue da expiação, e não "o povo obstinado" de Israel, se apresentava à Sua vista e satisfazia as exigências da Sua natureza. O sangue que era levado ao santuário pelo sumo sacerdote era figura do sangue precioso que purifica de todo o pecado; e, embora Israel, segundo a carne, não discernisse nada disto, esse sangue, contudo, justificava o fato de Deus habitar no meio deles; "santificava-os quanto à purificação da carne" (Hb9:13).
Tal é, pois, a posição do Senhor no Livro de Levítico, posição esta que deve ser tida em consideração, se quiser ter um conhecimento exato das revelações que este livro encerra. Nessas revelações encontramos inflexível santidade unida à mais pura graça. Deus é santo, seja qual for o lugar de onde fala. É santo no monte Sinai e santo no propiciatório; porém, no primeiro caso a Sua santidade estava ligada a "um fogo consumidor", enquanto que no segundo estava ligada com paciente graça.
Ora, a união da perfeita santidade com a graça perfeita é o que caracteriza a redenção que há em Cristo Jesus, redenção que é, de diversas maneiras, tipificada no livro de Levítico. É preciso que Deus seja santo, ainda que seja na condenação eterna dos pecadores impenitentes; porém a revelação plena da Sua santidade na salvação dos pecadores faz ressoar no céu um coro de louvor. "Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens" (Lc 2:14). Esta doxologia não podia ter sido entoada em relação com "o fogo da lei". Sem dúvida, havia "glória nas alturas", mas não havia "paz na terra" nem "boa vontade para com os homens", porquanto a lei era a declaração do que os homens deviam ser, antes que Deus pudesse ter prazer neles. Mas quando "o Filho" ocupou o Seu lugar como homem na terra, o céu pôde exprimir todo o Seu prazer n'Aquele cuja Pessoa e obra podiam ligar, da maneira mais perfeita, a glória divina com a bem-aventurança humana.
A Ordem dos Sacrifícios
E agora algumas palavras sobre a ordem dos sacrifícios, nos primeiros capítulos do livro de Levítico. O Senhor começa com o holocausto e termina com a expiação da culpa. Quer dizer, termina onde nós começamos. Esta ordem é notável e muito instrutiva. Quando pela primeira vez a seta da convicção penetra na alma dá-se um profundo exame de consciência quanto aos pecados cometidos. A memória volve a sua vista iluminada para as páginas da vida passada e vê-as manchadas com inumeráveis transgressões contra Deus e contra o homem. Neste momento da história da alma, ela não se ocupa tanto com a raiz de onde brotaram essas transgressões como com o fato palpável que este e aquele ato foram cometidos por ela; e, por isso, tem necessidade de saber que Deus proveu um sacrifício por cuja virtude "todas as ofensas" podem ser perdoadas livremente. E este sacrifício é-nos apresentado no sacrifício da expiação da culpa.
Mas à medida que a alma progride na vida divina torna-se consciente do fato que esses pecados que cometeu não são mais que rebentos de uma raiz, correntes de uma mesma fonte; e, além disso, que o pecado na sua natureza — ou seja: na carne — é essa fonte, essa raiz. Isto conduz-nos a um exercício íntimo ainda mais profundo, que nada pode tranqüilizar senão um conhecimento mais profundo da obra da cruz. Em suma, a cruz deve ser compreendida como o lugar onde Deus Mesmo "condenou o pecado na carne" (Rm 8:3).
O leitor há - de notar que esta passagem não diz "pecados na vida", mas a raiz de onde os pecados provêm, a saber, o "pecado na carne".
E uma verdade de grande importância. Cristo não somente morreu por nossos pecados, "segundo as Escrituras" (1 Co 15:3), como foi feito pecado por nós (1 Co 5:21). Esta é a doutrina do sacrifício da expiação do pecado.
E quando o coração e a consciência encontram descanso mediante o conhecimento da obra de Cristo, que nos podemos alimentar d'Ele como o fundamento da nossa paz e do nosso gozo, na presença de Deus. Não pode haver paz ou gozo antes de sabermos que todas as nossas transgressões foram perdoadas e o nosso pecado julgado. A expiação da culpa e a expiação do pecado têm de ser conhecidas antes que os sacrifícios pacíficos, de manjares ou de ações de graças possam ser convenientemente apreciados. Por isso, a ordem em que está o sacrifício pacífico corresponde à ordem da nossa apreciação espiritual de Cristo.
Nota-se a mesma perfeita ordem em referência à oferta de manjares. Quando a alma é levada a apreciar a doçura da comunhão espiritual com Cristo — a alimentar-se d'Ele em paz e gratidão na presença divina — sente um desejo arrebatador de conhecer melhor os mistérios gloriosos da Sua pessoa; e este desejo é ditosamente satisfeito na oferta de manjares, que é o tipo da perfeita humanidade de Cristo.
Em seguida, no holocausto, somos conduzidos a um ponto para além do qual é impossível ir, e esse ponto é a obra da cruz, realizada sob as vistas de Deus como expressão do afeto inquebrantável do coração de Cristo. Todas estas coisas nos serão apresentadas em belos pormenores, à medida que as examinarmos; aqui consideramos apenas a ordem dos sacrifícios, a qual é verdadeiramente maravilhosa, seja qual for o sentido em que caminharmos, seja exteriormente de Deus para nós, ou intimamente de nós até Deus. Em qualquer dos casos começamos e terminamos com a cruz. Se começamos com o holocausto, vemos Cristo na cruz fazendo a vontade de Deus — fazendo expiação, segundo a medida da Sua perfeita rendição a Deus. Se começamos com a expiação da culpa, vemos Cristo na cruz levando os nossos pecados e tirando-os, segundo a perfeição do Seu sacrifício expiatório; enquanto que em cada um e em todos eles vemos a excelência, a beleza e a perfeição da Sua divina e adorável pessoa.
Certamente, tudo isto é suficiente para despertar em nossos corações o mais profundo interesse pelo estudo desses símbolos preciosos que passaremos a analisar pormenorizadamente. E que Deus Espírito Santo, que inspirou o livro de Levítico, dê a sua explicação, em poder vivo, aos nossos corações, para que, quando chegarmos ao fim, possamos ter motivo de sobra para bendizer ao Senhor por tantas e tão admiráveis imagens da pessoa e obra de nosso bendito Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem seja dada glória, agora e para todo o sempre. Amém.
No holocausto, com o qual abre o livro de Levítico, temos uma figura de Cristo, que "se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus" (Hb 9:14). Daí a posição que o Espírito Santo lhe dá. Se o Senhor Jesus Cristo Se manifestou para realizar a obra gloriosa da expiação, o Seu mais desejável e supremo objetivo, na sua consecução estava a glória de Deus.
"Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade" (Hb 10:9), era o grande lema em todas as cenas e circunstâncias da Sua vida, e em nenhuma tão completamente como na obra da cruz. Fosse qual fosse a vontade de Deus, Ele veio para a fazer. Bendito seja Deus, nós conhecemos qual é a nossa parte na realização dessa "vontade"; pois por ela "temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez" (Hb 10:10).
Contudo, o aspecto primário da obra de Cristo era Deus. Era Seu prazer inefável cumprir a vontade de Deus na terra. Ninguém a tinha feito. Alguns, pela graça, haviam feito o que era reto aos olhos do Senhor; porém ninguém jamais tinha, perfeita e invariavelmente, desde o princípio ao fim, sem hesitação e sem divergência, feito a vontade de Deus. Mas foi isto exatamente que o Senhor Jesus fez. Ele foi "obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2:8): "...manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém" (Lc 9:51). E quando se dirigia do jardim de Getsêmane ao Calvário, o afeto intenso de Seu coração foi expresso nestas palavras: "Não beberei eu o cálice que o Pai me deu?"(Jo 18:11).
