sexta-feira, 27 de março de 2009

A PALAVRA QUE NOS AJUDA A VENCER

Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Josué 1:8

Que solene advertência feita pelo próprio SENHOR a Josué. Moisés acabara de morrer e agora o SENHOR levanta Josué como o líder que conduzirá o povo para vencer os Cananeus, expulsá-los e conquistar a terra que o SENHOR deu a Israel pela graça.

Assim também nós que estamos a caminho da Canaã celestial, conduzidos pelo Espírito Santo, devemos guardar esta mesma advertência, meditar na lei do SENHOR de dia e de noite para que o nosso caminho venha prosperar e para que sejamos bem sucedidos.

Que possamos desejar cada vez mais ser cheios da palavra do SENHOR, para que todas as nossas ações práticas no nosso caminhar diário, venham ser norteadas por esta palavra que é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos e essa palavra é o próprio senhor JESUS, o verbo de DEUS.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O BOM DEPÓSITO

Gino Iafrancesco (Colômbia)
A palavra chave do que estivemos olhando na revista anterior é a palavra «administração». Agora, mediante Deus, vamos passar a um segundo conceito, relacionado também com o de administração: o depósito.
Administração é o acerto administrativo de Deus, para que o que é dele e para ele, circule, e produza o efeito que Deus quer produzir. Agora, relacionado com essa administração, devemos ter consciência do depósito. Para a igreja foi encomendado nas mãos, no coração, no espírito, podemos dizer, no ventre, um depósito.
Agora, este depósito tem vários aspectos. Então, abramos a Bíblia na segunda epístola de Paulo a Timóteo, que poderíamos chamar como o testamento do apóstolo Paulo antes de morrer. E justamente por isso, por ser como uma espécie de testamento tem essa configuração de encargo, de encomenda.
Algo precioso que veio do céu para ficar na terra e produzir fruto para Deus foi encomendado aos santos da parte de Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Então, a igreja deve tomar consciência de que ela é um vaso depositário de um conteúdo riquíssimo.