Certamente, havia um perfume de cheiro suave nesta absoluta devoção a Deus. Um Homem perfeito na terra, cumprindo a vontade de Deus, até mesmo na morte, era assunto de profundo interesse para o céu. Quem poderia sondar as profundezas desse coração dedicado, que se manifestou aos olhos de Deus, na cruz? Seguramente, ninguém senão Deus; porque nisto, como em tudo mais, certo é que "ninguém conhece o Filho senão o Pai"; e ninguém pode conhecer nada, até certo ponto, a Seu respeito se o Pai o não revelar. A mente humana pode compreender, até certo ponto, qualquer coisa do que se passa "abaixo do sol". A ciência humana pode ser compreendida pelo intelecto humano; mas nenhum homem conhece o Filho de Deus, se o Pai não lho revelar pelo poder do Espírito e por meio da Palavra escrita. O Espírito Santo deleita-se em revelar o Filho — em tomar das coisas de Jesus e revelar-no-las. Estas coisas temo-las, em toda a sua beleza e plenitude, nas Escrituras. Não pode haver novas revelações, pois o Espírito trouxe "todas as coisas" à memória dos apóstolos e conduziu-os a "toda a verdade" (Jo 14:26; 16:13). Não pode haver nada mais além de "toda a verdade"; e, por isso, as pretensões de novas revelações e do descobrimento da verdade — quer dizer, verdade não mencionada no cânone sagrado de inspiração — representam apenas os esforços do homem para acrescentar alguma coisa àquilo que Deus designa por "toda a verdade". O Espírito pode, certamente, mostrar e aplicar, com nova e extraordinária energia, a verdade contida na Escritura; porém, isto é claramente uma coisa muito diferente da ímpia presunção que abandona o campo da revelação divina com o propósito de encontrar princípios, idéias e dogmas que tenham autoridade sobre a consciência.
Na narrativa do evangelho Cristo é-nos apresentado nos vários aspectos do Seu caráter, Sua Pessoa e obra. Em todas as épocas o povo de Deus tem achado alegria em recorrer a essas preciosas Escrituras, sedentando-se nas revelações celestiais do objeto do seu amor e confiança—Aquele a quem tudo devem, quer no tempo presente, quer no tocante à eternidade. Contudo, muito poucos comparativamente têm sido induzidos a considerar os ritos e cerimônias da dispensação levítica como cheios das mais minuciosas instruções referentes ao mesmo assunto dominante. Os sacrifícios de Levítico, por exemplo, têm sido considerados freqüentemente como registros de antigos costumes judaicos, sem nenhum outro significado para nós nem nenhuma luz espiritual para iluminar os nossos entendimentos. Mas tem de admitir-se que as páginas aparentemente obscuras de Levítico, assim como as expressões sublimes de Isaías, têm o seu lugar entre "tudo que dantes foi escrito" (Rm 15:4), e são, portanto, "para nosso ensino". Certamente, precisamos de estudar estes registros, assim como também toda a Escritura, com espírito humilde e despretensioso, em reverente dependência do ensino d'Aquele que graciosamente os inspirou para nosso ensino, e com atenção diligente pelo grande objetivo, alvo e analogia geral de todo o corpo da revelação divina; dominando a nossa imaginação, para que se não extravie com entusiasmo profano; mas se assim, mediante a graça, entrarmos no estudo dos símbolos de Levítico, encontraremos um filão do mais rico e precioso minério.
A Vítima
Vamos prosseguir agora com o exame do holocausto, que, como havemos acentuado, representa Cristo oferecendo-se a Si mesmo incontaminado a Deus.
"Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha." A glória essencial e dignidade da pessoa de Cristo formam a base do cristianismo. Ele transmite esta dignidade e essa glória a tudo que faz e a cada uma das funções que assume. Nenhuma função podia de algum modo acrescentar glória Aquele que é sobre todos, "Deus bendito eternamente" (Rm9:5) — "Deus manifestado em carne" (1 Tm 3:16) —, o glorioso "Emanuel"—Deus conosco —, o Verbo eterno, o Criador e Mantenedor do universo. Que função poderia acrescentar dignidade a uma tal Pessoal De fato, sabemos que todas as Suas funções estão relacionadas com a Sua humanidade; e assumindo essa humanidade, Ele desceu da glória que tinha com o Pai antes da criação do mundo. Desceu, deste modo, a fim de glorificar Deus perfeitamente no próprio meio de uma cena onde tudo Lhe era hostil. Veio para ser "devorado" por santo e inextinguível zelo (SI 69:9) pela glória de Deus e a realização eficiente dos Seus desígnios eternos.
Cristo Oferecendo-se a Si Mesmo a Deus
O macho sem mancha de um ano era uma figura do Senhor Jesus Cristo oferecendo-se a Si mesmo para o cumprimento perfeito da vontade de Deus. Não deveria haver nada que detonasse fraqueza ou imperfeição. Devia ser "um macho de um ano". Teremos ocasião de ver, quando tivermos ocasião de examinar os outros sacrifícios, que era permitido oferecer, nalguns casos, uma "fêmea"; mas essa era apenas a forma de mostrar a imperfeição inerente à compreensão do adorador, e de modo nenhum um defeito da oferenda, porquanto esta era "sem mancha" tanto num caso como no outro.
Contudo, o holocausto era um sacrifício da mais elevada ordem, porque representava Cristo oferecendo-se a Si mesmo a Deus — Cristo no holocausto exclusivamente para a vista e o coração de Deus. Eis um ponto que deve ser claramente compreendido. Só Deus podia apreciar devidamente a Pessoa e obra de Cristo. Só Ele podia apreciar plenamente a cruz como a expressão do perfeito afeto de Cristo. A cruz tal qual é simbolizada no holocausto, encerra qualquer coisa que só a mente divina pode compreender. Tinha profundidades tais que nem o mortal nem os anjos podiam sondar. Nela havia uma voz que se dirigia exclusiva e diretamente aos ouvidos do Pai. Entre o Calvário e o trono de Deus houve comunicações que excedem em muito as mais altas capacidades dos entes criados.
"A porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor." O emprego do vocábulo "vontade", nesta passagem, revela claramente o grande propósito no holocausto. Leva-nos a contemplar a cruz sob um aspecto que não é suficientemente compreendido. Estamos sempre prontos a contemplar a cruz simplesmente como o lugar onde a grande questão do pecado foi tratada e liquidada entre a justiça eterna e a vítima incontaminada — o lugar onde a nossa culpa foi expiada e onde Satanás foi gloriosamente vencido. Louvor universal seja dado eternamente ao amor redentor! A cruz foi tudo isto. E mais do que isto. Foi o lugar onde o amor de Cristo pelo Pai se expressou em linguagem tal que só o Pai podia ouvir e compreender. E sob este último aspecto que a vemos simbolizada no holocausto e é, portanto, por isso que a palavra "vontade" ocorre. Se fosse apenas uma questão de imputação do pecado e de sofrer a ira de Deus por causa do pecado, essa expressão não estaria dentro da ordem moral. O bendito Senhor Jesus não podia, com estrita propriedade, ser apresentado como aquele que desejava ser feito pecado — desejar sofrer a ira de Deus e ser privado da vista do Seu rosto; e, neste fato, por si só, aprendemos da maneira mais evidente, que o holocausto não representa Cristo sobre a cruz levando o pecado, mas, sim, Cristo sobre a cruz cumprindo a vontade de Deus. Que Cristo mesmo contemplava a cruz nestes dois aspectos é evidente pelas Suas próprias palavras. Quando contemplou a cruz como o lugar onde foi feito pecado — quando previu os horrores que, sob este ponto de vista, ela encerrava, exclamou: "Pai, se queres, passa de mim este cálice" (Lc 22:42). Fugia daquilo que a Sua obra, por ter de levar sobre Si o pecado, comportava. A Sua mente santa e pura fugia ao pensamento de contato com o pecado; e o Seu terno coração fugia da idéia de perder, por um momento, a luz do semblante de Deus.