Dois aspectos do depósito
E é um conteúdo que, antes de entrar em detalhe, vamos ver de maneira global em dois aspectos principais: um conteúdo interior, um conteúdo dinâmico, que podemos chamar espiritual. Esse conteúdo interior é uma essência que o Senhor converte e distribui como uma fragrância; é uma realidade espiritual. Logicamente que é mais que palavras; mas, como diz a Escritura, é algo que também falamos.
Então, vamos tomar consciência desses dois aspectos. Primeiro, o depósito, o pacote celestial que o Senhor pôs nas mãos e no espírito da igreja, como realidades espirituais, e também a sua administração falada, o ministério da Palavra, do que o Senhor nos deu.
Poderíamos relacionar o aspecto da Palavra com a ortodoxia da verdade. Logicamente, não vamos falar só da ortodoxia da verdade, mas também da verdade da ortodoxia, que é o seu conteúdo, o seu espírito. Então, esses dois aspectos, no capítulo 1 da 2ª epístola de Paulo a Timóteo, aparecem claramente nos versos 13 e 14. Vejamos como o Espírito do Senhor movia o apóstolo Paulo neste depósito e nestes dois aspectos do depósito.
O aspecto exterior também é da parte de Deus, porque o Senhor não só se encarregou do vinho, mas também do odre. O Senhor faz corresponder o vinho com o odre e o odre com o vinho. Para cuidar do vinho, ele se ocupou também do odre, porque o vinho novo em odre velho se rompe; rompe o odre e o vinho é derramado e se perde. De maneira que o Senhor, que aprecia o vinho, dá-nos o odre. Claro que um odre sem vinho seria uma tragédia, mas o Senhor se encarrega das duas coisas.
Às vezes, nós somos muito suscetíveis e dedicados somente ao odre, e nos falta o principal, que é o próprio Senhor, que é o próprio vinho. Mas o Senhor se encarregou das duas coisas, do que é de dentro e do que é de fora, porque ele é o Senhor de tudo.
«Retenhas…». O verbo que utiliza aqui é «reter». No capítulo seguinte é «guardar». Ou seja, é uma riqueza que foi confiada à igreja para ser retida e para ser guardada. Por isso, em outros contextos desta mesma carta e da carta anterior, o apóstolo fala de guardar, fala de encomenda.
Por exemplo, no final do capítulo 6 de 1ª Timóteo, no verso 20, diz: «Timóteo, guarda…». Há um conteúdo. O Senhor Jesus também fala como Paulo; diz à igreja: «Lembra-te do que tens recebido, e guarda-o», e adverte à igreja em Sardes que algumas das coisas que vieram do céu, o que foi confiado à igreja, algumas coisas foram se perdendo; essas realidades e sua expressão foram se perdendo na igreja. Então o Senhor diz: «…não tenho achado as tuas obras perfeitas».
As obras da igreja em Sardes já não eram perfeitas, porque tinha perdido algo do que lhe tinha sido confiado. A igreja deve ter um claro conhecimento espiritual, uma clara consciência de que algo específico, definido e completo lhe foi confiado desde o começo ao colégio dos apóstolos, para que dali passasse aos anciões e às igrejas. E que, ainda que o diabo tenha procurado separar esse depósito da igreja, o Espírito Santo tem velado inclusive para restaurar e recuperar a plenitude do conteúdo, e cremos que o Espírito Santo continua nessa vigilância, porque uma das suas tarefas é conduzir a igreja à toda verdade.
Então, Paulo diz: «Timóteo, guarda o que te foi encomendado…». É uma encomenda, um pacote espiritual, algo definido, algo claro, do qual eles, os primeiros depositários, tinham clara consciência, e velavam espiritualmente sobre isso. E essa mesma consciência nós devemos ter. Às vezes não temos consciência do depósito; às vezes temos gosto por algumas das coisas espirituais, das coisas cristãs, das coisas bíblicas; o que nos interessam, e estamos com elas, ruminamo-las, e outras descuidamos; mas justamente aquilo que descuidamos é onde se faz o buraco, e por aí penetra Satanás.
Por isso precisamos ter consciência de sermos juntos um vaso coletivo, a quem foi confiado algo imenso e rico, que todos devemos conservar. E não só conservar, mas também, diz Paulo que essa palavra de Deus, que é completa, tem o poder de sobreedificar na graça de Deus. Ou seja, a própria palavra de Deus vai se enriquecendo; à medida que o povo de Deus a desfruta, a Palavra vai ficando cada vez mais preciosa. Ela é a mesma de sempre, mas para nós é cada vez mais preciosa; cada vez a vemos melhor, cada vez a compreendemos melhor, podemos relacionar uma parte com outra de uma maneira melhor, porque toda ela às vezes nos esconde e às vezes nos revela o nosso Senhor.
A princípio, parece que ele está escondido na Palavra, e a princípio nem sequer relacionamos a Palavra com Cristo, e em algumas porções da Palavra não vemos ainda nada do Senhor, mas com o tempo o que é próprio dele vai aparecendo em todos os aspectos da Palavra. E todos estão relacionados em uma cosmovisão, uma visão completa que vai de eternidade a eternidade, e que apresenta o nosso Deus, a beleza do nosso Deus e Cristo, a beleza do seu Espírito, e, portanto a beleza que a igreja herda, que a igreja vai cada vez mais adquirindo na medida em que desfruta do Senhor, e a palavra do Senhor produz fruto, germina, na vida da igreja.
Então, voltando para 2ª Timóteo, vemos estes dois aspectos: o aspecto da ortodoxia da verdade, e o da verdade ou realidade espiritual da ortodoxia. Os dois, intimamente ligados, um no 13 e outro no 14.
«Retenha a forma das sãs palavras que de mim ouviste, na fé e amor que há em Cristo Jesus» (2ª Tim. 1:13). Nessa frase é manifestado o cuidado do Espírito em relação à ortodoxia da verdade – a forma das sãs palavras. Há umas palavras, que foram inspiradas pelo Espírito, que transmitem a verdade, e essas palavras é o que estamos chamando a ortodoxia, que poderíamos identificar com o Novo Testamento como cumprimento ou realização do Antigo Testamento.
Poderíamos dizer que a Bíblia é o conteúdo da ortodoxia, mas logicamente não é só uma ortodoxia seca, meramente doutrinária, intelectual e externa, ainda que também implica. Deus fez o ser humano completo; cada parte do ser humano tem a sua função, e cada função tem que estar integrada, sujeita à cabeça que é Cristo. Assim que a doutrina tem também que sujeitar-se a Cristo. Os assuntos doutrinários, teológicos, ideológicos, também devem expressar a Cristo. Esse é um aspecto do que Deus criou no homem, e deve submeter-se a Cristo.
Mas antes de terminar o verso 13, já começa a transitar para o conteúdo interior. Começa a dizer que essa forma das sãs palavras, de onde vem essa expressão que também é paulina, sã doutrina, começa a mostrar que não é algo meramente exterior, não somente uma correção doutrinária, não somente uma teologia correta. Paulo diz que essas palavras são «na fé e amor que há em Cristo Jesus». Cristo Jesus é a realidade da fé e a realidade do amor. Paulo dizia: «A vida que agora vivo, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e a si mesmo se entregou por mim». Ele não diz a fé no Filho, mas a fé do próprio Filho.
Paulo fala da fé do Filho. Ou seja, que essas palavras são palavras na fé, muito diferentes das simples palavras, as repetições de papagaios. Os papagaios também dizem palavras; eles poderiam aprender o credo de Nicéia e repeti-lo de cor. Mas não é só essa a correção que o Senhor espera, a vigilância que ele espera de sua igreja quanto ao depósito. Os santos não são papagaios, mas filhos e filhas de Deus, nascidos de mistério, por um elemento celestial que desceu do céu e que enche as palavras e o testemunho da igreja, e que é o que precisam as pessoas que têm que receber o testemunho.
As pessoas precisam ser tocadas pelo Espírito da Palavra. Nós também necessitamos a realidade da Palavra, e esse é o trabalho do Espírito Santo – lhe dar substantividade, realidade à Palavra, e passar essa realidade a nós através da fé, pois estas palavras são realidade na fé e no amor.
Graças a Deus que em Cristo existe a fé e existe o amor, e as palavras do Senhor nunca estão separadas da fé. Por isso Paulo dizia que ele, primeiro, antes de falar, teve que crer. Diz: Cri que as promessas de Deus são verdadeiras, cri que o que Deus diz é verdade. Creio que o Senhor é fiel à sua Palavra; creio que o seu Espírito Santo está aí, para substantivar, para sustentar as promessas de Deus com fidelidade, e realizar o que só ele pode realizar.
Mas Paulo cria; por isso, ele disse: «Cri, por isso falei». Então, as palavras, a forma das sãs palavras, a sã doutrina de Cristo e dos apóstolos, não é só uma ortodoxia. Elas são na fé e são no amor, e a fé e o amor também são em Cristo, e são um presente. Graças a Deus, que Deus nos libertou da necedade de ter que imitar a fé ou imitar o amor. Deus sabe que nós, em nós mesmos, não temos nem fé nem amor; mas ele se encarregou de nos dar fé, um dom de Deus, e derramar o amor pelo Espírito. Isso é um primeiro trabalho de Deus o Pai, do Filho e do Espírito Santo: dar-nos a fé e derramar o seu Espírito de amor. E isto, Deus faz.
Graças a Deus, porque já nos encontramos com Deus. Deus já nos alcançou, já nos tocou, o celestial já entrou em nosso espírito, e agora estamos conhecendo uma realidade pela fé, uma realidade espiritual que transcende o que os nossos olhos vêem e os nossos ouvidos ouvem, porque estamos diante do Senhor, crendo em sua palavra. Não estamos diante de homens, nem estamos considerando a Bíblia como palavra meramente de homens.
As palavras do Senhor Jesus são o falar de Deus; as palavras dos apóstolos não são de homens, são a mesma administração que vem do céu, do Pai pelo Filho e agora pelo Espírito, através dos apóstolos, através do Novo Testamento. Essas palavras nos tem tocado. No princípio, nem entendíamos o que líamos, mas pouco a pouco começamos a entender. E aí entrou a nova vida em nosso ser, em nosso ventre espiritual, e esse menino começou a formar-se no ventre da igreja. Cristo começou a crescer na mulher que tem dores de parto. Mas Cristo já está se formando nela, e essas são coisas de fé, de fé e de amor.
«Retenha…». Paulo não diz reter somente a fé, mas inclusive «a forma das sãs palavras… na fé e amor que há em Cristo Jesus». Temos que reter não só as sãs palavras, mas também a fé e o amor dessas palavras, porque as palavras de Deus são em fé e são em amor. E assim temos que retê-las, e são parte do depósito. Assim na última frase do verso 13, já nos deslocamos para a realidade interior; da forma das sãs palavras, descobrimos que essas sãs palavras são na fé, são no amor, e a fé e o amor são em Cristo.