O Amor de Cristo pelo Pai
Porém, a cruz tinha outro aspecto. Aparecia à vista de Cristo como uma cena em que Ele podia revelar plenamente os segredos profundos do Seu amor ao Pai — um lugar onde podia, "de Sua própria vontade", tomar o cálice que o Pai lhe havia dado e esgotá-lo até às fezes. É verdade que toda a vida de Cristo emitiu um fragrante odor, que subia sem cessar até ao trono do Pai — Ele fazia sempre as coisas que agradavam ao Pai —, fez sempre a vontade de Deus; mas o holocausto não O representa na Sua vida — precioso além de todo o pensamento como foi cada ato dessa vida —, mas na Sua morte, e não como Aquele que foi feito "maldição por nós", mas como Aquele que apresenta ao coração do Pai um perfume de incomparável fragrância.
Esta verdade envolve a cruz de atrativos particulares para a mente espiritual. Dá aos sofrimentos do nosso bendito Senhor um interesse do caráter mais intenso. O pecador culpado encontra, incontestavelmente, na cruz uma resposta divina aos mais profundos e ardentes desejos do coração. O verdadeiro crente encontra na cruz aquilo que cativa todas as afeições do seu coração e deixa aturdido todo o seu ser moral. Os anjos encontram na cruz um tema para contínua admiração. Tudo isto é verdade; mas há alguma coisa na cruz que ultrapassa as mais elevadas concepções dos santos ou dos anjos; isto é, a profunda devoção do coração do Filho para com o Pai e como Este a apreciou. Este é o assunto elevado da cruz, que é manifestado de um modo tão notável no holocausto.
E deixai-me observar que a beleza própria do holocausto deve ser inteiramente sacrificada se admitirmos a idéia de que Cristo carregou com o pecado toda a Sua vida. Deixa de haver então força, valor e significado nas palavras "sua própria vontade". Não poderá haver lugar para ação voluntária no caso de uma pessoa que era compelida, pela própria necessidade da sua posição, a morrer. Se Cristo tivesse carregado com o nosso pecado na Sua vida, então segue-se que a Sua morte seria obrigatória e não um ato voluntário.
De fato, pode afirmar-se com segurança que não há uma oferta sequer entre todas cuja beleza não fosse manchada e a sua integridade sacrificada pela teoria de uma vida carregando com o pecado. Este é especialmente o caso no holocausto, porquanto não é uma questão de carregar com o pecado ou de sofrer a ira de Deus, mas inteiramente de dedicação voluntária, manifestada na morte da cruz. No holocausto reconhecemos uma figura de Deus o Filho, cumprindo, por intermédio de Deus Espírito, a vontade de Deus Pai. Isto fez Ele de "sua própria vontade". "Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la" (Jo 10:17). Temos aqui o aspecto da morte de Cristo no holocausto. Por outro lado, o profeta contemplando-O como oferta pelo pecado, diz: "... a sua vida é tirada da terra" (At 8:33 —versão LXX(,) de Isaías 53:8). Outro tanto, Cristo diz, — Ninguém ma tira, mas eu de mim mesmo a dou". Estaria Ele levando o nosso pecado sobre Si quando disse isto? Note-se que Ele diz "ninguém" — homens, anjos, demônios ou qualquer outra criatura. Foi um ato voluntário da Sua própria parte: deu a Sua vida para tornar a tomá-la. "Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu" (SI 40:8). Tal era a linguagem do holocausto divino — de Aquele que achou gozo inexprimível em Se oferecer incontaminado a Deus.
É, pois, da máxima importância aprender com distinção o primário objetivo de Cristo na obra de redenção. Contribui para consolidar a paz do crente. O cumprimento da vontade de Deus, estabelecer os Seus desígnios e parentear a glória de Deus, era o que preocupava esse coração dedicado, que via e avaliava todas as coisas em relação com Deus.
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(1) LXX - "Septuaginta" - versão grega do Velho Testamento.
O Senhor Jesus nunca se deteve para averiguar até que ponto qualquer ato ou circunstância O afetaria. "O Aniquilou-se a si mesmo" (Fp 2:7-8). Renunciou a tudo. E, por isso, quando chegou ao fim da Sua carreira, pôde refletir sobre o passado, olhar para trás e, com os olhos levantados ao céu, dizer, "Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer" (Jo 17:4).
É impossível contemplar a obra de Cristo sob este aspecto sem que o coração se sinta cheio das mais gratas afeições para com a Sua Pessoa. O conhecimento de que o Seu primeiro objetivo na obra da cruz era Deus não diminui em nada o sentimento que temos do Seu amor por nós. Pelo contrário, o Seu amor por nós, e a nossa salvação n'EIe só podiam ser fundamentados no estabelecimento da glória de Deus. Essa glória deve formar a base sólida de todas as coisas. "Porém, tão certamente como eu vivo e como a glória do Senhor encherá toda a terra" (Nm 14:21). Mas nós sabemos que a glória eterna de Deus e a bem-aventurança eterna da criatura estão inseparavelmente ligadas nos desígnios divinos, de sorte que se a primeira está assegurada, a segunda tem de sê-lo também.
Antes de entrarmos em pormenores sobre este capítulo, há duas coisas que requerem toda a nossa atenção, a saber: primeiro a posição de Jeová e segundo a ordem por que são apresentados os sacrifícios.
"E chamou o Senhor a Moisés e falou com ele da tenda da congregação." Tal foi a posição de onde o Senhor fez as comunicações narradas neste livro. Havia falado do Monte Sinai, e a Sua posição ali imprimiu um caráter particular à comunicação. Do monte ardente saiu "o fogo da lei" (Dt 33:2). Porém, aqui o Senhor fala "da tenda da congregação". Era uma posição muito diferente.
Vimos este tabernáculo concluído no final do livro precedente. "Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim, Moisés acabou a obra. Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo,... porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas". (Êx 40:33-38).
Ora, o tabernáculo era o lugar onde Deus habitava em graça. Podia estabelecer ali a Sua habitação, porque estava rodeado de todos os lados por aquilo que representava brilhantemente o fundamento das Suas relações com o povo. Se tivesse vindo ao meio deles na plena manifestação do caráter revelado no Monte Sinai só podia ser para os "consumir num momento", como "povo obstinado" (Êx 33:5). Porém, retirou-se para dentro do véu — figura da carne de Cristo (Hb 10:20) e tomou o Seu lugar sobre o propiciatório, onde o sangue da expiação, e não "o povo obstinado" de Israel, se apresentava à Sua vista e satisfazia as exigências da Sua natureza. O sangue que era levado ao santuário pelo sumo sacerdote era figura do sangue precioso que purifica de todo o pecado; e, embora Israel, segundo a carne, não discernisse nada disto, esse sangue, contudo, justificava o fato de Deus habitar no meio deles; "santificava-os quanto à purificação da carne" (Hb9:13).
Tal é, pois, a posição do Senhor no Livro de Levítico, posição esta que deve ser tida em consideração, se quiser ter um conhecimento exato das revelações que este livro encerra. Nessas revelações encontramos inflexível santidade unida à mais pura graça. Deus é santo, seja qual for o lugar de onde fala. É santo no monte Sinai e santo no propiciatório; porém, no primeiro caso a Sua santidade estava ligada a "um fogo consumidor", enquanto que no segundo estava ligada com paciente graça.
Ora, a união da perfeita santidade com a graça perfeita é o que caracteriza a redenção que há em Cristo Jesus, redenção que é, de diversas maneiras, tipificada no livro de Levítico. É preciso que Deus seja santo, ainda que seja na condenação eterna dos pecadores impenitentes; porém a revelação plena da Sua santidade na salvação dos pecadores faz ressoar no céu um coro de louvor. "Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens" (Lc 2:14). Esta doxologia não podia ter sido entoada em relação com "o fogo da lei". Sem dúvida, havia "glória nas alturas", mas não havia "paz na terra" nem "boa vontade para com os homens", porquanto a lei era a declaração do que os homens deviam ser, antes que Deus pudesse ter prazer neles. Mas quando "o Filho" ocupou o Seu lugar como homem na terra, o céu pôde exprimir todo o Seu prazer n'Aquele cuja Pessoa e obra podiam ligar, da maneira mais perfeita, a glória divina com a bem-aventurança humana.