Então, Paulo repete de novo, como é o estilo hebraico de repetir as coisas, uma frase e logo outra, e passa ao verso 14 já completamente dentro, atrás do véu. Diz: «Guarda…», que é como a «Retenha…». «Guarda o bom depósito». E agora nos diz qual é o segredo para poder guardar, para reter a frescura da palavra de Deus. Porque às vezes nós na mera ortodoxia exterior fazemos como papagaios, aprendemos o credo correto, mas desvinculado da fé e do amor, desvinculado da dependência do Senhor. Trasladamos do Senhor outra vez para nós mesmos. Já não sabemos as coisas, então as repetimos sem dependência do Senhor, sem atender a ele no espírito, sem nos voltarmos no espírito para ele.
Mas Paulo diz: «Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo, que habita em nós». Esse já é um fato – o Espírito Santo já habita em nós, e ele não está ocioso, e uma de suas funções é nos ajudar a guardar o bom depósito, fazer permanecer a palavra do Senhor fresca.
O Espírito Santo, e somente o próprio Espírito Santo é a frescura da palavra de Deus. Por isso, sempre temos que sair de nós, nos tornarmos para o Senhor e solicitar o seu toque, para que ele, em sua fidelidade, nos renove outra vez a frescura do Espírito. O irmão Orville Swindoll há muitos anos em Buenos Aires compartilhou uma mensagem que ele intitulou «Para uma renovação constante», justamente enfatizando este segredo.
Qual era o segredo de uma renovação constante? A vida religiosa às vezes entra em uma inércia, e nos acostumamos a fazer as coisas sem depender do Senhor. Até a própria oração pode tornar-se algo rotineiro, algo apenas de postura; é como se fosse um dever que, como cristãos, devemos obedecer. Então, temos que orar, temos que ler a Bíblia, temos que pregar, e vamos fazendo muitas coisas por rotina ou por inércia. E assim as coisas vão morrendo, porque a realidade das coisas é o Espírito, e o Espírito habita em nós.
E é uma grande necedade nossa que, tendo o Espírito Santo morando em nós, nós não atentamos para o Espírito Santo, não nos voltamos para ele, não lhe tocamos a porta e lhe dizemos: ‘Senhor, não quero dar um passo se não estiver comigo’. Como Moisés dizia: «Senhor, se tu não fores conosco, não nos tire daqui, nos deixe aqui tranqüilos. O que nós vamos fazer lá? Se não fores conosco, não nos tire daqui».
Mas o Senhor prometeu ir conosco, prometeu estar conosco todos os dias, até o fim do mundo, e a fidelidade dele não depende da nossa excelência, porque ninguém é excelente, a não ser o Senhor. Nós somos frágeis, pessoas más, totalmente corruptas, capazes de qualquer barbaridade, e por isso mesmo temos que estar nos voltando para o Senhor. ‘Senhor, não me deixe solto como um cão raivoso, porque eu vou causar um dano em sua vinha. Tenha misericórdia, Senhor, guarda-me! Mantenha-me crucificado, porque eu mesmo não me sinto crucificado se não for pelo poder da tua cruz’.
Por isso, necessitamos que o Senhor, constantemente, esteja nos retendo na cruz e ao mesmo tempo esteja nos ajudando. E ele está completamente tendo prazer de fazer isto, porque isso é o que ele quer fazer, é o que ele é capaz de fazer, e ele deseja poder fazê-lo. Então, é por meio do Espírito Santo que guardamos o bom depósito.
O bom depósito se refere ao dispensar-se de Deus, a administração do próprio Deus. Há a administração de Deus, da multiforme graça de Deus, dos mistérios de Deus; mas nessa administração Deus tem que estar, tem que estar o Espírito. Essa é a diferença fundamental entre o Antigo Testamento, o antigo pacto, que era o da mera letra, que era o dos mandamentos, mas que não tinha nada haver conosco, que estava fora de nós, em tábuas de pedra, em rolos, nos filactérios, nas paredes e nas vergas das portas, mas não estava em nosso espírito.
Mas, no Novo Testamento, o Senhor, em sua bondade, decidiu nos dar a seu Filho. O verbo é «dar». Não nos vendeu; nunca teríamos podido pagar, nunca teríamos condições de merecer, mas Deus deu a seu Filho; deu-nos vida quando estávamos mortos; deu-nos o espírito, que é um dom; deu-nos a fé, deu-nos tudo.
Então, como o temos, senão somente crendo nele? Contando com ele, contando que ele é fiel e nos ajudará. E essa deve ser a nossa dependência constante. ‘Senhor, se tu queres fazê-lo, tu o farás. Se quiser que eu esteja ali, amém, mas tu tens que estar, porque se não, o que eu faço sozinho? Tu tens que estar’. E ele o faz, e ele sempre está com a igreja, sempre está com cada um de nós, porque ele é fiel.
Ele quer fluir, mas às vezes nós o ofendemos; então, com essas retrações e contrações do Espírito, ele vai corrigindo, para que não sejamos ofensivos em sua presença. Nossa jactância o ofende; nosso menosprezo a outros o ofende. Qualquer atitude nossa que não é própria, ele tem que assinalá-la, para que nós possamos estar a seus pés, e quanto mais escondidos e desaparecidos, melhor, e enquanto olharmos para ele, muito melhor. Por isso, mediante o Espírito, o depósito, a frescura de toda a palavra de Deus, de toda a visão que foi confiada, mantém-se fresca. (Continuará).

sábado, 14 de março de 2009

Pó da Terra

Jailton Osmany N. da Silva
Publicação: 24/04/2008
Cumprimento os Irmãos com a Graça e a Paz do nosso Senhor Jesus Cristo! Amados Irmãos em Cristo. É com muita alegria no Senhor que compartilho desta maravilhosa Verdade que o Senhor tem ministrado através de sua Palavra.
Ao estudar a Palavra do Senhor em Gênesis 3:14 (Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida) vejo quanto o Senhor quer nos ensinar a não alimentarmos a nossa carne. Temos como grande exemplo o nosso próprio Senhor. Ele, totalmente DEUS e 100% homem, não alimentava a sua carne - João 6:15 (Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte). Avançando mais na revelação do Senhor, Ele nos ensina em Mateus 16:24-25 (Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á) como dizer não a nossa carne para não serem realizadas as nossas vontades e poder ter a grande alegria de reinar com Ele. Quando não há Salvação há condenação e quando não há Reino haverá perda. Em Genesis 3:19 (No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás) podemos ver claramente,depois da queda, como seria a sobrevivência do homem e para aonde a carne vai voltar. Mas é como muita alegria que compartilho com os irmãos que não devemos nos acostumar com a Palavra do Senhor. Ela tem que nos tocar, nos transformar e nos renovar para vivermos o Senhor e sermos totalmente dependentes Dele. Poder nos expressar como Paulo em Gálatas 2:20 (Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim). Quando Paulo escreve aos Romanos, capítulo 7, ele mostra uma grande luta contra a própria carne. Confirmamos isto no versículo 18 (Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo). Glórias ao Senhor por este “pois o Querer está em mim”, que é o Espírito Santo. Podemos ver bem claro este “Querer” operando em nós em Filipenses 2:13 (porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade). Amados irmãos, quando o Senhor nos revela em Gênesis 2:7 (Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente)., temos que ser empactados pela sua Palavra. Viver CRISTO; ser edificados, aperfeiçoados, firmados, fortificados e fundamentados Nele (Mateus 16:18, Efésios 4:12 e 1 Pedro 5:10), para não alimentarmos o Pó da Terra, “nossa carne”, sendo que é disto que se alimenta a serpente (satanás). Gênesis 3:14. Obrigado Senhor pela tua grande Obra que hoje podemos andar nela (Efésios 2:10) e não fazê-la. Temos que apenas Crer (João 6:28-29). Porque até para ter Fé para Crer dependemos do Senhor (1 Coríntios 12:9 e Efésios 2:8). Que a cada dia possamos nos render ao Senhor para DEUS formar em nós o Caráter de Seu Filho e sermos conforme a Sua Imagem e Semelhança (Romanos 8:28-29). Assim podemos alcançar a Coroa Incorruptível (1 Coríntios 9:25, Tiago 1:12) que o Senhor tem preparado para nós, e sermos Sacerdócio Real (1 Pedro 2:9, Apocalipse 1:6, 5:10 e 20:6).