A Ordem dos Sacrifícios
E agora algumas palavras sobre a ordem dos sacrifícios, nos primeiros capítulos do livro de Levítico. O Senhor começa com o holocausto e termina com a expiação da culpa. Quer dizer, termina onde nós começamos. Esta ordem é notável e muito instrutiva. Quando pela primeira vez a seta da convicção penetra na alma dá-se um profundo exame de consciência quanto aos pecados cometidos. A memória volve a sua vista iluminada para as páginas da vida passada e vê-as manchadas com inumeráveis transgressões contra Deus e contra o homem. Neste momento da história da alma, ela não se ocupa tanto com a raiz de onde brotaram essas transgressões como com o fato palpável que este e aquele ato foram cometidos por ela; e, por isso, tem necessidade de saber que Deus proveu um sacrifício por cuja virtude "todas as ofensas" podem ser perdoadas livremente. E este sacrifício é-nos apresentado no sacrifício da expiação da culpa.
Mas à medida que a alma progride na vida divina torna-se consciente do fato que esses pecados que cometeu não são mais que rebentos de uma raiz, correntes de uma mesma fonte; e, além disso, que o pecado na sua natureza — ou seja: na carne — é essa fonte, essa raiz. Isto conduz-nos a um exercício íntimo ainda mais profundo, que nada pode tranqüilizar senão um conhecimento mais profundo da obra da cruz. Em suma, a cruz deve ser compreendida como o lugar onde Deus Mesmo "condenou o pecado na carne" (Rm 8:3).
O leitor há - de notar que esta passagem não diz "pecados na vida", mas a raiz de onde os pecados provêm, a saber, o "pecado na carne".
E uma verdade de grande importância. Cristo não somente morreu por nossos pecados, "segundo as Escrituras" (1 Co 15:3), como foi feito pecado por nós (1 Co 5:21). Esta é a doutrina do sacrifício da expiação do pecado.
E quando o coração e a consciência encontram descanso mediante o conhecimento da obra de Cristo, que nos podemos alimentar d'Ele como o fundamento da nossa paz e do nosso gozo, na presença de Deus. Não pode haver paz ou gozo antes de sabermos que todas as nossas transgressões foram perdoadas e o nosso pecado julgado. A expiação da culpa e a expiação do pecado têm de ser conhecidas antes que os sacrifícios pacíficos, de manjares ou de ações de graças possam ser convenientemente apreciados. Por isso, a ordem em que está o sacrifício pacífico corresponde à ordem da nossa apreciação espiritual de Cristo.
Nota-se a mesma perfeita ordem em referência à oferta de manjares. Quando a alma é levada a apreciar a doçura da comunhão espiritual com Cristo — a alimentar-se d'Ele em paz e gratidão na presença divina — sente um desejo arrebatador de conhecer melhor os mistérios gloriosos da Sua pessoa; e este desejo é ditosamente satisfeito na oferta de manjares, que é o tipo da perfeita humanidade de Cristo.
Em seguida, no holocausto, somos conduzidos a um ponto para além do qual é impossível ir, e esse ponto é a obra da cruz, realizada sob as vistas de Deus como expressão do afeto inquebrantável do coração de Cristo. Todas estas coisas nos serão apresentadas em belos pormenores, à medida que as examinarmos; aqui consideramos apenas a ordem dos sacrifícios, a qual é verdadeiramente maravilhosa, seja qual for o sentido em que caminharmos, seja exteriormente de Deus para nós, ou intimamente de nós até Deus. Em qualquer dos casos começamos e terminamos com a cruz. Se começamos com o holocausto, vemos Cristo na cruz fazendo a vontade de Deus — fazendo expiação, segundo a medida da Sua perfeita rendição a Deus. Se começamos com a expiação da culpa, vemos Cristo na cruz levando os nossos pecados e tirando-os, segundo a perfeição do Seu sacrifício expiatório; enquanto que em cada um e em todos eles vemos a excelência, a beleza e a perfeição da Sua divina e adorável pessoa.
Certamente, tudo isto é suficiente para despertar em nossos corações o mais profundo interesse pelo estudo desses símbolos preciosos que passaremos a analisar pormenorizadamente. E que Deus Espírito Santo, que inspirou o livro de Levítico, dê a sua explicação, em poder vivo, aos nossos corações, para que, quando chegarmos ao fim, possamos ter motivo de sobra para bendizer ao Senhor por tantas e tão admiráveis imagens da pessoa e obra de nosso bendito Senhor e Salvador Jesus Cristo, a quem seja dada glória, agora e para todo o sempre. Amém.
No holocausto, com o qual abre o livro de Levítico, temos uma figura de Cristo, que "se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus" (Hb 9:14). Daí a posição que o Espírito Santo lhe dá. Se o Senhor Jesus Cristo Se manifestou para realizar a obra gloriosa da expiação, o Seu mais desejável e supremo objetivo, na sua consecução estava a glória de Deus.
"Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade" (Hb 10:9), era o grande lema em todas as cenas e circunstâncias da Sua vida, e em nenhuma tão completamente como na obra da cruz. Fosse qual fosse a vontade de Deus, Ele veio para a fazer. Bendito seja Deus, nós conhecemos qual é a nossa parte na realização dessa "vontade"; pois por ela "temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez" (Hb 10:10).
Contudo, o aspecto primário da obra de Cristo era Deus. Era Seu prazer inefável cumprir a vontade de Deus na terra. Ninguém a tinha feito. Alguns, pela graça, haviam feito o que era reto aos olhos do Senhor; porém ninguém jamais tinha, perfeita e invariavelmente, desde o princípio ao fim, sem hesitação e sem divergência, feito a vontade de Deus. Mas foi isto exatamente que o Senhor Jesus fez. Ele foi "obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2:8): "...manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém" (Lc 9:51). E quando se dirigia do jardim de Getsêmane ao Calvário, o afeto intenso de Seu coração foi expresso nestas palavras: "Não beberei eu o cálice que o Pai me deu?"(Jo 18:11).
Certamente, havia um perfume de cheiro suave nesta absoluta devoção a Deus. Um Homem perfeito na terra, cumprindo a vontade de Deus, até mesmo na morte, era assunto de profundo interesse para o céu. Quem poderia sondar as profundezas desse coração dedicado, que se manifestou aos olhos de Deus, na cruz? Seguramente, ninguém senão Deus; porque nisto, como em tudo mais, certo é que "ninguém conhece o Filho senão o Pai"; e ninguém pode conhecer nada, até certo ponto, a Seu respeito se o Pai o não revelar. A mente humana pode compreender, até certo ponto, qualquer coisa do que se passa "abaixo do sol". A ciência humana pode ser compreendida pelo intelecto humano; mas nenhum homem conhece o Filho de Deus, se o Pai não lho revelar pelo poder do Espírito e por meio da Palavra escrita. O Espírito Santo deleita-se em revelar o Filho — em tomar das coisas de Jesus e revelar-no-las. Estas coisas temo-las, em toda a sua beleza e plenitude, nas Escrituras. Não pode haver novas revelações, pois o Espírito trouxe "todas as coisas" à memória dos apóstolos e conduziu-os a "toda a verdade" (Jo 14:26; 16:13). Não pode haver nada mais além de "toda a verdade"; e, por isso, as pretensões de novas revelações e do descobrimento da verdade — quer dizer, verdade não mencionada no cânone sagrado de inspiração — representam apenas os esforços do homem para acrescentar alguma coisa àquilo que Deus designa por "toda a verdade". O Espírito pode, certamente, mostrar e aplicar, com nova e extraordinária energia, a verdade contida na Escritura; porém, isto é claramente uma coisa muito diferente da ímpia presunção que abandona o campo da revelação divina com o propósito de encontrar princípios, idéias e dogmas que tenham autoridade sobre a consciência.