quarta-feira, 11 de março de 2009

A economia de Deus

Gino Iafrancesco (Colômbia)
Vamos ler no capítulo 1 de Colossenses, os últimos versos a partir do 24, para ter um contexto mais amplo, e até os primeiros versículos do capítulo 2.
Diz Paulo: «Agora me regozijo no que padeço por vós…». Não que Paulo era masoquista, não que ele se regozijasse no sofrimento como um fim em si mesmo, mas porque ele sabia que aquelas coisas que Deus permitia que ele passasse iriam redundar em benefício da edificação de uma casa para o Deus vivo.
«… e cumpro em minha carne o que falta das aflições de Cristo por seu corpo, que é a igreja». Não diz aqui que a Cristo faltam aflições por seu corpo; diz que em Paulo falta mais das aflições de Cristo. A obra do Senhor Jesus Cristo na cruz foi consumada, e a obra de redenção já está completamente feita pelo Senhor ao morrer por nós. A parte que ele nos deu não é para redenção, mas para colaborar com a edificação. Em nossa carne vai se cumprindo, o resto das aflições de Cristo, algumas pequenas aflições. Paulo lhes chama pequenas; em outra carta, ele diz: «…esta leve e momentânea tribulação produz em nós cada vez mais um excelente peso de glória».

A economia de Deus
E em seguida diz: «…a igreja, da qual fui feito ministro, segundo a administração de Deus». Aqui nos encontramos com uma palavra, neste caso, administração, que no original grego é economia, oikonomía, de oiko (lar, casa) e nomos (norma ou lei). Oikonomía, economia, a norma do lar, a lei da casa, o acerto administrativo do reino de Deus. Então, Paulo, e cada um dos membros do corpo, são feitos um economista segundo a economia de Deus, segundo o acerto de Deus.
Se existir um propósito (e ele existe) da parte de Deus, existe também um acerto administrativo, um plano estratégico de Deus, com suas etapas, para que esse propósito seja completado. A palavra de Deus nos fala do próprio ser de Deus, ou seja, do mistério de Deus, que conhecemos em Cristo; fala-nos também do querer de Deus, ou seja, um capítulo seguinte desses mistérios de Deus, o mistério da vontade divina.
Então, a Palavra nos revela o seu ser, e nos revela o seu querer, ou seja, o seu objetivo, a meta que ele traçou. Mas também a Palavra revela aos santos a estratégia, o plano, para que esse propósito seja conseguido. Então, essa estratégia, esse arranjo, essa administração, é o mistério da economia divina, que aqui foi chamada administração, e em outros versículos é chamada «a dispensação do cumprimento dos tempos».
Jesus, na parábola do mordomo, chama-lhe mordomia. Paulo, em 1ª aos Coríntios, chama-lhe comissão, e escrevendo a Timóteo, chama-lhe edificação. Cinco palavras diferentes –pelo menos na tradução de Reina e Valera–, traduções válidas, mas somente parciais, de uma só e única palavra no original grego, que é economia.
Ou seja, que a economia inclui a dispensação –o que Deus tem que dar; a economia inclui a administração– de que maneira ele nos revela e ele nos dá. Inclui também a mordomia; porque ele encomenda a pessoas esta administração, e, portanto, a mordomia inclui também a comissão. Quando Paulo diz em 1ª Coríntios 9, «a comissão me foi encomendada», essa palavra no original grego é «a economia me foi encomendada». Então, a economia divina é encomendada à igreja.
A palavra do Senhor nos fala da administração, em vários planos. Por exemplo, quando Paulo escreve aos bispos, ou escreve deles na 1ª Epístola a Tito, diz: «O bispo, como administrador de Deus». É o próprio Deus, no fim das contas e em última instância, que está administrando, que está se dando.
Deus decidiu revelar-se, e também Deus decidiu dar-se. Não só revelar-se, mas também dar-se; ou seja, administrar, passar-se a nós; dar-nos a sua vida, para que nós vivamos nossa vida com a sua, vivamos todos os aspectos da vida humana, normais, criados pelo mesmo Deus para a humanidade, mas que a vivamos com ele. Deus quer viver a sua vida conosco, e que nós vivamos a nossa vida com ele, e que nós vivamos a sua vida em nossa vida.
Então, por isso se fala da administração de Deus, e se fala dos anciões, os bispos ou episkopos, como administradores de Deus. Eles o fazem primeiro, para que depois os santos também o sejam. Em 1ª Pedro 4:10, agora o Espírito Santo, pelo apóstolo Pedro, chama os santos em geral de serem «bons administradores da multiforme graça de Deus». Então, aparece também a graça de Deus. O Novo Testamento, e especialmente Paulo, falam da administração da graça. E Pedro, falando dos santos, todos os santos, diz: «Cada um, segundo o dom que recebeu, ministre aos outros, como bons economistas da multiforme graça de Deus», ou seja, a graça de Deus sempre nova, sempre especial, sempre fresca, sempre aplicada de maneira muito particular; entretanto, através de todos, passando através dos santos. Os santos, como bons administradores ou economistas da multiforme graça de Deus. Então, falou da administração do próprio Deus e da graça de Deus.
E em 1ª aos Coríntios, capítulo 4, nos primeiros versos, fala-se também de outro aspecto dessa administração, porque Deus primeiro chega como a vida, chega como a graça; mas a palavra do Senhor nos fala da luz da vida. Ou seja, que a vida tem luz. No primeiro capítulo do evangelho de João, vocês recordam que diz: «Nele estava a vida –a vida eterna, a vida divina, a vida que estava com Deus, e é Cristo– e a vida era –e segue sendo– a luz dos homens».
«A luz resplandece nas trevas». Uma das características da vida é a luz. A vida, a luz e a verdade estão intimamente relacionadas e entrelaçadas. Porque a vida tem luz, e a luz ilumina os olhos do nosso entendimento. A luz de Deus é para ser administrada.

Os dois aspectos da economia
Na palavra administração ou economia vemos que existem dois aspectos: um aspecto íntimo, interior, que é aquilo, ou melhor, Aquele que administra; mas também existe para onde se administra. O irmão Watchman Nee escreveu um livro, que lhe pôs um título muito interessante. Chama-se: «Cristo, a essência de todas as coisas espirituais». É um título longuinho, para que possa dizer as coisas mais completas, porque às vezes, se o título fosse mais curto, não diria tudo o que tem que dizer. Poderia haver dito só «Cristo» o título, e seria muito bom. Poderia ter dito «Cristo, a essência», e também seria muito bom. Mas ele continuou: «Cristo, a essência de todas as coisas», e do singular –Cristo, a essência–, passou à aplicação cotidiana, passou aos múltiplos desafios, porque isso é a administração.
A administração é passar do único, para todos. Como em seguida em 1ª aos Coríntios, no final do capítulo 15, diz que depois que todo o reino tiver sido sujeitado ao Filho, então também o Filho se sujeitará ao Pai. E diz para que: «…para que Deus seja tudo em todos». Ou seja, Deus tem que ser tudo, mas em todos. Ou seja, Deus tem que ser aplicado em tudo.
Aqui vemos dois aspectos: o aspecto interior, quando sai da unidade de Deus, da essência divina, e quando começa a administrar-se em direção a muitos, e a vários e diferentes, e em estados diferentes, e com desafios diferentes, e com problemas diferentes. E o único tem que ser aplicado em tudo, e sair vitorioso em tudo, e ser a solução de tudo, de cada coisa, de cada problema.
Quando olhamos para o trono de Deus, nos diz que ele mora em luz inacessível (1a Timóteo 6:16). Vamos supor que essa luz inacessível é branquíssima. Quando o Senhor se revelou lá, diz que as suas vestimentas eram tão brancas que resplandeciam mais brancas que a neve.
Mas, quando o Senhor aparece no trono, em Apocalipse 4, ao redor do trono há um arco íris, e o arco íris é a linguagem da fidelidade do Senhor para a criação. Ele tinha destruído o mundo com um dilúvio, e em seguida promete ao homem que não iria mais destruir o mundo com um dilúvio de águas. E diz que ele iria pôr o seu arco nas nuvens, não só para que nós o víssemos, mas também para que ele mesmo visse e se lembrasse de nós.
As cores do arco íris são muito variadas, e todas elas são parte da cor original, do branco. Podemos dizer que esse branco é Cristo, a essência de todas as coisas espirituais. Mas ele tem que ser aplicado, ele tem que ser aplicado através de muitas pessoas, ele tem que ser aplicado para todos os desafios humanos, para que Deus seja tudo em todos; que Deus esteja em tudo. Então, aquela luz branca se decompõe em cores. E para este lado parece que é vermelha, e aqui é alaranjada, e aqui é amarela, e aqui é verde, ou azul, ou anil, ou violeta.
Essas sete cores, todas, são partes; são a diversidade em que se expressa à unidade. Então, há uma unidade, uma essência; mas uma essência que, segundo Deus, deve encher tudo, deve expressar-se em toda a variedade. Diz que há um Espírito, mas há diversidade de dons; um Senhor, mas há diversidade de ministérios, de serviços; um só Deus e Pai, mas há diversidade de operações.
Então, o Senhor tem que estar uma vez nos levando e de outra vez nos trazendo. Por isso é que ele chama o seu povo a um reino sacerdotal, porque o aspecto sacerdotal é o que se volta para a unidade, é o que se volta constantemente para o Senhor, para encontrar-se com o Senhor, e para não perder-se nas coisas. Mas, quando o sacerdote se volta para o Senhor, como diz Pedro: «Foram chamados das trevas para a sua luz admirável». Mas, então, a partir daí, o sacerdote tem que sair no nome de Deus. Ele tem que impregnar-se de Deus, tem que conhecer a Deus, tem que receber a impressão de Deus, tem que conhecer a natureza, o caráter e a vontade perfeita de Deus, para que agora seja expresso como rei. Esse sacerdote agora sai como rei.
No Novo Testamento, os sacerdotes são reis também. Reis e sacerdotes, um reino sacerdotal. Quando sacerdotes, conhecemos o Senhor atrás do véu; e como reis, aplicamos o Senhor fora do véu. Mas não pode haver uma grande diferença entre o que está dentro e o que está fora. O objetivo de Deus é administrar-se; é aplicar o que está dentro, fora; a luz, sair em cores; o Espírito, em dons; o Senhor, em ministérios; Deus, em operações.
Assim como o azeite passa por distintos braços do candeeiro e enche várias lâmpadas, e essas lâmpadas, umas estão em um braço da esquerda, e outras no braço da direita. Há candeeiros na Bíblia, e esses candeeiros têm braços, na esquerda e na direita. Poderíamos chamar-lhes os braços de fora, os ‘ultra’. Como Simão o Zelote, por exemplo; eu penso que ele provinha da ultra-esquerda. E Mateus, como vinha da ultra-direita. Mas se encontraram na haste central, que é Cristo. Encontraram-se no Senhor!
O Senhor é suficiente para responder os desafios e as demandas, tanto da esquerda como da direita. Porque ele quer ser Senhor não só no íntimo dos nossos corações, mas também ser aplicado em toda a nossa vida cotidiana. Ser aplicado em nossa arte, ser aplicado em nossos mercados, em nossas transações. Não podemos deixar o Senhor fora das nossas transações. O Senhor tem que encher tudo, inclusive as transações comerciais.
Tudo o que é humano tem que ser cheio por Deus. Deus tem que administrar-se, de Deus, por Cristo; e de Cristo, pelo Espírito, para o nosso espírito, para a nossa alma. Todos os aspectos da nossa alma têm que ser saturados pelo Senhor. Temos que amar o Senhor com toda a alma, não sem a alma; com todo o coração, com toda a mente, com todas as forças.
O Senhor tem que encher tudo. As coisas, sem o Senhor, não têm sentido, estão vazias. Mas as coisas foram criadas pelo Senhor; mas criadas para ele mesmo, criadas para serem sustentadas, enchidas por ele. Quando o Senhor ascendeu, diz a Escritura, ele ascendeu com o objetivo de encher tudo. Encher tudo. Então, o Pai, saindo de si mesmo para nós, revelando-se a nós e dando-se a nós em Cristo e pelo Espírito, para chegar primeiro ao nosso espírito.
E em nosso espírito é onde nós tocamos a essência, em nosso espírito é onde conhecemos o Senhor. Com nosso espírito é que somos impregnados da natureza do Senhor. E daí em diante, cabe ao Senhor manifestar-se com a nossa alma; e, com o nosso corpo, levá-lo a todas as partes, levar ao Senhor; permitir que debaixo do trono do Senhor flua o rio, e esse rio circule para o Lugar Santo, e circule para o átrio, e saia para o deserto, para que toda alma que se submirja no rio do Espírito, viva. Porque o Senhor é a vida, e ele é o que deve dar vida a todas as coisas.
Então, existe um aspecto administrativo, um aspecto de interpretação, um aspecto de aplicação, e temos que estar sempre indo e vindo. Vindo como sacerdotes, e saindo, não da presença de Deus, mas saindo em seu nome, em sua representação, como reis, para aplicar a Cristo no trabalho.
Se o Senhor tivesse desejado que somente estivéssemos orando, não nos teria posto no jardim do Éden para trabalhar, para cultivar o jardim, a guardá-lo; ao contrário, do rio do Éden saíam quatro braços, e começa com o que é simples para tornar-se um pouco mais complexo, e para ir aos quatro pontos cardeais. E nos diz que um desses rios nos levava a certos lugares onde havia bdélio e havia ônix. Ou seja, que o rio conduz o homem aos metais preciosos que o homem quer ver em si mesmo. Os seres humanos, quando vêem uma pedra preciosa, a querem pôr no nariz, nas orelhas, nos anéis, no pescoço, e agora até no umbigo.
Deus quer nos fazer preciosos. Ele nos fez de barro, mas ele nos quer fazer preciosos. Então, o rio nos conduz para a edificação. E edificação é o trabalho de sobreedificação a partir do fundamento. Edificação é a aplicação de Cristo a todos os desafios, em todas as áreas da vida. Então, a luz inacessível do trono, quando se dispensa, converte-se em arco íris. O azeite se converte na luz de sete lâmpadas. Número de plenitude para um lado e para o outro lado, isso nos fala da administração de Deus.
O objetivo final é que Deus encha tudo, que não haja nada no qual Deus não esteja, que não haja nada que não tenha sido submetido a Deus, que não haja nada que se torne fora do controle e da natureza e do governo bem lubrificado e suave do Senhor. Porque, às vezes, nos tornamos cristãos de domingo, e temos algo do Senhor para os cultos e para a adoração e para os domingos. E se houver outra reunião de oração, amém, pode ser as quartas-feiras… Mas no restante, ficamos em nós mesmos.
Mas Deus quer encher tudo em todos. Cristo ascendeu para encher todas as quartas-feiras, todas as segundas-feiras, todas as terças-feiras, todos os lugares onde tenham que ir, todas as tarefas, todos os desafios. Em todas as áreas humanas, nada deve ficar sem ser saturado por Cristo; por Deus, em Cristo, pelo Espírito.
E a igreja foi chamada para viver neste mundo. «Pai, não peço que os tire do mundo. Não são do mundo, mas não peço que os tire do mundo, mas que os guarde do mal». Nós temos uma tarefa que cumprir neste mundo; então, temos que carregar a arca. Nós temos que levar o Senhor; temos que introduzir o Senhor no banco, na escola, no trabalho, no mercado, no estúdio, em todas as partes.
Que triste o banco sem o Senhor, que triste o estudo sem o Senhor! Que triste é tudo sem o Senhor! Tudo é nada sem o Senhor! Mas o Senhor quer ser tudo em todos. Tudo em todos; não vamos deixar nada para o diabo. O Senhor quer tudo; ele quer ser tudo em todos. Todas as coisas que vão aparecendo têm que ser enfrentadas com o Senhor.