Na narrativa do evangelho Cristo é-nos apresentado nos vários aspectos do Seu caráter, Sua Pessoa e obra. Em todas as épocas o povo de Deus tem achado alegria em recorrer a essas preciosas Escrituras, sedentando-se nas revelações celestiais do objeto do seu amor e confiança—Aquele a quem tudo devem, quer no tempo presente, quer no tocante à eternidade. Contudo, muito poucos comparativamente têm sido induzidos a considerar os ritos e cerimônias da dispensação levítica como cheios das mais minuciosas instruções referentes ao mesmo assunto dominante. Os sacrifícios de Levítico, por exemplo, têm sido considerados freqüentemente como registros de antigos costumes judaicos, sem nenhum outro significado para nós nem nenhuma luz espiritual para iluminar os nossos entendimentos. Mas tem de admitir-se que as páginas aparentemente obscuras de Levítico, assim como as expressões sublimes de Isaías, têm o seu lugar entre "tudo que dantes foi escrito" (Rm 15:4), e são, portanto, "para nosso ensino". Certamente, precisamos de estudar estes registros, assim como também toda a Escritura, com espírito humilde e despretensioso, em reverente dependência do ensino d'Aquele que graciosamente os inspirou para nosso ensino, e com atenção diligente pelo grande objetivo, alvo e analogia geral de todo o corpo da revelação divina; dominando a nossa imaginação, para que se não extravie com entusiasmo profano; mas se assim, mediante a graça, entrarmos no estudo dos símbolos de Levítico, encontraremos um filão do mais rico e precioso minério.
A Vítima
Vamos prosseguir agora com o exame do holocausto, que, como havemos acentuado, representa Cristo oferecendo-se a Si mesmo incontaminado a Deus.
"Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha." A glória essencial e dignidade da pessoa de Cristo formam a base do cristianismo. Ele transmite esta dignidade e essa glória a tudo que faz e a cada uma das funções que assume. Nenhuma função podia de algum modo acrescentar glória Aquele que é sobre todos, "Deus bendito eternamente" (Rm9:5) — "Deus manifestado em carne" (1 Tm 3:16) —, o glorioso "Emanuel"—Deus conosco —, o Verbo eterno, o Criador e Mantenedor do universo. Que função poderia acrescentar dignidade a uma tal Pessoal De fato, sabemos que todas as Suas funções estão relacionadas com a Sua humanidade; e assumindo essa humanidade, Ele desceu da glória que tinha com o Pai antes da criação do mundo. Desceu, deste modo, a fim de glorificar Deus perfeitamente no próprio meio de uma cena onde tudo Lhe era hostil. Veio para ser "devorado" por santo e inextinguível zelo (SI 69:9) pela glória de Deus e a realização eficiente dos Seus desígnios eternos.
Cristo Oferecendo-se a Si Mesmo a Deus
O macho sem mancha de um ano era uma figura do Senhor Jesus Cristo oferecendo-se a Si mesmo para o cumprimento perfeito da vontade de Deus. Não deveria haver nada que detonasse fraqueza ou imperfeição. Devia ser "um macho de um ano". Teremos ocasião de ver, quando tivermos ocasião de examinar os outros sacrifícios, que era permitido oferecer, nalguns casos, uma "fêmea"; mas essa era apenas a forma de mostrar a imperfeição inerente à compreensão do adorador, e de modo nenhum um defeito da oferenda, porquanto esta era "sem mancha" tanto num caso como no outro.
Contudo, o holocausto era um sacrifício da mais elevada ordem, porque representava Cristo oferecendo-se a Si mesmo a Deus — Cristo no holocausto exclusivamente para a vista e o coração de Deus. Eis um ponto que deve ser claramente compreendido. Só Deus podia apreciar devidamente a Pessoa e obra de Cristo. Só Ele podia apreciar plenamente a cruz como a expressão do perfeito afeto de Cristo. A cruz tal qual é simbolizada no holocausto, encerra qualquer coisa que só a mente divina pode compreender. Tinha profundidades tais que nem o mortal nem os anjos podiam sondar. Nela havia uma voz que se dirigia exclusiva e diretamente aos ouvidos do Pai. Entre o Calvário e o trono de Deus houve comunicações que excedem em muito as mais altas capacidades dos entes criados.
"A porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor." O emprego do vocábulo "vontade", nesta passagem, revela claramente o grande propósito no holocausto. Leva-nos a contemplar a cruz sob um aspecto que não é suficientemente compreendido. Estamos sempre prontos a contemplar a cruz simplesmente como o lugar onde a grande questão do pecado foi tratada e liquidada entre a justiça eterna e a vítima incontaminada — o lugar onde a nossa culpa foi expiada e onde Satanás foi gloriosamente vencido. Louvor universal seja dado eternamente ao amor redentor! A cruz foi tudo isto. E mais do que isto. Foi o lugar onde o amor de Cristo pelo Pai se expressou em linguagem tal que só o Pai podia ouvir e compreender. E sob este último aspecto que a vemos simbolizada no holocausto e é, portanto, por isso que a palavra "vontade" ocorre. Se fosse apenas uma questão de imputação do pecado e de sofrer a ira de Deus por causa do pecado, essa expressão não estaria dentro da ordem moral. O bendito Senhor Jesus não podia, com estrita propriedade, ser apresentado como aquele que desejava ser feito pecado — desejar sofrer a ira de Deus e ser privado da vista do Seu rosto; e, neste fato, por si só, aprendemos da maneira mais evidente, que o holocausto não representa Cristo sobre a cruz levando o pecado, mas, sim, Cristo sobre a cruz cumprindo a vontade de Deus. Que Cristo mesmo contemplava a cruz nestes dois aspectos é evidente pelas Suas próprias palavras. Quando contemplou a cruz como o lugar onde foi feito pecado — quando previu os horrores que, sob este ponto de vista, ela encerrava, exclamou: "Pai, se queres, passa de mim este cálice" (Lc 22:42). Fugia daquilo que a Sua obra, por ter de levar sobre Si o pecado, comportava. A Sua mente santa e pura fugia ao pensamento de contato com o pecado; e o Seu terno coração fugia da idéia de perder, por um momento, a luz do semblante de Deus.
O Amor de Cristo pelo Pai
Porém, a cruz tinha outro aspecto. Aparecia à vista de Cristo como uma cena em que Ele podia revelar plenamente os segredos profundos do Seu amor ao Pai — um lugar onde podia, "de Sua própria vontade", tomar o cálice que o Pai lhe havia dado e esgotá-lo até às fezes. É verdade que toda a vida de Cristo emitiu um fragrante odor, que subia sem cessar até ao trono do Pai — Ele fazia sempre as coisas que agradavam ao Pai —, fez sempre a vontade de Deus; mas o holocausto não O representa na Sua vida — precioso além de todo o pensamento como foi cada ato dessa vida —, mas na Sua morte, e não como Aquele que foi feito "maldição por nós", mas como Aquele que apresenta ao coração do Pai um perfume de incomparável fragrância.
Esta verdade envolve a cruz de atrativos particulares para a mente espiritual. Dá aos sofrimentos do nosso bendito Senhor um interesse do caráter mais intenso. O pecador culpado encontra, incontestavelmente, na cruz uma resposta divina aos mais profundos e ardentes desejos do coração. O verdadeiro crente encontra na cruz aquilo que cativa todas as afeições do seu coração e deixa aturdido todo o seu ser moral. Os anjos encontram na cruz um tema para contínua admiração. Tudo isto é verdade; mas há alguma coisa na cruz que ultrapassa as mais elevadas concepções dos santos ou dos anjos; isto é, a profunda devoção do coração do Filho para com o Pai e como Este a apreciou. Este é o assunto elevado da cruz, que é manifestado de um modo tão notável no holocausto.
E deixai-me observar que a beleza própria do holocausto deve ser inteiramente sacrificada se admitirmos a idéia de que Cristo carregou com o pecado toda a Sua vida. Deixa de haver então força, valor e significado nas palavras "sua própria vontade". Não poderá haver lugar para ação voluntária no caso de uma pessoa que era compelida, pela própria necessidade da sua posição, a morrer. Se Cristo tivesse carregado com o nosso pecado na Sua vida, então segue-se que a Sua morte seria obrigatória e não um ato voluntário.