Cristo para os diversos desafios
Em Apocalipse aparece o Senhor com diversas credenciais para as igrejas. Aparece, por exemplo, quando fala a Éfeso, com umas credenciais diferentes; quando fala com a igreja em Esmirna, fala-lhe com outras credenciais. É o mesmo Cristo. Todas essas credenciais que o Senhor reparte entre as igrejas, no capítulo 1 estão integradas na visão do Cristo glorioso, no Cristo glorificado. Ali estão todos os detalhes, ali está no meio dos candeeiros, ali tem as estrelas em sua mão direita, tem a espada em sua boca. Tem todos os detalhes que em seguida aplica diferenciadamente, segundo a igreja necessita em distintos desafios.
A igreja em Éfeso corria o perigo de perder o candeeiro. O Senhor lhe diz: «Se não te arrependeres, tirarei o seu candeeiro». Então, como se apresenta o Senhor à igreja em Éfeso? «aquele que tem os sete candeeiros diz isto». Ou seja, o perigo é enfrentado pelo que o Senhor é. Ele é o Senhor da completação; ele é o Deus da plenitude. À igreja, muitas vezes, gosta de certas coisas e descuida de outras, mas ele é o Deus da plenitude.
Por outro lado, a igreja em Esmirna estava em uma situação diferente. A igreja em Esmirna estava em perseguição, e o Senhor estava decidido a não impor mais carga aos irmãos que estavam em perseguição. Somente lhes pediu que fossem fiéis até o final, até a morte. Mas o Senhor não vai pedir aos santos que morram, se ele primeiro não tivesse morrido. Então, a outras igrejas ele diz outras coisas, mas à igreja em Esmirna lhe diz: «aquele que esteve morto e reviveu é o que te diz isto».
Então, qual é o crédito que o Senhor apresenta à igreja em Esmirna? Ele passou pela morte; ele passou pelo martírio. E, se ele pede à igreja para suportar uma provação terrível, é porque ele a suportou primeiro, e ele venceu, e agora está vivo. «Estive morto, mas eis aqui que vivo… Sê fiel até a morte, e eu te darei a coroa da vida… E o que vencer não sofrerá o dano da segunda morte». Da primeira sim, mas não da segunda. Outros escapam, ou querem escapar da primeira, mas nem da primeira vão escapar, nem da segunda. Mas os vencedores não escaparão da primeira; mas da segunda, sim.
Podem notar? Nem todas as vezes que o Senhor fala com a igreja lhe fala com as mesmas credenciais. A cada igreja aplica um aspecto de si mesmo. Toda a igreja necessita a totalidade, mas em certo momento requeremos ao Senhor como tal coisa, e em certo momento requeremos ao Senhor como tal coisa. Essas coisas não podem separar-se do Senhor. Só que o Senhor, às vezes, é paciência; às vezes, é amor; às vezes, é graça; às vezes, é firmeza. Ele é todas estas coisas, mas ele sabe quando tem que falar forte, e quando tem que falar suave, quando tem que dar uma carícia e quando vai dar açoites. Ele sabe como aplicar.
O Senhor deve ser aplicado, e a isso é o que se refere à palavra administração – a plenitude do Senhor sendo aplicada à plenitude do corpo, para a plenitude dos casos, e das coisas e dos desafios.