De fato, pode afirmar-se com segurança que não há uma oferta sequer entre todas cuja beleza não fosse manchada e a sua integridade sacrificada pela teoria de uma vida carregando com o pecado. Este é especialmente o caso no holocausto, porquanto não é uma questão de carregar com o pecado ou de sofrer a ira de Deus, mas inteiramente de dedicação voluntária, manifestada na morte da cruz. No holocausto reconhecemos uma figura de Deus o Filho, cumprindo, por intermédio de Deus Espírito, a vontade de Deus Pai. Isto fez Ele de "sua própria vontade". "Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la" (Jo 10:17). Temos aqui o aspecto da morte de Cristo no holocausto. Por outro lado, o profeta contemplando-O como oferta pelo pecado, diz: "... a sua vida é tirada da terra" (At 8:33 —versão LXX(,) de Isaías 53:8). Outro tanto, Cristo diz, — Ninguém ma tira, mas eu de mim mesmo a dou". Estaria Ele levando o nosso pecado sobre Si quando disse isto? Note-se que Ele diz "ninguém" — homens, anjos, demônios ou qualquer outra criatura. Foi um ato voluntário da Sua própria parte: deu a Sua vida para tornar a tomá-la. "Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu" (SI 40:8). Tal era a linguagem do holocausto divino — de Aquele que achou gozo inexprimível em Se oferecer incontaminado a Deus.
É, pois, da máxima importância aprender com distinção o primário objetivo de Cristo na obra de redenção. Contribui para consolidar a paz do crente. O cumprimento da vontade de Deus, estabelecer os Seus desígnios e parentear a glória de Deus, era o que preocupava esse coração dedicado, que via e avaliava todas as coisas em relação com Deus.
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(1) LXX - "Septuaginta" - versão grega do Velho Testamento.
O Senhor Jesus nunca se deteve para averiguar até que ponto qualquer ato ou circunstância O afetaria. "O Aniquilou-se a si mesmo" (Fp 2:7-8). Renunciou a tudo. E, por isso, quando chegou ao fim da Sua carreira, pôde refletir sobre o passado, olhar para trás e, com os olhos levantados ao céu, dizer, "Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer" (Jo 17:4).
É impossível contemplar a obra de Cristo sob este aspecto sem que o coração se sinta cheio das mais gratas afeições para com a Sua Pessoa. O conhecimento de que o Seu primeiro objetivo na obra da cruz era Deus não diminui em nada o sentimento que temos do Seu amor por nós. Pelo contrário, o Seu amor por nós, e a nossa salvação n'EIe só podiam ser fundamentados no estabelecimento da glória de Deus. Essa glória deve formar a base sólida de todas as coisas. "Porém, tão certamente como eu vivo e como a glória do Senhor encherá toda a terra" (Nm 14:21). Mas nós sabemos que a glória eterna de Deus e a bem-aventurança eterna da criatura estão inseparavelmente ligadas nos desígnios divinos, de sorte que se a primeira está assegurada, a segunda tem de sê-lo também.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
JANES E JAMBRE
Antes de ler este texto por favor leia no livro de Êxodo o capítulo 7 e 8 até o vero 24.
JANES E JAMBRE
Vamos considerar agora, em segundo lugar, a oposição de "Janes e Jambres", magos do Egito. Nunca teríamos conhecido os nomes desses dois inimigos da verdade se o Espírito Santo os não houvesse mencionado em ligação com os "tempos perigosos" dos quais o apóstolo Paulo avisa seu filho Timóteo. É da máxima importância que o leitor crente compreenda claramente o verdadeiro caráter da resistência que esses dois encantadores opuseram a Moisés, e para que ele faça uma ideia completa do assunto, citaremos toda a passagemda epístola de Paulo a Timóteo, passagem aliás profundamente importante e solene.
Nos Últimos Dias
"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências, que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles" (2Tm 3:1-9).
Ora, a natureza desta resistência à verdade é particularmente solene. A oposição que Janes e Jambres fizeram a Moisés consistiu simplesmente em imitar, até onde lhes foi possível, tudo aquilo que ele fazia. Não vemos que eles atribuíssem a um poder enganador ou mau os sinais que ele fazia, mas antes que procuraram neutralizar os seus efeitos sobre a consciência fazendo eles as mesmas coisas. O que Moisés fazia, também eles o podiam fazer, de modo que, afinal não havia grande diferença. Um era tão bom como os outros. Um milagre. Se Moisés fazia milagres para tirar o povo do Egito, eles podiam fazer milagres para os obrigarem a ficar no país. Onde estava, pois, a diferença?
De tudo isto aprendemos a verdade solene que a resistência mais diabólica ao testemunho de Deus, no mundo, vem daqueles que, embora imitem os efeitos da verdade, têm apenas a "aparência de piedade" e "negam a eficácia dela" (2 Tm 3:5). As pessoas desta condição podem fazer as mesmas coisas, adaptar os mesmos costumes e o mesmo ritual, empregar a mesma linguagem e professar as mesmas opiniões dos outros. Se o cristão verdadeiro, constrangido pelo amor de Cristo, dá de comer aos que têm fome, dá vestuário aos nus, visita os enfermos, espalha as Escrituras, distribui tratados, contribui para a divulgação do evangelho, faz oração, canta hinos espirituais, prega o evangelho, o formalista pode fazer todas estas coisas; e isto, note-se, é o caráter especial da resistência oposta à verdade "nos últimos tempos" — é o espírito de Janes e Jambres.
Quão necessário é compreendermos esta verdade! Quão importante é recordar que, assim "como Janes e Jambres resistiram a Moisés", assim também esses "amantes de si mesmos", do mundo e dos prazeres "resistem à verdade"! Não querem viver sem "aparência de piedade", mas, enquanto adaptam a "forma", porque é hábito, detestam "a eficácia" dela, porque essa significa a renúncia própria. "A eficácia da piedade" implica o reconhecimento dos direitos de Deus, o estabelecimento do Seu reino no coração, e, por consequência a Sua manifestação na vida e no caráter; porém o formalista nada sabe disto. "A eficácia" da piedade nunca poderá estar de acordo com nenhum destes caracteres horrendos descritos na passagem acima reproduzida; porém "a aparência", encobrindo-os, permite-Ihes viverem sem terem de se submeter, e isto agrada ao formalista. Ele não gosta de dominar as suas tentações, de interromper os seus prazeres, de refrear as suas paixões, de pôr em regra os seus afetos, de que o seu coração seja purificado. Somente precisa de bastante religião para poder tirar o melhor partido da vida presente e do mundo futuro. Desconhece o que significa abandonar o mundo que passa, por ter achado "o mundo vindouro".
Considerando as diversas formas de oposição de Satanás à verdade de Deus, vemos que o seu método tem sido sempre, em primeiro lugar, opor a violência; e, depois, se este método falha, corrompê-la por meio de imitação. Por isso, procurou em primeiro lugar matar Moisés (capítulo 2:15), e tendo falhado em realizar o seu propósito, procurou imitar as suas obras.
O mesmo aconteceu com a verdade confiada à Igreja de Deus. Os primeiros esforços de Satanás manifestaram-se em ligação com a ira dos principais sacerdotes e anciãos do povo por meio do tribunal, o cárcere e a espada. Porém, na passagem que reproduzimos da 2a epístola a Timóteo não se faz menção de tais processos. A violência aberta foi substituída por um meio mais astuto e perigoso de uma profissão vazia, ineficaz e a imitação. O inimigo, em vez de se apresentar coma espada da perseguição na mão, passeia com o manto da profissão sobre os ombros, professando e imitando aquilo que em outro tempo combateu e perseguiu; e, por este meio consegue vantagens assombrosas no tempo presente. As formas horríveis que o pecado moral tem revestido, e que de século para século têm manchado as páginas da história da humanidade, longe de se encontrarem apenas naqueles lugares onde naturalmente poderiam buscar-se, nos antros e cavernas das trevas humanas, acham-se cuidadosamente ocultas debaixo das pregas do manto de uma profissão fria, impotente e sem influência, e esta é uma das obras-primas de Satanás.
É natural que o homem, como ser caído e corrompido, seja egoís ta, cobiçoso, vaidoso, altivo; mas que seja tudo isto sob a capa formosa da "aparência de piedade" denota a energia especial de Satanás na sua resistência à verdade "nos últimos dias".
É natural que o homem manifeste abertamente esses vícios repugnantes — a concupiscência e paixões—, que são o resultado forçoso do seu afastamento da origem de santidade infinita e pureza, porque o homem será sempre o que ele é até o fim da sua história. Por outra parte, quando se vê o nome santo do Senhor Jesus
Cristo associado com a perversidade e a maldade implacável do homem; quando se vêem os princípios santos ligados com práticas ímpias; quando se vêem todos os característicos da corrupção dos gentios, mencionados no primeiro capítulo da epístola aos Romanos, ligados com a "aparência de piedade", então, de verdade, pode dizer-se, eis aqui o caráter horrível dos "últimos dias", a resistência de"janes e jambres".
A Aparência de Piedade
Contudo, os magos do Egito só puderam imitar os servos do Deus vivo em três coisas, a saber: tornaram as suas varas em serpentes (capítulo 7:12);transformaram a água em sangue (capítulo 7:22), e fizeram subir as rãs sobre a terra (capítulo 8:7); porém, quanto ao quarto sinal, que implicava a exibição da vida, em ligação com a manifestação da humilhação da natureza, viram-se inteiramente confundidos e tiveram de reconhecer "isto é o dedo de Deus" (capítulos 8:16 a 19). Assim sucede também com os que resistem nos últimos dias. Tudo quanto fazem é segundo o poder direto de Satanás e dentro dos limites do seu poder. Além disso, o seu fim específico é resistirem à verdade.
As três coisas que Janes e Jambres puderam executar foram caracterizadas por poder satânico, morte e impureza; quer dizer, as serpentes, o sangue e as rãs. Foi assim que "resistiram a Moisés" e, "assim também estes resistem à verdade", e impedem a sua ação moral sobre a consciência. Nada há que tanto contribua para enfraquecer o poder da verdade como ver pessoas que não se encontram sob a sua influência fazerem as mesmas coisas que aqueles que estão debaixo dela fazem. Assim opera Satanás no momento atual. Ele procura fazer com que todos os homens sejam considerados como cristãos; quer fazer-nos crer que estamos rodeados de "um mundo cristão", porém esse pretenso mundo cristão não passa de uma cristandade professa, a qual, longe de dar testemunho da verdade é aqui destinada, segundo os propôsitos do inimigo da verdade, para se opor à influência purificadora da verdade.
Em resumo, o servo de Cristo, testemunha da verdade, está rodeado, de todos os lados, pelo espírito de "Janes e Jambres"; e é conveniente que recorde este fato, que conheça inteiramente o mal com que tem que lutar e não esqueça que se trata da imitação que o diabo faz da realidade de Deus, produzida, não pela vara de um mago declaradamente mau, mas, sim mediante os atos de falsos religiosos, que têm "aparência de piedade", mas negam a eficácia dela"; pessoas que fazem coisas aparentemente boas e justas, mas que não têm a vida de Cristo em suas almas, nem o amor de Deus em seus corações, nem tampouco o poder da Palavra de Deus em suas consciências. "Não irão porém avante", acrescenta o apóstolo, "porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles". Com efeito a insensatez de Janes e Jambres foi manifesta a todos, quando não somente se viram impotentes para continuar a imitar os atos de Moisés e Arão, como foram envolvidos nos juízos de Deus. Isto é um ponto muito importante. A insensatez de todos aqueles que não possuem mais do que a aparência será manifestada. Não somente serão incapazes de imitar os efeitos plenos e próprios da vida e poder divinos, como eles mesmos virão a ser os objetos dos juízos que resultaram da rejeição da verdade que eles próprios rejeitaram.
Alguém dirá que tudo isto não encerra instrução para uma época, como a nossa, de aparência sem eficácia'?- Certamente que tem; são exemplos que deveriam exercer influência sobre toda a consciência em poder vivo e falar a todos os corações com assentos solenes e penetrantes: deveriam levar-nos a examinarmo-nos seriamente para sabermos se estamos dando testemunho da verdade e se andamos segundo a eficácia da piedade ou se somos um obstáculo dela neutralizando os seus efeitos por só termos a sua aparência. Os efeitos da eficácia da piedade serão manifestados se nós permanecermos nas coisas que temos aprendido (2 Tm 3.14). Só aqueles que são ensinados por Deus poderão permanecer nessas coisas—aqueles que, pelo poder do Espírito de Deus, têm bebido da água da vida na fonte pura da inspiração divina.
Graças a Deus, em todas as frações da Igreja professa há muitas destas pessoas. Aqui e ali, há muitos cujas consciências foram lavadas no sangue expiador do "Cordeiro de Deus", e cujos corações batem com verdadeiro afeto pela Pessoa do Senhor Jesus, e cujos espíritos são animados com "a bendita esperança" de O verem assim como Ele é e de serem feitos eternamente semelhantes à Sua imagem. É animador podermos pensar em tais pessoas. É uma misericórdia inefável podermos ter comunhão com aqueles que podem dar a razão da sua esperança e da posição que ocupam como filhos de Deus. Que o Senhor aumente o seu número dia a dia: e que a eficácia da piedade se espalhe mais e mais nestes últimos dias, para que se levante um testemunho brilhante e bem mantido ao nome d'Aquele que é digno de ser exaltado!
Fonte: Estudo sobre o livro de Êxodo (capítulo 7 e 8 até o versículo 24) – C. H. Mackintosh
JANES E JAMBRE
Vamos considerar agora, em segundo lugar, a oposição de "Janes e Jambres", magos do Egito. Nunca teríamos conhecido os nomes desses dois inimigos da verdade se o Espírito Santo os não houvesse mencionado em ligação com os "tempos perigosos" dos quais o apóstolo Paulo avisa seu filho Timóteo. É da máxima importância que o leitor crente compreenda claramente o verdadeiro caráter da resistência que esses dois encantadores opuseram a Moisés, e para que ele faça uma ideia completa do assunto, citaremos toda a passagemda epístola de Paulo a Timóteo, passagem aliás profundamente importante e solene.
Nos Últimos Dias
"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências, que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles" (2Tm 3:1-9).
Ora, a natureza desta resistência à verdade é particularmente solene. A oposição que Janes e Jambres fizeram a Moisés consistiu simplesmente em imitar, até onde lhes foi possível, tudo aquilo que ele fazia. Não vemos que eles atribuíssem a um poder enganador ou mau os sinais que ele fazia, mas antes que procuraram neutralizar os seus efeitos sobre a consciência fazendo eles as mesmas coisas. O que Moisés fazia, também eles o podiam fazer, de modo que, afinal não havia grande diferença. Um era tão bom como os outros. Um milagre. Se Moisés fazia milagres para tirar o povo do Egito, eles podiam fazer milagres para os obrigarem a ficar no país. Onde estava, pois, a diferença?
De tudo isto aprendemos a verdade solene que a resistência mais diabólica ao testemunho de Deus, no mundo, vem daqueles que, embora imitem os efeitos da verdade, têm apenas a "aparência de piedade" e "negam a eficácia dela" (2 Tm 3:5). As pessoas desta condição podem fazer as mesmas coisas, adaptar os mesmos costumes e o mesmo ritual, empregar a mesma linguagem e professar as mesmas opiniões dos outros. Se o cristão verdadeiro, constrangido pelo amor de Cristo, dá de comer aos que têm fome, dá vestuário aos nus, visita os enfermos, espalha as Escrituras, distribui tratados, contribui para a divulgação do evangelho, faz oração, canta hinos espirituais, prega o evangelho, o formalista pode fazer todas estas coisas; e isto, note-se, é o caráter especial da resistência oposta à verdade "nos últimos tempos" — é o espírito de Janes e Jambres.
Quão necessário é compreendermos esta verdade! Quão importante é recordar que, assim "como Janes e Jambres resistiram a Moisés", assim também esses "amantes de si mesmos", do mundo e dos prazeres "resistem à verdade"! Não querem viver sem "aparência de piedade", mas, enquanto adaptam a "forma", porque é hábito, detestam "a eficácia" dela, porque essa significa a renúncia própria. "A eficácia da piedade" implica o reconhecimento dos direitos de Deus, o estabelecimento do Seu reino no coração, e, por consequência a Sua manifestação na vida e no caráter; porém o formalista nada sabe disto. "A eficácia" da piedade nunca poderá estar de acordo com nenhum destes caracteres horrendos descritos na passagem acima reproduzida; porém "a aparência", encobrindo-os, permite-Ihes viverem sem terem de se submeter, e isto agrada ao formalista. Ele não gosta de dominar as suas tentações, de interromper os seus prazeres, de refrear as suas paixões, de pôr em regra os seus afetos, de que o seu coração seja purificado. Somente precisa de bastante religião para poder tirar o melhor partido da vida presente e do mundo futuro. Desconhece o que significa abandonar o mundo que passa, por ter achado "o mundo vindouro".
Considerando as diversas formas de oposição de Satanás à verdade de Deus, vemos que o seu método tem sido sempre, em primeiro lugar, opor a violência; e, depois, se este método falha, corrompê-la por meio de imitação. Por isso, procurou em primeiro lugar matar Moisés (capítulo 2:15), e tendo falhado em realizar o seu propósito, procurou imitar as suas obras.
O mesmo aconteceu com a verdade confiada à Igreja de Deus. Os primeiros esforços de Satanás manifestaram-se em ligação com a ira dos principais sacerdotes e anciãos do povo por meio do tribunal, o cárcere e a espada. Porém, na passagem que reproduzimos da 2a epístola a Timóteo não se faz menção de tais processos. A violência aberta foi substituída por um meio mais astuto e perigoso de uma profissão vazia, ineficaz e a imitação. O inimigo, em vez de se apresentar coma espada da perseguição na mão, passeia com o manto da profissão sobre os ombros, professando e imitando aquilo que em outro tempo combateu e perseguiu; e, por este meio consegue vantagens assombrosas no tempo presente. As formas horríveis que o pecado moral tem revestido, e que de século para século têm manchado as páginas da história da humanidade, longe de se encontrarem apenas naqueles lugares onde naturalmente poderiam buscar-se, nos antros e cavernas das trevas humanas, acham-se cuidadosamente ocultas debaixo das pregas do manto de uma profissão fria, impotente e sem influência, e esta é uma das obras-primas de Satanás.
É natural que o homem, como ser caído e corrompido, seja egoís ta, cobiçoso, vaidoso, altivo; mas que seja tudo isto sob a capa formosa da "aparência de piedade" denota a energia especial de Satanás na sua resistência à verdade "nos últimos dias".
É natural que o homem manifeste abertamente esses vícios repugnantes — a concupiscência e paixões—, que são o resultado forçoso do seu afastamento da origem de santidade infinita e pureza, porque o homem será sempre o que ele é até o fim da sua história. Por outra parte, quando se vê o nome santo do Senhor Jesus
Cristo associado com a perversidade e a maldade implacável do homem; quando se vêem os princípios santos ligados com práticas ímpias; quando se vêem todos os característicos da corrupção dos gentios, mencionados no primeiro capítulo da epístola aos Romanos, ligados com a "aparência de piedade", então, de verdade, pode dizer-se, eis aqui o caráter horrível dos "últimos dias", a resistência de"janes e jambres".
A Aparência de Piedade
Contudo, os magos do Egito só puderam imitar os servos do Deus vivo em três coisas, a saber: tornaram as suas varas em serpentes (capítulo 7:12);transformaram a água em sangue (capítulo 7:22), e fizeram subir as rãs sobre a terra (capítulo 8:7); porém, quanto ao quarto sinal, que implicava a exibição da vida, em ligação com a manifestação da humilhação da natureza, viram-se inteiramente confundidos e tiveram de reconhecer "isto é o dedo de Deus" (capítulos 8:16 a 19). Assim sucede também com os que resistem nos últimos dias. Tudo quanto fazem é segundo o poder direto de Satanás e dentro dos limites do seu poder. Além disso, o seu fim específico é resistirem à verdade.
As três coisas que Janes e Jambres puderam executar foram caracterizadas por poder satânico, morte e impureza; quer dizer, as serpentes, o sangue e as rãs. Foi assim que "resistiram a Moisés" e, "assim também estes resistem à verdade", e impedem a sua ação moral sobre a consciência. Nada há que tanto contribua para enfraquecer o poder da verdade como ver pessoas que não se encontram sob a sua influência fazerem as mesmas coisas que aqueles que estão debaixo dela fazem. Assim opera Satanás no momento atual. Ele procura fazer com que todos os homens sejam considerados como cristãos; quer fazer-nos crer que estamos rodeados de "um mundo cristão", porém esse pretenso mundo cristão não passa de uma cristandade professa, a qual, longe de dar testemunho da verdade é aqui destinada, segundo os propôsitos do inimigo da verdade, para se opor à influência purificadora da verdade.
Em resumo, o servo de Cristo, testemunha da verdade, está rodeado, de todos os lados, pelo espírito de "Janes e Jambres"; e é conveniente que recorde este fato, que conheça inteiramente o mal com que tem que lutar e não esqueça que se trata da imitação que o diabo faz da realidade de Deus, produzida, não pela vara de um mago declaradamente mau, mas, sim mediante os atos de falsos religiosos, que têm "aparência de piedade", mas negam a eficácia dela"; pessoas que fazem coisas aparentemente boas e justas, mas que não têm a vida de Cristo em suas almas, nem o amor de Deus em seus corações, nem tampouco o poder da Palavra de Deus em suas consciências. "Não irão porém avante", acrescenta o apóstolo, "porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles". Com efeito a insensatez de Janes e Jambres foi manifesta a todos, quando não somente se viram impotentes para continuar a imitar os atos de Moisés e Arão, como foram envolvidos nos juízos de Deus. Isto é um ponto muito importante. A insensatez de todos aqueles que não possuem mais do que a aparência será manifestada. Não somente serão incapazes de imitar os efeitos plenos e próprios da vida e poder divinos, como eles mesmos virão a ser os objetos dos juízos que resultaram da rejeição da verdade que eles próprios rejeitaram.
Alguém dirá que tudo isto não encerra instrução para uma época, como a nossa, de aparência sem eficácia'?- Certamente que tem; são exemplos que deveriam exercer influência sobre toda a consciência em poder vivo e falar a todos os corações com assentos solenes e penetrantes: deveriam levar-nos a examinarmo-nos seriamente para sabermos se estamos dando testemunho da verdade e se andamos segundo a eficácia da piedade ou se somos um obstáculo dela neutralizando os seus efeitos por só termos a sua aparência. Os efeitos da eficácia da piedade serão manifestados se nós permanecermos nas coisas que temos aprendido (2 Tm 3.14). Só aqueles que são ensinados por Deus poderão permanecer nessas coisas—aqueles que, pelo poder do Espírito de Deus, têm bebido da água da vida na fonte pura da inspiração divina.
Graças a Deus, em todas as frações da Igreja professa há muitas destas pessoas. Aqui e ali, há muitos cujas consciências foram lavadas no sangue expiador do "Cordeiro de Deus", e cujos corações batem com verdadeiro afeto pela Pessoa do Senhor Jesus, e cujos espíritos são animados com "a bendita esperança" de O verem assim como Ele é e de serem feitos eternamente semelhantes à Sua imagem. É animador podermos pensar em tais pessoas. É uma misericórdia inefável podermos ter comunhão com aqueles que podem dar a razão da sua esperança e da posição que ocupam como filhos de Deus. Que o Senhor aumente o seu número dia a dia: e que a eficácia da piedade se espalhe mais e mais nestes últimos dias, para que se levante um testemunho brilhante e bem mantido ao nome d'Aquele que é digno de ser exaltado!
Fonte: Estudo sobre o livro de Êxodo (capítulo 7 e 8 até o versículo 24) – C. H. Mackintosh
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